Estudo de praças

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11 1 INTRODUÇÃO O presente estudo trata-se de referencial teórico visando dar subsídios a uma proposta de projeto arquitetónico em Cascavel, Paraná. Algumas cidades nos últimos anos encararam intenso e extenso convívio urbano de grandes grupos sociais, uma grande parte da população em um pequeno período se urbaniza. Assim a praça tem como finalidade proporcionar lazer, recreação e atividades comunitárias em beneficio da população urbana, as paisagens estão interligadas aos benefícios físicos e mentais dos Individuos.

O co exercem influência s o verde é capaz e ne entre o homem e na dos benefícios que p rc a PACE or38 S”ipe to nextgEge a natureza ambos o que a natureza, r de equilíbrio s paisagens e fício da qualidade de vida. Nas áreas urbanas, as praças inseridas tornam-se os ambientes mais saudáveis e agradáveis, ajudam na amenização de níveis de ru[dos e poluição, bem como da temperatura gerada pelas ilhas de calor em decorrência da reflexão do asfalto e do concreto, na qualidade do ar.

Segundo Lorenzi e Souza (2001, p. 32), “as plantas e suas flores são como as pessoas, tem suas falhas e virtudes. Respeitá-las e conviver com elas, faz parte de nossa vida”. Sendo assim, o presente trabalho, intitulado da Praça Cultural em Cascavel propõe um projeto arquitetônico, este se refletindo no social e no ambiental. Consistindo na melhora do padrão ambiental no ecossistema urbano, tem a intenção de proporcionar esporte, lazer, recreação infantil favorecendo a população urbana. 2 local onde normalmente ocorrem mudanças em decorrência do tempo e dos seus componentes existentes, geralmente também das transformações sociais e costumam possuir equipamentos recreativos como parquinhos, equipamentos para ginástica, quadras, bancos e mesas (MACEDO; ROBBA, 2003). Sendo assim, mesmo que em algumas paisagens urbanas vegetação seja escassa ou ausente, existe a possibilidade de uso destas para fins sociais, desde que se aperfeiçoe o seu uso.

No caso dos espaços livres existem grandes opções de uso múltiplo em prol do bem estar dos moradores das cidades (LIRA FILHO; PAIVA WANTUELFER. 2001). Desta forma, seguindo uma tendência observada em várias regiões do Brasil, as praças Cascavelenses num primeiro momento funcionam como ponto de encontro e trocas de toda espécie, em seguida são relacionadas à insegurança, droga e desocupados e, posteriormente, há a iniciativa de revitalizá-las (FEIBER; FEIBER, 008).

Cascavel atualmente consta com quase 300 mil habitantes foram realizados alguns trabalhos de revitalização e reformas em algumas praças das cidades. Contudo ainda não consta de uma Praça Cultural, que possa estar interligando cultura através do funcionamento de uma Biblioteca, tendo influência no comportamento humano. 13 3 PROBLEMA DE PESQUISA Cascavel tem algumas praças com atividades diversificadas, às maiorias destinadas a circulação de pedestres, não consta ainda de uma Praça Cultural interligando Biblioteca, cultura, atividades esportivas com pista de skate, recreação infantil.

H carencia nesse aspecto de atividades. A importância da natureza e da proposta do projeto da praça Cultural em Cascavel espera criar um ambiente para que todos tenham consciência da im PAGF 38 projeto da Praça Cultural em Cascavel espera criar um ambiente para que todos tenham consciência da importância das áreas verde à influência no desempenho dos indivíduos.

Ao contrário dos ambientes naturais, as cidades apresentam artificialidades, como forte impermeabilização do solo, abundância de materiais altamente refletores, absorventes e transmissores de energia, excessivo consomem de energia e atéria, com correspondente geração de resíduos, poluição atmosférica, hídrica, sonora e visual. Tais características afetam negativamente o ambiente urbano, e em consequência a qualidade de vida das pessoas (MILANO, 2000 apud SILVA; RAMOS; BRITO, 2007). ara Dias et al, (2005), no que diz respeito à estrutura urbana de Cascavel a ocupação desordenada resultou em uma série de vazios urbanos, o crescimento explosivo foi gerado pela especulação mobiliaria, consta-se também a carência de áreas de lazer, sendo esta a principal deficiência na cidade. Os espaços da coletividade cederam lugar aos espaços da vida nvada, que culminaram no gradatlvo esvaziamento de praças e largos, em função das novas circunstâncias impostas pela sociedade.

