Ciências humanas e suas tecnologias

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A ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS SUAS TECNOLOGIAS 1 . Apresentação 02 2. O Sentido do Aprendizado na Área de Ensino 06 3. Competências e Habilidades a serem objetivadas na área 13 3. 1 0 Conhecimento em História 3. 2 0 Conhecimento em Geografia 22 3. 3. O Conhecimento em Filosofia (não disponível) 3. 4. O Conhecimento em Sociologia (não disponível) 4. Rumos e Desafios 5. Bibliografia Consul Apresentação ao disponível) to view next*ge Este documento tem a finalidade de provocar e alimentar, entre os professores da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, o debate e a reflexão sobre o seu ensino em âmbito nacional.

Para se desempenhar uma docência articulada em tal área, no contexto deste segmento da educação exige-se a explicação de uma visão de área que contemple os vínculos entre ela e as finalidades do Ensino Médio – aqui entendido como etapa final da Educação Básica e também as relações com as demais áreas componentes do currículo, no esforço de construção de uma proposta integrada.

Há ainda que se cuidar que o registro das recomendações gerais aqui contidas, assim como dos programas a serem organizados no âmbito das escolas, ao se efetivarem, não se cristalizem no Convém ainda, que alguns termos de utilização recorrente neste documento sejam introdutoriamente elucidados. Entende-se aqui por sociedade tecnológica a sociedade contemporânea, na qual as relações sociais encontram-se profunda e intensamente marcadas pelas mídias e demais tecnologias, ganhando novas configurações.

Alteram-se os papéis das crianças, adolescentes e idosos, em casa e na sociedade, assim como os papéis femininos e masculinos. Por exemplo, a partir de uma geladeira, alteram-se as rotinas do trabalho doméstico, poupando-se tempo antes necessariamente ocupado com a produção diária de alimentos e com a compra de rodutos deterioráveis. O tempo, agora liberado, passa a ser utilizado para educação dos filhos, para procura do trabalho remunerado ou para o lazer.

A partir do uso diário do rádio ou da TV têm-se informações de empregos, de problemas vividos por empregados e por empregadores das novas exigências feitas ao trabalhador pela intensa e rápida reorganização do mundo do trabalho. Tem-se a oportunidade do lazer e do entretenimento dentro de casa; musicas, novelas, programas de humor, entrevistas, noticiários, ampllando as fronteiras do entorno em que vivemos, alterando nossos hábitos de vida e nossos horizontes de busca de portunidades, de compreensão do mundo, e as nossas relações com as pessoas.

Com todos os recursos de que dispomos na atualidade encontramo-nos imersos em uma sociedade complexa. As tecnologias encontram-se tão incorporadas aos atuais modos de vida que quando nos defrontamos com menções à sociedade tecnológica quase que imediatamente somos remetidos ao computador, à Internet, aos robôs. Este mundo, entretanto, ainda é compartilhado por poucos e específicos segmentos da população. Esquecemo- PAGF mundo, entretanto, ainda é compartilhado por poucos e específicos segmentos da população.

Esquecemo-nos de que o carro, os aparelhos de som, o walkman, as caixas eletrônicas de bancos, as calculadoras, os aparelhos medidores de pressão e de temperatura, as seringas descartáveis, os liqüidificadores, ventiladores, aquecedores, os livros, revistas, jornais e inúmeros outros instrumentos da vida doméstica, do mundo do trabalho, na indústria, no comércio e na prestação de serviços, e do mundo do lazer infantil, juvenil, adulto e da terceira idade compõem uma lista incomensurável de recursos tecnológicos que cercam o dia-a-dia da nossa população, mesmo dos segmentos mais mpobrecidos.

Todos temos que lidar com esses recursos nos diferentes espaços sociais pelos quais transitamos. Todos temos hábitos de vida e nossas relações alteradas por eles. Há os que se colocam como meta de vida, mergulhar de cabeça nas “maravilhas da tecnologia”. Há os céticos que tentam negar as tecnologias ou resistir a elas.

