Análise das demonstrações contábeis da cooperativa de saúde

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VIII Jornada Acadêmica de Ciências Contábeis – UNEMA – Universidade do Estado do Mato Grosso – Campus Universitário de Sinop Análise das demonstrações contábeis da cooperativa de saúde — UNIMED Monievade MG Hugo Almeida da Silva (UNEMAT) hug00888@hotmail. com Kallyne Gonçalves Xavier(UNEMAT) kallyne_fc@hotmail. com Jane Regina R. Lonardone (UNEMAT)jane. regina. lonardoni@hotmail. com p OF17 Resumo O presente trabalho das demonstrações c em cooperativas. Vis em diferentes ramos e d ilização da análise a vez mais espaço setores.

Adiante serão apresentados e analisados dados da ooperativa de saúde UNIMEDJoão Monlevade – MG. Isso se faz com o objetivo de demonstrar de forma simplificada como acontece o processo de análise e quais são os seus principais indicadores. Por fim, através das informações ilustradas neste trabalho, tornar mais compreensível os relatórios elaborados pela contabilidade, favorecendo assim os usuários que são dependentes dessas informações para a tomada de decisão Palavras-chave: Cooperativismo; Análise; Demonstrações. Introdução É notória a importância da contabilidade em entidades dos mais pelos relatórios contábeis. Com as cooperativas não é diferente, las também podem tirar proveito das informações contábeis. A análise de balanço pode auxiliar os usuários da contabilidade, mesmo em uma cooperativa. Na maior parte dos casos, os cooperados, diretores, presidentes dos conselhos, fornecedores, e outros usuários, não têm familiaridade suficiente com os relatórios ao ponto de compreendê-los.

Em virtude disso, a análise das demonstrações da cooperativa pode auxiliar todos os usuários a entender qual é a real situação econômica e financeira apresentada pelos demonstrativos. Para se obter bons resultados na gestão dos recursos dministrados, e que se atinjam os princípios de solidariedade, bem comum e igualdade, pregados e defendidos pelo cooperativismo, faz-se necessário a aceitação dos indicadores oferecidos pela análise de balanços que, quando bem elaborada, colabora de forma essencial para a interpretação da situação financeira e econômica da entidade.

As informações geradas na análise contábil são de singular importância para os seus diversos usuários, tanto internos como os responsáveis pela administração e os cooperados em geral, quanto para os externos, como os fornecedores e o overno, entre outros. Revista Contabilidade & Amazônia, Sinop, v. 3, n. 1, 2010 VIII Jornada Acadêmica de Ciências Contábeis – UNEMAT- Universidade do Estado d – Campus 20F Cooperativa de Saúde UNIMED. para isso, foram extraídos dados das demonstrações da unidade UNIMED -João Monlevade MG, a qual faz a publicação de suas demonstrações anualmente. Referencial Teórico 2. 1 Cooperativismo O cooperativismo conta com vestígio na Inglaterra e França, em 1844, onde os trabalhadores tecelões insatisfeito com os salários, idealizaram uma sociedade com os princípios cooperativos. Primeiro fizeram uma estimativa onde foram avaliadas todas as sugestões que vinha deles e respeitando todos os costumes da época. Nessa fase, após estabelecerem metas e normas foi fundada a sociedade sobre o nome de Rochdale Society of Equitable Pioners(Sociedades de Rochdale de Pioneiros Equitativos), foi então reunindo o dinheiro da poupança de todos eles e fundaram a cooperativa.

O objetivo desse grupo de pessoas era de desenvolver a capacidade que eles tinham de criatividade, justa e com harmonia entre eles. Após seus resultados, foram buscando melhoria na qualidade de vida deles e da sociedade também. A evolução do cooperativismo no Brasil parte de fatos políticos e até mesmo sócio culturais. Onde a idéia de cooperativa trazida por idealizadores especificamente entre imigrantes alemães e italianos, que no século XXI, mostra o grande impacto das transformações ocorridas.

Cooperativa é uma associação autônoma de pessoas que se unem, voluntariamente, para satisfazer aspirações s econômicas, sociais e 3 OF indícios apontam que funcionário de diversas áreas criou em Limeira (São Paulo), no ano de 1891, a primeira cooperativa de consumo. Tem como finalidade a compra de produtos a preços competitivos. Em 1902, surgiu à cooperativa de crédito no Rio Grande do Sul, em 1906, foi à vez da região centro-sul do pars com cooperativas rurais.

