Ecologia de larvas de gyrinidae (hexapoda: coleoptera) no córrego curral de arame dourados- ms

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MS), verificando a va freqüência de ocorrê méd10 de adultos, co dissolvido, condutivi fevereiro de 2008 for Ecologia de larvas de gyrinidae (hexapoda: coleoptera) no córrego curral de arame dourados- ms Premium 3ydianab 08. 2012 16 pages ECOLOGIA DE LARVAS DE GYRINIDAE (HEXAPODA: COLEOPTERA) NO CÓRREGO CURRAL DE ARAME DOURADOSMS. Diana Douglasl; Jelly Makoto Nakagaki2. 2 UEMS, C. Postal 531, 79804-970 Dourados-MS E-mail: dianabiouems@hotmail. com. Bolsista Pibic/CNPq – UEMS RESUMO O presente estudo teve como objetivo analisar a ocorrência das espécies de larvas da família Gyrinidae no período e um ano, ao longo do córrego Curral de Arame (Dourados, to next*ge 1 or16 la p uição espacial em se de tamanho tura, PH, oxigên10 o de 2007 a ensais em três pontos do córrego Curral de Arame, utilizando o coletor surber, o puça (D-shape) e puçá circular. No total, 1. 162 indivíduos foram capturados, dos quais 1. 141 eram adultos e todos coletados na superfície próximo da margem, e 21 eram larvas coletadas no substrato bentônico.

Os adultos apresentaram uma maior ocorrência nos meses de Março e Maio/2007 e entre os meses de Novembro/2007 e Janeiro/2008. As larvas apresentaram aior ocorrência no mês de Setembro/2007, estando ausentes e com poucos exemplares nos outros meses de amostragem. Cada indivíduo adulto foi então sexado, baseado no tarso anterior, e mensurado quanto ao comprimento da cabeça (HL), comprimento do pronoto (PL), comprimento do élitro (EL), comprimento do corpo padronizado (SBL) e a maior largura d do élitro (GEW).

Estas medidas foram utilizadas para comparações entre os indivíduos dos três trechos do córrego e ao longo do ano para verificar possíveis alterações morfológicas frente às diferenças ambientais. Palavras-chave: Macroinvertebrado bentônico. Distribuição espacial e sazonal. Biometria. INTRODUÇÃO Os macroinvertebrados bentônicos de água doce constituem um grupo diversificado de organismos que habitam tanto ambientes lênticos (reservatório, lagoas e lagos) como lóticos (rios, riachos e córregos) (RIBEIRO; UIEDA, 2005).

Nestes ambientes encontramos uma grande diversidade de macroinvertebrados, dentre os quais a classe dos insetos predomina tanto em diversidade como em abundância (HYNES, 1970, LAKE, 1990). A ordem Coleóptera é diversificada tanto em número de espécies quanto nos tipos de ambientes explorados por essas espécies. Possui aproximadamente 357. 899 espécies descritas, o que corresponde cerca de 40% do total dos insetos conhecidos e 30% dos animais, dentre os quais, segundo Costa et al. (1988), a família Gyrinidae possui cerca de 700 espécies, distribuída em 1 1 géneros. No Brasil encontram-se 4 gêneros e 48 espécies.

Os Gyrinidae adultos são besouros ovais, frequentemente encontrados nadando em círculos na superfície de lagoas e riachos de correnteza lenta. Também podem ser encontrados no fundo da água. Nadam com rapidez, devido ao auxilio das patas medianas e posteriores que são grandemente chatadas; as patas anteriores são alongadas e delgadas. Tanto larvas, como adultos são predadores. As larvas alimentam-se de pequenos animais aquáticos, delgadas. Tanto larvas, como adultos são predadores. As larvas alimentam-se de pequenos animais aquáticos, podendo se alimentar de indivíduos menores da própria espécie.

Os adultos se alimentam principalmente de insetos que caem na superfície da água e ficam na superfície da água, formando grandes agrupamentos. A cópula ocorre na face ventral da égua, os ovos são depositados em aglomerados ou fileiras na face ventral das folhas de plantas aquáticas. As pupas formam-se em câmaras de Iodo junto às margens D±ONG, 1988). As larvas de Gyrinidae ocorrem preferencialmente em águas paradas, porém algumas espécies estão adaptadas a viverem em riachos. São predadoras ativas, bentônicas, e respiram através de brânquias abdominais.

