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RESUMOS FILOSOFIA Tipos de conhecimento Saber-fazer: refere-se ao conhecimento de uma actividade, isto é, à capacidade, aptidão ou competência para realizar/efectuar alguma coisa. Conhecimento por contacto: refere-se ao conhecimento directo de alguma realidade, seja de pessoas ou lugares. Saber-que: refere-se ao conhecimento proposicional ou conhecimento de verdades. Definição de conhecimento O conhecimento é u A crença é uma condi o conhecimento é u ao objecto.

Mas a cre em discussões, em q ito e um objecto. ecimento, pois OF • Fi elativamente Swipe view next que se verifica des diversas e nconpatíveis sustentadas por diferentes pessoas, algumas delas, por conseguinte devem estar erróneas. O verdadeiro e o falso de qualquer crença dependem de algo exterior à crença. Ora, uma crença falsa não corresponde a qualquer conhecimento, ainda que aquele que a possui julgue deter o conhecimento.

Como tal, a crença, embora sendo uma condição necessária para o conhecimento, não é uma condição suficiente. Para haver conhecimento, para além de ser necessário que o sujeito acredite em algo, como que essa crença seja verdadeira. Mas conhecimento não se reduz à mera crença verdadeira, para er conhecimento esta precisa de estar devidadmente justificada. — Teoria CVJ: 10 Crença (doxa): S acredita em P; 20 Verdade: P é verdadeira; 3a Justificação: S dispõe de justificação ou provas para acreditar que p. lal Studia A justificação tem que vir da razão (episteme) e possivel de explicar, só assim serão cognoscíveis. Nenhuma das 3 condições consideradas isoladamente é suficiente para que haja conhecimento. Esta teoria foi defendida por Sócrates. — Críticas à definição tradicional: Edmund Gettier revelou a possibilidade de termos uma crença verdadeira justificada e sem ue tal crença equivalha a um efectivo conhecimento.

Embora alguém tenha uma justificação razoável para acreditar que algo é verdadeiro, tal crença não é necessariamente conhecimento. Nestes casos, a relação da justificação com a crença verdadeira não é adequada, sendo a verdade da crença apenas o resultado de uma coincidência. Também pode acontecer inferir-se uma crença verdadeira de outra falsa. Teoria do conhecimento Cepticismo: Defende que o conhecimento não é poss[vel, que a certeza, a verdade objectiva não é possiVel.

Argumentos dos cépticos: ?? Por mais fortes que sejam as nossas crenças e por melhores que pareçam as nossas justificações, estas serão sempre insuficientes; • Crenças insuficientemente justificadas não são conhecimento; • A justificação das nossas crenças é inferida sempre a partir de outras, então, dá-se a regressão ao infinito • Nunca nos damos por satisfeitos; • As justificações que damos precisam elas próprias de ser justificadas; • O processo de justificação continua infinitamente – vai haver regressão ao infinito.

A regressão ao infinito só se trava com uma crença que se ustifique por si mesma e, por isso, não exija mais nenhuma. O argumento central do cépticos (Se há conheciment 20F por si mesma e, por isso, não exija mais nenhuma. O argumento central do cépticos (Se há conhecimento, as nossas crenças estão justificadas. As nossas crenças não estão justificadas. Logo, não há conhecimento) é formalmente válido, só se poderá refutar a conclusão se alguma das premissas for falsa. Existem três tipos de cepticismo: • Absoluto: Não existe qualquer conhecimento verdadeiro, pois é impossível o sujeito apreender o objecto.

O seu epresentate foi Pirron de Élis, que aconselhava a suspensão do Juízo. • Mitigado: O conhecimento não é impossível, apenas o conhecimento rigoroso. Arcesilau, o seu princpal representante, diz que não se pode afirmar que este ou aquele juizo é ou não verdadeiro, se corresponde ou não à realidade, apenas se é ou não provável. • Metafísico: destaca a impossível de conhcermos aquilo que ultrapassa a nossa experiência sensível, o mundo espiritual não é uma realidade acessível ao conhecimento humano.

