Artido bulling escolar

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BULLIYING: IDENTIFICAÇÃO E INTERVENÇÃO NO AMBIENTE ESCOLAR Maria Aparecida Coss RESUMO O artigo tem por objetivo analisar o papel da comunidade escolar e da responsabilidade do gestor escolar em relação à identificação e intervenção ao bullyng no ambiente escolar uma forma de violência caracterizada por agressões ffsicas ou morais entre alunos, sejam crianças ou adolescentes, no interior da escola . Partindo do pressuposto de que a escola é uma instituição de possa ser transmitid m orig tem a obrigação dea ter. físicas ou verbais qu ainda, gestão escolar que o ensino ro e saudável, ela gressões, sejam o físico. Conceitua, te do aumento da violência nos espaços escolares. Por fim, propõe a busca de alternativas para se fazer um trabalho voltado para a Cultura da Paz, com projetos voltados para a prevenção diante da manifestação da violência. Assim, o trabalho desenvolvido deu-se numa escola de rede pública estadual, na cidade de Alto Paraíso à luz de um conjunto de literaturas específicas com vistas a explicar teoncamente os elementos que interferem diretamente no objeto estudado foram propósito dessa pesquisa.

Conclui-se pela urgência de empreender um esforço coletivo para vencer as arreiras e entraves que viabilizam a construção de uma escola que eduque de fato para o exercício pleno da cidadania, espaço que se aprende a aprender, a conviver e a ser com e para os outros. PALAVRAS-CHAVE: Bullying, Espaço Escolar, Violência, Cidadania Cidadania INTRODUÇÃO A temática da violência escolar tem sido alvo de uma preocupação crescente nas últimas duas décadas, tanto por parte da sociedade em geral, quanto, especificamente, por parte da comunidade escolar.

Neste tipo de comportamento estão envolvidos: o agressor, o agredido, o grupo dos colegas, a própria nstituição (professores, gestores escolares) e as famílias (a do agressor, a da vitima e os pais, em geral). Bullying, palavra de origem inglesa que tem como raiz o termo bull, “é um termo utilizado para designar pessoa cruel, intimidadora elou agressiva” Guimaraes, (2009. ). Este termo ganha importância no século XXI, após anos de existência.

O bullying se apresenta enquanto prática de violência sem motivo aparente e que possui como local específico, as escolas. Rressalta-se que bullying compreende todas as atitudes agressivas, intencionais e repetidas, que ocorrem sem motivação vidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro (s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder, tornando posslVel a intimidação da vitima (Lopes & Saavedra, 2003).

A escola deve ser um ambiente seguro, que permita a criança socializar-se e desenvolver responsabilidades, habilidades, defender idéias e, acima de tudo, assumir sua própria autonomia com segurança e respeito às diversidades. Ao preparar os profissionais da educação para lidarem com as manifestações do bullying poderemos contribuir para que o ambiente escolar se ransforme em um local menos violento, valorizando a cidadania, o respeito, a ética e a solidariedade entre todos que compõe a comunidade escolar.

O primeiro contato com o conceit solidariedade entre todos que compõe a comunidade escolar. O primeiro contato com o conceito de bullying surpreendeu-nos, devido às diversas formas de violência que hoje encontram-se nas escolas. para tanto, aponta-se como questões norteadoras deste trabalho, as seguintes perguntas: Qual o conceito que se tem sobre bullying? Que ações a escola deve desenvolver diante dos comportamentos agressivos na instituição? Qual o papel da amília diante dos comportamentos agressivos? Quais as causas mais comuns de agressão no ambiente escolar?

Para dar uma base empírica a essa discussão foi realizada uma incursão numa escola urbana, localizada no município de Alto Paraíso-RO, objetivando analisar o papel da comunidade escolar e a responsabilidade do gestor escolar em relação ? prevenção e combate ao bullyng e de que forma as alternativas metodológicas de ensino está comprometida com a formação do aluno. As estratégias metodológicas adotadas foram a entrevista e o questionário e leituras de livros que tratam da temática elou a abordagem metodológica da pesquisa-açáo.