Dessa forma a imagem urbana apoiada nos ícones da vida privada acaba por desintegrar aquela outra imagem que valorizava os espaços coletivos, a rua, a praça, o largo, a avenida, o uso da cidade se transforma em rotina organizada pela pressa que automatiza e unifica todos os lugares, perdem-se os pontos de referência, 14 as marcas urbanas, os pontos de encontro (Ferrara 1993, p. 22S Apud Gornes, 2005, p. 108).

Cascavel acompanhando do urbanismo progressista proporciona com nitidez um traçado definido, ando prioridade ao automóvel e a velocidade, fica em preju(zo aos passeios de pedestres. Dessa maneira de pensar e agir os elementos paisagistlcos da cidade são poucos poupados e ainda com pouca idade, vários intervenções em praças e sistema viário foram realizadas (FEIBER; FEIBER, 2008). Algumas vezes as praças de interior, onde esses problemas não são tão acentuados, também são lugares aprazíveis, recortadas de caminho, transformam-se em lugar de passagem.

Deste modo perdem grandes áreas para monumentos, os bancos colocam sem discernimento e não atrai a se sentar, a vegetação ? distribuída em inúmeros canteirinhos, como se fossem obstáculos que a trama de caminhos tem de contornar, ainda sem contar na análise das espécies de árvores, arbustos e as ervas utilizadas é deprimente, sendo às vezes de outras regiões, quando de outros países ou continentes (TACABOW, 2004, p. 186). Ao tratar do tema, Lorenzi e Souza (2001, p. 2) afirmam que “as plantas são como os sonhos e suas imagens fantásticas e belas pelas suas cores, Irreals e admirávels pela sua smetria”. Na visão de Macedo e Robba (2003), a praça é um dos espaços urbanos mais visíveis, sendo assim é muito sensível a transformações e caráter modernizante por parte do Poder Público. As novas intenções formais modernas junto aos novos programas de uso caracterizam uma nova linha de projeto paisagístico.

A praça moderna foi ratificada socialmente como elemento necessário ? vida na cidade, ela deve ser destinada ao lazer. 15 4 OBJETIVOS DA PESQUISA As áreas livres e os espaços abertos ambos apresentam elementos do paisagismo esempenhos de 8 espaços abertos, ambos apresentam elementos do paisagismo urbano, com desempenhos de recreação, amenização e circulação, sendo diferenciada pelas suas dimensões físicas, funcionalidade e sua tipologia.

Com o passar do tempo se tem uma grande preocupação na busca de informações para amenizar os efeitos da poluição urbana, as éreas verdes, os parques, as praças, alguns deixaram de ser locais com algumas plantas e sem nenhuma atenção a locais planejados, com composições de cores, figuras e texturas, proporcionando uma visão relaxante e amenizadora. Com o aumento do stress urbano das grandes cidades, a necessidade de estar próximo à natureza tem aumentado consideravelmente.

As áreas verdes proporcionam áreas de lazer, éreas para prática de esportes, medltação, estudo e entretenimento (MELLILO, s. ). 4. 1 OBJETIVO GERAL Propor um espaço cultural à uma área da cidade com potencialidade, preocupando-se com os benefícios na qualidade de vida, construindo um cidadão mais saudável e produtivo. O que é preciso perceber quando se fala em praça é que elas devem ser atraentes para o maior número de indlviduos possível. 16 4. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Desenvolver um projeto para atender a necessidade da população na área de lazer cultural e esportivo com equipamentos adequados, diversidade de atividades, acessibilidade para todos- • Promover a valorização e a importância das áreas ver o de encontros entre PAGF s 8 população urbana através de uma cultura; • • • Designar um ponto de referência para o município; Garantir a todos o direito ao meio ambiente; Promover uma imagem de lugar claro e organizado, semndo como elemento de reforço territorial; • Servir como atrativo para a presença de visitantes, que reforçam o movimento de pessoas no local evitando atividades anti-sociais. 17 5 CONCEITUAÇAO Segundo Guzzo (1 991), para cada bairro no planejamento e projeção dos espaços livres é preciso levar em consideração as faixas etárias predominantes e existentes, a opinião dos oradores e o potencial de cada área. Para Macedo e Robba (2003), as praças são espaços livres públicos urbanos reservados ao lazer e ao convívio da população, abertos aos cidadãos e livres de veículos.

