Fichamento: a história da riqueza do homem

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS CAMPuS CIDADE DE GOIÁS ACHAMENTO CAPÍTULO 9 CAPITALISMO E QUESTAO SOCIAL CIDADE DE GOIAS 2012 ACHAMENTO CAPITALISMO QUE Trabalho apresentad Universidade Federal or12 o de Serviço Social, da quisito avaliativo ? disciplina de Capitalismo e Questão Social.

Orientador (Prof):- CIDADE DE GOIÁS “A configuração de capitalismo que deslgnamos como contemporâneo inicia-se nos anos setenta do século XX e continua a ter no centro da sua dinâmica o protagonismo dos monopólios — vale dizer, o capitalismo contemporâneo constitui keynesianismo, feitos um para o outro, consolidariam o capitalismo democrático’: a produção em larga escala encontraria um mercado em expansão infinita e a intervenção reguladora do Estado haveria de controlar as crises.

Anunciava-se uma capitalismo sem contradições,apenas conflitivo. ” O capitalismo tinha como suporte “uma onda longa expansiva, na qual ‘os períodos cíclicos de prosperidade [são] mais longos e intensos, e mais curtas e superficiais as crises cíclica<. " (MANDEU 1982 apud Durante os 'anos dourados' o "crescimento econômico e taxas de lucro mantiveram-se ascendentes entre o fim da Segunda Guerra Mundial e a segunda metade dos anos setenta. A partir desses anos, porém a onda longa expansiva esgotou-se.

A taxa de lucro,rapidamente, começou a declinar. “( 213) Entre 1971 e 1973 foi anunciado o fim do ‘capitalismo democrático’. Isto devido à diversos fatores,como o deswnculamento do padrão dolar-ouro pelos EUA,e o aumento dos preços estabelecidos pelo OPEP,o que provocou o ‘choque do petróleo . (p. 21 3) “A onda longa expansiva é substituída por uma onda longa recessiva: a partir daí até os dias atuais inverte-se o diagrama da dinâmica capitalista:agora, as crises voltam a ser dominantes, tornando-se esp sódicas as retomadas. ( 214) No início do século XXI permanece a onda longa recessiva, porém “as taxas de lucro foram restauradas” e houve então a ‘restauração do capital’ que se articulou sobre um tripé: “a reestruturação produtiva, a finaceirização e a ideologia neoliberal. ” 12 9. 2. 0 capital: da defensiva à ofensiva ” A conjuntura dos anos 1967-1973 é desfavorável ao imperialismo. As mobilizações ainticapitalistas registram então o seu auge. [… além disso,as experiências socialistas ainda não explicitavam a sua crise e a derrota da principal potência no Vietnao já era irreversível.. Em suma,no plano político o apital monopolista encontrava-se na defensiva. No domínio da economia o quadro também não era favorável. Contatava-se [… ] uma desaceleração do crescimento,assim como uma rápida queda das taxas de lucro,e aumentavam os custos das garantias conquistadas pelo trabalho. “Começam a ser introduzidas alterações nos circuitos produtivos[… ] : esgota-se a modalidade de acumulação denominada rígida,propria do taylorismo-fordismo, e começa a se instaurar aquela que vai caracterizar a terceira fase dos estágio imperialista, a acumulação S) “Essencial à reestruturação produtiva é uma intensiva ncorporação à produção de tecnologias de avanços técnico- científicos,determinando um desenvolvimento das forças produtivas qe reduz enormemente a demanda de trabalho vivo. [… Alguns pesquisadores chegam ao ponto de mencionar uma ‘terceira revolução industrial’ ou, ainda, uma ‘revolução informacional’. ( Com ocorrência de deslocamento da base produtiva,é possível citar três implicações resultantes: “A primeira diz respeito ao trabaçhador cletivo[… l [ocorreu] uma expansão das fronteiras do trabalhador coletivo[… ]A segunda implicação refere-se às xigências que são postas á for a de trabalho [a qual] deve ser qualificada e poliva 19 refere-se às exigências que são postas á força de trabalho [… [a qual] deve ser qualificada e polivalente. [… ] A terceira relaciona-se à gestão dessa força de trabalho[… ] a organização taylorista- fordista é reciclada[.. ] apelando à ‘participação’ e ao ‘envolvimento’ dos trabalhadores, valorizando a ‘comunicação e a redução das hierarquias mediante a utilização da ‘equipes de trabalho’;é nesse quadro que o toyotismo ganha relevo nas relações de trabalho,inclusive com forte estímulo ao ‘sindicalismo e empresar. “Todas as transformações implementadas pelo capital têm como objetivo reverter a queda da taxa de lucro e criar condições renovadas para a exploração da força de trabalho. “(NETTO,BRAZ, 2006,p. 218. ) “Compreende-se,pois,que os ônus de todas elas[transformações implementadas pelo capital]recaiam fortemente sobre os trabalhadores—da redução salarial [… ]à precarização do emprego”(p. 218) “Na fase contemporânea do estágio imperialista,a estratégia do capital impactou fortemente os trabalhadores [… entre as quais destacam-se[transformações do ‘mundo do trabalho]a crise o movimento sindical e a redução do contigente de operários “A precarização e a ‘informalização’ das relações de trabalho trouxeram de volta formas de exploração que pareciam próprias do passado(aumento das jornadas,trabalho infantil,saláno diferenclado para homens e mulheres,trabalho semi-escravo ou escravo)e ao final do século XX,ao cabo de vinte anos de ofensiva de capital,a massa trabalhadora não padece apenas nas periferias-também nos países centrais. 9. 3. s novos dom[nios do “(P. 221 ) ncentraçao do poder 9. 3. 0s novos domínios do capital e a concentração do poder O peso dos serviços na economia do capitalismo contemporâneo é de tal ordem que alguns analistas pretenderam ver o surgimento de uma ‘sociedade pós-industrial’. com as atividades ‘terciárias’ tornando-se o eixo da dinâmica econômica. Trata- se de um equívoco e o inverso que é verdadeiro:controlados pelo grande capital,os serviços passam a obedecer uma lógica industrial—primeiro porque ‘não há crescimento de atividades de serviço [… sem crescimento de atividades industriais[LOJKlNE, 1995 apud os serviços agora se desenvolvem sob uma industrialização generalizada”[p. 222] comando do capital se afirma impetuosamente,sempre com a direção monopolista assegurando-lhe não só ganhos extraordinários [… ]mas sobretudo o controle estratégico dos novos recursos necessários à produção de ponta. Esse controle estratégico é garantido,em primeiro lugar pelo assombroso grau de concentração e centralização a que chegou a economia mundial.

