Construção sustentável

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espaço envolvente. conta os Impactes po OF construído e à constr fase pós-projecto, co possam minimizá-los Construção sustentável Premium By Fskila I MapTn 18, 2011 13 page_s Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente, FCT-UNL Urbanismo, Transportes e Ambiente, 201 0/1 1 Arquitectura Verde e Construção Sustentavel 1. INTRODUÇÃO É no final da década de 80, com o Relatório de Brundtland que o conceito de sustentabilidade é definido como um processo que “dê resposta às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade das gerações futuras suprirem as suas próprias necessidades”.

Como tal, a crescente preocupação e regulamentação ambiental, colocam progressivamente o tema do desempenho ambiental e energético, cada vez mais no centro da agenda da construção dos ediffcios e na sua relação com o W•. p nent page essário ter em os ao ambiente almente numa ntrar medidas que eliminá-los. Este relatório tem como objectivo reunir uma síntese das orientações de boa prática, quer ao nlVel nacional como da União Europeia.

Os ensinamentos recolhidos nesta investigação, baseada numa consulta bibliográfica de conceitos e indicações, permitirão a undamentação da análise e tomada de posição, e a elaboração de propostas de estratégias e medidas de intervenção para a sustentabilidade dos aglomerados urbanos. 2. ANALISE DE DOCUMENTOS 2. 1 . AMBIENTE CONSTRUIDO E PROCURA DE SUSTENTABILIDADE, Novo paradigma de Construção Sustentável – MANUEL PINHEIRO (2006) A construção sustentável consiste numa forma de avaliar a co Swipe to next -lal Studia concepção, a construção, a operação e a demolição.

No conceito tradicional, a construção apenas se preocupa com a qualidade do produto, o tempo dispendido e os custos associados, enquanto construção sustentável vai mais além e preocupa-se também com o ambiente, nomeadamente, com o consumo de recursos, as emissões de poluentes, a saúde e a biodiversidade. Surge assim um novo paradigma, cujo objectivo principal consiste na melhoria da qualidade de vida, desenvolvimento económico e equidade social.

O conceito de construção sustentável começou a ser discutido em 1993, quando nos Países Desenvolvidos um movimento internacional procurou definir e executar este novo modo de conceber a construção. Em 1994, surgiu a Primeira Conferência Internacional sobre Construção Sustentável (First World Conference for Sustainable Construction), na Florida, com o objectivo de definir este conceito.

Mas, foi Charles Kibert, em 1994, que melhor definiu o conceito de Construção Sustentável: “consiste na criação e gestão responsável de um ambiente construído saudável, tendo em consideração os princípios ecológicos (para evitar dano ambientais) e a utilização eficiente dos recursos”, destacando deste modo o papel predominante que o ambiente pode ter no domínio da decisão, concepção e gestão dos empreendimentos em ambientes construídos.

Segundo Kibert, a construção sustentável assenta em cinco rincípios básicos como: minimizar o consumo de recursos; maximizar a reutilização dos recursos; utilizar recursos renováveis e recicláveis; proteger o ambiente natural e criar um ambiente saudável e não tóxico. Ao longo do tempo, o assumir perspectivas, conc 20F natural e criar um ambiente saudável e não tóxico.

Ao longo do tempo, o assumir perspectivas, conceitos e definir estratégias internacionais como a Agenda Habitat II, a Agenda 21 para a Construção Sustentável da CIB (International Council for Building Research Studies and Documentation), estudos da OCDE, entre utros, têm feito com que este conceito e as suas abordagens evoluam. Caminhar para este novo paradigma consiste num desafio essencial de procura de equilíbrio ambiental e de eficiência, devendo actuar-se localmente, pensar globalmente, com o objectivo de se alcançar o desenvolvimento sustentável em Portugal. . 2. CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL- MITO OU REALIDADE, DO mito à realidade – MANUEL DUARTE PINHEIRO (2003) Ao longo do tempo a definição de “sustentável” ou de edifícios “verdes” ou “ecológicos”, tem sido cada vez mais aceite e incontornável, pelo menos em teoria, mas na prática é muitas ezes mítica ou ignorada. Na construção, a vertente ambiental, na maioria dos casos, está esquecida ou então aparece mais como um obstáculo do que uma solução ou um factor chave de desenvolvimento.

