Barbacena história

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A HISTÓRIA DE BARBACENA – ENFOQUE REALISTICO Cidade das Rosas – Por José Calixto Andrade A “cidade das rosas” nasceu na cabeceira do rio das Mortes. nicialmente, integrava a área de aldeamento dos índios Puris da grande familia dos Tupis, quando os primeiros povoadores se estabeleceram no local chamado Borda do Campo, também denominado Campolide, onde erigiram a capela de Nossa Senhora da Piedade. Era a Fazenda da Borda do Campo, de propriedade, desde o fim do século XVII, dos bandeirantes capitão-mor Garcia page Rodrigues Pais e de s da Fonseca Leme e, margens do caminho , empreendimento inl

Rodrigues Pais em 1 mingos Rodrigues sde 1703. Ficava às _a ra o Rio de Janeiro, itão-mor Garcia e ajudou a concluir. Garcia Rodrigues Pais também recebeu carta de sesmaria das suas posses antigas na Borda do Campo em 1727. A propriedade, tempos depois, passou às mãos do inconfidente José Ayres Gomes. Em 1711, a localidade participou de feito épico: hospedou, às custas de Domingos Rodrigues da Fonseca Leme, o governador da capitania, Antônio de Albuquerque, acompanhado de um exército de seis mil homens, que ali acampou em marcha de socorro ao Rio de Janeiro, então invadido pelos franceses da squadra de René Duguay-Tro Sv. ipe to View next page -lal Studia Duguay-Trouin. Domingos Leme integrou, ainda, este exército com 200 de seus homens. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Piedade, construída entre 17431764. Em 1725, o quarto bispo do Rio de Janeiro, o Frei Dom Antônio de Guadalupe, criou a freguesia de Nossa Senhora da Piedade, que teve a antiga capela como sede provisória até 1730 foi o primeiro vigário o Pe. Luiz Pereira da Silva passandi depois a sede para a Capela de N. S. do Pilar do Registro Velho (atual Sá Fortes) capela esta que caiu em ruínas e desapareceu por ompleto em meados do século XIX.

Em 19 de agosto de 1728 na primeira visita pastoral de D. Frei Antônio de Guadalupe, foi escolhido o “sítio da Igreja Nova” – a atual Matriz – sendo a 9 de dezembro de 1743, demarcado o local pelo Pe. Manoel da Silva Lagoinha, com uma Cruz de madeira e iniciada na mesma data a edificação do templo com as licenças do bispo D. Frei João da Cruz. [6] Em 27 de novembro de 1748, a freguesia foi transferida para a Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade (atual matriz), arquitetada por mestre Alpoim.

Em torno da igreja, erigiu-se o “Arraial da Igreja Nova de Nossa Senhora da Piedade da Borda do Campo”, chamado também de Arraial ou freguesia da Borda do Campo ou ainda de Arraial da Igreja Nova do Campolide e o templo entregue ao culto pelo Pe. Antônio Pereira Henriques, então vigário, autorizado pelo primeiro b•spo de Mariana D. Frei Manoel da Cruz, por provi vigário, autorizado pelo primeiro bispo de Mariana D. Frei Manoel da Cruz, por provisão de 15 de novembro de 1748. As obras, entretanto, prosseguiram até 1764, ano de sua conclusão. 6] Inconfidência Mineira Pertenciam ao arraial e depois Vila de Barbacena cinco dos inconfidentes: • Domingos Vidal Barbosa Lage, irmão do rigadeiro José Vidal; obteve comutação da pena de morte, foi exilado para a Ilha de S. Tiago do Cabo Verde, onde faleceu oito meses após a sua chegada, no Convento de S. Francisco da Cidade de Ribeira Grande. • Coronel Francisco Antônio de Oliveira Lopes, morreu no degredo, em Bié na África. • Padre José Lopes de Oliveira, falecido no cárcere na fortaleza de São Julião da Barra, em Lisboa. ?? Padre Manuel Rodrigues da Costa, proprietário da Fazenda e Capela do Registro Velho, depois de preso e degredado para Portugal retornou ao Brasil e tomou parte ativa nos acontecimentos do Fico”, da Independência, foi eleito para as Cortes em 1820 e participante da Revolução Liberal de 1842. • José Ares Gomes, Coronel de milícias, um dos subscritores da petição ao Visconde de Barbacena para a criação da Vila, proprietário da Fazenda da Borda do Campo, onde hospedou Tiradentes e foi local de “conventículos” da Inconfidência, morreu no exílio no presídio de nhambane em Moçambique.

Após a morte de Tiradentes, a vila de Barbacena recebeu um dos seus braços, que teria sido 3 morte de Tiradentes, a vila de Barbacena recebeu um dos seus braços, que teria sido erguido numa “picota” no adro da Igreja de Nossa Senhora do Rosário em cujo adro teria sido sepultado. A bandeira e as armas e brasão da cidade, que contém um braço estendido, memorizam este fato. Em 14 de agosto de 1 791, foi criada a Vila de Barbacena e erigido o respectivo pelourinho e Câmara pelo Visconde de Barbacena, D.

