A nova economia
índice Introdução 2 O que é a Nova Economia? 3 I – A Nova Economia: Informacionalismo, Globalização e Redes I 9 II – Produtividade, competitividade e economia Informacional 10 O enigma da produtividade I A produtividade baseada no conhecimento é específica da economia informacional? Informacionalismo e capitalismo, produtividade e lucro I A especificidade histórica do informacionalismo III -A economia glob Mercados financeiro inâmical 15 7 Globalização dos me d: _ , Swipetoviewn XI p Globalização versus A internacionalizaçã Produção informacional e globalização selectiva da ciência e da tecnologia I Trabalho global?
A geometria da economia global I A economia politica da globalização Notas finais 30 | Bibliografia 32 Anexo 1 – Apresentação (powerpoint) 33 | Introdução No âmbito da cadeira semestral de Introdução às Ciências sociais, o presente trabalho visa debater a temática da Sociedade em Rede, em particular a “Nova Economia”, onde iremos abordar, o informacionalisno, a produtividade, competitividade e economia informacional, a globalização dos mercados de bens e serviços a ideias e às pessoas, estabelecem-se contactos mais directos com menor recurso a intermediários, o tempo ganha nova importância o marketing passa a ser pensando de acordo com novas características que emergem. Na Nova Economia as empresas para funcionarem em pleno tem necessidade de o fazerem em rede, formando alianças com outras empresas de forma a conseguirem atingir mais rapidamente os seus objectivos, que basicamente se resumem sempre a obtenção do máximo lucro. Ao fazerem alianças entre si, criam condições para melhorar o seu desempenho, terem mais acesso a novas tecnologias e mercados e a melhores informações. A partilha de saberes e experiências permite um maior grau de conhecimento e desenvolvimento, porque ao interagirem entre si urgem novas ideias que nos permitem continuar a evoluir.
Na Nova Economia a criação de redes e alianças, entre estados, países, empresas e mesmo pessoas, permitiu abrir diversas fronteiras de forma a que todos possam usufruir das melhores oportunidades, situação essa que se deveu em muito a evolução das novas tecnologias e dos canais de comunicação. Hoje podemos considerar que o planeta não passa de uma pequena aldeia, em que a maior parte de nós consegue através das novas tecnologias e canais de comunicação e distribuição ter acesso não só á informação, mas como a transmissão e aquisição e conhecimentos e oportunidades vindas de qualquer parte do globo. O que é a Nova Economia?
A Nova Economia surgiu nos anos 90, nos EUA, em torno de industrias específicas, sobretudo das tecnologias da informação e da finança, com a biotecnologia a dar os primeiros passos. Foi no final da década de 90 que as sementes da Revolução da Tecnologia da Informação, semeadas nos anos 70, floriram década de 90 que as sementes da Revolução da Tecnologia da Informação, semeadas nos anos 70, floriram numa onda de novos processos e novos produtos, estimulando o crescimento da produtividade e da concorrência económica. Porquê os EUA? Parece ser o resultado de uma combinação de tecnologia, de economia, de cultura e de factores institucionais, sendo que cada item reforçava cada um dos outros factores.
Economicamente o tamanho do mercado dos EUA e a sua posição dominante nas redes globais de cap•tal e de mercadorias no mundo constituem um espaço natural para que as indústrias tecnologicamente inovadoras consigam rapidamente encontrar mercados, atrair investimentos de capital e recrutar especialistas em todo o mundo. Cultura, empreendedorismo, Individualismo, flexibilidade e multi-etnicidades foram os ingredientes- have, tanto das novas indústrias como dos Estados Unidos. Institucionalmente, a reestruturação do capitalismo, sob a forma da desregulação e liberalização das actividades económicas, teve lugar mais cedo e mais rapidamente nos EUA do que nos resto do mundo, facilitando a mobilidade de capital, difundindo a inovação a partir do sector público da investigação e quebrando monopólios importantes.
A nova economia tomou forma em duas indústrias-chave que não inovaram apenas em produtos e processos, mas aplicou estas invenções a si própria, espalhando assim o crescimento e a rodutividade e, através da competência, difundindo um novo modelo de comércio pela economia. Estas industrias eram tecnologia de informação e sector financeiro. No coração da indústria das novas tecnologias de informação estão, as empresas relacionadas com a Internet, primeiro pelo seu potencial de influência na forma como o comércio é orienta Internet, primeiro pelo seu potencial de influência na forma como o comércio é orientado, em segundo lugar, a indústria da Internet tornou-se também na principal força no seu próprio terreno, pelo seu crescimento exponencial em receitas, emprego capitalização do valor do mercado. Um resumo sobre a indústria da Internet ajudará a entender os contornos da nova economia.