Dessa maneira a área de lazer com suas funções de espaços livres, exercem no meio urbano, valores paisagísticos, recreativos e ambientais, direta ou indiretamente, trazendo conseqüências sociais com reflexos na qualidade de vida da população. Um aspecto relevante apontado é que espaço público, enquanto lugar onde o público se reune para formar a “opinião pública” presenta-se como um órgão de intermediação entre a sociedade civil e o estado. Nesse sentido, devemos entender a praça como o espaço público por excelência, o lugar onde o individual torna- se coletivo, o privado torna-se público e o público forma a opinião publica. Mais que lugar de lazer, a praça é o lugar da cidadania (HABERMAS apud BRAGA; CARVALHO e FRANCISCO, s. d, p. 12) 5. PAGF 6 38 simultaneamente uma construção e um vazio, a praça não é apenas um espaço fisico aberto, mas também um centro social integrado ao tecido urbano” 18 A praça é um espaço urbano conectada a questão social formal estética, nela ocorre toda a interação de todos os indivíduos da sociedade, um lugar de manifestações dos costumes da As praças brasileiras surgiram no entorno das igrejas, constituindo os primeiros espaços livres públicos urbanos. Assim, atraíam as residências mais luxuosas, os prédios públicos mais importantes e o principal comércio, além de servir como local de convivência da comunidade e como elo entre esta e a paróquia (GOMES, 2005, p103).

Na visão de Macedo e Robba (2003), no Brasil existem pouquíssimas praças que se assemelham às celebradas praças medievais e renascentistas européias, entre elas pode-se citar s exemplos do pátio do Colégio em São Paulo (figura OI) e o Terreiro de são Francisco em Salvador (figura 02). Figura 01 : Pátio do colégio, sao Paulo. ponte: cxs. casebem. com. br. 2008. Figura 02: Terreiro de São Francisco, em Salvador. Fonte: wvm. panoramio. com, 2008. Logradouro público por excelência, a praça deve sua existência, sobretudo, aos adros das nossas igrejas. Se tradicionalmente essa dívida é válida, mais recentemente a praça tem sido confundida com jardim. A praça como tal, para reunião de gente e para um sem número de atividades diferentes, surgiu entre nós, de maneira marcante de capelas ou igreias, PAGF 7 8 Realçava-lhes os edifícios; acolhia os seus freqüentadores. (Marx, 1980, p. 50 apud GOMES, 2005, p. 103). 9 Chamados no Brasil de largos pátios ou terreiros, o nome praça está associado a espaços ajardinados, encontramos aqui muitos espaços públicos, arborizados, alguns somente com gramado, outros com um canteiro central na avenida, espaços livres entre edifícios, rotatórias, taludes ou encostadas ajardinadas são exemplo de jardins urbanos denominados Praça. Causando assim algumas distorções quanto à termologia dos espaços urbanos, estes não podem e não devem ser chamados de raças, não possuem uma área de lazer, um programa social, não existem neles equipamentos de lazer, o pedestre não tem acesso (MACEDO; ROBBA, 2003). Na Visao de Lira Filho, paiva e Wantuelfer (2001 as praças estão coligadas a funções sociais e ambientais, servem para recreação, amenização do clima local, circulação de pessoas, entre outras.

