Acadêmicos na escola – projeto coletivo de extensão

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CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO ÁREA DE CIÊNCIAS SOCIAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO ACADÉMICOS NA ESCOLA Projeto de extensão apresentado à disciplina de Projeto Coletivo de Extensão. Acadêmicos: Gilson Ataliba Ramos Segatto Anderson Gonçalves Castagna Melina Piani Profs. Orientadoras: Juliana A. Rüdell Boligon Lisandra Taschetto Murini Santa Maria Junho/2010 1 INSTITUIÇÕES ENVOLVIDAS 2. 1 Centro Universitário Franciscano – Unifra Área de Ciências Sociais – Curso de Administração Endereço: Silva Jardim, 1175.

Telefone: (55) 3025-1202 -lal Studia Santa Bárbara, sem número, vila Bela União, foi fundada em 1987 atende aproximadamente 80 crianças de 3 à 5 anos de idade. Possui uma turma de maternal 2 integral, um Pré A integral, um Pré A turno da tarde, um Pré B turno da manha e um Pré B turno da tarde. A Instituição mantém-se com uma verba do PRODAE, de RS700,OO por bimestre destinados à compra de material de limpeza, gás propano (gás de cozinha), além de material de expediente e manutenção do prédio escolar e, também, para contratação de serviços de pequenos reparos nas instalações físicas da escola.

Conta ainda com verbas do PNAC e PNAP, de R$308,00 mensais para compra de gêneros alimentícios com a finalidade e oferecer café da manhã, almoço e lanche da tarde para as 80 crianças que frequentam a escola. Com recursos escassos a escola enfrenta visíveis dificuldades para manter o prédio escolar e adquirir equipamentos. Dentre outras coisas a escola necessita de pintura externa e interna, conserto do muro da pracinha que está caindo devido ao excesso de chuvas nos primeiros meses do ano corrente. ? preciso trocar a tela que cerca a escola e falta reboco em uma parede externa. 3. 2 OBJETIVOS Este projeto visa melhorar a estética do prédio da escola e, consequentemente, elevar a auto-estima de toda a comunidade scolar (pais, alunos, professores e funcionários) além de proporcionar aos moradores da Vila Bela União a oportunidade de estreitar os laços que une escola e comunidade através dos eventos que serão organizados e instigar nessas pessoas o nobre espírito do trabalho voluntário. 2. 1. Objetivo Geral Arrecadar recursos financeiros e materiais para a Escola Municipal de Educação Infantil Zahie Beret Farret. 20F Escola Municipal de Educação Infantil Zahie Beret Farret. 2. 1. 2 Objetivos Específicos Para efetivação do objetivo geral exposto foram elencados os eguintes objetivos específicos: – Viabilizar a pintura no prédio da Escola, a fim de melhorar a estética da mesma, além de elevar a auto-estima da comunidade escolar (pais, alunos, professores, funcionários e estagiários). Organizar eventos para arrecadação de recursos. – Buscar parceria com empresas privadas da área de materiais de construção a fim de arrecadar doações e pleitear descontos na aquisição dos materiais necessários às obras. – Buscar apoio junto a comunidade da Vila Bela União, para a execução do projeto, principalmente no que diz respeito à mão- de-obra. Viabilizar a compra de uma máquina de lavar para uso da Escola. 2. JUSTIFICATIVA O presente projeto justifica-se como um importante instrumento de integração entre universidade, representada por seus acadêmicos, e sociedade, oportunizando, por um lado, aos universitários a nobre experiência do contato com a sociedade em que se inserem, vivenciando suas dificuldades e anseios desempenhando papel coadjuvante nos projetos que desenvolvem. Já, a comunidade, é contemplada tendo à sua disposição todo conhecimento técnico e científico que a instituição de ensino superior proporciona a seus acadêmicos.

