A contribuiзгo da brincadeira no processo de educaзгo: interlocuзгo entre o brincar e o ensinar

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A CONTRIBUIЗГO DA BRINCADEIRA NO PROCESSO DE EDUCAЗAO: INTERLOCUЗAO ENTRE O BRINCAR E O ENSINAR RESUMO Este artigo apresenta uma revisгo bibliogrбfica sobre as contribuiзхes das brincadeiras para o desenvolvimento cognitivo, social e afetivo da crianзa. Acredita-se que o brincar determina o funcionamento do p a sociabilidade, faz a o direito dos outros Brincando a crianзa s mundo ao seu redor 0 Swipe nentp зa que brinca amplia er, respeitando s pelo grupo. conhecendo o a condiзгo atual e dando um sentido para a sua vida. Deste modo, o que se propхe й evidenciar como as brincadeiras cooperam no aprendizado e esenvolvimento das crianзas, o que torna a presente pesquisa bastante relevante. Palavras-chave: Brincadeiras, Crianзas, Ensino, Aprendizagem, Desenvolvimento cognitivo INTRODUЗAO Este artigo й resultado de uma criteriosa pesquisa de revisгo bibliogrбfica.

Por conseguinte nele sгo apresentados vбrios posicionamentos de diferentes autores, entrelaзados pelas consideraзхes das autoras do mesmo, onde estas fazem uma anбlise sobre o tema: a contribuiзгo da brincadeira no processo de se observar a crianзa, no periodo inicial da aprendizagem, no momento em que brinca, pois й por meio do brincar, voltado para lъdico que, segundo Luckesi (2000), “as crianзas experimentam uma vivкncia de plenitude cognitiva, em que hб envolvimento por inteiro” (p. 5).

Desta forma, espera-se que ela irб se encontrar no mundo, da brincadeira, de corpo e alma, percebendo-o como ele й, e recebendo dele os mais variados estнmulos que poderгo ser de grande importвncia para seu aprender. Luckesi (2000) ainda esclarece que: Aprender brincando ou jogando traz uma riqueza de possibilidades de relacionamentos e companheirismo, de socializaзгo e troca de experiкncias, de conhecimento do outro e respeito аs diferenзas, de desejos e visхes do mundo, de eflexхes sobre as aзхes.

Esses elementos sгo essenciais para a construзгo de uma relaзгo plural entre educadores e educandos, condiзхes bбsicas para a existкncia de uma prбtica educativa de qualidade e para a descoberta e apropriaзгo do mundo dos saberes e dos fazeres. (p. 6). Para Rojas (1998), a “arte-magia do ensinar-aprender permite que o outro construa por meio da alegria e do prazer de querer fazer” (p. 43), pois a brincadeira estб presente em todas as fases da vida dos seres humanos, tornando especial a sua existкncia.

De certa forma, o lъdico se faz presente e acrescenta elementos speciais no relacionamento entre as pessoas, possibilitando que a criatividade apareзa. Por meio da brincadeira, a crianзa vк o quanto й importante partilhar com o outro. Mesmo que em atitude de competiзгo, a parceria й uma declaraзгo de afinidade. As brincadeiras e os jogos evidenciam as potencialidades dos participantes, afetam as emoзхes 20 afinidade. As brincadeiras e os jogos evidenciam as potencialidades dos participantes, afetam as emoзхes e pхem ? prova as aptidхes.

Muitos professores utilizam as palavras jogos, brinquedos e brincadeiras como sinфnimos em relaзгo a conceitos, existindo diferenзa entre ambas. Froebel, apud Kishimoto; Kishimoto (1998), diz que “o jogo й o espelho da vida e o suporte da aprendizagem” (p. 48). Assim, pode-se considerar o conceito de brinquedo como qualquer objeto em que se possa usar no ato de brincar, que se expressa no interagir com o objeto; e, brincadeira, como a aзгo de brincar, de entreter, de distrair; de absorver, de comunicar e de apreender enquanto outros as diferenciam em suas prуprias histуrias de vida (KISHIMOTO, 1998).

Mediante as abordagens introdutуrias percebe-se a relevвncia da pesquisa, uma vez que a matйria em discussгo й extensa e pesar de ser apresentada e comprovada por renomados autores ainda gera conflitos para muitos professores e professoras, no planejar de suas aзхes pedagуgicas. Daн a necessidade que se viu de investigar sobre a importвncia das brincadeiras no processo ensino aprendizagem e assim deixar, aqui, um pouco mais de contribuiзхes sobre o assunto.

