Crise do sudão
Introdução O trabalho a seguir tem como objetivo abordar algumas problemáticas do Sudão, como por exemplo os conflitos étnicos, o genocídio, a influência geográfica, o papel da Organização das Nações unidas, entre outros. Iniciaremos o primeiro capítulo abordando questões que vão desde a localização do país e as influências que isso pode ter, até a explosão dos conflitos internos, como Norte x Sul. O segundo capítulo será dedicado parte ao tema terrorismo e parte aos Acordos decorrentes das negociações que tem como objetivo diminuir e então acabar com os conflitos.
Já no terceiro capitul localizada no extrem es conflitos étnicos, gue s t, No quarto capítulo m Nações Unidas, a ON arfur, região ssa há anos por • atr dades. rganização das ção de Darfur. Mostraremos também a posição da organização diante dos graves problemas, as decisões tomadas pelo seu Conselho de Segurança e as resoluções decorrentes. Por fim, seguirá a conclusão na qual iremos colocar todos os fatos abordados ao leitor e no qual deixaremos exposto as decisões de cada ator no cenário do Sudão.
Líbia, Chade República Democrática do Congo, Uganda, Quênia, Etiópia, Eritreia e a Arábia Saudita através do Mar Vemelho. Com predominância mulçumana, 75% da população do Sudão está ligada ao islã, enquanto em média aderem a tribos locais (existem mais de 300 tribos no país) e o restante dos 5% são cristãos. Essa discrepância entre as religiões está ligada ? divisão do país entre Norte e Sul, onde no Sul, predominam os africanos negros, sendo muito deles pagãos e seguidores das religiões tribais.
No norte, destacam-se os árabes, onde o árabe é a língua oficial seguida do inglês e de diversos dialetos locais. Caracterizando geograficamente a parte Norte e Sul do Sudão, o lima árido predomina no norte, enquanto no sul são as savanas e as florestas tropicais. A principal fonte de energia elétrica no território se dá pela vantagem da Bacia do Rio Nilo que atravessa o país, sendo que a maioria da população vive da agricultura e da pecuária.
O Sudão possui um solo muito rico com a enorme vantagem do petróleo, que apesar de grandes tentativas econômicas para o desenvolvimento, acaba ainda perdendo pro setor da agricultura, onde emprega 80% da força de trabalho e contribui com 3% do PIB. PAGF 30 cristãos posteriormente. A civilização egípcia ocupava a região orte do Sudão que na época denominava-se Núbia. A expansão do Islamismo começou o conflito entre as clvilizações Norte e Sul, quando firmaram um tratado entre Árabes e reinos do Norte do Sudão.
Em 1820, a ocupação do Norte verificava-se pela dominação do Império Otomano. As autoridades otomanas não conseguiam vencer a resistência do povo do Sul, que sofreram diversas invasões e viviam sob uma organização de políticas fragmentadas e influenciadas por tribos vigentes. Regimes e movimentos foram criados com o objetivo concreto de impor o Islã para todo o território, inclusive já na década de 880, o regime Mahdista (de Muhammed Ahmad) tentou a força realizar essa imposição, além de querer obter a integração política em todo o Sudão.
Em 1 895, forma-se uma importante força expedicionária egípcio-britânica com o objetivo de reconquistar o Sudão, ou seja, dominá-lo por completo. Nessa época o Egito era colônia da Inglaterra. O que se deu foi que o Sudão passou a ser um condomínio anglo-eg(pcio intensificando o colonialismo europeu nessa área até a sua independência em 1956. Isso significa que os dois países passanam a administrar o Sudão e partilhar suas políticas. Porém a divisão era clara entre o Norte e Sul e existiam duas administrações e duas politicas.
Em 1 922, o Egito conquistou sua independência e deixou de ser uma colônia inglesa, porém ele não exercia a soberania sobre o território sudanês. Nesse período, o Sudão passou por um bom desenvolvimento principalmente na região do Norte, até que em 19 período, o Sudão passou por um bom desenvolvimento principalmente na região do Norte, até que em 1953 é assinado um acordo entre o Egito e Inglaterra que previa a extinção formal da sua condição de condomínio prevendo sua independência. Finalmente em 1956 após eleições gerais, é proclamada a independência do Sudão.
A partir desse marco, os conflitos Norte e Sul se tornaram eminentes. A ineficácia do novo governo gerou revolta no Sul, conduzindo a uma guerra civil que durou até 1972. Outros conflitos surgiram ainda como resposta à má administração do governo nas resoluções de problemas internos causando greves e grandes tumultos. Não havia uma estabilização política, e a estagnação econômica se agravava devido à falta de uma Constituição atual. Em 25 de Maio de 1969, houve um golpe militar onde levou Gaafar Nimeiry ao poder.
Se tornou primeiro ministro e Presidente do Conselho do Comando Revolucionário e iniciou uma campanha de ascensão econômica ao Sudão, a partir de nacionalizações e uma séria de reformas com cunho socialista e pan-arabista. Uma série de acordos bilaterais foram firmados até 1978. Após uma tentativa de golpe e ainda sua restauração, Nimeiry assinou um acordo que conceda autonoma para a região não-muçulmana do Sul assim estabelecendo a paz na região por 10 anos. Nimeiry saiu do poder após outro golpe militar que colocou Sadiq al-Mahdi no seu posto em abril de 1985.