Foram interlocutores desta investigação: orientadores, diretores, coordenadores pedagógicos que atuam junto à escola, professores que ministram aulas no ensino fundamental e médio e alunos que estudam na referida escola. Os principais resultados obtidos referem-se às reais possibilidades de se construir democraticamente ações desenvolvidas pela escola no combate ao bullying e de atuação à comportamentos de bullying nas escolas ,transformando atitudes agressivas em companheirismo e solidariedade, respeito e amizade. Portanto, este trabalho justifica-se frente às abrangências espeito e amizade. implicações do fenômeno bullying deve ser identificado, reconhecldo e tratado como um problema social complexo. Faz-se necessário ainda, para romper com um modelo de resolução de conflitos que cultura a exploração dos mais fracos ou dos diferentes e que tem como motor a intolerância com o próximo. Nesse sentido, a escola pode e deve representar um papel fundamental na redução desse fenômeno silencioso das vitimas, estendendo as mãos , auxiliando-as a retomarem o curso normal de suas vidas, e ao prazer de viverem suas potencialidades e sem medo.

Quando apontam-se as possibilidades de intervenção ao roblema refere-se à ação de toda a comunidade, pais e professores, educadores em potencial, enquanto parceiros. Será preciso pensar no que a escola pode fazer ao reconhecer que esses educandos estão vivendo um problema e que precisa ser resolvido do ponto de vista pessoal antes de ser resolvido do ponto de vista público. Assim, quando combate-se o bullying escolar, combate-se a futura criminalidade trabalhando pela construção de uma sociedade mais justa e democrática.

CONSIDERACOES GERAIS SOBRE BULLYING EGESTÃO ESCOLAR – Revisão Literária De acordo com Seixas (2005), os comportamentos do bullying odem ser divididos em: agressividade fisica (bater, empurrar, dar pontapés etc. ); comportamentos verbais (chamar nomes ofensivos etc. ); comportamentos de manipulação social ou indiretos (excluir, ignorar, espalhar rumores etc. ); comportamentos de maus-tratos psicológicos (ameaças, gestos provocadores, expressões faciais ameaçadoras. ; e ataques ? propriedade (ameaças, gestos provocadores, expressões faciais ameaçadoras. ); e ataques à propriedade (furto, extorsão, destruição deliberada de materiais a). para Chalita (2008) bullying é a negação da amizade, do cuidado e respeito. O agente agressor impiedosamente expõe o agredido as piores humilhações, dos apelidos perversos as atitudes covardes de quem tem mais força física ou mais poder.

O agredido dificilmente encontra a coragem para se defender. Ao comentar o bullying escolar Fante (2008) lembra que a maioria dos alvos são aqueles alunos considerados pela turma como diferentes, tímidos, retraídos, passivos, submissos, temerosos, com dificuldade de defesa, de expressão e de relacionamentos. Alem desses, as diferenças de raça, religião, opção sexual e desenvolvimento acadêmico , maneira de ser e de se vestir parecem perfilar o retrato das vitimas.

Em um estudo voltado para gestão do bullying, Mascarenhas (2006) ressalta que o diagnóstico e a gestão do bullying e da indisciplina no ambiente escolar devem ser atividades de rotina. Além disto, o autor acrescenta que, o professor e os outros profissionais que trabalham na escola, devem planejar o diagnóstico e a prevenção do bullying e da indisciplina no estabelecimento onde atuam, no sentido de fazer cumprir e respeitar os direitos e deveres da cidadania, contribuindo para o fortalecimento de fundamentos da sociedade que se quer democrática, justa e solidária.