No entanto, muitos proprietários internacionais (Estados Unidos da América, Canadá e Reino Unido) estão a desenvolver e a implementar práticas sustentáveis. Os mitos ou as razões mais referenciadas são, entre outras: os edifícios sustentáveis não funcionam e custam mais, os materiais sustentáveis não estão disponíveis e não existem sistemas para avaliar e certificar a construção sustentável.

Segundo Manuel Duarte Pinheiro, os edifícios sustentáveis promovem grande contentamento e satisfação aos ocupantes e são mais eficientes a operar e mais saudáv 30F grande contentamento e satisfação aos ocupantes e são mais eficientes a operar e mais saudáveis de usar. Em muitos casos, devido à sua maior durabilidade e eficiência na utilização de recursos, as operações e a manutenção são menores e menos onerosas.

O custo deste tipo de edifícios não deve ser analisado tendo em conta apenas o investimento mas também analisar os custos numa perspectiva equilibrada no seu ciclo de vida, sto é, poupar recursos (energia, água, materiais), maximizar a durabilidade e ao mesmo tempo aumentar a produtividade. Assim as características da sustentabilidade do projecto e dos materiais já se tornam mais fáceis de justificar.

Em relação aos materiais sustentáveis não estarem disponíveis não é totalmente verdade, pois Manuel Pinheiro afirma que materiais como o cartão de gesso e painéis acusticos para o tecto, já se encontram reciclados há alguns anos, assim como o aço e o alumínio são reciclados desde os anos 40. Paralelamente, também já existem produtos como tintas com rótulo ecológico, assim como nstrumentos que permitem seleccionar materiais com melhor desempenho ambiental.

Logo, com a escassez e o aumento de custo de determinadas matérias-primas e da deposição em aterro, a procura por materiais reciclados vai certamente aumentar. 2 para avaliar e identificar o conceito de construção sustentável, existem diversos sistemas de certificação ambiental do edificado sustentável, a nível internacional, como: BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method, Reino Unido); LEED (Leadership in Energy & Environmental Design do USGB, EUA); NABERS (National Australian Buildings

Environmen 40F in Energy & Environmental Design do USGB, EUA); NABERS (National Australian Buildings Environmental Rating System, Austrália); BEPAC (Building Environmental Performance Assessment Criteria, Canadá); HQE (Haute Qualité Environnementale dês bâtiments, França), entre outros. No entanto, comum aos vários países anteriores, existe o Green guilding Challenge e o instrumento de avaliação Green BLIilding TOOI. 2. 3.

A RIQUEZA QUE PERTENCE A TODOS Nós – LIVIA TIRONE (2009) Segundo Livia Tirone, Portugal é um dos poucos países europeus em que o consumo de energia per apita continua a aumentar e os edifícios são, por si só, os maiores consumidores de energia. No entanto, esta realidade poderia ser alterada, uma vez que Portugal usufrui de um clima mediterrânico, cujas temperaturas médias correspondem ao que a sociedade no geral considera de confortável.

Com a implementação das medidas adequadas aos ediffcios existentes e novos, tendo em vista a construção sustentável, é possível reduzir entre 30% e as suas necessidades energéticas. Os dois conceitos chave para o diagnóstico de quais as medidas mais eficientes a aplicar são, a Certificação Energética e a Qualidade do Ar Interior.

Dentro destas medidas é possivel destacar: a qualificação das áreas envidraçadas (caixilharia e vidro duplo de qualidade), sistemas de sombreamento exteriores (protecções solares), isolamentos térmicos (preferencialmente aplicados de forma continua e pelo exterior), maximização do efeito de acumulação das temperaturas médias em materiais pesados (betão, tijolo e pedra), sistemas solares térmicos (para o aquecimento das águas quentes sanitárias), iluminação eficiente sistemas solares térmicos (para o aquecimento das águas uentes sanitárias), iluminação eficiente (lâmpadas de baixo consumo e iluminarias LED), coberturas ajardinadas, entre outras.

