Tuberculose

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Tuberculose É uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria o mycobacterium tuberculosis, também chamado de bacilo koch (bk). O termo tuberculose se origina NP fato da doença causar lesões chamadas tubérculos. Modo de Transmissão Ocorre por meio de gotículas contendo bacilos expelidos por um doente com tuberculose pulmonar ao tossir, espirar ou falar. Quando essas gotículas são inaladas por um pessoa sadia, podem provocar a infecção tuberculosa. A propagação do bacilo da tuberculose esta associada principalmente as condições de vida da população.

A transmissão page costuma ocorrer em xpelidas pelo doent OF9 principalmente em lu rez , longos períodos de t A infecção pode oc ais as partículas permanecer no ar, ventilados, por mas no Brasil, geralmente acontece na infância. Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da tuberculose se infectam, assim como nem todas as pessoas infectadas desenvolvem a doença. A probabilidade que a tuberculose seja transmitida depende de alguns fatores: * O potencial do contágio do caso índice: o doente bacillfero, isto é, com baciloscopia direta positiva, é a principal fonte de infecção. A concentração de bacilos no ar contaminado: determinada elo tipo de ambiente em que a exposição ocorreu, ambientes fechados, escuros ou com pouca ventilação. * Duração da exposição: o tempo em que o doente e seus contatos respiram nesse ambiente. A suscetibilidade genética ou prediposlção dos contatos Os Pulmões e Alveólos Nos alvéolos os bacilos multiplicam-se e um pequeno número entra na circulação sanguínea, disseminando por todo corpo.

Dentro de duas a dez semanas, no entanto, o sistema imunológico interu’ém, principalmente por meio das células brancas sanguíneas, chamadas linfócitos e macrófagos, as quais impedem que os bacilos continuem a se multiplicar, bloqueando ssim, a evolução da infecção para tuberculose-doença. Os linfócitos e macrófagos formam o granuloma, uma espécie de barreira em torno dos bacilos provocando sua destruição por meio da fagocitose, graças a formação do granuloma, a pessoa infectada, não desenvolve a doença e portanto, não transmite o germe para as pessoas suscetíveis.

Formas Clínicas Uma vez infectada, a pessoa pode desenvolver tuberculose em qualquer fase da Vida. Isso acontece quando o sistema imunológico não pode mais manter os bacilos sob controle, permitindo que eles se multipliquem rapidamente. Qualquer órgão pode ser atingido pela tuberculose; mais frequentemente pulmões, gânglios linfáticos, pleura, laringe, rins, cérebro e ossos. Apenas cerca de das pessoas infectadas adoecem mais da metade dela durante os dois primeiros anos após a infecção, e o restante ao longo da vida.

Algumas condições que debilitam o sistema Imunitário podem contribuir para o adoecimento pela tuberculose, como por exemplo: * Infecção pelo HIV * Diabetes * Tratamento prolongado com corticosteróides * Terapia imunossupressora * Neoplasias * Desnutrição protéico-calorica De corticosteróides Detecção dos casos Quanto maior o numero de UBS e de profissionais capacitados desenvolvendo ações de controle da tuberculose, mais abrangente será a busca, maior será a detecção dos casos, mais rápido o inicio do tratamento, o que favorece a cura e a quebra da cadeia de transmissão.

A busca de casos deve ser feita principalmente entre: * Sintomáticos respiratórios, tosse há pelo menos três semanas ou que apresentam sintomatologia compatível com tuberculose: além da tosse, febre vespertina, suores noturnos, perda de peso, escarro sanguíneo elou dor torácica; * Pacientes com história de tratamento anterior de tuberculose; Contatos de casos de tuberculose; * População de risco; * Portadores de doença debilitantes; * Imunodeprimidos por uso de medicamentos; * Usuários de drogas; * Moradores de rua; * Trabalhadores na área da saúde As equipes de saúde devem mobilizar a comunidade para identificar aqueles que têm tosse crônica nas famílias, clubes, igrejas e comunidades fechadas, com o objetivo de encaminhá-lo para fazer o exame de escarro Diagnóstico Exame Bacteriológico Direto do Escarro: é o método fundamental para o diagnostico , esse exame, quando executado corretamente permite detectar de 70 a 80% dos casos de TB ulmonar.

O exame deve ser solicitado para: * Pacientes adultos que procurem o serviço de saúde por apresentarem queixas res 3 respiratórias; * Pacientes que apresentem alterações pulmonares na radiografia de tórax; * Contatos de casos de TB pulmonar bacil[feros que apresentem quixas respiratórias. Definição dos casos de Tuberculose Tuberculose pulmonar positiva: * Duas baciloscopias diretaspositivas; * Uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva, ou; * Uma baciloscopia direta positiva e uma imagem radiológica sugestiva de tuberculose, ou; * Duas ou mais baciloscopias diretas negativas e culturas ositivas Tuberculose pulmonar negativa: quando apresenta duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestivas e achados clínicos ou outros exames complementares que permitam ao médico efetuar o diagnóstico de tuberculose.

