A importância do tratamento interdisciplinar na paralisia cerebral
A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR NA PARALISIA CEREBRAL 25/1 112009 Turma A Universidade Federal de Pernambuco Curso de Medicina Módulo de Construção do Conhecimento AIDA FERNANDA BATISTA ROCHA, ALINE SORAIA CANDEIA DA LUZ, ANDRE VITOR COELHO LEITE, ANNE KAROLLINE DE SA VALGUEIRO, ARLINDO LAUDEMIRO LEITE JÚNIOR. AUGUSTO CESAR AMORIM NUNES MAIA, AUGUSTO FERREIRA CORREIA, B FATIMA SILVA, BRUN CAMILA ALEIXO MON A IMPORTÂNCIA DO REIRE, BETANIA DE 5 CA U DE FRANCA LIMA, Swipe view next page IRO CIPLINAR NA RESUMO A paralisia cerebral é um distúrbio motor em que o cognitivo pode, ou não, estar prejudicado.
Esse distúrbio pode-se originar por sofrimento fetal (dificuldade no parto, por exemplo), doenças adquiridas pela mãe durante a gestação (toxoplasmose, por exemplo) ou por algum trauma pós-nascimento (queda, apoxia, etc). Apesar de difícil, deve-se tentar identificar a presença do distúrbio o mais cedo possível e, nesse caso, é muito importante o papel dos pais (observando seu filho, procurando por dificuldades de movimento; comportamentos atípicos; músculos o mais rápido possiVel o tratamento. O tratamento em conjunto com todos esses profissionais chama-se tratamento interdisciplinar.
Os principais profissionais da equipe interdisciplinar: Fisioterapeuta: responsável por estimular a criança (através de rolamento, fortalecimento de musculatura, hidroterapia, equinoterapia,etc) visando não apenas a melhoras motoras, mas também proporciona à criança uma série de informações sobre o mundo e seu corpo que serão úteis para o desenvolvimento do cognitivo. Fonoaudiólogo: profissional responsável por ajudar a criança a desenvolver sua fonação (que pode, infelizmente, encontrar-se prejudicada devido ao PC).
Esse melhora da fonação pode ser adquirida através de treinos e exercícios. Terapeuta ocupacional: profissional responsável por socializar a criança e ajudá-la na execução das tarefas diárias. Psiquiatra/psicólogo: responsável por tratar do psicólogo não só da criança portadora de PC, mas também de sua família. Ortopedista: médico responsável pelo tratamento quando esse torna-se cirúrgico. Além disso ele é apto para aplicar a toxina botulínica, quando essa é sugerida pelo fisioterapeuta. ? importante enfatizar que no tratamento interdisciplinar esses profissionais não atuam de forma individual, mas sm como uma equipe em que o trabalho de um complementa o do outro, esultando, pois, em resultados bem superiores aos obtidos quando esses profissionais atuam de forma independente. página 1 Além da ação desses profissionais, é importante lembrarmos o papel da família para o tratamento de uma criança com PC. Essa importânc 20F é importante lembrarmos o papel da família para o tratamento de uma criança com PC.
Essa importância deve-se ao fato que irá ser o comprometimento, a entrega e os sacrifícios dessa família que irá ditar o quão bem tratada essa criança será. Palavras-Chave: Paralisia cerebral, reabilitação, Tratamento, equipe interdisciplinar CENARIO 0 Cenário clínico E. G. S é um menino de 4 anos que reside no bairro do Coque,na cidade do Recife. com sua mae,seu pai e uma irmã mais nova. Seu pai encontra-se desempregado e a única fonte de renda da família é o beneficio de assistência continuada que o filho recebe.
A mãe não consegue trabalhar porque todo o seu tempo é destinado ao tratamento e aos cuidado com E. G. S Segundo a genitora seu filho foi prematuro (22 semanas), de baixo peso(l _ 500Kg), apresentou sofrimento fetal durante o trabalho de parto. Ficou internado na UTI,durante 1 mês,teve Icterícia e fez uso de fototerapia. A ressonância magnética ostra Leucomalácia Periventricular e Atrofia cortical. A mãe relata que notava que seu filho era diferente e procurou alguns médicos. O diagnóstico de tetraparesia espástica foi feito aos 6 meses de idade.