Além de, por meio do esforço conjunto de comunidade, Escola e acadêmicos, a Instituição ter a chance de alcançar resultados que multo dificilmente conseguiria caso tivesse de contar somente com seus próprios recursos, já que esta tem dificuldades inclusive para custear suas atividades bá Com acadêmicos se utilizando de seus conhecimentos provindos do ensino superior, a comunidade participando ativamente e a Escola cedendo seu nome e espaço físico, os resultados que poderão resultar dessa união de esforços tendem a ser exponencialmente mais significativos em comparação aos que oderiam resultar dos esforços de somente um ou dois desses agentes. 3 REVISAO BIBLIOGRAFICA Esta revisão bibliográfica tem por finalidade fazer uma análise acerca dos pontos mais importantes que nortearam o desenvolvimento do presente projeto. Embasados em pesquisa bibliográfica, destacar-se-á, primeiramente, a importância e o papel da extensão universitária no processo de integração entre universidade e sociedade. Em seguida, será destacado a participação do setor privado neste contexto e o fenômeno conhecido como Responsabilidade Social Empresarial. or último, erá feita uma análise acerca das dificuldades que instituições sem fins lucrativos enfrentam para captar e gerenciar recursos financeiros e materiais, tão necessários à execução dos projetos que desenvolvem e para suprir o gargalo existente entre aquilo que realmente necessitam e o que lhes é repassado pela administração pública. Como exemplo, evidentemente, serão abordadas as necessidades da Escola de Educação Infantil Zahie Beret Farret, Instituição alvo do presente projeto. 3. 1 EXTENSAO UNIVERSITARIA Entende-se por extensão universitária ou acadêmica toda ção de uma universidade junto à comunidade, colocando ? sua disposição todo conhecimento adquirido com o ensino e a pesquisa desenvolvidos. por essa ação obtem-se um novo conhecimento que deve ser trabalhado, discutido e desenvolvido (SOUZA, 2000). 40F discutido e desenvolvido (SOUZA, 2000).

Além disso, o conceito de extensão universitária adotado pelas universidades faz referência ao contato imediato da comunidade interna de universidade com a sua comunidade externa, ou seja, a sociedade à qual ela está subordinada. Frente a isso surge a crença de que todo conhecimento gerado dentro de uma Instituição de pesquisa deve possuir em sua essência a intenção de transformar a realidade social (SOUZA, 2000). para Souza (2000, p. 12): A Universidade tem não só objetivos pedagógicos em sua existência na Sociedade mas também objetivos sociais, políticos e culturais. Além de suaras funções de ensino e pesquisa, ela é chamada também a assumir as atividades de Extensão Universitária. A extensão universitária no Brasil é vista como um dos pilares do ensino superior, conforme dispõe o artigo 207, caput, da Constituição Federal.

Embora questionada quanto a sua ficácia, deve ser valorizada, por ser o elo entre a população e a universidade. Ainda segundo Souza (2000, p. 12) Quando a Extensão Universitária surge no cenário acadêmico ela parece provocar um certo embaraço, como se sua existência fosse anacrônica e impertinente. É difícil discutir sobre um tema que provoca muito mais perturbação do que propriamente uma vontade de análise e de superação dos problemas que podem estar sendo criados. Entender a Extensão é um exercício difícil, pois a questão primária de sua concepção está sempre se impondo e Impedindo o avanço rumo a outras formulações.

A universidade brasileira sempre foi caracterizada pelo exercício de uma única função, que é o ensino e a extensão universitária surge como uma atividade acadêmica capaz de imprimir um novo rumo às instituições de ensino superior, além atividade acadêmica capaz de imprimir um novo rumo às instituições de ensino superior, além de contribuir significativamente para uma mudança na sociedade brasileira O termo ‘Extensão’ surgiu pela primeira vez no Estatuto das Universidades Brasileiras, em 1931 , como sendo um organismo da vida social da universidade. Ressurge no texto da Lei 5. 540/68 Brasil, 1968), tornando-se obrigatória em todas as universidades brasileiras (SOUZA, 2000). Ainda em Souza (2000, p. 16, 17) A operacionalização da Extensão, que deveria ocorrer na nova ei de Diretrizes e Bases (LDB), aparece de forma tímida e pouco elucidativa, no Artigo 49, parágrafo terceiro, que coloca a Extensão como instrumento de difusão, para a população, das conquistas e dos benefícios produzidos dentro da Universidade, e também como dos requisitos mínimos para o credenciamento de Universidades, no Artigo 57 da referida Lei.