No entanto, a água também deve ser abordada de modo semelhante, nomeadamente, através da utilização de dispositivos que por um lado permitam que a população usufrua de um grau de conforto e salubridade elevados, mas por outro lado, seja poss[vel consumir menos água potável, redução entre 30% a 50%. Hoje em dia existe um novo paradigma energético que incentiva que o meio edificado se torne produtor de recursos através de fontes renováveis, não deixando de ser consumidores, nteragindo de forma activa com as redes de abastecimento. Por exemplo, a microgeração de energia, utilizando a energia solar e o vento, como a produção de água secundária (para usos não potáveis), recorrendo a água da chuva e também às águas cinzentas, são exemplos de recursos produzidos à escala local que para além de poderem satisfazer as necessidades do próprio edifício, podem também ser ministradas às redes locais.

Em suma, todas as coberturas dos nossos edifícios terão que se tornar, o mais breve possível, receptivas e transformadoras dos recursos renováveis disponíveis. . 4. CONSTRUIR/ REMODELAR CONSELHOS (ecocasa) Apesar do cuidado necessário a ter na escolha dos materiais usados e técnicas de construção, são também muito importantes as características e especificidades do local onde o edifício vai ser inserido. Para além disso, a concepção do edificado deve ser visto não apenas no momento da 3 construção mas também tendo em conta o seu ciclo de vida. Este engloba as fa 6 OF no momento da construção mas também tendo em conta o seu ciclo de vida. Este engloba as fases de projecto, construção, utilização e desmoronamento.

Ao nível da construção sustentável é necessário ter em atenção vários aspectos como, a correcção das pontes térmicas que podem pôr em causa a durabilidade da construção e a qualidade do ar no interior, o correcto dimensionamento do isolamento térmico, a aplicação de boas superffcies envidraçadas e o respectivo sombreamento, utilização de cores claras no interior da habitação, uma vez que estas são reflectoras da luz e menos absorventes em termos térmicos, promoção de energias renováveis para a produção de águas quentes sanitárias (painéis solares térmicos) e energia eléctrica painéis fotovoltaicos), e anda selecção de materiais com reduzida energia incorporada e elevado poder de reutilização e reciclagem.

Com a aplicação destas medidas é possível minimizar as trocas térmicas entre o meio exterior e interior, promovendo a eficiência energética da habitação assim como o seu conforto. No entanto, não se deve deixar deteriorar a qualidade do ar interior, pois pode desencadear diversas doenças e alergias que afectam, sobretudo, o foro respiratório. Para tal, uma solução para evitar esta situação será a ventilação natural, a qual pode ser egulada pelo proprietário. Esta medida passiva além de permitir uma redução das necessidades energéticas, também melhora a qualidade do ar interior e regula o conforto térmico da habitação.

Em conclusão, o conceito da construção sustentável não engloba apenas o factor ambiente, mas consiste num equilíbrio entre a vertente ambiental, social e económ apenas o factor ambiente, mas consiste num equilíbrio entre a vertente ambiental, social e económica. 2. 5. CURSO CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL l, Medidas de melhoria do desempenho energético-ambiental, água e qualidade do ar ntenor – LIVIA TIRONE E HELENA FARRALL (2010) O aumento das necessidades energéticas referentes ao sector dos edifícios, e as necessidades de diminuir as emissões de C02 associadas a este consumo, potenciaram a procura de mecanismos para reduzir o consumo efectivo de energia, para maximizar a eficiência energética e para favorecer o uso de energias renováveis neste sector.