A praça está relacionada com espaço urbano, um espaço livre no qual está inserido na malha urbana, com predomínio do piso construído/pavimentado, apresentando vegetação. No Brasil foi construído o primelro jardim por volta do final dos setecentos, o Passeio Público do Rio e Janeiro, implantado sobre uma lagoa aterrada na periferia da cidade, sendo uma benfeitoria para a recém-transferida capital, (MACEDO; ROBBA, 2003). Segundo Lira Filho, Paiva e Wantuelfer (2001, p. 137), afirma que a “praça é tradicionalmente o local de encontro com funções de lazer, recreação e de mais atividades sócioculturais (políticas, religiosas, artísticas, etc. ) comunitárias”. 5. A PRAÇA AJARDINADA Algumas cidades européias im ortantes arquitetaram seu passeio ajardinado, num inicial a AJARDINADA Algumas cidades européias importantes arquitetaram seu passeio jardlnado, num inicial andamento na forma de grandes avenidas arborizadas e depois na forma de jardins cercados de passeios públicos, onde as pessoas usufruiriam dos encantos do passeio ao ar livre. A praça passa 20 a ser um espaço ajardinado com destino somente para o lazer e a convivência da população, sendo exclusivo para passeio. As praças públicas ajardlnadas tiveram seu apogeu com os problemas urbanísticos do século XIX, em todas as obras desse período os problemas de tráfego no Brasil fazem com que a mesma tenha a diminuição das áreas verdes, enquanto a população cresce cada vez mais, contribuindo para expulsão dos ais pobres da população caso quisessem ou já ocupassem os espaços centrais, foram obrigados a irem embora para a periferia da cidade. (MACEDO; ROBBA. 2003). 5. 2. VALE DO ANHANGABAIJ, SAO PAULO O Parque Anhangabaú em São Paulo (figura 03) proposto pelo arquiteto francês Joseph Antoine Bouvard, nesse momento foi de extrema importância para a concretização do modelo da praça ajardinada, com atividades de circulação de pedestres, comércio, serviços, contemplação, eventos culturais e eventos politicos e cívicos, elementos complementares como: restaurante, lanchonete, sanitários, viaduto, pórtico, fonte, construção istórica, escultura, monumento, espelho d’água, bancos, banca. Figura 03: Vale do Anhangabaú, São Paulo. Fonte: sempla. prefeitura. sp . gov. br/historico/img/190. 21 centros, fortaleceu ao longo do século a tipologia da praça ajardinada, sendo encontrados no Brasil poucos projetos de espaços livre públicos que não fazem uso de vegetação (MACEDO; ROBBA. 2003, p. 30).

Esse momento acaba alterando o desempenho da praça na cidade, o mercado foi transferida para espaços destinados a atividades comerciais, a manifestação militar de poder perdem força no Brasil, essas vão para as grandes avenidas. 5. PARQUES, JARDINS E PRAÇAS Burle Marx motivou-se a incluir a observação sobre praças do interior, a influência que os jardins da Praça Paris, do Rio de Janeiro desempenharam no resto do país e como geometrização e a harmonia passaram a ser aparência quase indispensável nas praças. Na maioria das ocasiões sacrificando- se aspectos funcionais em preju[zo de uma estética confusa mal compreendida (TABACOW, 2004). Para Lira Filho, Paiva e Wantuelfer (2001, p. 1 37) afirma que “dentre as áreas mais comumente utilizadas pela população nas cidades encontram- se as praças”.

São espaços livres que proporcionam condições dequadas aos citadinos para prática de atividades que tornam o cotidiano urbano mais agradável. Segundo Siqueira (2001), a criação paisagística permite-lhe lidar com a qualidade abstrata da forma atual, sem fronteira. No lugar de lidar com circunstâncias formais no espaço, Roberto Burle Marx cria um fato espacial concreto. Como paisagista Roberto Burle Marx afirmou várias vezes, que um jardim não era uma simples reprodução do mundo natural, pelo 22 contrário envolvia o diálogo entre as determinações e a dinâmica da natureza e o gesto consciente de ordenação humana. Empregando desenhos liv nos canteiros e do lago, 38

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