As larvas podem ser reconhecidas por apresentarem corpo alongado, cabeça prognata, pernas torácicas longas e geralmente um par de urofongos terminais, além de garras tarsas bífidas DeLONG, 1988). A distribuição dos insetos ao longo do riacho depende de vários fatores, tais como as características físico-químicas da água, a strutura dos sedimentos, a vegetação ciliar e a composição de espécies. Wallace e Anderson (1996) consideram as necessidades fisiológicas, as relações tróficas, as necessidades físicas e as interações bióticas como fatores que influenciam os insetos na utilização de habitats particulares.

Para essa distribuição, Vannote et al. (1980) propuseram um modelo de gradiente fluvial, relacionando características de produtividade e da complexidade do ambiente à distribuição dos organismos, sendo que no nos trechos complexidade do ambiente à distribuição dos organismos, sendo ue no nos trechos médios dos rios tena-se a maior diversidade biológica. Além disso, esta distribuição também pode estar intimamente relacionada ao ajuste da tolerância das características físico-químicas dos indivíduos da populaçao (CUMMINS; MERRITT, 1996). ode ser desconsiderado ainda, o fator sazonal que irá atua diretamente nas populações, em que sua estrutura estará relacionada principalmente aos seus ciclos de vida no riacho, evidenciado pela presença de larvas e adultos em periodos distintos ou não. Durante o ano é possível que não sejam verificadas a presença desses animals em determinados eríodos, como apontado por Pennak (1978) que afirma que os Gyrinidae adultos são mais abundantes no final de verão e começo do outono para os Estados Unidos, e que nos períodos de frio intenso estes hibernam.

Para as regiões tropicais o efeito da temperatura pode não ser tao evidente, como na região de Dourados, onde os períodos de frio são bastante restritos a um período do ano. Neste caso, a influência maior com relação ao período de chuva e seca pode ser mais evidente. A questão da disponibilidade de almentos muitas vezes pode interferir também nas populações como apontado por Silveira-Neto et. al 1 976), os quais afirmam que a qualidade do alimento pode afetar a longevidade e velocidade de desenvolvimento dos insetos e a fecundidade, com isto poderia-se verificar uma variação na estrutura das populações ao longo do ano.

Estudos da distribuição e sazonalidade dos grupos de insetos aquáticos em Doura 16 ao longo do ano. Estudos da distribuição e sazonalidade dos grupos de insetos aquáticos em Dourados são bastante escassos e, com o crescente processo de degradação ambiental, muitas espécies tendem a dlmlnuir ou até mesmo se extinguir destas regiões. Trabalhos neste sentido irão possibilitar um maior onhecimento das características ecológicas de riachos de pequeno porte, ajudando a fomentar discussões de conservação dos resquícios de mata ciliar e dos riachos da região.

O presente estudo teve como objetivo, analisar a ocorrência das espécies de larvas da família Gyrinidae, no período de um ano, ao longo do córrego Curral de Arame, verificando a variação sazonal e a distribuição espacial em freqüência de ocorrência para larvas e adultos e de tamanho médio de adultos, correlacionados ? temperatura, PH, oxigênio dissolvido, condutividade e turbidez. METODOLOGIA Área de Estudo A área de estudo, o córrego Curral e Arame, é um córrego de pequena extensão, não ultrapassando 30 km de comprimento (Figura 1).

Nasce em uma área rural, próxima ao aeroporto de Dourados-MS, que apresenta alguns resquícios de mata Clliar, mas com áreas muito degradadas ao longo de seu percurso. Os pontos amostrados foram: • CAOI . (22020′ 14,7 “S e O trecho amostrado nesse ponto apresenta mata ciliar com clareiras em médio estado de preservação, sendo utilizado como area de camping por pescadores amadores. Neste ponto foi encontrado lixo jogado na água e nas margens do córrego. O córrego apresenta um substrato arenoso com água arrenta. • CA02. e 54051 ‘1 7″ W) Apresent córrego apresenta um substrato arenoso com água barrenta. ?? CA02. (2201 e 54051 ’17” W) Apresenta um substrato rochosoarenoso, com bastante matéria orgânica. Apresenta alguns resquícios de mata ciliar, com poucas árvores. próximo ao ponto amostrado existe um povoado e uma ponte de madeira recém construída, no seu entorno verifica-se o predomínio de cultivo de culturas, tais como soja e milho. • CA03 (22013’12,6″S e 54055’05,9″ W) Neste ponto o córrego é bem estreito e muito próximo à nascente, apresentando um substrato rochoso, com astantes folhas em decomposição, além de apresentar águas claras. Apresenta mata ciliar em bom estado de preservação.

