Fisica em biologia
Animais Peçonhentos: serpentes Henrique Moisés Canter Marcos Ferreira Santos Maria da Graça Salomão Giuseppe puorto José Abílio PerezJunior Serpentes são animais vertebrados que pertencem ao grupo dos répteis. Seu corpo é coberto de escamas, o que lhes confere um aspecto às vezes brilhante, às vezes opaco, ou ainda uma aspereza quando tocadas. As serpentes como outros répteis não conseguem cont são chamados de ani PACE 1 anmais de sangue fri Iss to view frias, pois sua tempe que elas se encontra eu corpo, por isso ais popularmente, to elas pareçam do ambiente em
As serpentes podem ser classificadas em dois grupos básicos: as peçonhentas, isto é, aquelas que conseguem inocular seu veneno no corpo de uma presa ou vítima, e as não peçonhentas. No Brasil ambos os tipos podem ser encontrados nos mais diferentes habitat, inclusive em ambientes urbanos. Serpentes Peçonhentas e não-peçonhentas Existem alguns critérios básicos para distinguir serpentes peçonhentas de não peçonhentas a uma distância segura. O primeiro deles é a presença de um oriffcio entre o olho e a narina da serpente, denominado fosseta loreal.
Toda a serpente brasileira que possui esse orif(cio é peçonhenta. Ele é utilizado para perceber a presença de calor, o que permite Porém as corais possuem um padrão característico de anéis pretos, vermelhos e brancos ou amarelos, que não permitem nenhuma confusão. Na Amazônia existem corais preta e branca ou marrom. Desse modo, deve-se considerar toda serpente com essa coloração como perigosa, apesar da existência de serpentes que imitam as corais verdadeiras, e que por isso são denominadas corais falsas.
As corais verdadeiras não dão bote e normalmente se abrigam debaixo de troncos de árvores, folhas ou outros locais úmidos em todas as regiões do país. Outra caracteristica importante na distinção das serpentes peçonhentas é o tipo de cauda. Algumas serpentes com fosseta loreal apresentam um chocalho na ponta da cauda, que emite um som característico de alerta quando a serpente é perturbada. Essas são as cascavéis cujo nome científico é Crotalus. As cascavéis são facilmente encontradas em áreas abertas e secas, mesmo áreas agriculturáveis de grande parte do Brasil, excluindo-se áreas de vegetação mais densa.
As serpentes com fosseta loreal cuja cauda é lisa até a extremidade pertencem à famllia das jararacas e seu nome científico é Bothrops. As jararacas são encontradas, em sua grande maioria, em áreas mais limitadas, como as áreas de mata, apesar de alguns tipos habitarem também zonas de caatinga e cerrado. Algumas serpentes com fosseta loreal apresentam a extremidade da cauda com as escamas eriçadas como uma escova. Essas são as chamadas surucucus ou pico-de-jaca, cujo nome científico é Lachesis. O nome pico-de-jaca foi dado em virtude do aspecto da pele desse animal se parecer muito com a fruta em questão.
Elas são encontrada PAGF virtude do aspecto da pele desse animal se parecer muito com a fruta em questão. Elas são encontradas apenas em áreas de floresta tropical densa, tais como na Amazônia ou alguns pontos da Mata Atlântica, a partir do estado do Rio de Janeiro em direção ao norte do Brasil. Fig 1: Corais Verdadeiras: 1) Micrurus coralinus; 2) M. frontalis; 3) M. albicinctus Dentição Outro aspecto que distingue as serpentes peçonhentas das não peçonhentas é o tipo de dentição. No grupo das não peçonhentas, dois tipos básicos são observados.
Um onde o animal possui muitos dentes fixos, pequenos e maciços que recebe o nome de dentição áglifa; e outra onde além desses entes fixos, pequenos e maciços, observa-se ao fundo da boca um par de dentes mais longos, com sulcos, por onde a saliva da serpente pode escorrer e penetrar na presa quando ela a morde, a chamada dentição opistóglifa. São exemplos de serpentes não peçonhentas a jibóia, a sucuri, a dormideira, a caninana, a cobra- cipó, a boipeva entre outras. Fig. 2: Cascavel (Crotalus durissus) Dentre as serpentes peçonhentas também existem dois tipos distintos.
