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AS MНDIAS SOCIAIS E O PROCESSO DE INTERAЗГO SOCIAL UMA CONTRIBUIЗAO PARA O MARKETING DANTAS, Ana Lъcia de Faria Lucena Doutora ana. dantas@sociesc. org. br RIZZARDI, Patrik Estudante do curso de Administraзгo patrik_rizzardi@hotm RESUMO O presente artigo te 0 p ar a discussгo sobre os processos de interaзгo social e as midias sociais.

Para a isso foram apresentadas as idйias de autores como Berguer e Luckmann (2003) que abordam sobre o conhecimento que rege a conduta da vida cotidiana, quando a realidade social da vida cotidiana й partilhada entre os indivнduos num sistema e relaзгo onde, entre outros, ocorre a interaзгo face a face. Segundo os autores, na interaзгo face a face a subjetividade do outro й mais acessнvel em funзгo da existкncia de inъmeros sintomas. Para eles, essa situaзгo й a ъnica que consegue reproduzir os sintomas, que por sua vez pode reduzir a subjetividade do outro.

Somente nesta situaзгo a subjetividade do outro й expressivamente “prуxima”. Ou seja, para os autores, a interaзгo face a face й a principal experiкncia vivenciada no processo de interaзгo social. por outro lado, uma das realidades ncontestбveis atualmente й a utilizaзгo generalizada das redes relacionamentos, constatamos a existкncia da interaзгo entre usuбrios, mas tambйm nгo podemos esquecer que existe da mesma forma a interaзгo entre maquinas, sistemas, software, componentes responsбveis pela existкncia das redes sociais, ou seja, variбveis interdependentes que em conjunto resultam na interaзгo do todo.

Em face deste contexto o estudo teve como objetivo geral relacionar as teorias de Berguer e Luckmann (2003) na obra “A construзгo social da realidade” com os processos de interaзгo social utilizados nas redes sociais. Entre os principais esultados estгo algumas reflexхes que podem contribuir para que as empresas possam ampliar a atuaзгo do marketing nas redes sociais.

Durante o desenvolvimento do estudo foram utilizados os seguintes procedimentos metodolуgicos: pesquisa exploratуria e descritiva, desenvolvido por meio de pesquisa bibliogrбfica e documental, que contou com alguns dos resultados da pesquisa realizada na UNICA/SOCIESC e que apresentou elementos importantes no sentido de contribuir com as discussхes sobre este novo fenфmeno: as redes sociais.

Os dados da pesquisa contribuнram para ampliar a discussгo sobre a importвncia das nteraзхes sociais e sua influencia nas mнdias sociais. PALAVRAS-CHAVE: Mнdias Sociais, marketing e interaзгo social. INTRODUЗГO O presente artigo apresenta algumas reflexхes alcanзadas durante o desenvolvimento do projeto de pesquisa realizado na UNICA/SOCIESC, em Florianуpolis, que abordou sobre os processos de interaзгo social segundo os autores Peter L. Berger e Thomas Luckmann e o uso das redes sociais segundo Raquel Recuero.

Na 20 Thomas Luckmann e o uso das redes sociais segundo Raquel Na obra “A construзгo social da realidade” os autores Berger e Luckmann (2003) abordam sobre o conhecimento que rege conduta da vida cotidiana, quando a realidade social da Vida cotidiana й partilhada entre os indivнduos num sistema de relaзгo onde, entre outros, ocorre а interaзгo face a face. Segundo eles, na interaзгo face a face a subjetividade do outro й mais acessivel em funзгo da existкncia de inъmeros sintomas, como as expressхes faciais, movimentos corporais, entre outros.

Para eles, essa situaзгo й a ъnica que consegue reproduzir os sintomas, que por sua vez pode reduzir a subjetividade do outro. Somente nesta situaзгo a subjetividade do outro й expressivamente “prуxima”. Ou seja, para os autores, a interaзгo ace a face й a principal experiкncia vivenciada no processo de interaзгo social. Por outro lado, uma das realidades Incontestбveis atualmente й a utilizaзгo generalizada das redes sociais, seja ela, Orkut, fotolog, chat, blog ou os mais recentes como o facebook e twitter, que mesmo nao existindo a relaзгo face a face promove uma interaзгo social.