O Artigo 207 volta a registrar o principio da indissociabilidade ntre ensino, pesquisa e extensão que deve reger as Universidades Brasileiras (Brasil, 1988). Mas também segue somente até este ponto, ou seja, restringe-se a uma repetição de palavras, sem apresentar o novo. Por fim, o papel fundamental da extensão universitária é o de tornar o conhecimento, fruto das pesquisas universitárias, acessvel a todos os membros da comunidade, e não apenas a uma parcela mais privilegiada da Sociedade 3. 2 RESPONSABILIDADE SOCIAL Entende-se por responsabilidade social de uma empresa sua obrigação administrativa de tomar atitudes a fim de proteger viabilizar o bem-estar da sociedade além de seus próprios interesses (CERTO, 2003).

Segundo Davis (1973) apud Certo (2003): Se uma empresa fica restrita à lei ela não está sendo socialmen Davis (1973) apud certo (2003): Se uma empresa fica restrita à lei ela não está sendo socialmente responsável, pois isto é o que todo o bom cidadão faria. A responsabilidade social de uma empresa começa onde a lei termina. Peter Drucker via os problemas sociais como “disfunções da sociedade, enfermidades”, desafios estes devem ser vistos pelas empresas como oportunidades de negócios. segundo certo (2003, p. 6): uma empresa socialmente sensível, que seja tanto eficaz quanto eficiente, cumpre suas responsabilidades sociais sem desperdiçar os recursos de que dispõe no processo.

Determinar com exatidão quais as responsabilidades sociais que uma empresa deve cumprir e em seguida o modo como isso será feito são as duas decisões mais importantes para que se mantenha o alto nível de sensibilidade social dentro de uma empresa. Algumas décadas atrás era difícil imaginar que uma empresa pudesse ser avaliada em função de seu desempenho ético e de seu relacionamento com a comunidade em que está inserida. Entretanto, cada vez mais, uma força mobilizadora vem tomando conta da consciência empresarial das instituições. A esse fenômeno dá-se o nome de Responsabilidade Social Empresarial, que vem sendo debatido nas esferas empresarial e acadêmica, além de despertar na sociedade a conscientização da importância de uma atuação socialmente responsável nas empresas.

Entre as empresas brasileiras pode-se identificar duas visões distintas a respeito da atuação social: a visão pós-lucro e a visão pré-lucro da Responsabilidade Social Empresarial. A primeira surge da mentalidade pura e simples de maximização os lucros, ou seja, uma visão clássica da Administração de Empresas, na qual a análise ambiental não é utilizada como ferramenta estratégi da Administração de Empresas, na qual a análise ambiental não é utilizada como ferramenta estratégica. A segunda visão vislumbra um objetivo maior, que é o de desenvolvimento sustentável da sociedade, que faz parte do planejamento estratégico da organização, apontando para o equilíbrio entre desempenho corporativo, ética e compromisso social.

No contexto atual, fatores como educação, saúde, meio ambiente, segurança, cultura, esporte e lazer são considerados omo responsáveis diretos no desenvolvimento de um ciclo de consumo dentro de toda a cadeia produtiva em torno da sociedade. Por este motivo as empresas e as comunidades devem optar pelo consumo consciente, ou seja, o uso de bens e serviços que atendam às necessidades básicas e tragam uma melhor qualidade de vida à população ao passo que minimizem a utilização de recursos naturais, materiais tóxicos e a emissão de poluentes com a finalidade de minimizar os fatores que invariavelmente serão prejudiciais às futuras gerações.

