A importância do símbolo na formação de leitores
A importância do símbolo na formação de leitores Antes de pensarmos em formação de leitores é necessário definirmos o que entendemos como um leitor, um individuo que é capaz de ler a placa de um anibus, ou uma obra literária, um guia de ruas ou compreender determinadas expressões de um individuo identificando seu humor, todas essas ações são formas de leitura.
Um sujeito é um leitor muito antes de ser alfabetizado, desde cedo podemos identificar inúmeros símbolos e relacioná- los a variadas situações, somos capazes de interpretar gestos e nos adequamos a eles. Todas essas atitudes nos fazem leitores, apazes de interpret les. Dessa forma 3 co ela já tem uma quando a criança ing sa Swip to view next page bagagem de leitor, já encio necessaria a compre quanto maior for ess de alfabetização. ções que se fez o e surpresa que e torna o processo Apesar de parecer um conceito simples, a idéia de símbolo é bastante complexa, uma coisa é símbolo de outra sem que nenhuma característica sua seja semelhante a qualquer característica da coisa simbolizada, por exemplo a cor vermelha no trânsito simboliza a instrução pare, o dedo polegar voltado para cima “tudo bem”, para baixo “tudo mal” assim, a relação ntre um símbolo e a coisa que ele representa é inteiramente arbitrária, ou seja, a razão da forma de um símbolo não está nas características da coisa simbolizada.
Uma criança que ainda não consiga compreender o que seja uma relação simbólica entre dois objetos não conseguirá aprender a ler.
Para complicar um pouco mais temos também a questão da grafia das letras, entendidas aqui como símbolo de um determinado som, observe a letra b e p, o que as diferencia é a haste vertical, de uma é para cima a da outra para baixo, nas letras p e q, a haste de ambas são para baixo mas, uma para a squerda e a outra para a direita, é fundamental perceber essas sutilizas, em nosso cotidiano o os objetos não se transformam em outro quando mudam de posição, uma panela quando virada com sua abertura para baixo continua sendo uma panela, entretanto um símbolo pode ter seu significado alterado quando sua posição é modificada, um n com um risco a mais se torna um m, um a sem seu cabinho vira um o, essas singularidades, embora primordiais, são sutis diferenças que determinam a distinção entre as letras do alfabeto, a criança que não se dá conta conscientemente dessas percepções visuais não aprende a ler. Devemos nós lembrar que além do visual temos as pequenas diferenças auditivas, como por exemplo, entre um pe um b , um v e um f, e outras letras que se assemelham sonoramente. As primeiras escritas infantis aparecem como linhas onduladas ou em ziguezague, continuas ou fragmentadas, ou como uma série de elementos repetidos.
De acordo com os estudos de Emilia Ferreiro (1991), a escrita infantil segue uma linha de evolução regular, através de diversos meios culturais, de diversas situações educati 20F linha de evolução regular, através de diversos meios culturais, de diversas situações educativas e de diversas línguas: ?? Distinção entre o modo de representação icônico e o não-iconico; • A construção de formas de diferenciação(controle progressivo das variações sobre os eixos qualitativo e quantitativo); • A fonetização da escrita (que se inicia com um período silábico e culmina no período alfabético) Os três itens mostram uma s[ntese de todas as barreiras que os alunos devem transpor para se alfabetizarem. Esses conhecimentos básicos para a leitura e a escrita podem ser atingidos espontaneamente pelas crianças, mas podem também ser estimulados a eclodir. Jean Piaget é o mais conhecido dos teóricos que defendem visão interacionista de desenvolvimento, em que as crianças procuram sempre de forma ativa, compreender aquilo que vivenciam e explicar aquilo que lhes é estranho, construindo hipóteses que lhes pareçam razoáveis, elas vão, portanto, construindo os seus conhecimentos por meio de sua interação com o meio.
A concepção interacionista de desenvolvimento baseia-se na idéia de interação entre organismo e meio e vê a aquisição de conhecimento como um processo construído pelo individuo durante toda a sua vida, não estando pronto ao nascer nem sendo adquirido passivamente graças às pressões do meio. Trazer para a escola ex bolos como escudos de 3 de símbolos como escudos de times, sinais de trânsito, emblemas, logotipos, auxiliam o aluno a perceber o significado do símbolo, trabalhar ritmo das letras usando versos, telefone sem fio, induzi-los a perceber as diferenças sutis nos traçados das letras, são atitudes que devem ser estimuladas dentro do ambiente escolar.
