Capitulo a
INTRODUÇÃO Hernan Hertzberger desenvolveu neste livro um método diferente de explicar arquitetura. Em vez de apresentar cada obra separadamente e comentá-la em seguida todas suas características, ele organizou os aspectos semelhantes entre elas e as apresentou oferecendo um embasamento teórico e mals aprofundado sobre o tema abordado. O autor defende a idéia de que todo trabalho provém de antecedentes, conhecimentos prévios, relacionados à própria cultura. A maioria dos artistas, inclusive os arquitetos, têm hábito de ocultar suas referências e é justamente o contrario que
Hertzberger estimula aos estudantes de arquitetura que o façam, pois assim o entendi juntamente com outr I or 11 projeto ao que é esp Swipe to page Para completar O pe minhas ‘lições’ sempr neles uma mentalidade arquitet fazer seu próprio trabalho” (pág. ulo também para, orar e adequar o mentas de trabalho. “o objetivo de antes, despertar nica que pudesse capacitá-los a 5) arquitetos envolve a relação entre esses termos (público/privado e coletivo/indivldual) e o que isso causa à sociedade, colocando- os um face ao outro.
O seguinte esquema ilustra melhor a graduação entre esses ermos, tendo referências como o acesso, responsabilidade e a relação entre o que é privado e público: todos gradação de acesso superposiçao (esquema utilizado na aula de fundamentos de arquitetura, pelo profo Fernando Vázquez, em OI /03/2012) CAPÍTULO 2 – DEMARCAÇÃO TERRITORIAL As demarcações territoriais estão relacionadas a sensação de acesso, e as vezes o grau de acesso é uma questão de legislação, mas em geral é uma questão de convenção respeitada por todos.
Algumas situações citadas no livro, como: as ruas e residências e Bali, a aldeia de Mórbisch na Áustria, a Biblioteca Nacional de Paris e os edifícios de Escritórios Centraal Beheer de Apeldoorn; são inadequadas aos termos público e privado, POIS são consideradas áreas semi-privadas e semi-publicas que estão vinculadas ao uso de um individuo ou de um grupo tendo caráter temporário ou permanente.
A articulação em termos de maior ou menor acesso público é ponto de partida ao projetar tais espaços para maior compreensão do grau de relevância da demarcação territorial e das formas de possibilidade de acesso. CAPÍTULO 3 – DIFERENCIAÇÃO TERRITORIAL As gradações de acesso público às diferentes áreas de um edifício fazem parte da diferenciação territorial, que são específicas a quem se destina, determinando assim a manutenção adequada por certo individuo.
A seg determinando assim a manutenção adequada por certo individuo. A seguinte figura mostra as gradações funcionam, o número 1 mostra que é um lugar acessível a qualquer pessoa, 0 2 é um local destinado as pessoas que entram e utilizam o Hotel, 0 3 é uma transição entre uma área coletiva à uma mais individual e número 5 é de uso exclusivamente privado, sendo somente acessível ao visitante do hotel. Gradações de acessibilidade, Hotel Solvay, Paris – Herman Hertzberger, Lições de Arquitetura) CAPÍTULO 4 – ZONEAMENTO TERRITORIAL O zoneamento territorial é definido por quem determina e organiza o território e também de quem se responsabiliza por Esse território pode ser estimulado dependendo do grau de acesso, das demarcações territoriais e da organização, manutenção e da divisão de responsabilidades. A principal função do arquiteto é conduzir e influenciar os suários a partir da forma do espaço oferecendo oportunidades para eles incluírem seus pertences e assim se responsabilizarem pelo espaço.
Se o arquiteto não tomar tal precaução com as gradações de acessos adequadas e o espaço não exercer qualquer tipo de influência dos usuários, este se torna um espaço totalmente público e ninguém se sente inclinado a exercer qualquer influência nele. Dependendo do senso de responsabilidade e do desenvolvimento dos usuários no arranjo e na mobilidade do espaço, eles acabam tornando-se ‘moradores’ daquele local, pois eralmente são ambientes diários, compreendendo os deveres domésticos.
CAPITULO 5 -O autor diz que “em um espaço conhecido à nossa volta, onde sabemos que nossas coisas estão seguras e onde odemos nos concentrar sem sermos perturbados pelos coisas estão seguras e onde podemos nos concentrar sem sermos perturbados pelos outros – é algo que cada indivíduo precisa tanto quanto o grupo”. (pág. 28) E isso só acontece com a colaboração das pessoas que estão em volta desse ambiente, pois sem esse consenso tal espaço não existe. por isso existem riscos ligados ao chamado uso ultifuncional.
CAPÍTULO 6 -O INTERVALO O conceito de intervalo segundo Hertzberger é “a transição e a conexão entre áreas com demarcações divergentes e, na qualidade de um lugar por direito próprio, constituir essencialmente, a condição espacial para o encontro e o dialogo entre áreas e ordens diferentes” (pág. 32) O intervalo cumpre uma função social pois, independente de sua forma ou espaço, é nele que acontecem encontros e compromissos, boas vindas e despedidas, sendo assim um elemento arquitetônico hospitaleiro.
Com ênfase na soleira, o autor diz que estamos lidando aqui com o encontro e a reconciliação entre a rua, de um lado, e o domínio privado, de outro [… ] Esta dualidade existe graças à qualidade espacial da soleira como uma plataforma, um lugar em que dois mundos de superpõe em vez de estarem rigidamente marcados” (pág 32). Como mostram as seguintes imagens: (Escola de Montessori, Delft – Fotos 53 e 55) CAPÍTULO 7 – DEMARCAÇÕES PRIVADAS NO ESPAÇO NO PUBLICO A espacialidade influi na forma em ue os moradores ou usuários sentem-se inclinados a ex direção á área pública.
