Fichamento do livro: inclusão escolar – o que é? por quê? como fazer?

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Referências Bibliográficas MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como Fazer? 2 ed. São Paulo: Moderna, 2006. (Cotidiano escolar: ação docente). 64 p. Capitulo 1 • Inclusão escolar: o que é? (Nesse capítulo são apresentadas as conceituações e definições básicas para que se compreenda o que é a inclusão escolar de alunos PNEE, diferenciando-a do processo de integração. ) OFII p Crise de paradigmas “Conforme pensava ser definidos como as podem atos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto.

Podem também ser entendidos, segundo uma concepção moderna, omo um conjunto de regras, normas, crenças, valores, princípios que são partilhados por um grupo em um dado momento histórico e que norteiam nosso comportamento, até entrar em crise, porque não nos satisfazem mais, não dão mais conta dos problemas eu temos de solucionar. ” (p. 13-14) “A escola se entupiu do formalismo da racionalidade e cindiu-se em modalidades de ensino, tipos de serviço, grades curriculares, burocracia.

Uma ruptura de base em sua estrutura organizacional, como propõe a inclusão, é uma saída para que a escola possa fluir novamente, espalhando sua ação formadora por todos os -lal Studia emocratizou, abrindo-se a novos grupos sociais, mas não aos novos conhecimentos. ” (p. 15) “Os sistemas escolares também estão montados a parti de um pensamento que recorta a realidade, que permite dividir os alunos em normais e deficientes, as modalidades de ensino em regular e especial, os professores em especialistas nesta e naquela manifestação das diferenças. ” (p. 1 6) Integração ou inclusão? Os termos de “integração” e “inclusão”, embora tenham significados semelhantes, são empregados para expressar situações de inserção diferentes e se fundamentam em posicionamento teeórico-metodológicos divergentes. (p. 1 7) • Integração escolar “O uso da palavra “integração”, refere-se mais especificamente á Inserção de alunos com deficiência nas escolas comuns, mas seu emprego dá-se também para designar alunos agrupados em escolas especiais para pessoas com deficiência, ou mesmo em classes especiais, grupos de lazer ou residências para deficientes. (p. 18) “A integração escolar pode ser entendida como o “especial na educação”, ou seja, a justaposição do ensino especial ao regular, o que ocasiona um inchaço dessa modalidade pelo deslocamento de profissionais, recursos, métodos e técnicas da educação special para as escolas regulares. ” (p. 19) • Inclusão escolar “O objetivo da integração é inserir um aluno ou um grupo de alunos que iá foi anterior . O mote da inclusão, ao 20F é estruturado em função dessas necessidades. (p. 19) “Na perspectiva inclusiva, suprime-se a subdivisão dos sistemas escolares em modalidades de ensino especial e ensino regular. As escolas atendem as diferenças sem discriminar ou trabalhar a parte com alguns alunos. ” (p. 19) “Na perspectiva de ” o especial da educação”, a inclusão é uma provocação, cuja a intenção é melhorar a qualidade do ensino nas scolas, atingindo todos alunos que fracassam e suas salas de aula. ” (p. 20) Capítulo 2: Inclusão escolar: por quê? Esse capitulo apresenta o pontos que necessitam de uma reformulação visando garantir a pratica cotidiana de uma real educação inclusiva). “A escola brasileira é marcado pelo fracasso e pela evasão de uma parte significativa de seus alunos, marginalizados pelo insucesso, por privações constantes e pela baixa auto-estima resultantes das exclusões escolar e social. ” (p. 21) “A inclusão total e irrestrita é uma oportunidade que temos para reverter a situação da maioria de nossas escolas, as quais tribuem aos alunos as deficiências que são do próprio ensino ministrado por elas. (p. 21 ) A questão da identidade x diferença “Ao avaliar as propostas de a 30 educacional que visam ? inclusão, encontramos ha imensões éticas experiência relacional, participativa, que produz sentido para o aluno, pois contempla sua subjetividade, embora construída no coletivo das salas de aula. ” (p. 23) “O direito a diferença nas escolas desconstrói, portanto, o sistema atual de significação escolar excludente, normativo, elitista, bem como suas medidas e seus mecanismos de produção da identidade e da diferença. ” (p. ) “A maior parte dos alunos das classes especiais é constituída pelos que não conseguem acompanhar seus colegas de turma, os indisciplinados, os filhos dos pobres, os filhos dos negros e outros. Pela ausência de laudos periciais competentes e de queixas escolares bem-fundamentadas, esses alunos correm o risco de serem admitidos e considerados PNEE. ” (p. 25) “Problemas conceituais, desrespeito a preceitos constitucionais, interpretações tendenciosas de nossa legislação educacional e preconceitos distorcem o sentido da inclusão escolar, reduzindo unicamente à inserção de alunos com deficiência no ensino egular. (p. 26) “Ao garantir a todos o direito à educação e ao acesso à escola, a Constituição federal não usa adjetivos. Por essa razão, toda escola deve atender aos princípios constitucionais sem excluir nenhuma pessoa em decorrência de sua origem, raça, sexo, cor, idade ou deficiência. ” (p. 26) “A Constituição, contudo garante a educação para todos, o que significa que é para todos mesmo.