Há quem defenda que tanto o cepticismo absoluto como o itigado são contraditórios. O cepticismo absoluto contradiz- se no sentido em que ao defender que o conhecimento é impossível, está a afirmar simultaneamente o conhecimento, visto que a sua conclusão exprime um conhecimento. Com o mitigado, não há certeza, apenas probabilidade. Ora, sendo que provável é aquilo que se aproxima do verdadeiro, ao renunciar o conceito de verdade, renuncia-se o de probabilidade. Todas as outras teorias referentes à teoria do conhecimento, contrariam esta hipótese, pois afirmam a possibilidade de conhecer.

Estas respostas ao cepticismo são teori 0F esta hipótese, pois afirmam a possibilidade de conhecer. Estas respostas ao cepticismo são teorias fundacionistas, pois dizem existir fundamento do conhecimento. Para os fundacionistas a proposição “Toda a justificação se infere de outras crenças” é falsa. O fundacionismo de Descartes distingue crenças básicas (as que se justificam por si mesmas) e não básicas. Dogmatismo: Sustenta que o conhecimento é possível, que o sujeito apreende o objecto.

O dogmatismo pode ser associado ao realismo ingénuo, quando é um dogmatismo em que existe uma confiança absoluta um órgão determinado de conhecimento ou uma completa submissão, sem exame pessoal, a alguns princípios ou ? autoridade que os impõe ou revela. Daí que “dogma” designe uma verdades certa, indubitávél e não sujeita a qualquer tipo de revisão ou crítica. Este é um tipo de dogmatismo que não ocorre propriamente na filosofia, uma vez que todo o filósofo procede a um exame crítico dquilo que lhe é fornecido.

Um dogmatismo mais moderado é aquele que considera possível chegar à certeza (consciência de que se possui a verdade, associada a uma adesão sem reservas a isso que se julga erdadeiro) e à verdade. René Descartes foi um importante dogmático, pois conseguiu contrariar a teoria dos cépticos, usando o próprio cepticismo. Para superar os argumentos dos cépticos, ele procurou o fundamento do conhecimento — uma crença básica, usando um método tão dedutivo, tão seguro, como os raciocínios matemáticos.

Discurso do Método: Mas agora, que resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exact 40F resolvera dedicar-me apenas à descoberta da verdade, pensei que era necessário proceder exactamente ao contrário, e rejeitar omo absolutamente falso tudo aquilo em que pudesse imaginar a menor dúvida, a fim de ver se após isso acaso ficaria qualquer cousa nas minhas opiniões que fosse inteiramente indubitável. Assim, porque os nossos sentidos nos enganam algumas vezes, eu quis supor que nada há que seja tal como eles o fazem imaginar.

E, porque há homens que se enganam ao raciocinar, até nos mais simples temas de geometria, e neles cometem paralogismos, rejeitei como falsas, visto estar sujeito a enganar- me como qualquer outro, todas as razões de que até então me servira nas demonstraçóes. FinaImente, considerando que os ensamentos que temos quando acordados nos podem ocorrer também quando dormimos, sem que neste caso nenhum seja verdadeiro, resolvi supor que tudo o que até então encontrara acolhimento no meu espírito nao era mais verdadeiro que as ilusões dos meus sonhos.

Mas, logo em seguida, notei que, enquanto assim queria pensar que tudo era falso, eu, que assim o pensava, necessariamente era alguma cousa. E notando que esta verdade – eu penso, logo existo, era tão firme e tao certa que todas as extravagantes suposições dos cépticos seriam impotentes para a abalar, julguei que a podia aceitar, sem scrúpulo, para primeiro princípio da filosofia que procurava.