Somente assim, as organizações tornam-se verdadeiras empresas- idadãs, contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura de consumo responsável e buscando uma solução ou, no mínimo, uma diminuição nas carências sociais existentes. 3. 3 VOLUNTARIADO “Ser ou não ser, eis a questão”. Não, isso nada tem haver com a peça teatral A tragédia de Hamlet, de Willian Shakespeare, pelo contrário, de tragédia nada temos no voluntariado. Definido como “toda atividade desempenhada no uso e gozo da autonomia do prestador do serviço ou trabalho, sem recebimento de qualquer contraprestação que importe em remuneração ou auferimento de lucro” (RAFAELLA, 2010).

Não há estatísticas oficiais que acompanhem o crescimento do setor não lucrativo no Brasil ou das or ani 80F há estatísticas oficiais que acompanhem o crescimento do setor não lucrativo no Brasil ou das organizações da sociedade civil voltadas para o bem público (GOLDBERG, 2001). Entretanto, mesmo sem contar com informações sistematizadas, é notória a expansão do terceiro setor e da concepção do trabalho voluntário como um forte instrumento de ação na área social, a partir de meados da década de 90. O trabalho voluntário tem ajudado em muito a diversas Organizações Não Governamentais na realização de seus trabalhos. Além disso, diversas outras entidades têm sido beneficiadas por trabalhos voluntários, quer seja na execução de tarefas quer seja na arrecadação de bens e valores a serem empregados para melhorar as condições dessas entidades.

Funcionários de grandes empresas, profissionais liberais, associações de clubes, enfim vários grupos de pessoas tem se unido para ajudar especialmente escolas, hospitais, asilos e orfanatos. Essas entidades sempre necessitam de auxilio devido ? carência de recursos que sempre as acompanham. Nota-se nos últimos anos uma mudança no perfil dos voluntários, antes representados por pessoas com tempo ocioso ou aposentados. Atualmente a malona dos voluntários são pessoas economicamente ativas, com alto nível de qualificação e que tem acesso à internet, utilizando desse meio também para exercerem o voluntariado e alcançarem os objetivos traçados.

A decisão em ser ou não ser um voluntário passa primeiramente pelo comprometimento com o que se está propondo a realizar, o trabalho mesmo voluntário requer uma dedicação e acima de tudo uma responsabilidade, pois cria nas pessoas beneficiadas ma ansiedade por ver aquilo realizado. Ser voluntário não pode ser encarado como um modismo, ou um ato de c por ver aquilo realizado. um ato de caridade, mas sim como um compromisso com terceiros. 3. 4 CAPTAÇÃO DE RECURSOS Sendo a escola pública uma entidade sem fins lucrativos, a captação de recursos, principalmente financeiros, torna-se uma atividade fundamental para viabilizar sua missão e seus projetos.

Embora sustentadas por recursos públicos as escolas do município sofrem com a escassez financeira, sendo obrigadas a buscar alternativas junto à comunidade elou parceiros para untos suprirem a lacuna existente entre aquilo que necessitam e o que é repassado pela administração pública. A título de conhecimento, dentre as remessas mensais que a prefeitura municipal faz à Escola Municipal de Educação Infantil Zahie Beret Farret, está o envio de R$308,OO mensais para que seja utilizado na sustentação de 80 crianças (atualmente matriculadas na escola), valor este que dividido entre elas gera uma receita de R$3,85 por criança matriculada.

Neste contexto, a interação da comunidade torna-se fundamental, principalmente através de doações, trabalhos oluntários e participação ativa nas atividades organizadas pela direção. para Cruz (2000, p. 47) Para que a entidade siga defendendo uma causa, não basta trabalhar. É necessário que o trabalho da entidade seja feito com a participação e apoio da sociedade, que a comunidade se alie a esse trabalho… Quanto mais pessoas, mais idéias serão geradas, quanto mais apoio, mais recursos serão obtidos, resultando em melhores serviços e, obviamente, em uma causa mais forte. uma instituição que atua e desenvolve seus projetos em conjunto com outros aliados fortalece sua causa e maximiza seus resultados. Para isso, é fu 0

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