Durante o processo de alfabetização, pode ocorrer a aprendizagem mecânica ou a aprendizagem significativa, na aprendizagem mecânica o aluno decora, por exemplo, a ordem alfabética e recita as letras de cor, mas se você mostra uma letra solada ele necessita de toda a sequência para dizer que letra é aquela, o conhecimento adquirido fica arbitrariamente distribuido na estrutura cognitiva sem se ligar a conceitos específicos; na aprendizagem significativa ocorre o inverso o aluno não só identifica uma letra isolada como é capaz de reconhecer todas as variáveis em que ela pode ser encontrada (A a A a Para uma aprendizagem ser significativa é necessário ter sentido, para isso é preciso haver algumas condições, em primeiro lugar é Imprescindivel saber o que é para fazer, a que responde, qual é a finalidade perseguida com isso, com quais utras coisas pode relacionar-se, em que projeto geral pode ser inserido, é fazer o aluno ter claro o objetivo que se persegue com uma tarefa e as condições de realização. O exercício escolar, sem outro objetivo além do de aprender a usar o código e o do de mostrar que já sabe escrever, leva o aluno a produzir formas sem nenhuma relação com os textos que, de fato, 40F já sabe escrever, leva o aluno a produzir formas sem nenhuma relação com os textos que, de fato, circulam nas instituições.
Sem modelos que sustentem o ensino dos recursos de textualização de escrita, sem função para a atividade, o aluno recorre à seleção a cópia de cadelas aleatórias de palavras, sua produção escrita parece remontar a práticas em que os textos são apenas o objeto material a ser fisicamente recortado a fim de procurar seus pedaços. Aprender a ler e a escrever é um processo de aculturação, de aprendizagem das práticas sociais de um grupo social diferente do grupo ao qual pertencem os iniciados no campo da leitura e escrita. É de grande importância o acesso, por meio da leitura do professor, a diversos tipos de materiais escritos, uma vez que isso possibilita às crianças o contato com práticas culturais mediadas pela escrita.
Comunicar práticas de leitura permite colocar as crianças no papel de leitoras, que podem relacionar a linguagem com os textos, os gêneros e os portadores sobre os quais eles se apresentam: livros, bilhetes, revistas, cartas, jornais etc. As poesias, parlendas, trava-linguas, os jogos de palavras, memorizados e repetidos, possibilitam às crianças atentarem não só aos conteúdos, mas também à forma, aos aspectos sonoros da linguagem, como ritmo e rimas, além das questões culturais e afetivas envolvidas. Quando o professor realiza com frequência leituras de um mesmo gênero está propiciando às crianças oportunidades para ue conheçam as características próprias de cada está propiciando às crianças oportunidades para que conheçam as características próprias de cada gênero, isto é, identificar se o texto lido é uma história, um anuncio etc.
São inúmeras as estratégias das quais o professor pode lançar mão para enriquecer as atividades de leitura, como comentar previamente o assunto do qual trata o texto, fazer com que as crianças levantem hipóteses sobre o tema a a partir do titulo; oferecer informações que situem a leitura; criar um certo suspense, quando for o caso, lembrar de outros textos conhecidos a partir o texto lido; favorecer a conversa entre as crianças para que possam compartilhar o efeito que a leitura produziu, trocar opiniões e comentários etc. A leitura de histórias é um momento em que a criança pode conhecer a forma de viver, pensar, agir e o universo de valores, costumes e comportamentos de outras culturas situadas em outros tempos e lugares que não o seu. A partir dai ela pode estabelecer relações com a sua forma de pensar e o modo de ser do grupo social ao qual pertence.
As instituições de educação infantil podem resgatar o repertório de histórias que as crianças uvem em casa e nos ambientes que frequentam, uma vez que essas histórias se constituem em rica fonte de informação sobre as diversas formas culturais de lidar com as emoções e com as questões éticas, contribuindo na construção da subjetividade e da sensibilidade das crianças. Ter acesso à boa leitura é dispor de uma informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer em ler. A intenção de faze 6 OF informação cultural que alimenta a imaginação e desperta o prazer em ler. A intenção de fazer com que as crianças apreciem o momento de sentar para ouvir histórias exige que o professor, omo leitor, preocupe-se em lê-la com interesse, criando um ambiente agradável e convidativo à escuta atenta, mobilizando a expectativa das crianças, permitindo que elas olhem o texto e as ilustrações enquanto a história é lida.
O convívio com as crianças mostra o quanto elas gostam de escutar a mesma história várias vezes, pelo prazer de reconhecê- la, de aprendê-la em seus detalhes, de cobrar a mesma sequência e de antecipar as emoções que teve pela primeira vez. Isso evidencia que a criança que escuta multas histórias pode construir um saber sobre a linguagem escrita. Sabe que na escrita as coisas permanecem, que se pode voltar a elas e encontrá-las tal qual estavam pela primeira vez. Em seu livro “A Arte de ler, José Morais afirma que: “Os prazeres da leitura são múltiplos. Lemos para saber, para compreender, para refletir. Lemos também pela beleza da linguagem, para nossa emoção, para nossa perturbação. Lemos para compartilhar. Lemos para sonhar e para aprender a sonhar(há varias maneiras de sonhar… A melhor maneira de começar a sonhar é por meio de livros… ” Uma prática constante deve considerar a qualidade literária dos textos. A oferta de textos supostamente mais fáceis e curtos, para crianças pequenas, pode resultar em um empobrecimento de possibilidades de acesso à uma boa leitura. Ler não pode resultar em um empobrecimento de possibilidades de acesso à uma boa leitura. Ler nao é decifrar palavras. A leitura é um processo em que o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, apoiando-se em diferentes estratégias, como seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor e de tudo o que sabe sobre a linguagem escrita e o gênero em questão.