Estas ferramentas tкm como finalidade principal a relaзгo virtual dos usuбrios. De fato, em todos estes meios de usuбrios, mas tambйm nao podemos esquecer que existe da interaзгo do todo. A partir deste contexto o presente estudo tem co ue em conjunto resultam na interaзгo do todo. A partir deste contexto o presente estudo tem como objetivo geral relacionar as teorias de Berguer e Luckmann (2003) na obra “A construзгo social da realidade” com os processos de interaзгo social utilizados nas redes sociais.

Quanto aos procedimentos metodolуgicos adotados, o estudo possui um carбter exploratуrio e descritivo, realizado por meio de uma pesquisa bibliogrбfica e documental. Segundo Vergara (2000) pesquisa exploratуria й realizada em бrea na qual hб pouco conhecimento acumulado e sistematizado, ou seja, tem como objetivo aprimorar idйias, levantar hipуteses obre assuntos pouco explorados. Jб a pesquisa descritiva procura obter informaзхes e descrever caracterнsticas de determinada populaзгo ou fenфmeno- pode estabelecer correlaзхes entre variбveis e definir sua natureza.

Para Gil (2002) A pesquisa bibliogrбfica й o estudo sistematizado e desenvolvido a partir de material impresso ou automatizado publicado em livros, revistas, jornais, rede eletrфnicas, e que seja de acesso pъblico. Ea pesquisa documental й realizada em documentos pertencente a уrgгos pъblicos e privado de qualquer natureza, ou com pessoas: registros, regulamentos, circulares, fнcios, memorandos, balancetes, disquetes, cartas pessoais, dentre outros.

Como fontes de dados para o presente estudo foram utilizados os dados de pesquisa realizada com os alunos da UNICA/SOCIESC sobre o uso das midias sociais. O artigo estб estruturado da seguinte forma: primeiramente sгo apresentadas as idйias de Berguer e Luckmann (2003), em seguida sгo abordados alguns aspectos sobre as intera 4 20 apresentadas as idйlas de Berguer e Luckmann (2003), em seguida sгo abordados alguns aspectos sobre as interaзхes nas redes sociais, depois os temas sгo relacionados ao estudo ealizado e, por fim, sгo apresentadas algumas reflexхes que podem contribuir para o marketing.

INTERAЗГO SOCIAL E REDES SOCIAIS Segundo Berger e Luckmann (2003), antes de pensarmos em interpretar o mundo coerente em que vivemos, devemos entender a realidade da vida cotidiana, ou seja, levar em consideraзгo todos aqueles fatores intrнnsecos, uma vez que este “mundo coerente” nada mais й do que a realidade interpretada e subjetivada de modo a dar sentido para cada um. Da mesma forma como se dб na interaзгo social, onde esta й considerada por carбter subjetivo, ou seja, a realidade й constantemente nterpretada pelos diferentes atores sociais.

Neste mundo coerente, supracitado, existe tambйm o consenso de que a formaзгo desta realidade nгo й tгo somente individual, ou seja, a interpretaзгo subjetiva extrapola o membro em si e parte para a um supersistema, muito mais amplo. Sistema este que origina o pensamento e a aзгo dos homens comuns, sendo entгo firmado por este como real. Ainda conforme os autores, esta interpretaзгo tomada como real pelos homens comuns relaciona-se ao contexto do que definimos de “senso comum”, que possui vбrios vieses de estudo e que tambйm define a realidade cotidiana.

Logo, esta interpretaзгo й de suma importвncia uma vez que possui uma suposiзгo pela qual aos homens torna-se inquestionбvel. Dentro desta idйia, hб a percepзгo da consciкncia e que ela й sempre intencional, ou seja, o que o autor percepзгo da consciкncia e que ela й sempre intencional, ou seja, o que o autor quer dizer й que independentemente do que fazer em relaзгo a qualquer coisa seja ela pessoa ou objeto, que esta aзгo nгo serб abstrata tгo pouco inerte, que sempre isto implicarб na lucidez e que pouco importa o objeto da experiкncia.