No entanto, para que se alcancem o pleno desenvolvimento humano e o preparo para a cidadania, entende-se que essa educação nao pode se realizar em ambientes segregados. ” (p. 27) A escola comum é o ambiente mais adequado para garantir o relacionamento entre os a sem deficiência e de 40F relacionamento entre os alunos com ou sem deficiência e de mesma idade cronológica, bem como a quebra de qualquer ação discriminatória e todo tipo de interação que possa beneficiar o desenvolvimento cognitivo, social, motor e afetivo dos alunos em geral. (p. 27) “Práticas escolares que contemplam as mais diversas necessidades dos estudantes, inclusive eventuais necessidades especiais, devem ser regras no ensino regular e nas demais modalidades de ensino – como a educação de jovens e adultos, a ducação profissional —, uma vez que não se justifica a manutenção de um ensino especial apartado. ” (p. 8) “Para os defensores da inclusão escolar, é indispensável que os estabelecimentos de ensino eliminem barreiras arquitetônicas e adotem práticas de ensino adequadas às diferenças dos alunos em geral, oferecendo alternativas que contemplem a diversidade, além de recurso de ensino e equipamentos especializados que atendam a todas as necessidades educacionais dos educandos, com ou sem deficiências, mas sem descriminações. ” (p. 0) A questão as mudanças “Uma das maiores barreiras para mudar a educação é a ausência e desafios, ou melhor, a neutralização de todos desequilíbrios que eles podem provocar em nossa velha forma de ensinar. E, por incrível que pareça, essa neutralização vem do próprio sistema de educacional que se propõe a se modificar, que está investindo na inovação, nas reformas do ensino para melhorar sua qualidade. ” (p. 32) “A inclusão pegou as escolas de calças curtas – isso é irrefutável. Eo nivel de escolaridade que mais parece ter sido atingido por essa inovação e o ensino fundamental. “Os alunos do ensino fun s OF (p. 33) o organizados por séries, (P. 33) Os alunos do ensino fundamental estão organizados por séries, o currículo é estruturado por disciplinas e o seu conteúdo é selecionado pelas coordenações pedagógicas, pelos livros didáticos, enfim, por uma “inteligência” que define os saberes e a seqüência em que devem ser ensinados. ” (p. 33) . Com esse perfil organizacional, podemos imaginar o impacto da inclusão na maioria das escolas, em especial quando se entende que incluir não é deixar ninguém de fora de escola comum, ou seja, ensinar a todas as crianças indistintamente. ” (p. 3) “Conhecemos os argumentos pelos quais a escola tradicional esiste à inclusão – eles refletem sua incapacidade de atuar diante da complexidade, da diversidade, da variedade, do que é real nos seres e nos grupos humanos. ” (p. 34) “Nós, professores, temos de retomar o poder da escola, que deve ser exercido pelas mãos dos que fazem, efetivamente, acontecer a educação. Temos de combater a descrença e o pessimismo dos acomodados e mostra que a inclusão é uma grande oportunidade para que os alunos, pais e educadores demonstrem não só suas competências, mas também seus poderes e suas responsabilidades educacionais. (p. 35) “Incluir é necessário, primordialmente, para melhorar as ondições da escola, de modo que nela se possam formar gerações mais preparadas para viver a vida em sua plenitude, com liberdade, sem preconceitos, sem barreiras. ” (p. 36) Capítulo 3: Inclusão escolar: como fazer? ( Esse capitulo da destaque a questão do professor frente ao professor de inclusão de alunos PNEE em salas de ensino regular, mostrando suas dificuldad a necessidade de necessidade de mudanças. “Não adianta, contudo, admitir o acesso de todos às escolas sem garantir o prosseguimento da escolaridade até o nível que cada aluno for capaz. ” (p. 39) “Nas redes de ensino publico e particular que resolveram adotar edidas inclusivas de organização escolas, as mudanças podem ser observadas sob três ângulos: p dos desafios provocados por essa inovação; o as ações no sentido de efetiva-la nas turmas escolares, incluindo o trabalho de formação de professores; e finalmente, o das perspectivas que se abrem à educação escolar, a partir da implementação de projetos inclusivos. (p. 40) nclusao não é: • Quando há uma classe de Inclusão • Quando seu filho está incluído numa escola comum em um período e no outro turno freqüenta uma outra escola, para que possa “acompanhar” a turma. ?? Quando sua criança é a que vai para o recreio sozinha com um assistente. • Quando o pátio da escola é dividido, justamente por causa de seu filho. • Quando o professor Itinerante/assistente vive colado a sua criança o tempo todo na sala de aula da escola comum. (p. 2-43) Recriar o modelo educativo “Superar o sistema tradicional de ensinar é um propósito que temos de efetivar com toda urgência. Essa superação refere- se ao que e o como ensinamos aos nossos alunos, para que eles cresçam e se desenvolvam, sejam éticos, justos e consigam reverter uma situação que não conseguimos resolver nteiramente: mudar o mundo e torná-lo mais humano. Recriar esse modelo diz respeito emos como qualidade de 1 humanas autônomas, criticas, onde crianças e jovens aprendem a ser pessoas.