Há os que procuram incorporar os avanços da tecnologia, tendo como objetivo a melhoria da produtividade e da qualidade de vida. Encarar tal sociedade enquanto palco das relações humanas vividas na atualldade, buscando compreendê-la, signlfica encará- a em sua historicidade, com a qual convivemos, lidamos, e a qual também tecemos na cotidianidade de nossas vidas, produto e produtores que somos dessa história.

Entendê-la em suas múltiplas e contraditórias facetas não significa aderir sem restriçóes a ela, mas capacitar-se para colaborar com ações transformadoras que se fazem necessárias, bem como com ações preser•v’adoras de seus pontos positivos, tanto no campo da educação, espaço em que interatuamos professores, alunos, funcionários, pais professores, alunos, funcionários, pais, comunidade, como pela ida afora, onde exercemos a nossa sociabilidade.

Compreender tal sociedade significa capacitar-nos para nela vivermos melhor, melhorarmos nossos relacionamentos e juntos construirmos, com os conhecimentos e recursos de que ela já dispõe, uma vida mais digna, justa e humana para todos. Outro termo que é preciso aqui considerar refere-se à palavra ciência ou à expressão “conhecimento científico”.

Sempre que utilizadas neste texto de forma não adjetivada referem-se ao conjunto dos tipos de ciência produzidos pelo homem – Ciências da Natureza e Ciências do Comportamento, dentre as quais se ncluem as Ciênclas Humanas e Socials – e não apenas às Ciênclas da Natureza, como são usualmente decodificados. A palavra tecnologia será aqui utilizada em referência a processos socioculturais cientificamente orientados.

Lembramos, a título de ilustração, que técnicas de trabalhos e de gestão de grupos são capazes de influenciar processos sociais humanos de colaboração, competição, conflito, acomodação assimilação, dentre outros, e de serem reflexivamente influenciadas por esses mesmos processos. Nesse sentido os processos tecnológicos aqui referidos diferem e produtos da ciência aplicada, prontos e acabados, como é o caso do conjunto de máquinas e aparelhos elétricos e eletro- eletrônicos da atualidade. Portanto, são considerados no sentido de apreender a interferência que exercem em tais processos.

De tal forma que as tecnologias na área das Ciências Humanas e suas Tecnologias são compreendidas para além de resultados das ciências, como também dinamizadoras dos campos científicos a medida em que geram novas questões a serem medida em que geram novas questões a serem desvendadas por pesquisas científicas de produção do conhecimento. As diferenças de tratamento conceitual entre os termos Competências e Habilidades também devem ser consideradas, ainda que na maioria das vezes, uma e outra estejam sendo desenvolvidas concomitantemente, mesmo que nao sejam nominadas.

As competências são as ações e operações mentais utilizadas para estabelecer relações com e entre objetos, situações, fenômenos e pessoas objeto do conhecimento. Estão, portanto, mais diretamente relacionadas aos objetivos gerais das disciplinas e ao “saber fazer”. As habilidades dizem respeito mais diretamente ao fazer concreto das atividades a serem esenvolvidas durante as aulas regulares de cada disciplina. Finalmente cabe esclarecer o que se entende por conteúdo curricular. Devemos considerar que tudo que interfere na produção de conhecimentos é conteúdo curricular.

Segundo Torres: “Nesse contexto, os conteúdos curriculares seriam o conjunto de discursos (verbais e não verbais) que entram em jogo no processo de ensino-aprendizagem, incluindo: as informações e os conhecimentos prévios que tanto alunos quanto os professores possuem e aqueles que são construídos ao longo do processo educativo e pela interação entre uns e outros; os conteúdos dos planos e programas de estudo [(conteúdos programáticos)], assim como os dos materiais curriculares e dos trabalhos de aula; os procedimentos utilizados para ensinar e aprender; a organização do espaço ocupado; o clima gerado; e o conhecimento construído [e habilidades e competências desenvolvidas] resultante da interação entre todos esses elementos”.