No que concerne à escola, os seus profissionais devem estar onscientes sobre essa forma de violência e devem ser capacitados para diagnosticar, intervir e preveni-la. O papel da escola é de fundamental importância, devendo disponibilizar es intervir e preveni-la. O papel da escola é de fundamental importância, devendo disponibilizar espaços para que as crianças possam falar de suas emoções e sentimentos, que discutam, reflitam, disponibllizem jogos e alternativas de lazer e interação social e encontrem soluções para as diversas situações da vida. ? inegável que os fatores que desencadeiam a violência podem estar fora da escola, nos problemas sociais e familiares de cada riança, mas também dentro da escola, ou seja, nos espaços e materiais a que os alunos têm acesso e em um momento (ou espaço), cada vez mais ressaltado no estudo do bullying, nos espaços e tempos livres. Durante muito tempo o bullying não foi encarado como um problema social, mas como prática individual de falta de indisciplina escolar. Há poucos anos o bullying começou a ser encarado como um problema social e surgiram as discussões para elaboração de políticas de combates no âmbito escolar.

Essas primeiras políticas incluem desde elaboração de novas regras de disciplina escolar, como a divulgação da existência do roblema para alunos, pais, corpo docente e funcionários. O bullying parece ainda ser considerado uma prática mais rara do que realmente é, pois não é raro a escola isolar o problema ao propor a resolução do conflito entre o ofendido e o ofensor. A escola reflete a sociedade em que está inserida e suas organizações sociais e econômicas. Ela contribui para a formação do sujeito que irá atuar nesta sociedade.

Porém, não é um caminho fácil, nem há soluções tão práticas para as transformações exigidas pelo mercado de trabalho e demais organizações sociais cujo imperativo atual é a cor esponsabilidade PAGF Ig trabalho e demais organizações sociais cujo imperativo atual é a cor responsabilidade numa gestão participativa e democrática. Conforme Calhau ( 2010 p. 29): ” o sistema educacional enfrenta novos desafios,mais e mais funções para os professores,aumento da violência social e da provocada pelo bullying também. Menos diálogos, mais conflitos… bullying acaba sendo mais um problema, um circulo vicioso dentro do ambiente escolar, onde os agressores tentam arrastar mais vitimas para o seu campo de ação. ” Fante (2008) ressalta que os expectadores representam a maioria os alunos de uma escola. eles não sofrem e nem praticam o bullying, mas sofrem as suas consequências por presenciarem constantemente as situações de constrangimento. Muitos repudiam as ações dos agressores,mas nada fazem para intervir. Outros as apóiam e incentivam dando risadas. Outros fingem se divertir com o sofrimento das vitimas, como estratégia de defesa.

Esse comportamento é adotado como forma de proteção, pois temem tornar-se a próxima vitimas. É importante descrever que sabendo, então dessa violência escolar, cabe aos profissionais da unidade escolar ser cautelosos proativo na orientação, estar atentos às brincadeiras, apelidos que ora podem ser simples momentos de descontração, mas em outros servirem de ferramentas sutis de agressão psicológica. Comumente se fala em Gestão Democrática, expõe-se tal afirmação nos Projetos Político-Pedagógicos das escolas, mas as práticas administrativas continuam centralizadoras.

A grande questão a ser trabalhada nesta mudança são as relações de poder existentes no interior do sistema educativo e da instituição escolar. Ou seja, relações de poder existentes no interior do sistema educativo e da instituição escolar. Ou seja, exercer uma gestão democrática envolve também ter um Estado que ofereça autonomia para a Escola nas suas tomadas de decisões e posicionamentos, uma vez que cada instituição está inserida numa comunidade com características próprias, com necessidades peculiares, atendendo uma demanda específica e assim, uniformizar a gestão é engessar a atividade pedagógica.

A boa gestão é aquela que percebe todas as suas atividades como pedagógicas e zela por isso, razão pela qual a escola precisa cada vez mais criar uma identidade própria, desenvolver sua autonomia, seu compromisso social, sua função acadêmica e um odelo de gestão que na fala de Krawczy, (1999 p. 4): “faz questão de propor a construção de instituições autônomas com capacidade de tomar decisões, elaborar projetos institucionais vinculados às necessidades e aos interesses de sua comunidade, administrar de forma adequada os recursos materiais e escolher as estratégias que lhe permitam chegar aos resultados desejados e que, em seguida, serão avaliados pelas autoridades centrais. ” Com o modelo proposto para a Gestão Escolar, os projetos serão, de fato, voltados para o interesse e necessidade da comunidade acadêmica.