Em segundo lugar [… ] os grupos monopolistas[… ] desenvolveram interações novas [… l,nas quais a concorrência e a parceria encontram mecanismos de articulação que lhes asseguram um poder decisório especial. No topo dessas articulações ,figura um restrito círculo de homens[… ]que constitui uma nova oligarquia,concentradora de um enorme poder econômico e político. [p. 24] “A concentração do poder econômico conduziu e está conduzindo a uma enorme concentração do poder o caráter antidemocrático do capitalismo e,em especial,do capitalismo monopolista:ao mesmo tempo que desqualificam a olítica I tempo que desqualificam a política,ladeando as instâncias representativas[… ]essas ‘elites orgânicas’ do grande capital[… ] realizam a sua polítlca,tomando decisões estratéglcas que afetam vida de bilhões de seres humanos,sem qualquer conhecimento ou participação g. -Neoliberalismo:o capital sem controles sociais mínimos “Qualquer tipo de controle ou regulamentação repugna ? natureza do capital-ele não avança segundo a sua lógica se encontra outras barreiras e limites que aqueles que derivam da estrutura do seu própno 225] “‘Realmente,o capitalismo contemporâneo particulariza se pelo fato de nele o capital estar destruindo as regulamentações que lhe foram impostas como resultado das lutas do movimento operário e das camadas trabalhadoras”[p. 25] “Entretanto,em escala mundial,a estratégia do grande capital isa romper com todas as barreiras sociopolíticas,e não somente com aquelas que dizem respeito às suas relações com o trabalho —donde o empenho das corporações monopolistas na inteira desregulamentação das atividades pretensão do grande capital é clara:destruir qualquer trava extra-econômica aos seus “Para legitimar essa estratégia,o grande captal fomentou e patrocinou a divulgação maciça do conjunto ideológico que se difundiu sob a designação de neoliberalismo. (p. 226) “A partir dos anos oitenta do século XX,sob o rótulo de reforma(s) o que vem sendo conduzido pelo grande capital é um gigantesco rocesso de contra-reforma(s),destinado à supressão ou redução de direitos e garantias sociais. ” -227 PAGF 19 contra-reforma(s),destinado à supressão ou redução de direitos e garantias sociais. “[p. 227] “Seu primeiro alvo foi constituído pela intervenção do Estado na economia:o Estado foi demonizado pelos neoliberais e apresentado como um trambolho anacrônico que deveria ser reformado. … ]Contudo[… ] os representantes dos monopólios sabem que a economia capitalista não pode funcionar sem a intervenção estatal. “(p. 227) “O objetivo real do capital monopolista não é a ‘diminuição’ o Estado,mas a diminuição das funções estatais coesivas precisamente aquelas que respondem à satlsfação de direitos sociais. Na verdade,ao proclamar a necessidade de um ‘Estado minimo’,o que pretendem os monopólios e seus representantes nada mais é que um Estado mínimo para o trabalho e máximo para o capital. “(p. 27) “O ataque do grande capital às dimensões democráticas da intervenção do Estado começou tendo por alvo a regulamentação das relações de trabalho[… ] e avançou no sentido de reduzir,mutilar e privatizar os sistemas de seguridade social. Prosseguiu-se estendendo-se à intervenção do Estado na conomia: o grande capital impôs ‘reformas’ que retiraram do controle estatal empresas e serviços —trata-se do processo de privatização, mediante o qual o Estado entregou ao grande capital, para exploração privada e lucrativa, complexos industriais inteiros[… e serviços de primeira importância. “(p. 228) “Entretanto, caracterizando o seu movimento contemporâneo como globalização,o grande capital quer impor uma desregulamentação universal — que vai muito além da ‘desregulamentação’ das relações de trabalho. O objetivo declarado dos monopólios é garantir uma plena liberdade em os monopólios é garantir uma plena liberdade em escala mundial , para que os fluxos de mercadorias e capitais não sejam limitados por quaisquer dispositivos. ” (p. 228) 9. 5.

