Caminhos da crítica literária (1940-1970): a construção da leitura no contexto das literaturas portuguesa e brasileira

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Caminhos da crítica literária (1940-1970): a construção da leitura no contexto das literaturas portuguesa e brasileira Premium gyferlanda 07, 2012 | 4 pagcs 40 Ano – Letras – UNESP/Assis. 20 Trabalho Bimestral: Caminhos da Crítica Literária (1940-1970): a construção da leitura no contexto das Literaturas Portuguesa e to view nut*ge Brasileira QUESTÃO NÚMERO 1. A decadência dos aparecimento da “no século XX, e se inten Imprensa no mesmo jornal(stico, os leitore gosto do leitor. ra crit ou c sfo u com o a metade do ações sofridas pela rmato de texto ue formavam o No momento em que Carpeaux inicia sua produção no Brasil, o campo da critica literária atravessa um período de questionamento com relação à sua própria natureza e função. Uma fase de transição que passa da crítica não especializada, exercida então por profissionais de diversas áreas que escrevem para os jornais, ao surgimento dos primeiros críticos oriundos da universidade e ligados ao ensino de literatura.

Recorremos a Sussekind, que descreve com propriedade esta passagem do critico-cronista ao critico-scholar: “Há, então, dois modelos bem diversos de críticos em dispusta, que se encontram momentaneamente lado a lado nas páginas da imprensa diária. O que se inicia é uma mudança nos critérios de validação daqueles habilitação’ em meados dos anos 1940 não é mais a mesma das primeiras décadas deste século. E parece prever um tipo de intelectual cuja figura não cabe mais nas funções, até então supervalorizadas, do jornalista, do cntico-cronista. ” (Sussekind, 2003, p. 17-18).

Pode-se argumentar que a crítica de Carpeaux situa-se na confluência entre os dois modelos citados acima, apresentando característica de ambos. Carpeaux o coloca a meio caminho entre o homem de letras não especializado e o crítico com formação specífica em ciências humanas. Em seus inumeros artigos é possfiu’el encontrar exemplos tanto da antiga crltica literária como da análise especializada (apoiada em citações, notas de rodapé e vasta bibliografia), que se institucionaliza nas universidades brasileiras a partir dos anos 1950-60, mas que já era prática comum em seu país de origem.

Não seria, portanto, exagero afirmar que o percurso ensaístico de Carpeaux desloca-se entre os dois pólos da cr[tica enquanto gênero: do impressionismo dos homens de letras à abordagem teórica que será a marca da crítica acadêmica que se institui este período. Já no plano epistemológco, as interpretações de Otto Maria Carpeaux (quase sempre intuitivas, impressionistas, ao mesmo tempo em que fortemente armadas de erudição) deixam a lição de que as armas da crítica precisam ser forjadas apenas e na medida em que a o que as armas da crítica precisam ser forjadas apenas e na medida em que a obra as solicita.

Carpeaux percorre um movimento que pode ser traduzido pelo seguinte axioma: é a obra literária que funda o método. É ela que o elege e não o contrário. Nesse sentido, fica evidente sua oposição ao New Criticism, cujos receitos cientificistas ele não deixa de ironizar: Empregam-se métodos, criados em situações literárias diferentes, para explicar onde não há nada para explicar. Com impaciência estou esperando que um crítico da novíssima geração dedique trabalho de análise estilística às imagens da vida doméstica nos romances da Sra.

Leandro Dupre ou ? freqüência de adjetivos astronômicos na poesia de Petrarca Maranhão. Antigamente não fol assim. Os nossos críticos antigos nem sequer sabiam o que é método. Num sentido muito diferente, Augusto Meyer também ‘não tem método’. Emprega ra este, ora aquele processo de interpretação, obedecendo só e exclusivamente à natureza da obra que pretende interpretar; o método estilístico, o método sociológico (nos seus estudos de literatura gaúcha) e last but not least – o método psicológico. (carpeaux, 1999, p. 852).

A crítica de Carpeaux remete à atuação de um sujeito dotado de exuberante arsenal crítico e metodológico, disposto e capaz de mobilizar os mais diversos recursos do conhecimento em favor da exegese literária. Carpeaux parece confir PAGF3ÜFd mobilizar os mais diversos recursos do conhecimento em favor da exegese literária. Carpeaux parece confirmar aquele ideal de intérprete que, sabendo que não se é um bom crítico literário sendo apenas critico literário, não hesita em transpor as fronteiras de sua área para invadir, resolutamente, o quintal dos outros.

Assim, uma das questões suscitadas pelo contato com a obra crítica de Carpeaux diz respeito à existência ou nao de limites ou de autonomia para o campo da crítica. O conceito de campo designa um espaço regido por leis próprias e dotado de relativa autonomia. No caso do campo da crítica, cabe indagar acerca do grau de autonomia que esta pode manter em relação os campos do jornalismo e das letras. A questão do método não está imune a esta dinâmica.

Nesse sentido, não se pode classificar o método crítico de Carpeaux na mesma linhagem de Afrânio Coutinho. para sustentar a hipótese de que Carpeaux teria endossado o movimento contra os homens de letras. Porém o pressuposto fundamental do critico, é o gosto. Essa passagem fornece elementos para situar o posicionamento de Carpeaux em relação à crítica: “Antigamente tivemos muitos criticos sem teoria alguma. Agora temos muita teoria, uma floresta tão densa que ninguém mais consegue distinguir as árvores. ” (Carpeaux, 1 999, p. 848).

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