BRINCADEIRA: ALGUNS CONCEITOS E BREVES PRESSUPOSTOS No Larousse (2001) a palavra brincadeira й definida como “ato ou efeito de brincar; divertir-se, entreter-se; jogo ou divertimento popular, adulto ou infantil”. Na definiзгo desse termo й apontada elaзгo com o brincar e com o brinquedo. Portanto, como fica claro, com o significado acima, a brincadeira realmente й o ato de se brincar, podendo ser utilizado brinquedo ou nгo. Kishimoto (2000) especifica muito bem o sent brincar, podendo ser utilizado brinquedo ou nгo.

Kishimoto (2000) especнfica muito bem o sentido de brincadeira “й a aзгo que a crianзa desempenha ao concretizar as regras do jogo, ao mergulhar na aзгo lъdica. Pode-se dizer que й o lъdico em aзгo. Desta forma, brinquedo e brincadeira relacionam-se diretamente com a crianзa e nгo se confundem com o jogo” (p. 1). A brincadeira й uma atividade predominante na infвncia, e que vem sendo explorada na esfera educacional com a intenзгo de interferir na aзгo de ensino e aprendizagem das crianзas.

A brincadeira pode ser tambйm, conceituada, de maneira informal, como uma atividade livre, impossнvel de ser delimitada e que, ao suscitar encanto, й dona de um fim prуprio. Isso й visнvel nas conceituaзхes de diferentes autores, por exemplo, Chateau (1987) assevera que: Os jogos elou brincadeiras sгo componentes cruciais do desenvolvimento humano, pois й por meio deles que a crianзa onsegue desenvolver tanto a tolerвncia a frustraзгo, nas situaзхes de derrota quanto de raciocнnio, na elaboraзгo de novas estratйgias para vencer da prуxima vez.

Assim, por intermйdio deles a crianзa й capaz de tornar manejбveis e compreensнveis os aspectos esmagadores e desorientadores do mundo. (p. 67). Para Sб (Apud Lima, 2007): Brincar й algo intrнnseco а vida de toda crianзa, seja de maneira ou sistematizada, й um processo que vai se desenrolando em seu curso, no tempo e no espaзo, e no qual estгo contidos aspectos fнsicos, emocionais e mentais, de forma individualizada ou ombinada (p. 6). O Referencial curricular nacional para a educaзгo infantil – RECNEI Vol. 1 (1998) conta que “a brincadeira й uma linguagem infantil que mantйm 4 20 RECNEI – Vol. (1998) conta que “a brincadeira й uma linguagem infantil que mantйm um vнnculo essencial com aquilo que й o ‘nгo-brincae (p. 27). Para Wajskop (1995) brincadeira й um tipo de atividade “social, humana, que supхe contextos sociais e culturais, a partir dos quais a crianзa recria a realidade atravйs da utilizaзгo de sistemas simbуlicos prуprios” (p. 28). Vygotsky (2007) versa sobre o brincar com inestimбvel ropriedade, pois diz o autor que “as maiores aquisiзхes de uma crianзa sгo conseguidas no brinquedo, aquisiзхes que no futuro tornar-se-гo seu nнvel bбsico de aзгo real e moralidade” (p. 31) Ainda na visгo de Vygotsky (2007) (… ) o brinquedo cria uma zona de desenvolvimento proximal da crianзa. No brinquedo, a crianзa sempre se comporta alйm do comportamento habitual de sua idade, alйm do seu comportamento diбrio; no brinquedo й como se ela fosse maior do que ela й na realidade. Como no foco de uma lente de aumento, o brinquedo contйm todas as tendкncias do esenvolvimento sob forma condensada, sendo ele mesmo uma grande fonte de desenvolvimento (p. 134).