Como tal, várias medidas podem ser aplicadas ao meio edificado, como: a orientação das fachadas e espaços de permanência devem estar orientadas para Sul; utilização de caixilharias de qualidade; vidros duplos (devem existir em odos os vãos envidraçados da habitação); sombreamentos exteriores (devem permitir a eliminação da radiação solar indesejada sem ocultar a vista do exterior); iluminação de baixo consumo; electrodomésticos classe A isolamento térmico exterior (protege o edifício das amplitudes térmicas típicas do clima local e contribui para a longevidade dos materiais); inércia térmica; paredes trombe (preferencialmente orientadas a Sul); colocação de coberturas ajardinadas; espaços de atenuação climática; ventilação natural e arrefecimento passivo; permeabilidade das uperffcies em contacto com o ar interior; recurso a sistemas de aquecimento a biomassa; sistemas energéticos; sistemas solares térmicos (painéis solares térmicos e painéis solares fotovoltaicos); sistemas fotovoltaicos de fachada; sistemas eólicos urbanos e utilização de microg 80F fotovoltaicos); sistemas fotovoltaicos de fachada; sistemas eólicos urbanos e utilização de microgeração de energia (renováveis na hora). 4 Em relação às medidas para melhorar a qualidade do ar interior numa determinada habitação, tem-se a ventilação natural, ferragens e grelhas de ventilação, permeabilidade e ratamento das superfícies em contacto com o ar interior, ou seja, as tintas e vernizes usados no tratamento não podem ter compostos orgânicos voláteis (COV), assim como metais pesados e outros componentes tóxicos, por fim, recorrer a sistemas locais de ventilação mecânica.

Mas, no entanto, para promover este conceito de construção sustentável, na Europa, é necessário que todos os actores do sector da construção sejam abordados individual e colectivamente. Logo, o acto de projectar tem de ser praticado de forma integrada, envolvendo todos os actores relevantes desde o primeiro momento. 2. . AMBIENTE CONSTRUIDO E PROCURA DE SUSTENTABILIDADE, Empreendimentos com dinâmica de desempenho ambiental MANUEL PINHEIRO (2006) Em Portugal já existem diversos projectos baseados na construção sustentável. Entre os existentes, destacam-se a Casa Oásis (moradia para turismo, no Algarve), a Torre Verde (edifício de habitação, em Lisboa), a Cooperativa Sete Bicas – Fase 2 (conjunto residencial no Norte) e o Hotel Jardim Atlântico (localizado na Madeira).

Em todos estes projectos, medidas sustentáveis foram aplicadas a vários niVeis, como: L] Preservação das funções ecológicas do solo: ão impermeabilizar as áreas de circulação de veículos, manter as funções ecológicas do solo e colocar vegetação nas áreas exteriores com o objectivo de mi manter as funções ecológicas do solo e colocar vegetação nas áreas exteriores com o objectivo de minimizar os fenómenos de erosão; C] Valorização de amenidades: a localização do edifício deve ser numa zona com serviços (farmácias, clínicas, escolas, polícia, bancos, entre outros) e também com jardins; Minimização dos consumos energéticos recorrendo à electricidade: implementar medidas passivas (arquitectura bioclimática), proveitamento de iluminação e ventilação naturais, aplicação de sensores de presença em áreas de passagem e de curta permanência e nas áreas exteriores de passagem, utilização de equipamentos de elevada eficiência (classe A) e, se possível, recorrer a energias renováveis; Redução dos consumos de água de abastecimento da rede: instalar sistemas separados para a utilização de água potável, redutores nas torneiras, sistemas de redução nos autoclismos, utilização de equipamentos mais eficientes, criar técnicas de reaproveitamento de águas (utilizar a água das lavagens para descarga nos autoclismos) e adoptar m sistema de recolha de águas pluviais através de uma cisterna enterrada e, de acordo com as necessidades, usar em actividades interiores (autoclismos, banhos, entre outros), à excepção da cozinha e consumo. A partir destas medidas individualmente ou em conjunto, é possível atingir diversos nlVeis de desempenho, minimizando as necessidades de consumo; C] Diminuição dos efeitos térmicos: utilizar vegetação nas áreas exteriores, nomeadamente, árvores de grande porte, uso de cores claras no interior da moradia e nas zonas de estacionamento, recorrer a videiras para o sombreamento; 5 Conforto térmico: n 0 DF 13

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