Não é necessário, ao ler para alguém, omitir, simplificar ou substituir or um sinônimo familiar as palavras que considera difíceis, pois, se o fizer, correrá o risco de empobrecer o texto. A leitura é uma rica fonte de aprendizagem de novos vocabulários. Um bom texto deve admitir várias interpretações, superando-se, assim, o mito de que ler é somente extrair informação escrita. É comum a aceitação que o desenvolvimento da leitura e da escrita comece antes da escola, entretanto, considera-se apenas como a aprendizagem de diferentes informações não relacionadas entre si, que logo serão reunidas, por algum tipo de mecanismo nao especificado.
Porém a aprendizagem da leitura e scrita é muito mais que aprender a conduzir-se de modo apropriado com este tipo de objeto cultural, é muito mais do que isto, exatamente porque envolve a construção de um novo objeto de conhecimento que, como tal, nao pode ser diretamente observado de fora. Assim, é função da escola aproximar esses dois mundos que parecem tão distantes, a função da leitura fora da escola e a função da leitura dentro dos muros escolares, ou seja, o que o aluno já sabe com aquilo que ele precisa aprende 80F leitura dentro dos muros escolares, ou seja, o que o aluno já sabe com aquilo que ele precisa aprender. O psicólogo soviético L S.
Vygotsky, há mais de meio século, já defendia a Importância da relação e da interação com outras pessoas como origem dos processos de aprendizagem e desenvolvimentos humanos, considerando o nível de partida o que o aluno conhece e criando desafios abordáveis para além desse nível, com a ajuda de outros alunos como via de acesso ? realização autônoma dessas tarefas em um nível superior. A distancia entre o nível de resolução de uma tarefa que uma pessoa pode alcançar atuando independentemente e o nível que pode alcançar com a ajuda de um colega mais experiente nessa arefa é o que chamamos de zona de desenvolvimento proximal. De acordo com a caracterização de Vygotsky e seus seguidores, é na ZDP que pode produzir-se o aparecimento de novas maneiras de o participante menos competente entender e enfrentar as tarefas e os problemas, graças à ajuda e aos recursos oferecidos por seu ou seus colegas durante a interação.
A ZDP é o lugar onde pode desencadear-se o processo de construção, modificação, enriquecimento e diversificação dos esquemas de conhecimento definidos pela aprendizagem escolar. Partindo dessa caracterização é possível entender que aquilo que uma essoa é capaz de fazer com ajuda em um dado momento, poderá ser dominado e realizado de maneira autônoma pelo participante inicialmente menos competente. Segundo Vygotsky, não se pode ensinar és crianças através de explicações artificiais, po Segundo Vygotsky, não se pode ensinar ás crianças através de explicações artificiais, poe memorização compulsiva e repetição apenas.
O que uma criança necessita é de adquirir novos conceitos e palavras para atribuir sentido e significado ao que aprende. E um conceito não é apenas a soma de certas ligações associativas formadas pela memória, assim como não é, também, penas um simples hábito mental: é um complexo e genuíno ato de pensamento, um ato de generalização, que envolve a atenção deliberada, a lógica, a abstração e a capacidade de comparar e diferenciar. Esses processos psicológicos não são adquiridos por simples repetição ou rotina pedagógica, mas por um grande e longo esforço mental por parte da criança, em interaçao com adultos e outras crianças.
O trabalho docente somente é frutífero quando o ensino dos conhecimentos e dos métodos de adquirir e aplicar esses conhecimentos se convertem em habilidades, capacidades e atitudes do aluno. O objetivo primordial da escola é formar pessoas inteligentes, aptas para desenvolver ao máximo possível sua capacidades mentais, seja nas tarefas escolares ou na vida prática, o professor deve dar-se por satisfeito somente quando os alunos compreendem solidamente a matéria, são capazes de pensar de forma independente e criativa sobre ela e aplicar o que foi assimilado. É preciso que o estudo se converta numa necessidade para o aluno e que seja um estimulo suficiente para canalizar a sua necessidade de atividade. Trata-se da soma de condições internas dos alunos e de condições externas expr 0 DF 13