O que de fato й objeto de estudo dos autores, й o carбter ntencional comum de toda consciкncia. Para os autores, a consciкncia estб presente em diversas esferas da realidade. Ela pode, e й participante de mъltiplas realidades, nas quais й totalmente possнvel a sua transiзгo de uma para outra, mas que para isso й preciso o desvio da atenзгo de uma para outra. Subentende-se que uma nao existe ao mesmo tempo em que a outra, e vice versa, e que a transiзгo entre elas й denominada pelos autores como uma espйcie de “choque”. A mais comum, destas transiзхes, seria o sonho.

O deslocamento de uma realidade a outra, dб-se ao ato de acordar, onde uma as realidades й instantaneamente finalizada dando lugar a segunda, mesmo que depois da transiзгo possam existir “restos” da realidade vivenciada anteriormente, sгo os chamados “restos diurnos” ou lembrar-se do que sonhou. A realidade, a que passamos a maior parte do dia, a que chamamos de real, tambйm й aquela “realidade por excelкncia”, e й nesta que a tensгo e a consciкncia tangenciam o mбximo da vida cotidiana, uma vez que nesta hб uma imposiзгo muito mais maciзa, concisa, de carбter urgente e mais intenso.

Isso tudo porque, й nesta realidade que posicionamos o nosso “aqui e gora”, pois й este o foco da nossa atenзгo no cotidiano, ou seja, a zona a q 6 OF20 o nosso “aqui e agora”, pois й este o foco da nossa atenзгo no cotidiano, ou seja, a zona a qual estб mais prуxima o “eu” como pessoa й a minha prуpria manipulaзгo corporal, que domina e modifica o meu cotidiano, ou seja, direciona, baseado na minha atenзгo principal, aquilo que estou fazendo, fiz ou farei.

Importante tambйm й o fato de que nгo й posslVel, nгo atualmente, existir sem que haja, sem que exista a interaзгo e comunicaзгo, seja com alguйm, grupo ou com o mundo. Esta elaзгo deve existir, pois, corresponde a uma atitude natural do ser humano e uma atitude natural dos outros tambйm, uma vez que hб compreensгo pelo outro ator social e que isto define o meu “aqui e agora”, porйm й exatamente isso que pode definir o recнproco disto, uma vez que o “aqui” para mim й o “Iб” de outra pessoa, e da mesma forma como o “agora” nгo pressupхe o mesmo para o outro ator.

Por isso, o conhecimento do senso comum й o conhecimento que eu partilho com os outros nas rotinas normais, evidentes da vida cotidiana, e a realidade desta й admitida como nossa realidade por excelкncia. Para concluir-se tal, nгo longe precisa-se ir ou entender, pois o simples fato da presenзa torna isso factнvel, ou seja, por si sу verificбvel. Ainda segundo Berguer e Luckmann (2003), no que й um dos objetivos centrais deste trabalho, existe a interaзгo social na vida cotidiana, esta, partilhada com os outros.

Os autores defendem que a mais importante experiкncia dos outros ocorre na situaзгo face а face e que este tipo de interaзгo й o protуtipo para todas as outras que derivam desta. Neste tipo de interaзгo eu convivo, entendo, aprendo protуtipo para todas as outras que derivam desta. Neste tipo de interaзгo eu convivo, entendo, aprendo o outro e isto torna-se recнproco, pois й neste momento que o “aqui e o agora” colidem, ou seja, para os dois atores este posicionamento temporal permanece idкntico a ambos enquanto dб-se a situaзгo face ? face.

Isto quer dizer, que neste momento, existe a reciprocidade e que tudo isso estб acessнvel a ambos, o que conclui-se que nesta, existe uma subjetividade, uma variabilidade de interpretaзхes que teoricamente nгo estб presente em outros tipos de interaзгo, pois а medida que a interaзгo face а face distancia- e, surge a variabilidade em relaзгo a subjetividade acentuando a existкncia de relaзхes “remotas”. sto porque na primeira, o outro, o ator ao qual compartilho a interaзгo face а face й na sua plenitude real, pois nгo sу o vejo mais tambйm partilho da realidade a qual naquele momento coexiste a ambos.