York, que atua como intervalo de acesso da rua ao Museu, alem de ser usado como local de espera, encontro e também para eventuais paradas para alimentação, a partir da apropriação do uso coletivo de um espaço privado. CAPITULO 8 – CONCEITO DE OBRA PÚBLICA É de grande provocação produzir espaços públicos capazes de transferir a responsabilidade por sua conservação e cuidado aos seus usuários e a comunidade local, aproximando suas relações.
Embora seja essa a função dos arquitetos as obras públicas em sua grande maioria desempenham papel inverso, omo instrumento de alienação da sociedade, produzidos pela proporção de demanda e escala, como pode ser observado na imagem abaixo: A distancia criada entre o usuário e o objeto influi altamente no modo de se relacionar com o mesmo, como podemos observar o usuário fica a parte, apenas usufruindo, sem o sentimento de propriedade. Quando a administração passa a se unir ao usuário diminui-se a distancia entre o objeto e o usuário, aumentando sua apropriação do espaço, como co-proprietános.
CAPITULO 9- A RUA Ao afastarmos a porta de entrada da rua junto afastamos a ompreensão e o senso d comunitária. suas exceções ao integrar o ambiente publico e privado devemos buscar o equilibrio em ambas as partes. Os excessos de áreas denominadas publicam em certos lugares podem inibir seu uso, procurando respeitar a pnvacldade do outro, assim vice e versa. Um bom exemplo encontrado pelo grupo é a Box House do Yuri Vital (2008), como podemos observar na implantação as casas foram posicionadas de forma que as varandas não interferissem umas com as outras devido à caixa da rua ser pequena.
Tal escolha determina o bom e o mau funcionamento de ambos. Fonte: Revista AU – Maio de 2010) (Fonte: Revista AIJ – Maio de 2010) Assim as áreas que passam por apropriação da comunidade, constituem principalmente fonte de diversidade e deixa de ser uma solução de projeto, mas expressão das escolhas individuais, logo: CAPÍTULO 10 – DOMÍNIO PÚBLICO Em domínio publico a rua é colocada como um elemento essencialmente organizador, pois define o espaço, sendo para interação social, manifestações, celebrações, sem contar como somente um eixo de ligação.
Isso revela que toda rua tem sua própria identidade, no qual os usuários exercem influência, ransformando uma simples rua em uma rua onde é perceptível o seu planejamento, principalmente uando essa função pode interagir com o entorno. Oe que a função da uso é controlado por horários de funcionamento e o silencio exigido pela leitura. No entanto a praça não possui um uso especifico, podendo circular, dançar, cantar, etc.
Em relação às construções, depende muito do comportamento dos moradores e dos desenhos da rua, da calçada e das fachadas das casas para que ocorra a integração da vizinhança no espaço público, pois os moradores podem utilizar suas casas como locais e refúgio e a rua como um ambiente de convívio. Assim são tratados os espaços que foram criados para servir ao público, uma região de contato entre público e privado, sendo que neste domínio há ainda uma nítida divisão entre eles.
O autor ainda afirma sobre a importância de se dedicar a espaços públicos atenção igual aos espaços privados em sua concepção, criação e conservação. De acordo com os exemplos do texto foi feito uma analise em relação a função, destrinchando – se como ela se relaciona com a forma, transformação, valorização e adaptação de um dado lugar , ostrando a verdadeira qualidade dos espaços públicos. aproveitados para tornar um edifício mais atrativo e hospitaleiro. ” pag. 68 Neste capítulo, Hertzberger cita a criação de grandes espaços abertos ao público, o que foi amplamente impulsionado a partir do séc.
XIX com a revolução industrial e assim o desenvolvimento dos transportes e novas tecnologias, quando surgem as feiras e mostras internacionais. O autor frisa a importância destes espaços e demonstra como o emprego de grandes vãos livres, abóbodas de vidro e estruturas e metal podem auxiliar na transformação de um espaço privado em público. Dentre os exemplos do autor, é citado pavilhões de exposição, salões, centros comunitários, a Torre Eiffel e as ferroviárias, assim é percebido uma certa ocasionalidade entre elas, originando de um ciclo esquemático. oletivos para a cidade, ela consegue isso através de seu traço arquitetônico. Assim, o edifício oferece espaços de uso público, porém destaca-se nessa pesquisa, o vão livre do museu no pavimento térreo, onde é possível estar no museu sem necessariamente estar dentro do museu, o desenho faz com ue o piso do vão seja uma extensão da calçada, onde está o Belvedere, um espaço comunitário, é público, fazendo com que, com suas qualidades atrativas e hospitaleiras, seja a área de maior utilizaçao do MASP. Fig. 2) PAGFgDF11 acessível ,enquanto o tecido das ruas se torna mais unido. A cidade é virada pelo avesso, tanto especialmente como concerne ao principio de acesso. O conceito de galeria contem o principio de um novo sistema de acesso no qual a fronteira entre o publico e o privado é deslocada e , portanto, parcialmente abolida; em ue , pelo menos do ponto de vista espacial , o domínio privado se torna publicamente mais acessíve I. ” Pág. 7 Ele ainda demonstra como praticas simples, como o uso do mesmo material de calçamento de passeios no interior de edifícios pode auxiliar na transformação de um domínio privado em público. Para exemplificar, utilizou o Hotel Solvay ,em Bruxelas. Como exemplo citamos as galerias existentes no pavimento térreo do Edifício Copan em São Paulo, espaço pertencente ao edifício onde é possível se encontrar lojas, cinemas, barbearias e que é aberto ao público. PAGF 11