Um, onde um par de dentes que injeta o veneno é dianteiro, fixo, pequeno e semi-canaliculado e pouco se destaca dos demais dentes maciços e menores. Este tipo é denominado dentição proteróglifa, típico das corais verdadeiras. No segundo tipo os dentes fixos são menores e em pequeno número, destacando-se os que injetam o veneno, que são longos, dianteiros, completament s, (semelhantes a uma PAGF 3 OF agulha de injeção), curvados para trás quando a serpente está com a boca fechada e capazes de moverem-se para frente no momento em que ela desfere o bote.
Esta última é denominada dentição solenóglifa. possuem esse tipo de dentição as jararacas, cascavéis e surucucus. O critério da identificação pela dentição não deve ser utilizado m virtude da necessidade de manipulação da serpente, o que implica em sérios riscos de acidentes para o leigo. As características relativas à presença de fosseta loreal, tipo de cauda e distribuição geográfica em conjunto podem definir com elevado grau de precisão o tipo de serpente a uma distância segura. Fig. : Jararaca (Bothrops jararaca) Biologia Reprodução As serpentes apresentam dois tipos básicos de reprodução. Algumas depositam os ovos em lugares abrigados do sol e os abandonam em seguida. São as chamadas ovíparas. Após um determinado tempo os ovos eclodem e os filhotes se dispersam mediatamente em busca de comida, água e abrigo. Algumas serpentes, porém, geram seus filhotes no interior do corpo da fêmea e após o nascimento os filhotes também se dispersam, abandonando a mãe e os irmãos. São as serpentes vivíparas. Não existe cuidado parental, ou qualquer tipo de relacionamento social entre serpentes.
Somente na época reprodutiva machos e fêmeas se encontram para a cópula. Assim, quando se acha uma serpente na natureza, a probabilidade de se encontrar uma outra próxima do mesmo local é muito baixa, muitas vezes uma coincidência. relação à alimentação, as serpentes são carnívoras, alimentando e de Invertebrados como as minhocas ou artrópodes, mas na maioria dos casos elas ingerem vertebrados, tais como peixes, anfíblos (sapos, rãs, pererecas), outros répteis (pequenos lagartos e outras serpentes), aves, mamíferos e roedores, principalmente ratos.
Entre as não peçonhentas, algumas matam suas presas por constricçao, ou seja, enrolando-se ao redor do corpo e asfixiando- as, como o fazem as jibóias e sucuris. Outras usam, além da constricçào, uma saliva tóxica que injetam com o dente posterior alongado e as peçonhentas, através da picada, usam seu veneno para paralisar e matar a presa. Após a morte, a serpente ingere suas presas inteiras, não ocorre mastigação e a digestão se dá totalmente no estômago. Fig. : Surucucu (Lachesis muta) Importância ecológica Pelo fato de as serpentes predarem uma grande variedade de animais, principalmente alguns considerados pragas para os seres humanos, como os ratos, esses répteis são muito importantes como controladoras de outras populações de animais na natureza. Elas ainda atuam no controle de populações de algumas serpentes, como é o caso da muçurana, que se alimenta de jararacas. Portanto, as serpentes não devem ser ortas deliberadamente, elas devem ser deixadas livres para cumprir seu papel.
Ao encontrar uma serpente, só tente capturá- la se ela estiver causando algum incômodo, usando o laço e caixa apropnados e trazendo-a ao Instituto Butantan para identificação. Aqui qualquer tipo de serpente encontrada na comunidade é muito importante e útil: as peçonhentas ajudam a salvar a PAGF s OF serpente encontrada na comunidade é muito importante e útil: as peçonhentas ajudam a salvar a vida de pessoas que são acidentadas, pois com seu veneno é produzido o soro antiofídico especifico. Acidentes: Prevenção e tratamento ? muito importante evitar situações de risco de acidentes ofidicos.
Não ande descalço, ao caminhar na mata ou plantações, use botas que o protejam até os joelhos. Não coloque a mão em buracos e, acima de tudo, não manipule serpentes, por mais inofensivas que elas possam parecer. Mantenha os quintais e áreas ao redor de residências limpos. Não acumule detritos ou material que sirva de alimento para ratos, pois estes podem atrair serpentes, que alimentam-se dos mesmos. Em caso de acidente, não faça qualquer tipo de atendimento caseiro, não corte nem perfure o local da mordida e não faça torniquete. Procure imediatamente um posto médico, porque somente o soro antiofídico cura.