Noutras interaзхes, genericamente, existe a duvida da tangibilidade, da existкncia do outro, se й real ou nгo, diferente do contato face a face. Logo, esta subjetividade se traduz em flexibilidade. A interaзгo face а face й dotada de flexibilidade, pois й muito difнcil se impor adrхes, de como serб a reaзгo a qualquer tipo de atitude, nгo й possнvel introduzir um padrгo ou qualquer outra determinaзгo nesta linha.

Sendo assim, na interaзгo face a face dificilmente existe um padrгo em funзгo da subjetividade, ou seja, mesmo sendo reduzida esta relaзгo anda й caracterizada pela existкncia da subjetividade. Embora, os padrхes da relaзгo face а face nгo sejam determinados, algumas destas inte determinados, algumas destas interaзхes jб vкm padronizadas devido a nossa rotina. Este padrгo, na verdade denominado “tipificadores” estabelecem esquemas que facilitam a dentificaзгo de algumas variбveis.

Essas tipificaзхes sгo o que usamos para determinar “homens”, “mulheres”, “ingleses”, “europeus”, “vendedores”. Estas tipificaзхes nos ajudam, atй o ponto em que nгo conheзamos alguma destas tipificaзхes. Estas tipificaзхes, sгo de forma geral, reciprocas, assim como conheзo o outro dentro de uma tipificaзгo, este faz o mesmo processo, e da mesma forma, estas tipificaзхes tornam-se progressivamente anфnimas a medida que a interaзгo face а face distancia-se.

Assim como deve-se verificar-se o contato direto ou Indireto, contato verificado pelo primeiro com meus parentes e segundo or outros que conheзo subjetivamente, logo, o anonimato cresce destes que sгo mais prуximos para os ъltimos. O grau de anonimato pode ser medido tambйm analisando o quanto intimo o outro й para mim. Vejo minha esposa, ou esposo, com a mesma freqькncia com que vejo meu chefe, mas este й menos importante pra mim e nao tenho relaзхes mais intimas, ou seja, й relativamente anфnimo pra mm.

A idйia й que a medida que nos distanciamos das tipificaзхes e do “aqui e agora” progressivamente anфnimas ficam as pessoas e as relaзхes. Os processos existentes durante as interaзхes sociais, como a elaзгo face a face, as tipificaзхes, o anonimato, entre outros, sгo dinвmicos e extremamente flexнveis e, por fim, o conhecimento desses processos deve fazer parte da formaзгo do profissional do flexveis e, por fim, o conhecimento desses processos deve fazer parte da formaзгo do profissional do sйculo XXI.

Por outro lado, tambйm podemos fazer uma analise dos processos de interaзгo social a partir de fatos e fenфmenos sociais. Assim, o sйculo XXI estб sendo marcado por uma sйrie de fenфmenos que vкm atraindo pessoas em todo o mundo, entre estes, cotamos como exemplo a eleiзгo do presidente Barack Obama em 2008, a primavera Бrabe e o terremoto do Japгo ambos em 2011 , e muitos outros eventos que ocorreram e que ainda irгo acontecer. E o que estes fenфmenos, tгo diferentes, possuem em comum?

Para Recuero (2010) estes fenфmenos representam uma profunda mudanзa das formas de organizaзгo, identidade, conversaзгo e mobilizaзгo social, que ocorrem em funзгo do advento da comunicaзгo mediada pelo computador. Conforme a autora essa comunicaзгo amplificou a capacidade de conexгo, permitindo que redes fossem criadas e expressas nesses espaзos, representadas pelas redes sociais mediadas pelo computador. Segundo Recuero (2010) uma rede social й definida como um conjunto de dois elementos: atores e suas conexхes.

Segundo ela, o “Ato”‘ й uma pessoa, responsavel por moldar as estruturas sociais. Porйm um ator pode ser percebido de varias formas, pois um mesmo ator pode utilizar diversas formas de redes sociais (facebook, Orkut, fotolog twtter) ou em alguns casos utilizar somente uma delas. Sendo que todos eles, representam, expressam elementos de personalidade e individualidade, no caso de um perfil particular, ou personalidade e coletividade caso estejamos falando de uma “comunidade” no Orkut ou no face 0 DF 20

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