Em 1999 a indústria americana relacionada com a Internet podia ser classificada em quatro ramos: * O primeiro ramo inclui as empresas que fornecem a estrutura da Internet, isto é as componentes de telecomunicações, Internet Service Providers (ISP), as principais profissões ligadas à Internet, as empresas que fornecem os acessos finais e os produtores de equipamentos para os utilizadores em rede; * O segundo ramo é formado pelas empresas que desenvolvem as aplicações para a Internet, os produtos de oftware e de serviços para as transacções em rede (este ramo inclui as empresas de consultoria e design, construção e manutenção dos Sitios da Internet); * O terceiro ramo inclui as empresas que nao geram rendimentos directos das transacções comerciais, mas da publicidade, quotas de associados e comissões, em troca das quais fornecem serviços grátis na rede: um novo tipo de empresa; * O quarto ramo, quando olhado desde 1999, pode representar o futuro da indústria da Internet: são as empresas que conduzem as transacções em rede, como por exemplo a Amazon, com o seu tipo de comércio a que se chama comércio electrónico (e- ommerce). Na viragem do século, a economia da Internet e as indústrias das tecnologias da informação tinham-se tornado centrais na economia dos EUA, tanto em qualidade como em quantidade. Enquanto muitas acções da Internet 4 centrais na economia dos EUA, tanto em qualidade como em quantidade. Enquanto muitas acções da Internet eram excessivamente sobrevalorizadas e submetidas às correcções do mercado de acções, a tendência global de valorização parece corresponder ? expectativa racional das novas fontes do crescimento económico.
Ao fazê-lo os investidores chamam a atenção para o potencial estas empresas, induzindo um novo investimento de capital, tanto em capital de risco como em acções. Em resultado, a industria foi inundada com dinheiro, tendo assim uma oportunidade para a inovação e empreendimentos. Esta situação leva-nos à segunda maior fonte de transformação da economia, a indústria financeira. O mundo financeiro transformou-se na década de 90 pela mudança institucional e pela inovação tecnológica. As raízes da transformação da economia estão na desregulação da indústria e na liberalização das transacções financeiras nacionais e internacionais durante os anos 80 e 90, em primeiro os EUA e no Reino Unido e depois, gradualmente, na maior parte do mundo.
Ao oficializar as políticas não intervencionistas do regulador federal, os EUA deram liberdade às empresas privadas para gerir dinheiro e títulos de todas as maneiras adequadas ao mercado, sem outros limites além dos estabelecidos pela lei e pelos tribunais relacionados com o comércio em geral. A indústria financeira tirou partido destas novas liberdades para se reinventar, quer orgânica, quer tecnologicamente. Por outro lado, através do mundo, as maiores fusões entre as empresas financeiras conduziram à consolidação da indústria em alguns ega grupos, capazes de um alcance global, cobrindo um largo espectro de actividades financeiras, de um modo crescentemente integrado. s OF um largo espectro de actividades financeiras, de um modo crescentemente integrado. or outro lado, as tecnologias da informação modificaram qualitativamente o modo como eram conduzidas as transacções financeiras. Computadores poderosos e modelos matemáticos avançados permitiram o acompanhamento e projecção de produtos financeiros com uma complexidade crescente, operando em tempo real e também no futuro. As redes de comunicação electrónica e a asta utilização da Internet revolucionaram o comércio financeiro entre as empresas, investidores e empresas, entre vendedores e compradores e, por fim, o próprio mercado das acções. Uma das principais consequências da transformação da economia foi a integração global dos mercados financeiros.
Outro grande desenvolvimento foi o processo de anulação de intermediários financeiros, isto é, a relação directa entre investidores e mercados de títulos, deixando de parte as tradicionais empresas de corretagem com base nas redes de comunicação electrónica (RCE’s). A oferta no mercado da corretagem on-line em Portugal tem indo a alargar-se desde Julho de 1999, quando a Bigonline disponibilizou pela primeira vez este serviço ao público. Desde então a concorrência é cada vez maior. Logo após o aparecimento do projecto on-line do Banco de Investimento Global (BIG), surgiram mais duas corretoras on-line a Servimédia e o Melloinvest. com, actualmente integradas no Banc07.
Já em Fevereiro de 2000 surge a e-deal, o serviço on-line da Investimento Directo – Sociedade Financeira de Corretagem, S. A A partir de então multiplicaram-se as iniciativas nesta a área. A estas juntaram-se os projectos do Banc07, do Banco Santander, da L. J. Carregosa – Sociedade Corretora, S. A. , da Título – Sociedade Corretor Banco Santander, da L. J. Carregosa – Sociedade Corretora, S. A. , da Título – Sociedade Corretora, S. A. (TítuloDirecto), do Banco Espírito Santo (Besnet), do Banco Português de Investimento (BPI Online) e da Caixa Geral de Depósitos (caixadirecta on-line). Fonte: http:wmw. cmvm. pt um grande número de investidores em nome individual entraram no mercado de acções, utilizando as capacidades da tecnologia.
Os chamados comerciantes diários, que tinham como alvos favoritos as acções das empresas da Internet, foram quem popularizou a corretagem electrónica. A corretagem electrónica alargou-se rapidamente das acções aos títulos. Os mercados bolsistas em todo o mundo viraram-se para a corretagem electrónica na segunda metade dos anos 90. A tecnologia das transacções é importante e afecta a indústria financeira porque, ao reduzir os custos de transacção, atrai um leque muito mais vasto de investidores e reduz o custo real do comércio. Também abre oportunidades de investimento a milhares de investidores individuais que, com base na informação on-line, pesquisam oportunidades e analisam o valor dos investimentos.
