Falta de braços no reconcavo baiano no final do século ixx

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ACHAMENTO: CUNHA, Sílvio Humberto dos passos. Resolve-me ou eu te Devoro! Uma discussão sobre a falta de braços no Recôncavo Baiano. Revista Bahia Análise & dados. Salvador – BA. SEI. v. 10 n. 1 . p. 21-34. Julho, 2000. Nesse texto, Savio Cunha, discute os debates ocorridos à época da abolição da escravatura sobre os rumos da agricultura sem a mão-de-obra servil, com a falta de braços que supostamente a nova lei faria surgir.

A Bahia já se encontrava em crise devido à dependência do desempenho externo, e havia uma vontade de retardar lição completa da ora scravidão, já consid da runa das economias que segundo Cunha, uma transição fácil p estagnação econômica da região. as es e que atribuíam a o de produção, algo ssicos que relatavam ordeste devido a O processo de abolição na Bahia não pode ser visto como gradual ou fácil, mas sim pelo forma brusca pela qual ocorreu e suas conseqüências nos anos seguintes, analisando pareceres da época, Cunha encontra que o principal temor dos fazendeiros era a falta de braços, primeiro porque o negro não aceitaria se sujeitar ao trabalho assalariado por optar pelo “fruir da liberdade” e não fazer nada e segundo, por que a outra alternativa, os imigrantes europeus não se interessavam em vir para uma região com clima tão adverso a eles. ? revelador nesse sentido, o preconceito racial com relação ? vontade SWipe to page vontade de trabalhar do negro liberto, que na verdade, apenas ia de encontro com visão econômica do mundo dos fazendeiros, eles negavam o trabalho assalariado por preferir o plantio de subsistência, a preferência por “trabalhar pra viver do que “viver para trabalhar”. No caso do imigrante branco, a desculpa era de ue o trabalho no campo ia de encontro com o desejo destes de “alcançar a fortuna”.

Uma terceira via, seria a vinda de imigrantes asiáticos, mas que também esbarrava na questão racial do ideal de que o europeu seria a única esperança civilizadora e de melhoria na qualidade do trabalho e dos brasileiros. A Bahia, assim, não conseguia atrair uma corrente imigratória, pois ex-escravos e imigrantes rejeitavam a subordinação ao regime assalariado das grandes propriedades, tanto pelos baixos salários, quanto pelo trabalho pesado na lavoura.

Diante da má aceitação do imigrante asiático e de outras atores, Cunha observa que a necessidade de imigração estrangeira era mais uma questão de ideologia racial numa tentativa de “clareamento” da população do quê uma real necessidade de braços para o trabalho. Assim, a questão da falta de braços parece ser uma falsa questão, pois evidencias sugerem que o mercado não estava vazio, a escassez era portanto, daquele trabalhador considerado ideal pelas elites. Eo projeto hegemônico na oligarquia baiana pós-abolição acabou sendo o de manter a população negra e mestiça nos limites da extrema miseria. Vinícius Colares

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