O resgate da autonomia com liberdade responsável irigirá as ações adotadas na gestão escolar, sejam elas no planejamento ou na execução das ações que visarão educar na concepção da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Para Silva (2006. ), o bullying é um problema sério que pode levar desde o suic(dio, homicídio e dificuldades de aprendlzado por parte da vít pode levar desde o suicídio, homicídio e dificuldades de aprendizado por parte da vitima.

Ela sofre calada, tem dificuldades de relacionamento, sente-se inferior diante dos outros, provoca fobla social, psicoses, depressão e principalmente baixo rendimento escolar. Diante disso, contrariamente à agressão, o apoio é necessário para evitar que essas crianças sejam futuros delinqüentes ou adultos desajustados. Pois. Conforme destaca ierno (1996, p. 37): Nas condutas agressivas [… ] subjaz um sentimento de inferioridade que a pessoa tenta anular pelo mecanismo de compensar a inferioridade, preclsamente mostrando-se agressiva”.

Sendo que, “quase todos os comportamentos crônicos são a expressão de sentimentos de profunda insegurança, carência afetiva, frustração, dificuldades e problemas escolares, sentimento de incompetência, pouca auto-estima etc. A atuação para o combate ao bullying somente tem sentido quando feita tentando apresentar como a conduta é maléfica socialmente. O que falta é a socialização e ela tem de ser realizada. Nesse caso, a escola tem de surgir como uma esfera disciplinadora, podendo impor sanções adequadas ao caso.

O que importa é gerar a socialização, quebrar a onipotência do eu do ofensor, levando-o a considerar o outro. A escola não pode se omitir nesses casos. A escola como espaço formador de um ser consciente e comprometido socialmente, deve igualmente desenvolver este conjunto de valores, atitudes, tradições, entre outros, baseados o respeito mútuo e na defesa da liberdade individual. O gestor não pode transferir a sua responsabilidade e nem os outros profissionais. Todos são igualmente responsáveis, mas cabe ao sua responsabilidade e nem os outros profissionais.

Todos são igualmente responsáveis, mas cabe ao gestor assumir uma postura que deixe clara a intolerância com a violência na escola. PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS A Escola em questão é o que se pode chamar de uma escola com todas as características de uma escola pública de zona urbana. Situada no município de Alto Paraíso RO, recebe alunos de classes populares, muitos da área rural, oferta o ensino undamental, médio e EJA. Foram realizados como princípios metodológicos a entrevista e questlonário individual composto de questões abertas e fechadas para docentes, supervisores, orientadores e discentes.

A amostra foi composta por 20(vinte) alunos do Ensino fundamental e Médio, 10 (dez) professores 1 (um) orientador e 2 (dois) coordenadores pedagógicos; 1 (um) diretor. A fim de maximizar a confiabilidade dos resultados obtidos, teve como procedimento, a realização de um instrumento de registro de observações, onde foram feitas as anotações de fatos importantes ao estudo. O esenvolvimento consistiu na leitura de autores que escreveram sobre a temática do estudo, afim de embasar teoricamente a pesquisa e o estudo de campo.

A decisão de desenvolver uma pesquisa de “tipo etnográfico no cotidiano escolar”, abordagem assim denominada por André (1 989, p. 37), deveu-se às características apontadas por essa autora, citadas a seguir, as quais estão configuradas no presente estudo. Essa abordagem permite ao pesquisador um esquema aberto de trabalho, definido através de um trânsito livre entre o presente e o passado, entre a teoria e a prática, entre a observação direta e as entrevistas semi-estruturadas.

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