Este ponto encontra-se dentro de uma área de preservação da UFMS. Figura 1. Mapa esquemático ilustrando as áreas de coleta nos Córregos Curral de Arame (CAOI, CA02 e CA03). Modificado do mapa do Serviço Geográfico do Exército – Brasil. 1978. Folha Dourados SF. 21-Z-B-ll Escala 1:100. 000. Coleta dos Gyrinidae As amostragens dos animais foram realizadas durante a execução do projeto “Análise da distribuição sazonal e espacial da macrofauna aquática dos córregos Água Boa Curral de Arame, Dourados (MS)”, financiado pela FUNDECT- edital Universal 02/2005, executado no período de 07/2006 a 08/2008.

Os organismos estão depositados no laboratório do Centro de Pesquisas em Biodiversidade da UEMS, onde foi realizada a análise laboratorial. As amostragens foram efetuadas mensalmente no periodo de 03/2007 a 02/2008 nos três pontos ao longo do córrego Curral de Arame CAOI, CA02 e CA03, onde foi utilizado para análise PAGF pontos ao longo do córrego Curral de Arame CAOI, CA02 e CA03, onde foi utilizado para análise quantitativa o coletor de Surber com uma área de amostragem de 30 cm x 30 cm (equivalente a ,09mZ) e malha de mm para fundos rochosos e rasos, sendo que, para cada ponto 3 amostras foram retiradas.

Paralelamente para uma análise qualitativa, foram feitas amostragens com puçá (Dshape) com malha de 0,5 mm em áreas mais profundas, chutando-se o substrato para deslocar os organismos. Estas amostragens foram estipuladas com o esforço de captura de uma pessoa, em três minutos de trabalho em cada ponto de coleta. Estas amostragens sempre foram realizadas no sentido jusante a montante, para evitar possíveis distúrbios aos organismos durante a coleta. Além disso, foram feitas coletas com puçá ircular de 50 cm e malha de 1 mm passado na margem próximo às folhagens, para captura de Gyrinidae adultos em uma extensão de 20m.

Todo material coletado foi então fixado no campo com formol 4%, embalado em sacos plásticos e etiquetado. No laboratório este material foi lavado em água corrente sob peneira de malha de 0,5 mm, lavado retirando-se os animais e conservando-os em álcool 70%. Juntamente com as coletas de Gyrinidae, fatores ambientais como a temperatura da água e do ar (oc), oxigênio dissolvido na água (mg/L), PH, turbidez (FTIJ) e condutividade (mS/cm), foram monitorados em todos os pontos meses amostrados.

Identificação A partir do material obtido foi feito então a separação dos Gyrinidae adulto e larvas das amostras procedendo-se posteriormente a identificação até o nível d adulto e larvas das amostras procedendo-se posteriormente a identificação até o nível de gênero, utilizandose as chaves de identificação de Merritt e Cumminns (1996) e Costa et al. (1988). para a identificação em nivel de espécie amostras serão enviadas à Profa. Dra. Cleide Costa e Prof. Dr. Sérgio Ide do Museu de Zoologia da IJSP. Procedeu-se, então, à contagem de indivíduos or amostra, distinguindo-se cada espécie.

Cada indivíduo adulto foi sexado, baseado no tarso anterior, e mensurado quanto ao comprimento da cabeça (HL) (medido na região mediana dorsal da margem do clípeo posterior à sutura pronotal anterior), comprimento do pronoto (PL) (medido na região mediana dorsal da margem anterior à margem posterior), o comprimento do élitro (EL) (medido na região mediana dorsal da região anterior ao ápice do élitro), o comprimento do corpo padronizado (SBL) (a soma de HL, PL e EL), e a maior largura do élitro (GEW) (maior largura latero-lateral do élitro).