Tuberculose extrapulmonar: com base nos achados clínicos e em exames complementares a tuberculose pode ainda se expressar por formas disseminadas, como a miliar, ou formas extrapulmonares, classificadas segundo a localização: pleural, ganglionar periférica, ósteo-articular, geniturinaria, meningoencefálica e outras. Tratamento A tuberculose é uma doença grave, porém curável em raticamente 100% dos casos, desde que os princípios da quimioterapia sejam seguidos. A associação medicamentosa adequada, doses corretas, uso por tempo suficiente, com supervisão da tomada de medicamentos, são os meios para evitar a persistência bacteriana e o desenvolvimento da resistência às drogas. Assegurando assim a cura do paciente. Regimes de tratamento Antes de iniciar a quimioterapia, é necessário orientar o paciente quanto ao tratamento. para isso deve 4DF9 iniciar a quimioterapia, é necessário orientar o paciente quanto ao tratamento. ara isso deve-se explicar, em uma entrevista inicial e m linguagem acessível: * As características da doença; * O esquema de tratamento que será seguido (drogas, duração, benefícios do uso regular da medicação); * Conseqüências advindas do abandono do tratamento e; * Possíveis efeitos adversos dos medicamentos. A estratégia do tratamento supervisionado, recomendado pelo ministério da saude, tem como objetivo principal a supervisão da tomada da medicação por um profissional de saúde, garantindo adesão ao tratamento e reduzindo o risco de transmissão da doença na comunidade. A administração dessa estratégia de tratamento requer a upervisão da tomada da medicação, na unidade de saúde, na residência ou no local de trabalho, essa supervisão pode ser feita com pelo menos três observações semanais, nos primeiros dois meses e duas observações por semana até seu final.

Esquema de tratamento e posologia Esquema 1-2 RHZ/ a RH Fases no tratamento I Drogas Peso do Doente I Até 20 kg Mais de 20 kgE até 35kgl Mais de 35 kgE até 45kg Mais de 45 kg v fase 2 meses RHZ I I Rifampicina-R R IO mg/dia/kg 300 mg/dia | 450 mg/dia I 600 mg/dia Isoniazida-H I H | 10 mg/dia/kg | 200 mg/dia 300 mg/dia 400 rng/dia Pirazinamida-Z Z 35 mg/kg/dia 1000 mg/dia 1500 mg/dia I 000 mg/dia 2′ fase 4 meses- RHI Rifarnpicina-R R 10 mg/dia/k | 300 mg,’dia 450mg,’dia I 600 mg/dla Isoniazida-H I H | 10 mg/dia/k S IO mg/dia/k | 300 mg/dia 450mg/dia | 600 mg/dia I Isoniazida-H I H I IO mg/dia/kg | 200 mg/dia 300 mg/dia 400 mg/dia As drogas deverão ser administradas preferencialmente de jejum, em uma única tomada, em caso de intolerância digestiva, junto com uma refeição.

Casos de tuberculose meningoencefalica Esquema Il- 2 RHZ/7 RH Fase do tratamento Drogas I Doses peso do Paciente I Mais de 20 kg ate 35 kg Mais de 35 kg até 45 kg Mais de 45 kg 1a fase- 2 meses- RHZ R IO mg/kg/dia 300 mg/dia | 450 g/dia 600 mg/dia I H 10 mg/kg/dia 200 mg/dia 300 mg/dia | 400 mg/dia I I Z 35 mg,’kg/dia 1000 mg/dial 1500 rng/dial 2000 mg,’dia 2a fase- 7 meses- RH R 10 mg/kg/dia 300 mg/dia 450 mg/dia | 600 mg/dia I I H 10 mg/kg/dia Nos casos de concomitância entre tuberculose meningoencefálica e qualquer outra localização, usar o esquema II. Nos casos de tuberculose meningoencefálica em qualquer idade, recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona, dexametasona ou outros) por um periodo de 1 a 4 meses, no inicio do tratamento. A fisioterapia na tuberculose meningoencefálica devera ser iniciada o mais cedo possível.