Desta forma utilizaremos o co PAGF s OF Desta forma utilizaremos o conceito de conteúdo programático quando nos referirmos aos temas elou assuntos; e o conceito de conteúdo curricular quando nos referirmos à somatória dos onteúdos programáticos, competências, habilidades, etc. O esforço para organização da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias, consubstanciado nesse documento, deverá alcançar a amplitude desejável do debate nacional, que permita incorporar reflexões, estudos, pesquisas, experiências, anseios da multiplicidade de setores sociais organizados, vinculados às questões do ensino dessas ciências, no nível da escolaridade médla. 2.

O Sentido do aprendizado na área Uma Área de Ensino é uma forma de organização de disciplinas que leva em consideração a identidade geral entre os objetos e estudo e métodos de análise das mesmas. Estas, por sua vez, constituem-se em campos organizados de trabalho com o conhecimento na escola e vêm acompanhando de alguma maneira, ao longo de sua constituição, as questões, mudanças, comportamentos, dúvidas, procedimentos, vividos pelos campos científicos que as alimentam. A crise de paradigmas vivida pelas Ciências em geral que ancoradas em moldes positivistas foram forçadas a reconhecer que as fronteiras das divisões dos campos de trabalho específicos, não são demarcações rígidas e exatas, promoveu um abalo na forma de organização das disciplinas.

A crise de paradigmas vivlda pelas Ciências Humanas põe em evidência a necessidade de reavaliação dos focos de abordagem do objeto comum de conhecimento com que trabalham cada uma das disciplinas deste campo, bem como da metodologia empregada na construção do conhecimento a ser alcançado. como da metodologia empregada na construção do conhecimento a ser alcançado. A organização do trabalho escolar em áreas de ensino aponta para avanços e incorpora os problemas trazidos pela nova racionalidade cientlfica em elaboração. Desenhar uma área de ensino implica em explicitar os objetivos erais que se pretende alcançar junto a nossos alunos; identificar disciplinas componentes; situa-la nas condições da escola em que se insere e decidir critérios para definição de conteúdos curriculares, metodologia e procedimentos de ensino tendo sempre em mente que tais arranjos são históricos e, portanto, sempre transitórios.

Entendemos por Área de Ensino em Ciências Humanas e suas Tecnologias a configuração a partir de um conjunto de disciplinas especificas, cuja afinidade é definida pelo objeto comum de estudos – o comportamento humano – e por pontos de ntersecção das metodologias específicas de produção desses conhecimentos, e cujas especificidades ocorrem pelos focos diferenciados a partir dos quais olham o seu objeto em relação ao espaço (Geografia); ao tempo (História); à sociabilidade (Sociologia ); aos processos de reflexão sobre comportamentos e pensamentos (Fllosofia), de onde decorrem peculiaridades metodológicas importantes de serem preservadas Tradicionalmente a presença destes conhecimentos no Ensino Médio tem se dado por meio das disciplinas História e Geografia e de modo localizado e esporádico, pela presença de outras como Sociologia, Psicologia e Filosofia. As vicissitudes enfrentadas na organização das áreas de ensino refletem as vividas pelas ciências na sua trajetória de reordenação, após a crise de paradigmas.

O deslocamento de enfoque da história polítlca para a história social, na disciplina História; a com PAGF 7 deslocamento de enfoque da história política para a história social, na disciplina História; a compreensão do espaço ocupado pelo homem enquanto espaço construído e consumido, posslbilltada pelos estudos marxistas empreendidos pela Geografia, alargaram o campo da geografia humana no ensino, uitas vezes em detrimento do ensino de Geografia Física, empanaram com certa freqüência a apreensão da contribuição especifica da Sociologia enquanto disciplina que tem por objeto os processos de sociabilidade humana em âmbito coletivo definido e dos espaços interpessoais. Os processos de globalização do mundo e da mundialização da cultura desencadeados pela sociedade tecnológica em que vivemos recolocam as questões da soclabilidade humana em espaços cada vez mais amplos, e trazem questões de identidade pessoal e social cada vez mais complexas, que precisam ser enfrentadas.