Estas medidas foram utilizadas ara comparações entre os indivíduos dos três trechos do córrego e ao longo do ano para verificar possíveis alterações morfológicas frente às diferenças ambientais. RESULTADOS E DISCUSSÃO Durante o periodo da amostragem, foram coletados 1. 162 indivíduos de Coleoptera, pertencentes ? família Gyrinidae. Destes, 21 eram larvas e 1. 141 eram adultos (Figura 2). Na distribuição sexual verifica-se um leve predomínio de fêmeas com 53% em relação aos machos. 50 Número de indiv[duos 300 250 200 150 100 50 0 Larvas Adultos Figura 2. Distribuição de larvas e adultos da Família Gyrinidae n 1 50 100 50 0 Larvas Adultos Figura 2. Distribuição de larvas e adultos da Família Gyrinidae no Córrego Curral de Arame, Dourados-MS, entre os meses Março/ 2007 e Fevereiro/2008. Os adultos de Gyrinidae estiveram presentes em todos os meses de amostragem, e apresentaram uma maior ocorrência nas meses de Março e Maio/2007 e entre os meses de Novembro/ 2007 e Janeiro/2008.

As larvas ocorreram nos meses de Junho, Agosto, Setembro, Outubro e Novembro/2007. Verificou-se, porém uma maior ocorrência no mês de Setembro/2007. Não estiveram presentes entre os meses de Março a Maio/2007, Julho e Dezembro/2007 e Janeiro e Fevereiro/2008 (Figura 3). r ,’07 ab 7 ju n/ 07 ju l/ oag7 0,’ 07 ou UO no 7 v/ O de 7 z/ 07 ja n/ 08 fe v/ 08 Meses de amostragem 350 Número de indivíduos 300 250 200 1 50 100 50 0 Larvas Adultos Córrego Curral de Arame marm abrm mai/07 jun/07 jul/07 agom set,’07 out/07 nov/07 dez/07 janf08 fev/08 Figura 3.

Distribuição de larvas e adultos de Gyrinidae no Córrego Curral de Arame, Dourados-MS, entre os meses Março/2007 e Fevereiro/2008. Em relação à distribuição espacial de adultos de Gyrinidae no Córrego Curral de Arame, verlficou-se uma dlferença na ocorrência destes entre os pontos CA-OI e CA-02 com o ponto CA-03. Entre os pontos amostrados, o ponto CA-02 foi o que mais apresentou indivíduos adultos de Gyrinidae.

Para Merritt & Cummins, (1984), Resh & Rosembe (1984) e Allan (1995), diversos fatores ambienta rferir na distribuição e podem interferir na distribuição e composição das comunidades de macroinvertebrados aquáticos, dentre os quais pode-se citar a velocidade da correnteza e os tipos de substratos. Este último pode estar relacionado à grande presença de indlviduos adultos de Gyrinidae no ponto CA-02. Esse ponto apresenta um substrato com bastante matéria orgânica, além de alguns resquícios e mata ciliar, com poucas árvores.

Em relação à distribuição espacial de larvas de Gyrinidae no Córrego Curral de Arame, pode-se observar que não houve diferenças entre os pontos CA-OI, CA-02 e CA-03 (Figura 4). De acordo com os resultados, verificou-se a importância da utilização de metodologia diferenciada para amostragem de larvas e adultos de Gyrinidae. O uso dos amostradores não demonstrou eficiência na captura de larvas, provavelmente por estarem ocupando micro-habitats do córrego. Segundo Costa et al (1 988), as larvas de Gyrinidae preferem águas paradas, sendo que algumas espécies são daptadas a viverem em riachos. enetti et al (1998), em um estudo realizado na Floresta Nacional de São Francisco de Paula, RS, observaram a presença de representantes de Gyretes exclusivamente em riachos,na área de remansos. 700 Número de Indivíduos 500 500 400 300 200 100 0 Adultos CA- OI CA-02 CA-03 Larvas Córrego Curral de Arame Figura 4. Distribuição espacial de larvas e adultos coletados por ponto de amostragem no Córrego Curral de Arame, Dourados- MS, entre os meses de Março/2007 a Fevereiro/2008. Figura 5. mensal de (HL), (PL), (SBL) e (GEW) de adultos de Gyrinidae no córrego Cu

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