A imposição da lei Islâmica (ou Sharia) violava o acordo do antigo ministro (Adis Abeba), e acarretou em mais conflitos na região Sul do Sudão. Inicia-se a segundo guerra civil pelos 0 acarretou em mais conflitos na região Sul do Sudão. Inicia-se a segundo guerra civil pelos mesmos motivos incluindo a tentativa de dominação do petróleo localizado na reglão sul que viria a aumentar as exportações do Sudão, tendo como conseqüência 2 milhões de mortos e 4 milhões de refugiados e 200 mil escravos levados do sul para o norte.
Eleições gerais em abril de 1986, levou a transição do governo ara um regime civil. Inicialmente o novo governo começa as negociações de paz com o Sudan People Libertation Army coordenado pelo Coronel John Garang. Dessas negociações, elaborou-se a declaração de Koka Dam que constituía o fim da lei islâmica e uma conferência constitucional. De acordo com a conferência, abolu-se os pactos militares com o Egito e a Llbia e o estado de emergência.
Ocorreu posteriormente uma nova crise devido à negação pelo regime e ao abandono dos partidos laicos. Após ser obrigado pelas Forças Armadas, o governo aceita a declaração de Koka Dam. Contudo, logo após deu-se um novo golpe substituindo o governo por uma junta revolucionária que era apoiada por um governo civil e em 1991 é publicado um novo código penal baseado na lei islâmica onde não é aplicada no Sul, onde apenas é implementado em 1993 a força dando continuidade a guerra entre o regime central islâmico e a luta pela independência do sul.
PAGF s 0 de Janeiro em Nairóbi no Quênia, John Garange líder dos rebeldes do SPLA e Ali Osmam Taha vice-ministro do Cartum, assinaram o Acordo de Paz. Algo que vinha sendo acompanhado ha muito tempo pela comunidade internacional, especialmente ONU e União African e após anos de tentativas e pressão para o estabelecimento do fim do conflito entre as duas regiões, forçaram as negociações entre as partes e alcançaram uma forma de resolução para o conflito, que gerou 2 milhões de mortos e 6 milhões de refugiados.
Os acordos de Nairóbi, forma como ficou conhecida os acordos de paz para o Sudão, o Estado sudanês ficou divido em Norte e Sul, cada região com um governo, gerando uma nova geopolítica para o pais. Cada governo com seu exercício próprio, porem permanecendo como parte do Estado sudanês. Segundo o acordo e paz, essa politica deve ocorrer por seis anos, então o Sul deve decidir se separa do Norte, ou permanece junto. O Acordo também estabelece uma resolução para a questão do petróleo, decidindo que ambas as partes terão direito a 50% dos lucros, da extração e venda do petróleo.
De acordo com a resolução 1 590 , sessão do dia 24 de Março de 2005, “Reafirmando seu compromisso com a soberania, unidade, independência e integridade territorial do Sudão, e recordando a importância dos princípios da boa vizinhança, não ingerência e cooperação regional, Congratulando-se com a assinatura, em 9 de Janeiro de 2005 em Nairóbi, o acordo de paz global entre o Governo sudanês e / Movimento Exército do Povo Movimento de Libertação do Sudão (SPLM / A).
Recordando os compromissos assumidos pela PAGF 6 30 do Povo Movimento de Libertação do Sudão (SPLM / A). Recordando os compromissos assumidos pelas partes no âmbito do Acordo cessar-fogo de N’Djamena, 08 de abril de 2004 e os protocolos de Abuja situação humanitária e de segurança, 9 de novembro de 2004, assinada pelo Governo do Movimento de Libertação do Sudão / Exército de Libertação do Sudão (SIM / A) e o Movimento para Justiça e Igualdade, e os compromissos ssumidos no declaração conjunta de 03 de julho de 2004 pelo Governo sudanês e os Secretário-Geral”.
Na qual se declara resolvida a ajuda ao povo do Sudão e a reconciliação nacional com uma paz durável e estável auxiliando ao Sudão a prosperar, declara-se também o respeito aos direitos humanos. Os mesmo também afirmam ajudar a encontrar uma forma para a solução do conflito de Darfur e promover a paz na região. A mesma estabelece uma missão da ONU para apoiar a implementação do acordo de Nairóbi, exercendo algumas ajudas humanitárias e de proteção da implementação dos direitos humanos.
