Como criar uma empresa em angola
AVALIAÇÃO DE PEQUENAS MÉDIAS EMPRESAS E GES AO DE RISCO adilson manuel (adilson man) adilsonman2000@hotmail. com Irocha@fep. up. pt *** coutoviana@fep. up. pt Faculdade de Economia do Porto Rua Dr. Roberto *ias, 4200-464 porto Telefone: 22-5571100; Fax: 22-5505050 AVALIAÇÃO DE PEQUENAS E MÉDIAS EMPRESAS E GESTAO DE RISCO JOSÉ RODRIGUES JES Faculdade de Econo RESUMO: S”ipeto IANA A avaliação de uma P. M. E. ou de uma Grande Empresa são processos bem diferentes. As Demonstrações Económico-Financeiras de P. M.
E. ‘s devem ser objecto de vários ajustamentos, tendo em vista a estimativa de fluxos de tesouraria uturos e a determinação da taxa de actualização é subjectlva. As politicas de Gestão do Risco podem afectar não só a previsão de fluxos futuros, como também as taxas de retorno exigidas para os capitais próprios e alheios. Palavras Chave: Avaliação de Empresas, P. M. E. ‘s, Gestão do Risco. ABSTRACT: Using the Free Cash-Flow method to valuate small or medium Avaliação de uma Pequena ou Média Empresa 2. . – Previsão dos Fluxos de Tesouraria Futuros. 3 2. 2. – Determinação da Taxa de Actualização 2. 2. 1. – capital Alheio „ 2. 2. 2. – capital Próprio… . 2. 3. – Ajustamentos Finais • • • • • • • • • • 3. – A Gestão do Risco…. 3. 1. A Gestão do Risco e o Valor da Empresa…. 13 3. 1. 1 . A Diversificação Pode Ser um „ 13 3. 1. 2. Efeitos da Gestão do Risco nos Fluxos de 15 BI BLIOGRAFIA — Tesouraria….. . 3. 1. 2. 1. As Decisões de Investimento . 3. 1. 2. 2. os Impostos.. 3. 1. . 3. os custos de Transacção 3. 1. 2. 4. O Comportamento dos Gestores 18 19 3. 2. – Gestão do Risco e Dimensão da Empresa: Evidências Empíricas……. 21 4. Conclusão 22 PAGF 31 BIBLIOGRAFIA . 23 1. – Introdução Num mundo em que há muito trabalho e cada vez menos mpregos, a Economia está cada vez mais dependente das Pequenas e Médias Empresas, nomeadamente da sua capacidade de criação de emprego e da sua grande flexibilidade como instrumentos para pôr em prática a capacidade empreendedora e Inovadora.
Tal facto é patente: o no desenvolvimento, por parte dos Governos, de instrumentos de política económica vocacionados para a criação e o apoio ao desenvolvimento destas estruturas empresariais (realce-se o espírito do Programa Operacional da Economia, em Portugal); o no papel determinante que as pequenas e Médias Empresas desempenharam, uer nos Estados Unidos, quer numa Europa de Leste em recuperação e em transição para um novo sistema de organização da economia, no período posterior à queda do Muro de Berlim; o no êxito de algumas destas empresas na área da informática, das telecomunicações e de outras “tecnologas de ponta” – Microsoft, Amazon, Yahoo, entre outras, são histórias de sucesso que, de uma forma quase imediata, assaltam a nossa memória recente.
Com a importância acresci anizaçdes na Economia, que uma entre várias evidências da necessidade de adaptação de uma Teoria Financeira, nascida e desenvolvida com base nas Grandes Empresas otadas em Bolsa de Valores, à realldade bem diversa das Pequenas e Médias Empresas. Constitui então, objectivo deste trabalho trazer alguns contributos teóricos para o processo de avaliação de Pequenas e Médias Empresas, pelo Método do Rendimento, pondo em evidência a medida em que uma Gestão do Risco activa pode influenciar não só os fluxos de tesouraria futuros, como também a taxa de actualização a usar. 2. – A Avaliação de uma Pequena ou Média Empresa As características específicas de uma Pequena ou Média Empresa têm implicações profundas no seu processo de avaliação.