Luis Antônio Furtado de Mendonça, então governador e capitão- general da capitania, que deu à vila o seu próprio nome. A vila teve como sede o antigo Arraial da Igreja Nova de Campolide, compreendendo, ainda, os territórios dos arraiais e freguesias de Nossa Senhora da Conceição do Engenho do Matto e de Nossa Senhora da Glória do Simão Pereira. Foi desmembrada dos territórios das Vilas de “Sam João de El Rey” e de “Sam Jaze de El Rey”, confrontando com as vilas de Mariana, Queluz (atual Conselheiro Lafaiete), “Sam João de El Rey” e “Sam Joze de El Rey” (atual cidade de Tiradentes). Muito nobre e leal vila” Barbacena, por meio de sua Câmara, foi a primeira vila de Minas Gerais a enviar representação a D. Pedro l, então regente, em favor do “Fico” (9 de janeiro de 1 822), em 11 de fevereiro de 1822, dirigiu-se a Câmara de Barbacena ao príncipe regente numa representação em que se propunha para ser a sede da Monarquia portuguesa e se ofereciam os barbacenenses para descer “em massa” ao Rio de Janeiro par 4 descer “em massa” ao Rio de Janeiro para tomar armas em defesa do Príncipe.

Estes atos lhe valeram o titulo de “multo nobre e leal vila”, conferido por decreto, de 24 de fevereiro de 1 823 e Alvará de 17 de março do mesmo ano. Revolta dos Liberais de 1842 Barbacena foi elevada a cidade pela Lei Provincial no. 163, de 9 de março de 1840. Em 10 de junho de 1842, a cidade aderiu à Revolução Liberal. Instada pela Guarda Nacional e o povo, a Câmara Municipal declarou a cidade sede do governo da província deu posse a José Feliciano Pinto Coelho da Cunha, depois garão de Cocais, como “presidente interino da Prov[ncia”.

Depois deste episódio, ficaram presos vários dos revolucionários na “Cadeia Velha”, dentre eles o Conde de Prados, político do Império. Dentre os barbacenenses que atuaram no movimento, além do Conde de Prados Camilo Ferreira Armond, participaram o Cel. Marcelino Ferreira Armond, 10 Barão de Pitangui, os irmãosJoão Gualberto, Pedro Teixeira e Antônio Teixeira de Carvalho e o vigário Joaquim Camilo de Brito O fim do século XIX Por ocasião da Guerra do Paraguai, a cidade forneceu 152 oluntários e 77 guardas nacionais para o esforço de guerra.

Em 1889, Barbacena hospedou o Imperador D. Pedro II em sua última viagem a Minas Gerais e, em 1893, sediou a sessão extraordiária do Congresso Mineiro que deliberou sobre a mudança d S 1893, sediou a sessão extraordiária do Congresso Mineiro que deliberou sobre a mudança da capital do estado de Ouro Preto para Belo Horizonte. No fim do século XIX, atendendo a uma política do Império, o município recebeu um grande número de imigrantes italianos. A primeira leva era composta por agricultores, a maioria veio do norte da Itália.

Em 15 de abril de 1888, o Governo Imperial inaugurou uma colônia de imigrantes nos arredores de Barbacena. O local foi denominado “Colônia Rodrigo Silva”, homenageando o então ministro da Agricultura. Assim como em todo o país, à época, o fluxo imigratório na cidade colaborou para o crescimento, a diversificação das atividades comerciais e agrícolas e o desenvolvimento de indústrias, como sericicultura, cerâmica, marcenaria e construção civil. O fórum judicial e o entrocamento da Oeste Em 30 de junho de 1923 foram inaugurados simultaneamente o entroncamento da “antiga linha da Oeste” (Estrada de Ferro

Oeste de Minas) ligando a cidade a São João del-Rei e o ediffcio do fôro judicial, que mais tarde recebeu o nome de “Mendes Pimentel”, foi construído durante o governo Arthur Bernardes e inaugurado na gestão Raul Soares. Na ocasião serviu de instalação para os cartórios do 10. e 20. offcios, escrivania de paz, coletoria estadual e tribunal do Júri. As inaugurações foram feitas pelo Ministro da Viação Francisco Sá, pelo secretário do Interior Melo Viana e pelo Sec feitas pelo Ministro da Viação Francisco Sá, pelo secretário do Interior Melo Viana e pelo Secretário da Agricultura Daniel de

Carvalho com a presença do Arcebispo da Arquidiocese de Mariana, dom Helvécio Gomes de Oliveira e do padre Sinfrônio de Castro e dos deputados Bias Fortes e José Bonifácio. [7] O edital de concorrência da obra do fórum foi publicado em 25 de fevereiro de 1922 no órgão oficial do Estado, a edificação se deu em terreno adquirido pela Câmara Municipal alguns anos antes na esquina da antiga ua da ‘Boa Morte” e estava orçada em 77:652$800 (“contos de réis”). Em 1930 0 prédio serviu de sede para o Comando Revolucionário em Barbacena. Duas revoluções A cidade teve participação ativa na Revolução de 1930 e na

Revolução de 1932. Localizada estrategicamente às margens da estrada que levava à Capital, Rio de Janeiro, a cidade foi sede do “Quartel-General da 4a Região Militar Revolucionária”, em 1930. O avanço dos revolucionários de Barbacena sobre Juiz de Fora e a tomada desta praça, com a rendição e adesão das tropas legalistas, tornou livre o acesso dos mineiros à capital da República. Esse fato foi decisivo para a deposição de Washington uís e a vitória da Revolução. A cidade participou, ainda, dos combates contra os revoltosos paulistas de 1932, fornecendo dois batalhões provisorios.

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