O tratamento fisioterápico foi iniciado precocemente aos 7 meses. Atualmente E. G. S é atendido,num centro de reabilitação,por uma equipe interdisciplinar,composta por Fisioterapeuta,Terapeuta Ocupacional,Fonoaudiólogo e Psicólogo. Seu quadro clínico é bastante reservado ,apresenta controle cervical instável,não tem controle de tronco,não consegue rolar,os membros superiores são espástico e apresenta ouca funcionabilidade. Os quadris estão subluxados devido a espasticidade dos músculos adutores e flexore funcionabilidade. s quadris estão subluxados devido a espasticidade dos músculos adutores e flexores do quadril. Não consegue se puxar para de pé e permanece a maior parte do tempo na cadeira de rodas. Nào falar e é dependente em todas as atividade da vida diária . A mãe nunca falta às terapias e segue cuidadosamente todas as orientações dadas pela equipe. 20 cenário Clinico B. N. A é um menino de 5 anos que reside,na cidade do Recife. com seus pais e duas irmão mais velhas. Segundo a genitora seu filho nasceu com 38 semanas,de parto normal.
Teve alta do hospital com dois dias. Com 11 meses os pais observaram que seu filho tinha dificuldade para se puxar para de pé. O diagnóstico de Diplegia espástica(Tipo de paralisia cerebral-PC) foi feito pelo neuropediatra com 1 ano e 2 meses. E. G. S só iniciou o tratamento de reabilitação com 2 anos, em um centro de reabilitação especializado no tratamento da PC. AtuaImente apresenta como quadro clínico espasticidade moderada em membros inferiores e espasticidade leve em membros superiores. com maior comprometimento à esquerda. ?? semi-independente nas atividades de vida diária,prncipalmente,durante o vestiário e o banho. Sua fala é disártrica e apresenta sialoréia. Do ponto de vista motor consegue rolar,passa de deitado para sentado , se puxa para de pé e deambula com auxílio de terceiros. Durante o treno de marcha faz uso de órtese e andador. O gasto energético durante a marcha está cada vez maior,devido a espasticidade dos músculos adutores do quadril e do tríceps sural,fazendo com que o menor apresente uma marcha na ponta dos pés.
O fisioterapeuta sugeriu aplicação da toxina botulinica e solicitou 40F marcha na ponta dos pés. O fisioterapeuta sugeriu aplicação da toxina botulinica e solicitou uma avaliação médica,porém a mãe não procurou o médico ainda. A genitora falta muito as terapias e não segue as orientações dadas pelos terapeutas. Devido a falta de comprometimento da família,a equipe interdisci- Página 2 A IMPORTANCIA DO TRATAMENTO INTERDISCIPLINAR NA plinar que atende E. G. S(Fisioterapeuta TO,Fonoaudiólogo,Ortopedista) encaminhou os pais ao setor de pslcologla.
OBJETIVOS LI Adquirir conhecimento cientifico acerca da Paralisia Cerebral; L] Conhecer a atuação de uma equipe interdisciplinar na assistência e crianças portadoras de Paralisia Cerebral; C] Reconhecer a importância da aquisição de saberes de áreas (cientificas e não- cientificas); L] Conhecer os principais métodos de tratamento; LI Conhecer as principais formas de transmissão do conhecimento na área da saúde: experiência pessoal, transmissão oral, informações disponíveis na internet, apostilhas, textos didáticos, manual básico, livros de referência, periódicos.
JUSTIFICATIVA A PC é um distúrbio sensoriomotor conseqüente a uma lesão estática, ocorrida no período pré-natal, perinatal ou pós-natal que afeta o sistema nervoso central imaturo. As deficiências motoras tendem a estar associadas a problemas de fala, visão e audição, distúrbios da percepção e comportamento, retardo mental, epilepsia, entre outros.