Na realidade, a leitura as Demonstrações Económico-Financeiras, a interpretação de indlcadores, e a própria aplicação dos métodos de avaliação mais comuns são actividades que têm de ser adaptadas a um contexto caracterizado por uma forte interdependência entre a “esfera pessoal” do empresário e a “esfera empresarial” e por uma grande liberdade de “construção” da contabilidade, beneficiando da informalidade dos relacionamentos e da inexistência de auditores externos. Em termos gerais, a aferição do valor de uma empresa pode ser efectuada recorrendo a diferentes métodos, uns mais a licáveis do que outros, em função das circunstâncias. 1 deste tipo de organizações assentar em activos intangiveis, como, por exemplo, características pessoais do proprietário-gestor; o a “Avaliação Comparativa”, com recurso a “múltiplos de mercado” não é possível, seja pelas “características exclusivas” da empresa, seja pelas diferenças induzidas pelo próprio factor dimensão.
Sliwoski (1999) sugere a utilização de bases de dados históricos das transacções efectuadas, aplicando, posteriormente, relações entre as vendas e os preços; todavia, um método deste tipo é demasiado simplista, ao considerar um único factor (v. g. , o volume de vendas), num cenário m que as influências sobre o valor da empresa podem resultar de diversos 2 elementos e ainda ao ignorar todas as futuras alterações nos “multiplicandos”, sejam estes quais forem; o os métodos de avaliação “mais recentes”, tentativas de resposta à cada vez maior importância dos Activos Intangíveis, não dispensam uma “base de informação sólida”, que implica o acesso a dados que vão muito além dos geralmente contidos nos Relatórios Financeiros.
Casos exemplares desta necessidade são as tentativas de avaliação do “Capital Intelectual” de uma empresa ou o “Balanced Scorecard”; o os modelos baseados n PAGF s 1 os dividendos futuros realização desse trabalho implica superar obstáculos, quer na estimativa dos fluxos futuros, quer na forma de cálculo da taxa de desconto. Algumas dessas barreiras resultam do facto de as Demonstrações Financeiras de uma Pequena ou Média Empresa não serem, propriamente, uma “fonte de informação exacta”; outras decorrem da dificuldade em encontrar valores de referência que sustentem o processo de avaliação. 2. 1. – Previsão dos Fluxos de Tesouraria Futuros pensando no “funcionamento interno’ das pequenas e Médias Empresas e recolhendo alguns contributos nos trabalhos de Levin e Travis (1987), Ang 1 992), osteryoung et al. 1 997), Neves e Henriques (1999), apresenta-se uma lista de factores indutores de inexactidão nas Demonstrações Económico-Financeiras destas organizações: o os Activos Fixos são susceptíveis de estar subvalorizados ou sobrestimados: pode deparar-se com uma Pequena ou Média Empresa “formalmente” proprietária de um conjunto de bens que se destinam ao usufruto pessoal dos proprietários (automóveis, electrodomésticos, para não falar de imoveis), mas também existem situações de utillzaçào gratuita, por parte da Pequena ou Média Empresa, de bens que integram o património pessoal dos seus roprietários (imóveis, objectos de arte, antiguidades).
As consequências, Consumidas, constituem instrumento privilegiado de manipulação do resultado contabilístico e fiscal, em organizações (como a maioria das pequenas e Médias Empresas) que gozam de larga margem discricionária, na elaboração dos “Relatórios e Contas”. É claro que uma contagem física pode minorar ou erradicar o problema, mas tal nem sempre é viável. As alternativas passam, então, por efectuar comparações com médias do sector, ou pela análise da volatilidade de indicadores como a Bruta ou o Tempo Médio de Existências e pelos consequentes justamentos; o no que respeita às Disponibilidades e às Dívidas de Terceiros, é necessar. ponderar a eventual existência de d[vidas incobráveis e de “erros” nas rubricas de Caixa e seus equivalentes (decorrentes de confusões entre as contas da empresa e contas particulares). Nesta área, os problemas materialmente relevantes serão mais fáceis de detectar, medindo a dimensão relativa das classes, face ao Total do Activo; o não é de menosprezar a possibilidade de subavaliação de Passivos (em termos de valor de mercado): os custos de financiamento podem ser mais balxos, como consequência de relacionamentos pnvileglados ntre a empresa e a banca, ou da concessão de garantias pessoais. por conseguinte, deve indagar-se até que ponto estas condições se vão conseguir manter.