Como tudo que se cria deverá estar dentro de leis, às cooperativas também seguiram a caminhada embasada na pelo Decreto 22. 239 de 19/1 2/1932 e posteriormente pela lei 5. 764 de 16/12/1971. Com a constituição federal de 1988, foi criada a primeira cooperativa de profissionais da área da saúde em Roraima, a COOPROMED- Cooperativa dos Profissionais de Saúde do Nivel Superior. Iniciou suas atividades em março de 1991, e contava em seu quadro de cooperados 120 profissionais. Em decorrência do surgimento dessa cooperativa, teve outras cooperativas neste mesmo ramo, em Roraima mesmo.

Atualmente, existem aproximadamente 7,5 mil cooperativas registradas na OCB – Organização das Cooperativas do Brasil, atuando no ramo agropecuário, consumo, crédito, educação, especial, infra- estrutura, habitação etc. Pesquisas apontam que estas cooperativas participam com 6% (seis por cento) do PIB Nacional e contam com exportações também. São registrados nas cooperativas médica mais de três milhões de usuário no ramo odontológico, e doze milhões de brasileiros são usuários e cooperativas médicas.

Revista Contabilidade & A 40F , v. 3, n. l, 2010 Com os ideais voltados para as cooperativas Rochdale, acredita-se que este movimento seguirá para garantir evolução desses movimentos, com objetivos modernos que possa acompanhar as necessidades do mercado. 2. 3 Cooperativa UNIMED-João Monlevade De acordo com o portal eletrônico da cooperativa UNIMED, unidade de João Monlevade, a mesma se situada em Minas Gerais, inicia suas atividades, frente a uma crise de lideranças no país provocadas por fatores econômicos e sociais.

Com a falta de subsídios para saúde no país, era comum ncontrar hospitais munidos com equipamentos em estado deplorável, sem condições mínimas para fornecer tratamento adequado aos pacientes. Sem contar que os salários dos profissionais da saúde estavam em desacordo com o grau de especialidade. Com esta situação se agravando a cada dia, uma equipe de 42 médicos preocupados com a saúde pública, fundou a Unimed na cidade de João Monlevade, em Minas Gerais, com a intenção de oferecer atendimento acessível a todas as classes sociais da região, e com garantia de qualidade nos trabalhos realizados pela equipe médica.

Os objetivos da cooperativa foram alcançados. A empresa procura proporcionar para o cliente atendimento eficaz, onde haja conforto e privacidade. Surge então um trabalho comprometido com a ética, com ótima qualidade de serdiços prestados, e com preços mais ‘ustos. Desta forma se torna uma OF tivista tomando Contábeis para que os objetivos de uma cooperativa sejam realmente atingidos e atendam os princípios do cooperativismo, a administração necessita articular da melhor forma possível os recursos que tem a sua disposição. ara isso, a tomada decisão é fator crucial neste processo. Logo, as informações contábeis podem auxiliar gestão no omento de trilhar os caminhos a serem seguidos. Em muitos casos somente as demonstrações contábeis não são suficientes para os gestores. É preciso fazer uma interpretação dos dados contábeis e oferecer informações que apresente qual é a real situação econômica e financeira da cooperativa. Esse é o papel da análise das demonstrações contábeis.

Matarazzo (2003), Padoveze e Carvalho (2004), concordam que a análise de balanços tem como objetivo a extração de informações das demonstrações financeiras para tomada de decisão. A análise das demonstrações transformará os dados dos elatórios contábeis, em informações mais valiosas e eficientes para os mais diversos usuários aos quais elas possam interessar. É válido para o conhecimento da situação econômica financeira de outras empresas concorrentes, clientes e fornecedores, porém, o mais importante instrumento de análise econômico financeiro é sua utilização interna pela empresa.