Depois, examinando atentamente que cousa eu era, e vendo que podia supor que não tinha corpo e que não havia qualquer mundo ou qualquer lugar onde eu existisse; mas que, apesar disso, não podia admitir que não existia; e qualquer lugar onde eu existisse; mas que, apesar disso, não podia admitir que não existia; e que antes, pelo contrário, por isso mesmo que pensava, ao duvidar da verdade das outras cousas, tinha de admitir como muito evidente e muito certo que existia; ao passo que bastava que tivesse deixado de pensar para ão ter já nenhuma razão para crer que existia, ainda que tudo o que tinha imaginado fosse verdadeiro; por isso, compreendi que era uma substância, cuja essência ou natureza é apenas o pensamento, que para existir não tem necessidade de nenhum lugar nem depende de nenhuma cousa material. De maneira que esse eu, isto é, a alma pela qual sou o que sou, é inteiramente distinta do corpo, mais fácil mesmo de conhecer que este, o qual, embora não existisse, não impediria que ela fosse o que é.

Ao passo que, voltando a examinar a ideia dum ser perfeito, notava que a existência está contida nessa ideia, do mesmo odo, ou mais evidentemente ainda, que na dum triângulo está compreendido serem os seus três ângulos iguais a dois rectos, ou na esfera serem todos os seus pontos equidistantes do centro; e que, por conseguinte, é pelo menos tão certo como qualquer demonstração de geometria que Deus, que é esse ser perfeito, é ou existe. Enfim, se há ainda quem não se persuada bem da existência de Deus e da alma com as razões que apresentei, quero dizer-lhes que é menos certa a existência de todas as outras cousas, de que se julgam talvez mais seguros, como ter um corpo, existirem stros e uma terra e outras cousas semelhantes. Na verdade, em primeiro lugar, aquilo mesmo que há pouco adopt 6 OF terra e outras cousas semelhantes. adoptei como regra, isto é, que são inteiramente verdadeiras as cousas que concebemos muito clara e distintamente, nao é certo senão porque Deus é ou existe, ser perfeito de que nos vem tudo que em nós existe*.

Donde se segue que as nossas ideias ou noções, cousas reais que provêm de Deus, não podem deixar de ser verdadeiras na medida em que são claras e distintas. Note-se que digo razão, e não imaginação ou sentidos. * Porque, mbora vejamos o sol muito claramente, não devemos julgar por isso que ele tenha a grandeza que lhe vemos; e podemos ? vontade imaginar distintamente uma cabeça de leão unida ao corpo duma cabra, sem que tenhamos de concluir, por isso, que no mundo existem quimeras: porque a razão não garante que seja verdadeiro o que assim vemos ou imaginamos. Mas garante- nos bem que todas as nossas ideias ou noções devem ter algum fundamento verdadeiro; porque não seria possvel que Deus, que é inteiramente perfeito e verídico, as tivesse posto em nós sem Isso.

Descartes regulou o método e, quatro fases: evidência, nálise, sintese e enumeração, para guiar a razão, orientando devidamente as operações fundamentais do espírito: intuição (acto de apreensão directa e imediata de noções simples, evidentes e indubitáveis – ideias inatas) e dedução (encadeamente das intuições, envolvendo um movimento do pensamento, desde os princípios evidentes até às consequências necessárias – ideias adventícias). Descartes era idealista (mais precisamente inatista) e racionalista. * Criticismo: Oc Criticismo: O conhecimento é possível mas dentro de determinados limites, defendeu Immanuel Kant. Kant defendia que o nosso conhecimento da realidade é limitado pelo tempo e pelo espaço. Sendo assim, só podemos conhecer os fenómenos – aquilo que nos é dado no tempo e no espaço. Não podemos conhecer os seres que fazem parte do mundo intelogivel – o númeno (a coisa em si mesma, que apenas pode ser pensada, e que é incognoscível). “O espaço e tempo são as formas puras do modo de perceber(… É, pois, indubitavelmente certo e nao apenas possível ou verosímil, que o espaço e o tempo, equanto condições necessárias de toda a experiência (externa e interna), são apenas condições meramente subjectivas a nossa intuição; relativamente a essas condições, portanto, todos os objectos são simples fenómenos e não coisas dadas por si desta maneira”. Problema da origem do conhecimento Empirismo: Sustenta que a mente é “uma tábua rasa”, que as ideias provêm da experiência sensiVel, “que nada está no pensamento que não tenha estado primeiramente nos sentidos” Ou seja, não existem conhecimentos inatos, todo o conhecimento humano deriva da experiência. Para os empiristas os conhecimentos provém de Juízos a posteriori: juízos cuja verdade só pode ser conhecida através da experiência, dos sentidos.