Observa se, deste modo, ser a brincadeira o caminho natural do desenvolvimento da crianзa, por ser capaz de surtir bons efeitos e oportunizar a quem dela faz uso, a edificaзгo de um alicerce consistente durante toda a Vida, a brincadeira й capaz de agir na maturidade cognitiva e emocional da crianзa de maneira harmфnica e natural. Por meio da brincadeira a crianзa cria situaзхes imaginбrias o que lhe facilita resolver ou explorar desejos irrealizбveis, tais como dirigir um carro, pilotar aviгo, er comerciante, mйdico, etc. Em conformidade com este pensamento estб o RECNEI Vol. 2 (1998) quando pensamento estб o RECNEI Vol. (1998) quando afirma que: Brincar й uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a crianзa, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar determinado papel na brincadeira faz com que ela desenvolva sua imaginaзгo. Nas brincadeiras as crianзas podem desenvolver algumas capacidades importantes, tais como a atenзгo, a imitaзгo, a memуria, a imaginaзгo. Amadurecem tambйm algumas apacidades de socializaзгo, por meio da interaзгo e da utilizaзгo e experimentaзгo de regras e papeis sociais [… vivenciam concretamente a elaboraзгo e negociaзгo de regras de convivкncia, assim como a elaboraзгo de um sistema de representaзгo dos diversos sentimentos, das emoзхes e das construзхes humanas. (p. 22, 23). Nota-se entгo, que as brincadeiras nгo sгo apenas diversхes. Sгo, tambйm, atividades humanas que proporcionam a compreensгo de conceitos. Pois a partir do momento em que as crianзas brincam, elas de igual modo, desenvolvem-se fнsica e ntelectualmente, destacando-se como indivнduos, sendo capazes de conviver em sociedade, a tomar iniciativas prуprias, e ainda, as brincadeiras estimulam a criatividade.

A brincadeira e o desenvolvimento infantil Nutrir a vida da crianзa й oferecer-lhe chances para que, no ato de brincar, ela aflore sua capacidade de criar e de recriar o mundo, exponha sua afetividade, e tenha suas fantasias aceitas para que, por meio do mundo imaginбrio do faz de conta, ela explore seus prуprios limites e parta para a aventura que a levarб ao encontro de si mesma.

A grande quest 6 OF20 rуprios Imites e parta para a aventura que a levarб ao encontro de si mesma. A grande questгo й por que a crianзa brinca? Ora, porque й prazeroso, й bom, porque por meio das brincadeiras a crianзa se desenvolve, aguзa o pensamento.

Nesse sentido Moyles (2002) afirma que: Quando a crianзa brinca: elabora hipуteses para a resoluзгo de seus problemas; busca alternativas para transformar a realidade; aprende sobre si mesmo e sobre o mundo que a cerca; realiza seus sonhos, desejos, criando e recriando as situaзхes que ajudam a satisfazer algumas necessidades interiores presente; xperimenta emoзхes, ganha autoconfianзa; aprende a reforзar seus laзos afetivos; desenvolvem a linguagem; cria oportunidades para o aprendizado, a criatividade e a comunicaзгo da crianзa.

Longe de ser uma atividade supйrflua, para ‘o tempo livre’ o brincar, em certos estбgios iniciais cruciais, podem ser necessбrio para a ocorrкncia e o sucesso de toda a atividade social posterior (p. 19-23). A crianзa ao brincar, ao mesmo tempo, amplia a sociabilidade, faz amigos e aprende a conviver, respeitando o direito dos outros e as regras constituнdas pelo grupo. Porque brincando prepara-se ara o futuro, experimenta-se o mundo ao seu redor dentro dos Imites que a sua condiзгo atual permite.

E conforme exposto no RECNEI Vol. 3 “as brincadeiras permitem que o grupo se estruture; que as crianзas estabeleзam relaзхes ricas de troca; aprendam a esperar sua vez e acostumem-se a lidar com regras conscientizando-se que podem ganhar ou perder” (p. 235). O ato de brincar contribui com a crianзa no processo de construзгo da sua identidade e de sua autonomia. Isso acontece nas relaзхes que ela institui no grupo construзгo da sua identidade e de sua autonomia. Isso contece nas relaзхes que ela institui no grupo social.

Deste modo a crianзa se converte em ser ъnico e individual. Sobre as contribuiзхes no ato de brincar Lopes (2006) diz que: desenvolvimento da identidade e da autonomia. O fato de a crianзa, desde muito cedo poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde, representar determinado papel na brincadeira, faz com que ela desenvolva sua imaginaзгo. Nas brincadeiras, as crianзas podem desenvolver algumas capacidades de socializaзгo, por meio da interaзгo, da utilizaзгo e da experimentaзгo de regras e papeis sociais (p. 110).