As consequências são, em primeiro lugar, um umento substancial na quantidade do valor comercializado porque mobiliza as poupanças à procura de maiores lucros e porque acelera consideravelmente a taxa de retorno do capital; em segundo lugar, a informação e as suas atribulações tornam-se críticas ao afectarem os movimentos do capital e o valor dos títulos; em terceiro lugar a volatilidade financeira cresce exponencialmente porque os padrões de investimento se tornam altamente descentralizados, os investidores compram e vendem os títulos e as tendências de mercado desencadeiam reacções quase imediatas. No mercado financei No mercado financeiro electrónico existem muito mais nvestidores, com um conjunto mais vasto de estratégias para contornar as incertezas, utilizando a velocidade e a flexibilidade para compensar os baixos nlVeis de informação. O resultado global é o de maior complexidade e volatilidade no mercado. Quase tudo pode ser transformado em produto financeiro e comercializado no mercado financeiro, os mercados financeiros constituem a rede estratégica dominante da nova economia.
No entanto, a avaliação dos mercados, como é formada e quais os critérios subjacentes, é um dos temas mais complexos na Economia da nova economia e uma questão sem consenso entre s especialistas da área. Castells considera esta questão como a pedra fundamental da economia politica na Era da Informação, mas nao podendo dar uma explicação de forma rigorosa pois não se tem acesso ? informação necessária, arrisca apresentar algumas ideias que poderão contribuir para indicar o caminho à investigação. Através da apresentação de algumas provas conclui que a questão essencial é “no novo mundo financeiro, seja o que for que se estabeleça como valor no mercado, só dura enquanto existir no mercado”.
Reflectindo sobre os casos apresentados adianta uma hipótese omo possível: o processo de valorização parece estar dependente de dois factores-chave: a confiança e a expectativa. Se não existe confiança no ambiente institucional, nem os lucros nem a tecnologia ou valor de uso representarão valor financeiro, por outro lado, se existir confiança nas instituições que suportam o mercado, então as expectativas do valor potencial futuro de uma futura acção aumentarão o seu valor. É por isto as expectativas do valor potencial futuro de uma futura acção aumentarão o seu valor. É por isto que para as empresas que juntam o saber da nova economia com as virtudes tradicionais da entabilidade e respeitabilidade empresarial, as recompensas são mais elevadas.
Não afirmando que toda a avaliação é subjectiva, Castells afirma que o desempenho das empresas, a oferta e a procura, os indicadores macroeconómicos interagem com várias fontes de informação num padrão crescentemente imprevisível, onde a valorização pode ser decidida, em última análise, através de combinações aleatórias de uma multiplicidade de factores que se recombinam em crescentes graus de complexidade, à medida que a velocidade e o volume de transacções continuam em aceleração. Sendo por isto que, em última análise, que as ecisões importantes sobre como investir o dinheiro não são tomadas com base na rentabilidade, mas com base no crescimento esperado do valor financeiro.
O valor de crescimento esperado é um método prático para o investimento na nova economia. Existe uma separação crescente entre a produção material, no velho sentido da produção industrial, e a produção de valor. Sob o capitalismo informacional, a produção de valor é essencialmente um produto do mercado financeiro. Mas para chegar ao mercado financeiro e conseguir mais valor nele, as empresas, as instituições e os indivíduos têm que passar pela difícil tarefa de novar, produzir, gerir e criar a imagem de bens e serviços. A nova economia reune a informação sobre a tecnologia e a tecnologia de informação na criação do valor a partir da nossa crença no valor que criamos.
Existe ainda uma componente adicional essencial da nova economia: o trabalho em rede. I -A NOVA ECONOMIA: Info componente adicional essencial da nova economia: o trabalho em rede. I – A NOVA ECONOMIA: Informacionalismo, Globalizaçao e Redes CASTELI_S entende a “nova economia” como informacional, global e em rede, identificando as suas principais características e salientando a sua interligação. Ela é informacional: porque a produtividade e a competitividade das unidades ou agentes nessa economia (sejam empresas, regiões ou nações) dependem basicamente de sua capacidade de gerar, processar e aplicar de forma eficiente a informação baseada no conhecimento. (CASTELLS, 2007, pág. 5) É global: porque as principais actividades produtivas, o consumo e a circulação, assim como as suas componentes (capital, trabalho, matérias-primas, administração, informação, tecnologia e mercados) estão organizados à escala global, directamente ou mediante uma rede de relações entre os agentes economlcos”. E é em rede: “… porque, sob as novas condições históricas, a produtividade e a competitividade se estabelecem e desenvolvem numa rede global de interacções em redes comerciais. ” Segundo o autor, o que difere a “nova economia” (informacional e global) da economia industrial é a capacidade tecnológica de processar informação, gerando novos conhecimentos. Esta mudança da dinâmica da economia industrial criou uma economia global, traduzindo-se em profundas transformações tecnológicas, tanto em processos como em produtos, que tornaram algumas empresas sectores e áreas mais produtivos. 0 DF 37