A financeirização do capital “Fluxos econômicos mundiais sempre marcaram o capitalismo e, se o estágio imperialista os acentuou, a fase contemporânea ampliou-os ainda “As interações comerciais [… ] intensificaram-se especialmente entre os próprios países centrais. [… ] Os três grupos de países que lideram o campo imperialista,constituintes da chamada Tríade(Estados Unidos,União Européia e Japão) realizam entre si grosso das transações comerciais ( trata-se do comércio chamado intracorporativo). “(p. 29) “Um outro elemento diferencial das relações econômicas internacionais,próprio do capitalismo contemporâneo , é a estruturação de blocos supranacionais que passam a constituir espaços geoeconômicos regionais,contando com normas especificas para as suas transações e promovendo a integração, sob comando monopolista, de investimentos e mercados. “(p. 230) “Porém,a mais importante das transformações por que vem passando a economia do imperialismo,nesta sua fase ainda em esenvolvimento,consiste no processo que alguns analistas designam como financeirização do capital. “(p. 30) “Mas a razão essencial da financeirização é outra: ela resulta da superacumulação e , ainda, da queda das taxas de lucro dos investimentos industriais registrada entre os anos setenta e meados de “O capitalismo é um sistema econômico que prefere não produzir em vez de produzir sem Iu ,1999 apud NETTO;BRAZ, PAGF apud ) “O que vem se passando no capitalismo contemporâneo é o fabuloso crescimento(em função da superacumulação e da queda das taxas de lucros) dessa massa de capital que não é investida rodutivamente,mas que succiona seus ganhos(lucros) da mais- valia global — trata-se ,como se vê de uma sucção parasitária.

A esse fenômeno se agrega,no capitalismo contemporâneo , o brutal crescimento do capital 232)Entende-se por capital fictício ‘as ações , as obrigações e os outros títulos de valor que não possuem valor um si mesmos. ‘ “(KOSLOV,1981 apud “A financeirização do capitalismo contemporâneo deve-se a que as transações financeiras[. _. ] tornaram-se sob todos os sentidos hipertrofiados e desproporcionais em relação à produção real de valores — tornaram-se dominantemente especulativas. Os rentistas e possuidores de capital de fundos de investimentos, títulos de dívidas públicas) extraem ganhos sobre valores frequentemente imaginários. “[p. 232] “Entretanto,entre uma crise e outra[… esses ganhos financeiros , além obviamente de fazerem a riqueza rápida dos especuladores, reforçam a percepção falsa e socialmente danosa de que a esfera da circulação gera valores e é autônoma em face da esfera produtiva. “(p. 233) “Embora tenha origens bem anteriores, a dívida externa dos parses periféricos e dependentes ganhou a dimensão que hoje possui a partir de meados dos anos setenta do século XX:volulosos capitais dos parses centrals, tornados excessivos pela superacumulação e pela queda das taxas de lucro,foram postos ao alcance dos tomadores(devedores) a juros variáv queda das taxas de lucro,foram postos ao alcance dos tomadores(devedores) a juros variáveis, determinados pelos credores. [… a dívida cresceu automaticamente e aos credores não interessa senão o pagamento dos “Os gastos estatais, quando não cobertos pelas receitas, resultam no chamado déficit público — em face do qual o Estado pode emitir sem lastro, desencadeando diretamente processos inflacionários, ou pode lançar da dívida pública) no ercado,oferecendo juros atraentes aos investidores. “(p. 234) “Quando Estados periféricos e dependentes, por uma razão ou outra, encontram dificuldades para manter o fluxo de recursos para os detentores dos títulos,estes pressionam no sentido de reduzir os gastos estatais,de forma a constituir um superávit que lhes permita continuar succionando valores sob forma superavit se obtém mediante a diminuição de investimentos(em infra-estrutura,saúde,educaçào,etc. ),o que reduz as possibilidades de crecimento econômico.

As propostas de ‘reformas’ e ‘ajustes estruturais’ apresentados aos Estados eriféricos e dependentes combinam a recomendação de ‘cortar gastos’ com a pnvatização — e por isso tais ‘reformas’ e ‘ajustes’ resultam sempre ganhos para a oligarquia financeira e os gupos monopolistas,penalizando fortemente a classe 999 apud NETTO;BRAZ, 2006,p. 235) “Nos últimos trinta anos , os países dependentes e periféricos toranaram-se exportadores de capital para os países centrais. “(p. 9. 6. 0 “mundo novo” do capitalismo contemporâneo “O mundo em que vivemos,na entrada do século XXI,é muito diferente daquele que despontava na segunda metade do século x

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