Estes entidos não são estritamente universais — porque admitem excepções, poendo não ser verdadeiros sempre e em toda a parte – e, não sendo necessários, são contigentes – são verdadeiros, mas poderiam ser falsos, e negá-los não i 80F não sendo necessários, são contigentes – são verdadeiros, mas poderiam ser falsos, e negá-los não implica entrar em contradição. Os juízos a posteriori são sempre juízos sintéticos, isto é, sentidos cujo perdicado nao está contido no conceito do sujeito. É preciso algo mais do que o simples conceito do sujeito, é necessário recorrer à observação, à experiência, ara constatarmos a proposição. Estes juízos ampliam o conhecimento. John Locke foi um representante desta escola, ele afirma que “os homens podem chegar a todos os seus conhecimentos pelo simples uso das faculdades naturais e sem o auxílio de qualquer impressão inata; e ainda podem atingir conhecimentos certos sem o recurso a tais noções ou princípios originários. (… Se todo o homem tem por si mesmo consciência de que pensa e se aquilo a que o seu espírito se aplica, são as ideias que aí estão, não há dúvid ade que os homens têm no seu espirito várias ideias”. Há pergunta ” De onde [o homem] tira todos os materiais da razão e do conhecimento? ‘ , Locke responde que é da experiência. “São as observações que fazemos sobre os objectos exteriores e sensíveis ou sobre as operações internas da nossa mente, de que nos apercebemos e sobre as quais nós próprios reflectimos, que fornecem à nossa mente a matéria de todos os seus pensamentos”. Locke desenvolveu o psicologismo (análise e natureza psicológica) para aweriguar a génese empírica das ideias, pela combinação e associação de Ideias – de simples, para complexas e o contrário.

A experiência – seja a experiência externa (a sensação), pela qual se captam os objectos exteriores e sen experiência – seja a experiência externa (a sensação), pela qual se captam os objectos exteriores e sensíveis, seja a experiência interna (a reflexão), pela qual se captam as operações internas da mente – marca os limites do conhecimento. O conhecimento é limitado pela sua extensão (o entendimento é incapaz de ultrapassar os limites impostos pela experiência, que é a única fonte de conhecimento) e pela certeza (as certezas de que dispomos referem-se apenas áquilo que se encontra dentro dos Imites da experiência). Racionalismo: Vê na razão, no pensamento, a fonte principal do conhecimento humano. Defendida por Platão e Descartes. Para o racionalismo, o conhecimento é feito a partir de juízos a priori, juízos cuja verdade é passível de ser conhecida independentemente de qualquer experiência, tendo, portanto, origem no pensamento ou na razão.

São universais, no sentido em que não admitem qualquer excepção, sendo verdadeiros sempre e em toda a parte – e necessários – são verdadeiros em quaisquer circunstâncias, e negá-los implicaria entrar em ontradição. Conhecimentos a priori vêm exclusivamente da razão e não exigem qualquer experiência. Os ju[zos a priori podem ser analíticos ou sintéticos. Ana líticos quando não estamos a dizer nada que não esteja já implícito no conceito, ou seja quando o predicado está incluído no sujeito, encontrando-se pela simples análise e explicação deste. Estes juízos não acrescentam nada ao nosso conhecimento. No caso dos juízos a priori sintéticos, são juízos com origem racional mas que acrescentam o nosso conhecimento, como por exemplo os juízos 0 DF 13

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