No PAGF 7 31 relações com accionistas ou pessoas próximas podem estar afectadas por dois tipos de distorções: o a consideração de créditos resultantes de “confusões” entre o património pessoal dos proprietários e o património da empresa, que se traduzem no financiamento de actividades pessoais dos seus sócios ou accionistas, tais como: consumos pessoais ou da família, pagamentos de impostos sobre o rendimento individual, compras e participações de outros sócios, entre inúmeras outras possibilidades; em casos deste tipo, é natural que se tratem de créditos “eternos”; o o registo, nas dívidas a terceiros de “quase-capital’il, ou seja, dívidas a terceiros (remuneradas ou não) que não passam de entradas dinheiro dos proprietários que escolhem, de preferência, este “veículo” para “colocar” dinheiro na empresa, movidos: por intuitos de eficiência fiscal; por uma maior ‘reversibilidade” dos montantes investidos, caso sejam “configurados” como Passivos; pela ponderação dos elevados custos de transacção associados ?s emissões de capital social.
Na estimativa de fluxos de tesouraria deve admitir-se a possível incobrabilidade dos créditos, bem como a eventual necessidade de substituir os suprimentos por capital próprio ou capital alheio remunerado; o embora autores como Neves e Henriques (1999) façam referência a problemas decorrentes do incumprimento do “Princípio da Especialização dos Exercícios” (nomeadamente a consideração de custos apenas momento do seu pagame xcepçao dos “Impostos benefícios fiscais que levam ao adiamento do pagamento de imposto (veja-se o reinvestimento das mais-valias geradas na venda de bens o activo imobilizado corpóreo, que permite diferir o pagamento do imposto respectivo por um período de cinco anos). Em sentido inverso, pode citar-se o caso de um activo por imposto diferido, correspondente a prejuízos fiscais susceptíveis de dedução em lucros de períodos futuros. ão é de crer que estas imperfeições contabilísticas tenham um efeito significativo nos fluxos de tesouraria futuros (até porque acabam por ser questões menos relevantes, raciocinando “em contínuo” e ignorando a segmentação da actividade económica em exercícios); o as Vendas e prestações de Serviços (sobretudo estas últimas) são usceptíveis de subdimensionamento (por razões de ordem fiscal, ou pelo facto de determinados custos estarem indexados ao volume de negócios3), mas também pode ocorrer o seu sobredimensionamento (principalmente em empresas que apresentem “prejuízos fiscais” acumulados, deve ser admitida a possibilidade de existência de facturação excessiva); o os Custos com o Pessoal constituem outra área senslVel; também nesta classe de custos, surgem valores su eriores ou inferiores à realidade; incluirse-áo, n o, os presumíveis empresa por salarias inferiores ao seu “valor de mercado” (caso típico das Pequenas e Médias Empresas cujo bjectivo pnncpal é a sobrevivência), bem como as situações em que o poder de liderança, o carisma do empresário e mesmo a “cultura da empresa” (factores que sofrerão alterações, em caso de mudança da propriedade) conduzem ? prática de “trabalho extraordinário”, não remunerado; para projectar fluxos de tesouraria, há que proceder a correcções desta rubrica, aproximando-a dos “valores de mercado” e, só depois, estimar o seu crescimento; o os Fornecimentos e Serviços Externos também devem ser objecto de correcção, tentando separar, na medida do possível, “custos mpresariais” de “custos pessoais”. São comuns “confusões” em rubricas de conservação e reparação, despesas de representação, deslocações e estadas, combustíveis, água, luz, telecomunicações, entre outras. Convém que o analista dê Por exemplo, nos Centros Comerciais, a renda paga pelos comerciantes costuma ser proporcional . com um limite mínimo) ao volume de vendas. Se o cliente não solicitar documento comprovativo da venda e se deixarmos de lado considerações de ordem étlca, parece “economicamente racional” não registar a venda, nos documentos oficiais da empresa. 6