A motivaзгo gerada pela brincadeira induz a crianзa a reproduzir as aзхes, especialmente quando ganha a concordвncia dos adultos. Winnicott (1975) afirma que “й no brincar, e somente no brincar, que o indivнduo, crianзa e adulto, pode ser criativo e utilizar sua personalidade integral: e й somente sendo criativo que o indivнduo descobre o eu (self)” (p. 80). Enfatizando a importвncia das brincadeiras para o desenvolvimento infantil Marcelino (1990) assegura que: O primeiro e fundamental aspecto sobre sua importвncia й que o brinquedo, o jogo, a brincadeira, sгo gostosos, dгo prazer, trazem elicidade.

E nenhum outro motivo precisaria ser acrescentado para afirmar a sua necessidade. Mas deve-se considerar tambйm que, atravйs do prazer, o brincar possibilita а crianзa a vivкncia de sua faixa etбria e ainda contribui de modo sign’ficativo, para sua formaзгo como ser realmente hum etбria e ainda contribui de modo significativo, para sua formaзгo como ser realmente humano, participante da cultura da sociedade em que vive, e nгo apenas como mero indivнduo requerido pelos padrхes de ‘produtividade social’.

A vivкncia do lъdico й imprescindivel em termos de participaзгo cultural rнtica e, principalmente, criativa. por tudo isso, й fundamental que se assegure а crianзa o tempo e o espaзo para que o lъdico seja vivenciado com intensidade capaz de formar a base sуlida da criatividade e da participaзгo cultural e, sobretudo, para o exercнcio do prazer de viver (p. 72). grifo nosso) Froebel (Apud Kishimoto, 1998), declarou que “o ato de brincar constituнdo й a fase mais importante da infвncia – do desenvolvimento humano neste perнodo — por ser a auto – ativa representaзгo do interno — a representaзгo de necessidades e impulsos internos”. Ea crianзa demonstra que aprendeu a ensar, quando inicia uma comunicaзгo em linguagem verbal e social, entrando num mundo bem distinto do mundo dos adultos, que й o mundo da fantasia, do faz-de-conta e viajando nesse mundo vai ela longe.

Afirma Moyles (2002) “a crianзa descobre, por meio da fantasia, satisfazer suas necessidades intelectuais e afetivas, adaptando- se ao real, ou seja, permitindo-lhe reviver as suas alegrias, conflitos, medos, transformando situaзхes reais em faz-de- conta (p. 48Y’. Brincando a crianзa aprende e ao mesmo tempo imagina, confronta, transforma. Ela cria circunstвncias fantasiosas m que age como se estivesse atuando no mundo do adulto. Na brincadeira o conhecimento, da crianзa, sobre o mundo se expande, uma vez que ela й capaz de fazer de conta e pфr-se no lugar do adulto.

Ainda sobre a imp Ainda sobre a importвncia do ato de brincar para o desenvolvimento infantil Bettelheim (1984) afirma que: Nenhuma crianзa brinca espontaneamente sу para passar o tempo. Sua escolha й motivada por processos нntimos, desejos, problemas, ansiedades. O que estб acontecendo com a mente da crianзa determina suas atividades lъdicas; brincar й sua linguagem secreta, que devemos respeitar mesmo se nгo a entendemos (p. 05).

Diante do exposto observa-se que a brincadeira pode ser considerada para a crianзa uma maneira ilusуria, imaginбria, de realizar desejos impossнveis de serem concretizados na prбtica, como pode se apresentar como uma atividade que satisfaz necessidades referentes аquilo que a motiva para agir e que lhe proporciona prazer, pois por meio do brincar, a crianзa experimenta, organiza-se, regula-se, constrуi preceitos para si e para o outro. Inventa e reinventa, a cada nova brincadeira, o mundo no qual ela estб inserida, talvez por isso, ser tгo evidente a relaзгo que permeia os pontos brincar, ensinar e aprender.

INTERLOCUЗAO ENTRE O BRINCAR, O ENSINAR EO APRENDER Dentro do contexto escolar, as propostas educativas consistem na relaзгo professor, aluno e conhecimento, visto que o professor й o facilitador da aprendizagem. Й a partir desta relaзгo, que se propхem atividades possнveis para uma sala de aula mais dinвmica e significativa, com trabalhos prazerosos que permitam ao aluno desde a educaзгo infantil, interagir de forma desafiadora, em busca de aquisiзгo de um novo saber. Nesse contexto e de maneira imperativa, Fernбndez (1991) expхe que “para aprender sгo necessбrios 0 DF 20

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