Nesses ambientes educativos, os alunos são orientados a valorizar a diferença pela convivência com seus pares, pelo exemplo dos professores, pelo ensino ministrado nas salas de aula, pelo clima socioafetivo das relações estabelecidas em toda a comunidade escolar sem tensões competitivas, mas com espírito solidário, participativo. ” (p. 45) Reorganizar as escolas: aspectos pedagógicos e administrativos A reorganização das escolas depende de um encadeamento de ações que estão centradas no projeto político-pedagógico. (p. 46) “Os dados do projeto político-pedagógico esclarecem diretor, professores, coordenadores, funcionários, e pais sobre a clientela e os recursos, humanos e materiais, de que a escola dispõe. ” (p. 46) “A inclusão não prevê o uso de práticas de ensino escolar especificas para esta ou aquela deficiência elou dificuldades de aprender. Ao alunos aprendem nos seus limites, e se o ensino for, de fato, de boa qualidade, o professor levará em conta esses imites e explorará convenientemente as possibilidades de cada um. (p. 47) “A reorganização administrativa e os papeis desempenhados pelos membros da organização escolar são outros alvos que precisam ser alcançados. ” (p. 48) Ensinar a turma toda: sem exceções e exclusões “O ponto de partida para ensinar a turma toda, sem diferenciar o ensino para cada aluno ou grupo de alunos, é entender que a diferenciação é feita pelo pró rio aluno ao aprender, e não pelo professor ao ensinar.

Essa ndamental para que se 80F naturalmente, sem sobrecarregar o professor (na produção de tividades e acompanhamento de diferentes grupos de alunos), bem como alguns alunos( na tentativa de se “igualar” aos colegas de turma). ” (p. 49) “Quando se ensina a turma toda, é indispensável suprimir o caráter classificatório de notas e provas e substituí-lo por uma visão diagnostica da avaliação escolar. ” (p. 50) “Não podemos imaginar uma educação para todos quando caímos na tentação de constituir grupos de alunos por séries, níveis de desempenho escolar e determinamos objetivos para cada nível. (p. 51) E a atuação do professor? “O professor que ensina a turma toda partilha com seus alunos a onstrução/autoria dos conhecimentos produzidos em uma aula. Ele baniu o ensino expositivo de sua sala de aula, onde todos interagem e constroem ativamente conceitos, valores, atitudes. Esse professor explora os espaços educacionais com seus alunos, buscando perceber o que cada um deles consegue aprender do que está sendo estudado e como procedem ao avançar nessa exploração. ” (p. 2) “Sem estabelecer uma referencia, sem buscar o consenso, mas investimento nas diferenças e riqueza de um ambiente que confronta significados, desejos e experiências, o professor deve garantir a liberdade a diversidade de opiniões dos alunos. (p. 53) Como preparar-se para ser um professor inclusivo “Por terem internalizado o papel de praticantes, os professores esperam que os formadores lhe ensinem a trabalhar na prática, com turmas de alunos hetero êneas a partir de aulas, manuais, regras, transmitidos e con rmadores do mesmo aula. ” (p. 4) “A cooperação, as autonomias intelectual e social e a aprendizagem ativa são condições que propiciam o desenvolvimento global de todos os professores no processo de aprimoramento profissional. ” (p. 55) “O fato de professores fundamentarem suas práticas e seus argumentos pedagógicos no senso comum dificulta a explicitação os problemas de aprendizagem. Essa dificuldade pode mudar o rumo da trajetória escolar de alunos que muitas vezes são encaminhados indevidamente para as modalidades do ensino especial e outra opções segregativas de atendimento educacional. (p. 56) “O sucesso dessa proposta de formação nas escolas aponta como indicadores o reconhecimento e a valorização das diferenças como elemento enriquecedor do processo de ensino- aprendizagem; professores conscientes do modo como atuam para promover a aprendizagem de todos os alunos; cooperação entre os implicados no processo educativo dentro e fora da scola; valorização do processo sobre o produto e estratégicas pedagógicas que possibilitam a construção coletiva do conhecimento. (p. 59) Considerações Finais “Penso que o futuro da escola inclusiva depende de uma expansão rápida dos projetos verdadeiramente imbuídos do compromisso de transformar a escola para adequá-la aos novos tempos. Se ainda hoje esses projetos se resumem a experiências locais, estas demonstram a viabilidade da inclusão em escolas e redes de ensino brasileiras, porque têm a força do óbvio e a clareza da simplicidade. ” (p. 60) Apreciação 0 DF 11

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