Constitui-se uma força militar com cerca de IO mil militares que foi comandado por um tenente general indiano e 700 policias sobre comando de comissária britânica. 61 países contribuíram com forcas militares, gerando um total de 6 300 militares em terntório sudanês além de 30 países fornecerem 1 070 policias. Desde 1997, começaram as medidas para a tentativa de acabar com o conflito com o isolamento do SPLA, levando ao acordo de paz de 2005. No ano de 2002, ocorre a assinatura do acordo de Machakos: “Constitui um acordo geral, fixando os princípios de governança, o processo de transição
PAGF 7 0 Machakos: “Constitui um acordo geral, fixando os princípios de governança, o processo de transição e as estruturas de governo, assim como o direito à autodeterminação do povo do Sul do Sudão, e a separação entre Estado e Religião”. (http://www. revistamilitar. pt/modules/articles/article. php? id=87. Dia 10/06/2010 às 14:00). Ao fim da mesma reunião, os participantes decidiram começar os discursos sobre divisão de poder e riqueza, respeito aos direitos humanos e o fim do conflito. O acordo sobre a partilha de riqueza foi realizado em janeiro de 2004.
Em 26 de maio fica cordado sobre a divisão de poder e o esperado acordo de paz ocorre em 9 de janeiro de 2005. O acordo de Nairóbi afirma os seguintes termos: autonomia política do Sul durante 6 anos, e no final desse período, ocorrerá uma votação popular para decidir a separação do Sul e do Norte, união das forças armadas no fim do mesmo período, divisão de 50% dos lucros do petróleo para ambas as partes, ocupação segundo acordado dos locais de administração durante o período de transição, permanência da lei islâmica (Shira) no norte, enquanto a mesma decisão vai se tomada por meio de Assembléia eleita.
Mesmo após o Acordo de Paz, os civis do Sul ainda sofrem com ações de grupos radicais. Em dezembro de 2008 0 grupo conhecido como Exército de Resistência do Senhor vem atacando não só o Sudão, mas também IJganda, Republica Democrática Centro África e República Democrática do Congo. Após o primeiro ataque o grupo permaneceu um tempo sem cometer ataques. No mês de julho do mesmo ano no Sudão, o grupo atacou as cidades de Tambur sem cometer ataques. No mês de julho do mesmo ano no Sudão, o grupo atacou as cidades de Tambura, Ezo e Source Yubo, elevando o deslocamento de civis, mortes e perdas de bens.
Segundo a ONU, o ataque do Exército de Resistência do Senhor levou o deslocamento de mais de 66 mil sudanêses. Outro g upo que voltou a por risco ao acordo de paz é o Dinka Bor. O grupo atacou um vilarejo na regiao de Twic, no qual era habitado por grupos rivais chamados de Lou Nuer. O objetivo do ataque era furtar gado e os resultados das ações foram de 46 mortos. Segundo funcionários da ONU, os integrantes do Dinka Bor estavam uniformizados e com novos armamentos. Próximo a fronteira com a Etiópia, no mês de fevereiro de 2009, novos conflitos geraram a morte de 700 pessoas.
Esse conflito foi erado por grupos rivais, os Murle e os Lou Nuer. O motivo do conflito não foi a diferença étnica dos grupos, mas sim relacionados a escassez de água, roubo de gado e de pastagem. Dirigentes do Sul especulava-se que alguns chefes da guerrilha sulista que já haviam lutado do mesmo lado que o Norte estava querendo colocar o sul em uma nova guerra civil, evitando que os objetivos do Acordo de Paz fossem cumpridos como conserva os recursos petrolíferos para a região Sul.
As acusações não são provadas nem negadas pelo governo de Cartum. Segundo a ONU os novos ataques deixaram 2 mil mortos gerando 250 mil novos efugiados. Segundo o major-general Gier Chuang Aluong e o ministro interior do governo do Sul, o ataque gerou até agosto do mesmo ano um numero de 1. 863 pessoas mortas, 341 feridas e 604 crianças sequestra até agosto do mesmo ano um numero de 1. 863 pessoas mortas, 341 fendas e 504 crianças sequestradas.
O Sudão deixa de ser um pais miserável e passa a ser um pais remediado, com crescmento anual superando os 6%, com taxas sendo sustentadas nos últimos 3 anos. Embora permaneça tendo uma divida externa, em média da forca de trabalho da região é agrícola. Com baixos indicadores econômicos e sociais, a xpectativa de vida e em média 50 anos, cerca de 60% da população é alfabetizada (essa média e da população acima de 15 anos), e a produção per capita esta por volta de 2. 100 dólares anual.
Após 22 anos de guerra civil com 2 mllhbes de mortos, o Acordo de Paz o sul começou a ter política própria. Com esses novos ataques, Cartum está preparada para novos conflitos. Esse novo surto de rebeliões coloca a prova a administração o governo sulista, que não consegue administra os novos conflitos com um grande numero de mortos e refugiados. Darfur Darfur significa ‘terra dos fur”, seu nome é de origem árabe é ma região no extremo oeste do Sudão, na fronteira com a Líbia, o Chade e República Centro-Africana.
Divide-se em três estados federais sudaneses: Garb Darfur (Darfur Ocidental), Djanub Darfur (Darfur do Sul) e Chamal Darfur (Darfur do Norte). Conta com uma área de 503. 180 km2 e uma população aproximada de 7 milhões de habitantes, Darfur tem como característica seu baixo nível de desenvolvimento. Somente 44,5% das crianças do sexo masculino e 33,3% das crianças de sexo feminino frequentam a escola. Darfur conta com três etnias predominantes : os fur, que emprestam o