Surge como imperativo a tentativa de elaboração escolar de s[nteses significativas pelos sujeitos do processo educacional que se constituam em instrumentos de compreensão do mundo e da vida, permitindo aos alunos melhor se situarem na realidade pós-moderna, de maneira consciente e construtiva, ou criando vínculos produtivos e realizadores com esta realidade. Admitimos que será da vivência reflexiva com esta realidade a partir das condições concretas de vida e de trabalho que surgirão os caminhos de superação das dificuldades colocadas pelas relações sociais em presença. O encontro dos homens entre si e com o meio natural em que se inserem define por intermédio das relações sociais que travam para a sobrevivência, o espaço sociocultural de sua existência, decorrente das transformações e criações que promove nesse melo. Esse delineamento nos possibilita selecionar os co PAGF 8 OF transformações e criações que promove nesse meio.

Esse delineamento nos possibilita selecionar os conceitos básicos que formam a estrutura deste campo de conhecimento, e que são, cada um deles, geradores de outros conhecimentos. Expressando-se numa disposição gráfica teríamos: Natureza Espaço Relações Sociais Humanas Cultura Tempo Os conceitos básicos são instrumentos de trabalho para análise e compreensão da realidade, abarcados pelas diferentes Ciências Humanas. Permitem perceber a íntima interligação dos fenômenos, representada no gráfico pelas setas. Cada um dos conceitos, por si, constitui-se num eixo conceitual, que se amplia e desdobra em outros conceitos a ele relacionados, à medida que o processo de compreensão dos mesmos caminha. Todos mantém, ao longo de seus desdobramentos, relações entre si.

A esses conceitos interrelacionados denominamos corpo conceitual. A definição de conteúdos programáticos, em particular, e curriculares, em geral, a serem abrangidos na Área deverá atender a critérios extraídos de dois eixos didáticos aqui considerados: * grandes temas ou questões emergentes da sociedade tecnológica, que sejam definidos como significativos pelo professor e pelos alunos; ‘k conceitos básicos das Ciências Humanas, que compõem uma estrutura de eixos geradores de conhecimento. No primeiro eixo didático, al uns temas emergentes da sociedade tecnológica podem aqui s compondo uma lista problemática das minorias (religiões, raciais, sexuais, etc. reordenação dos espaços geográficos do mundo atual, a relação entre as gerações, são questões que contemplam o tema “exercício da cidadania nas sociedades tecnológicas”, seja pela observação e estudo de direitos e deveres já existentes e pela identificação de direitos e deveres a serem construídos; seja pela análise e constatação das funções ordenativas do Estado, em reorganização frente a um mundo globalizado. A cultura em suas múltiplas dimensões, a sabedoria popular, a ciência e a arte, a cultura das mídias, a cultura religiosa, a cultura e gênero, das etnias, dos grupos específicos de trabalho, o trânsito entre as diferentes culturas, permeadas pelas tecnologias da comunicação que entrecruzam recursos da ciência e das artes, contemplam o tema “cultura e participação social nas sociedades tecnológicas”, seja pela observação e estudo das manifestações culturais de diferentes segmentos sociais, seja pela constatação e análise de problemas da sociedade tecnológica e globalizada que carecem de respostas culturais na atualidade.

O processo de marginalização social, revelador da face excludente a sociedade tecnológica, globalizada e mundializada contempla o tema “trabalho e conhecimento na organização das sociedades tecnológlcas”, seja pela observação e estudo dos segmentos sociais excluídos, seja pela constatação e análise do papel do conhecimento nos setores organizados da sociedade, seja pela reflexão sobre o papel emergente que o conhecimento e/ ou setor cultural poderão ter na reorganização da sociedade tecnológica, que escapa ao poder organizativo do trabalho, tal como está nele posto, no presente. No segundo eixo didático os conceitos básicos com que trabalham

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