As informações citadas pelos autores acima, são produzidas pela análise por meio de índices patrimoniais, que através de seus conteúdos revelam a relação existente entre contas ou grupos de contas das demonstra ões contábeis. Em seguida faremos um a os principais índices 6 OF contabilidade para auxiliar seus usuários. 2. 5 Principais Indicadores Revista contabilidade & Amazônia, Sinop, v. 3, n. l, 2010 3 VIII Jornada Acadêmica de Ciências Contábeis – CINEMAT- De acordo com Matarazzo (2003, p. 47) “índice é a relação entre contas ou grupo de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa”. Ainda na visão de Matarazzo, a caracteristica fundamental dos índices é a capacidade de proporcionar visão ampla dos resultados da mpresa. Para Padoveze e Benedito (2004) o objetivo dos indicadores é dar maior clareza ? análise ou mesmo constatar o desempenho econômico financeiro da entidade. Franco (1992, p. 04) define “os índices como indicações numéricas das gradações de um fenômeno, relacionadas com seu numero básico inicial”. De acordo com o pensamento dos autores os índices constituem uma técnica de análise muito empregada pelo fato de facilitar o trabalho do analista com a interpretação através de percentuais. Dessa forma, os usuários que nao são familiarizados com as demonstrações ontábeis terão maior facilidade na interpretação dos dados transmitidos pela contabilidade. 2. 5. índice Liquidez de criar indicadores de liquidez está na necessidade de avaliar a capacidade de pagamento da empresa. ” Destarte entende-se que os índices de liquidez medem a situação financeira, ou seja, avaliam a capacidade da empresa em saldar seus compromissos seja no curto ou longo prazo. Com isso, percebe-se a importância do índice de liquidez no sentido de medir a confiabilidade transmitida através das informações aos usuários, pois fica evidenciado a capacidade de pagamento de suas dôdidas com terceiros. 5. 2 índice de Estrutura e Endividamento Outro indicador é o de endividamento, no qual é possível identificar quanto do ativo da empresa é proveniente de capital de terceiro. Padoveze e Benedito (2004, p. 138) asseguram que: A finalidade básica desses indicadores é transformar em percentuais a participação dos valores dos principais grupos representativos do balanço patrimonial, bem como mensurar percentualmente sua relação com o capital próprio, representado pelo patrimônio líquido.

Consegue-se, com isso, uma avaliação relativa que simplifica o entendimento geral desses elementos patrimoniais. Marion (2006) explica que “é por meio destes indicadores que apreciaremos o nível de endividamento da empresa”. Percebe-se que o uso dos indicadores de Endividamento, revela a porcentagem dos ativos financiada com capital de terceiros e próprios, ou se há dependência de recursos de terceiros. E ainda, é possív quantidade de recursos 80F Amazônia, Sinop, v. 3, n. 1, 2010 4 Para evidenciar a situação econômica utiliza-se os índices de rentabilidade.

Este índice é capaz de identificar a remuneração do capital empregado na entidade. Matarazzo (2003, p. 175) afirma que Estes índices “mostram qual rentabilidade dos capitais investidos, isto é, quanto rendeu os investimentos, qual o grau de êxito econômico da empresa”. para Padoveze e Benedito (2004) a análise através dos índices de Rentabilidade é a parte mais importante da análise financeira, pois mensura o retorno do capital Investido e identifica os fatores de tal situação.

Com essa afirmação, é importante destacar a funcionalidade deste índice, pois além de “medir, é competente para evidenciar o porquê de tal grau de rentabilidade. 2. 6 Análise Vertical/Horizontal De acordo com Ferreira (2009), a análise horizontal consiste em se verificar a volução dos elementos patrimoniais ou de resultado durante um determinado período. Esse possibilita a comparação entre os valores de uma mesma conta ou grupo de contas em diferentes exercícios sociais.

Os elementos comparados são homogêneos, mas os períodos de avaliação são diferentes. S s no mínimo dois demonstração anterior elou em relação a uma demonstração financeira básica, geralmente a mais antiga da série. E ainda expõe que “A evolução de cada conta mostra os caminhos trilhados pela empresa e as possíveis tendências”. Através desta técnica é possível avaliar os demonstrativos ontábeis comparando os valores em forma percentual de determinada conta em relação ? mesma conta dos anos anteriores. Padoveze e Benedito (2004, p. 71) conceituam como Análise Vertical “a análise de participação percentual ou de estrutura dos elementos das demonstrações contábeis” Para Ferreira (2009) esta análise, também chamada de análise da estrutura, envolve a relação entre um elemento e o grupo no qual está inserido, relacionando a parte com um todo. Envolve elementos homogêneos, mas relativos a um mesmo exercicio, Matarazzo (2003) explica que para fazer a Análise Vertical, calcula- e o percentual de cada conta em relação a um valor-base A Análise Vertical mostra a importância de cada conta em relação à demonstração ? que pertence.

Permite, através da comparação com padrões do ramo ou com percentuais da própria empresa em anos anteriores, descobrir se os itens estão acompanhando os habituais. Matarazzo (2003) recomenda que estas duas técnicas de análise sejam aplicadas em conjunto, para que as conclusões baseadas na Análise Vertical sejam complementadas pelas da Análise Horizontal. Ainda de acordo com Mat 0 Análise Vertical/

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