Caso de recidiva após cura ou retorno após abandono Esquema básico+etambutol (esquema IR)- 2 RHZE/ 4 RHE Fases no tratamento I Drogas peso do Doente I Até 20 kg Mais de 20 kgE até 35kg I Mais de 35 kgE até 1a fase 2 meses RHZ I I Rifampicina- R R 10 mg/dia/kg 300 mg/dia 45 kg I 1 a fase 2 meses RHZ I I 600 rng/dia Isoniazida-H I H | 10 mg/d a/kg | 200 mg/dia 300 mg/dia Pirazinamida-Z Z 35 mg/kg/dia 1000 mg/dial 1500 mg/dial 2000 mg,’dia Etambutol-E I E | 25 mg/kg/dia | 600 mg/dia 1200 mg/dia Rifarnpicina-R IR 10 mg/dia/k | 300 mg,’dia Isoniazida-H I H | 10 mg/dia/kg | 200 mg/dia Etambutol E 25 mg/kg/dia 800 mg/dia 50mg,’dia I 300 mg/dia Os casos de recidiva devem ser avaliados em unidades de referência para prescrição de esquema individualizado. O paciente que apresentar alteração da visão deverá ser encaminhado para uma unidade de referência com o objetivo de avaliar o uso do etambutol.

Casos de falência de Tratamento Esquema para falência (esquemalll)- 3SZEEt/9Et Fases no tratamento I Drogas Peso do Doente I I Até 20kg Mais de 20 kgE até 35kgl Mais de 35 kgE até 1 a fase 3 meses SZEEt S 20 mg/dia/kg 500 mg/dia 1000 mg/dial 1000 mg/dial I Z 35 1000 mg/dial 1500 rng/djal 2000 mg,’dia E 25 mg/kg/dia 600 mg/dia 800 mg/dia 1200 mg/dia Etionamida Etl 12 mg/kg/dia 250 mg/dia 500 mg/dia I 750 mg/dia 2a fase g meses- RHI mg/dia/kg | 250 mg/dia 500 mg/dia 750 mg/dia A estreptomicina deve ser usada IM. Em situações especiais, pode ser aplicado IV, diluída a 50 ou 100 ml de soro fisiológico, correndo por no minimo h hora. Em casos especiais com dificuldades de aceitação de droga injetável ou para facilitar seu uso supervisionado na unidade de saúde, o regime de uso de estreptomicina pode ser alterado para aplicações de 2a a 6a feira, por dois meses, e duas vezes semanais por mais 4 meses. Em pessoas maiores de 60 anos, a estreptomicina deve ser dministrada na dose de 500mg/dia.

Acompanhamento do tratamento Condições básicas para o êxito do tratamento: * Tratamento descentralizado, realizado na UBS sob supervisão direta; * Unidade de saúde com pessoal treinado para fazer o diagnostico e acompanhamento do doente; * Acesso fácil do paciente ao serviço de saúde; * Fornecimento gratuito e interrupção da medicação específica; * Realização mensal da baciloscopia de controle sendo indispensáveis as do 20, 40 e 60 mês de tratamento, no esquema I e esquema básico mais etambutol(esquema IR) e no 3 0, 60, 90 e 120 mês nos casos do esquema III e esquemas especiais; São importantes as consultas medicas mensais elou enfermagem. Atribuições do enfermeiro * Identificar os sintomas respiratórios; * Realizar assistência integral s pessoas e famílias na UBS e quando indicado ou necessário, no domicílio elou nos demais espaços comunitários; * Orientar quanto a coleta de escarro; * Aplicar a vacina BCG * Fazer teste tuberculínico. Caso não tenha capacitação 8 escarro; * Fazer teste tuberculínico.

Caso não tenha capacitação para tal, encaminhar para unidade de referência; * Realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações observadas as isposições legais da profissão e conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo Ministério da Saúde, os gestores estaduais, os municipais ou os do Distrito Federal; * Convocar os comunicantes para investigação; * Orientar pacientes e familiares quanto ao uso da medicação, esclarecer dúvidas e desmistificar tabus e estigmas; * Convocar doente faltoso a consulta e o que abandonar o tratamento; * Acompanhar a ficha de supervisão do tratamento preenchida pelo Acs; * Orientar auxiliares e técnicos de enfermagem, ACS e ACE para o acompanhamento dos casos em tratamento e tratamento upervisionado; * Contribuir e participar das atividades de educação permanente dos membros da equipe quanto a prevenção, manejo do tratamento, ação de vigilância epidemiológica e controle das doenças; * Enviar mensalmente ao setor competente as informações epidemiológicas referentes a tuberculose da área de atuação da UBS. Analisar os dados e planejar as intervenções juntamente a equipe de saúde; * Notificar os casos confirmados de tuberculose; * Encaminhar ao setor competente a ficha de notificação, conforme estratégia local. Referência 1. Caderno de Atenção Básica n 21 . Vigilância em Saúde. g

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