A PC é uma condição crônica que exige tratamento ao longo da vida mediante atuação de uma equipe interdisciplinar a qual permite uma visualização do ser humano como um todo,garantindo nto e um tratamento IS visualização do ser humano como um todo,garantindo um atendimento e um tratamento mais seguro e eficaz para a criança. DESENVOLVIMENTO Primeiro encontro Tivemos a apresentação dos dois cenários com os quais iremos rabalhar nas semanas seguintes. Ambos tratam de crianças com Paralisia Cerebral (PC).
De acordo com a definição proposta pelo Little Club, PC é uma “desordem do movimento e da postura, persistente, porém variável, surgida nos primeiros anos de vida pela interferência no desenvolvimento do Sistema Nervoso Central, causada por um dano cerebral não progressivo”. Neste encontro, basicamente descobrimos o que é esta doença, como pode ser dado o diagnóstico, com o auxílio do exame clinico, da tomografia computadorizada (TC) elou ressonância magnética (RM) cerebral, quais sintomas o portador dessa apresenta, uais as principais classificações da doença e em que elas se baseiam.
Além disso, ficamos sabendo quais profissionais estão envolvidos no tratamento, uma vez que o objetivo maior do nosso trabalho é observar como uma equipe interdisciplinar, composta por Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Médicos, Fonoaudiólogos e Psicólogos, atuam na reabilitação de crianças com Página 3 Paralisia Cerebral. Alguns centros existentes aqui no Recife possuem equipes interdisciplinares e trabalham na reabilitação de crianças com PC . A visita desses centros será objetivo de alguns dos próximos encontros. Segundo encontro
Aconteceu no laboratório, 6 OF IS emos novas ferramentas novas ferramentas de busca na internet e pesquisamos artigos sobre tratamentos de PC. Um dos artigos, voltado para área médica e para a farmacologia, trata sobre o uso da toxina botulínica tipo A como tratamento para espasticidade de membros inferiores, um sintoma comum em alguns tipos de paralisia cerebral, e outro, voltado para a área da terapia ocupacional, mostra as intervenções dos terapeutas no desempenho de crianças com paralisia cerebral em suas atividades diárias.
Terceiro encontro Realizamos um trabalho em sala de leitura de textos que bordavam os aspectos médicos interdisciplinares relacionados com pacientes portadores de paralisia cerebral. Após a leitura dos textos houve uma discussão sobre os aspectos familiares, opiniões do grupo, aspectos culturais da doença, as variedades de quadros, os principais tratamentos e tiramos dúvidas sobre os sinais e sintomas da doença. Quarto encontro A aula foi realizada na pós-graduação do CCS e foram discutidos os papeis dos diversos profissionais envolvidos no tratamento da PC.
A professora Aleide disse como são feitos os primeiros encaminhamentos do paciente, quais profissionais são equisitados, em que ordem, qual a importância e as tarefas de cada um e a necessidade relativa em cada caso. Foi muito discutida também a contribuição do médico no processo de reabilitação e a professora nos deu alguma noção teórica da equinoterapia, que muitos desconheciam Quinto encontro A turma visitou a AACD e Conhecemos um pouco sobre a sua estrutura física, sua história, os tipos de especialidades e o papel dos profissionais que a constituem, as doenças a que ela oferece tratamento.
De especialidades e o papel dos profissionais que a constituem, as doenças a que ela oferece tratamento. Descobrimos que essa instituição não trata de pacientes com déficits cognitivos, mas sim os com Paralisia Cerebral Malformações Congênitas, Doenças Neuromusculares, Mielomeningocele, Lesão Encefálica Adquirida, Poliomielite e Lesão Medular. Além disso, a AACD recentemente instalou um grupo de apoio à amputados. Dados sobre a instituição: Inaugurada no dia 14 de maio de 1999, graças ao Teleton, a AACD Pernambuco tem capacidade para realizar 650 atendimentos diários.
A unidade foi construída em uma área de 15. 000 ma, na Av. Advogado José Paulo Cavalcanti, 155 – Ilha Joana e Bezerra, Recife e também conta com uma Oficina Ortopédica. A AACD Recife atende às regiões norte e nordeste do Brasil. Página 4 Sexto encontro Foi ministrado no CERVAC- centro de reabilitação e valorização da criança- uma instituição comprometida em promover qualidade de vida a crianças e adolescentes acometidos não só por paralisia cerebral mas também por s[ndrome de down e hidrocefalia.
No centro o acompanhamento das crianças é feito por fisioterapeutas, psicólogos,fonoaudiólogos, pediatras, assistentes social e pedagogos e tem obtido resultados positivos na execução do seu trabalho como o progresso das rianças que passaram a andar, comunicar-se e mostrar que mesmo com todas as dificuldades, são capazes de tornarem- se cidadãos multiplicadores de esperanças contribuindo para o engrandecimento da humanidade.
Nessa visita, vimos as salas de fisioterapia onde as crianças têm seus mov 80F humanidade. Nessa Visita, vimos as salas de fisioterapia onde as crianças têm seus movimentos estimulados, porém notamos a prática um pouco rudimentar incluindo os equipamentos,ou seja, esta organização necessita de mais apoio financeiro para a aquisição de novos materiais e pra a capacitação e contratação e mais profissionais qualificados.
Depois da visita a essa sala,assistimos a um show da banda Força especial ,formada por adolescentes e jovens com deficiências diversas como:retardo mental e distrofia muscular. Essa iniciativa de utilizar a música para promover desenvolvimento e qualidade de vida para os pacientes contribui bastante para a evolução da saúde do paciente ou ,quando não é mais o bem- estar e o apego do paciente à vida novamente.
Sétimo encontro Nesse encontro foi discutido como iríamos apresentar para a turma os conhecimentos obtidos nesse módulo de construção o conhecimento. Houve a ideia de se fazer um documentário, contudo devido a falta de maquinário e de conhecimento de edição e filmagem ela foi descartada. Depois de um série de discussões chegou-se a conclusão que seria mais eficiente o desenvolvimento de um trabalho contendo slides, vídeos e fotos. FIGURA 1 .
ESQUEMA ILUSTRATIVO DAS DISFUNÇOES MOTORAS página 5 RECOMENDAÇÕES: A paralisia cerebral caracteriza-se por ser uma deficiência fisica originada de lesão cerebral, de qualquer ordem, adquirida antes, durante, e também após o nascimento, cujas causas são variadas que pode ser provocada, or exem lo, pela falta de oxigenação no cérebro; por sofriment variadas e que pode ser provocada, por exemplo, pela falta de oxigenação no cérebro; por sofrimento durante o nascimento (a criança não respira e dá-se a falta de oxigenação no cérebro); por algumas doenças contraída durante a gravidez pela mãe (rubéola, toxoplasmose, etc); exposição ao Raio X; o fato da mãe possuir Rh- e o filho Rh+, etc. Além disso, a deficiência pode aparece após o nascimento através de um traumatismo craniano, de uma macro ou uma microcefalia ou de uma doença como o sarampo. Todavia, apesar dessa doença ser causada por múltiplo fatores, diretor clínico da Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), Dr. Ivan Ferraretto defende que 80% dos casos de PC poderiam ser prevenidas caso houvesse um pediatra na sala de parto, juntamente com o obstetra. Além da presença do pediatra na sala de parto, existem outros (tens que poderiam servir como prevenção para que tal deficiência não afetasse as crianças.
A primeira seria a vacinação das mulheres entre 15 a 45 anos contra a rubéola, outra, seria o conhecimento prévio do fator angü(neo da mãe, pois o fator Rh apresenta um grande risco da criança vir a portar a paralisia cerebral. Outro cuidado seria o de fazer os exames antes da gravidez, fazer o acompanhamento médico durante a gestação e na hora do parto, além de cuidados após o nascimento do filho. E, se necessário for, negociar o preço de uma eventual cesariana, caso venha a precisar dela num hospital público. Contudo, caso a criança já tenha desenvolvido o PC para que a qualidade de seu tratamento seja maximizada é preciso haver uma maior integração entre os profissionais da área de saúde. A falta dessa 0 DF