Ele é distribuído gratuitamente a hospitais, casas de saúde e postos de atendmento médico por todo o país pelo Ministério da Saúde. Em São Paulo, o Hospital Vital Brazil que pertence ao Instituto Butantan realiza esse tipo de atendimento 24 horas por dia, como também os vários pontos estratégicos espalhados pelo Estado. Uma lista atualizada destes pontos pode ser encontrada em: http://www. cve. saude. sp. gov. br/htm/zoo/Zoo_uni1. ht * Material Produzido originalmente pela DIVISÃO DE DESENVOLVIMENTO CULTURAL do Instituto Butantan – ww. butantan. gov. r, Contato: cultural@butantan. gov. br Ficha Técnica: Prof. Henrique Moisés Canter (Diretor de Divisão de Desenvolvimento Cultural) Prof. Marcos Ferreira S Prof. Henrique Moisés Canter (Diretor de Divisão de Desenvolvimento Cultural) Prof. Marcos Ferreira Santos (texto); Profa. Maria da Graça Salomão e Prof. Giuseppe Puorto (Laboratório de Herpetologla). Diagramação: José Abílio Perez Junior. Quadro de identificação: Prof. Giuseppe Puorto. Reprodução autorizada desde que citado a autoria e a fonte Dados para citação bibliográfica(ABNT): CANTER.
H. M. SANTOS, M. F. ; SALOMAO, M. G. ; PUORTO, G. , PEREZ J UNIOR, J. A. Animais Peçonhentos: serpentes. 2008. Artigo em Hypertexto. Dlsponivel em: <http://wvuw. infobibos Acesso em: 10/4/2012 Publicado no Infobibos em 04/09/2008 Imprimir Envie para um amigo Veja Também… Animais Peçonhentos Os acidentes com serpentes peçonhentas geralmente ocorrem quando seu ambiente é invadido. Envie a um amigo Receba o Jornal Diário Compartilhe Cobras – Ofidismo Os offdios, também conhe PAGF 7 bras ou serpentes, são a população da espécie. As cobras são animais de sangue-frio ou ectotérmicos, isto, a emperatura de seu corpo varia com a temperatura do ambiente. por esse motivo, os répteis ficam expostos ao sol para se aquecer e diminuem a atividade durante o inverno. As cobras alimentam-se de outros animais (a maioria roedores). Elas possuem dois sexos – machos e fêmeas, sendo difícil diferenciar um do outro pela aparência exterior. As estatísticas mostram que aproximadamente 78% dos acidentes ocorrem na região das pernas ou pés, 18% nas mãos e os 4% restantes em todo o resto do corpo.
Ou seja, a utilização de botas elou perneiras e estar atento ao local onde coloca as mãos odem evitar 96% dos acidentes. Características: possuem corpo alongado, coberto por escamas; Mudam de pele àmedida que crescem; Não possuem membros locomotores (pernas ou pastas), por outro isso se arrastam pelo chão; Não possuem ouvido, portanto não escutam, mas, por outro lado, elas sentem as vibrações do solo através do próprio corpo, percebendo facilmente a aproximação de outros animais; Sua lingua bífida, ou seja, tem a ponta dividida em duas partes.
Ela serve para explorar o ambiente, captando substâncias que se encontram no ar e encaminhando-as a um órgão localizado entro da boca (órgão de jacobson), que desempenha função equivalente ao olfato; Seus olhos nao possuem pálpebras, permanecendo sempre abertos; Possuem órgãos intern mais vertebrados: ováários, etc. São órgãos alongados, acompanhando o formato do corpo. Porém, não possuem bexiga e eliminam a urina junto com as fezes.
Características dos acidentes ofídicos: As reações das pessoas ao envenenamento geralmente estão associados ao tipo de serpente, à quantidade de veneno injetado, ao local da mordida e à massa corpórea do indivíduo, determinando a intensidade dos acidentes: leves, moderados ou graves. Como cada grupo de serpente possui um veneno próprio, o médico pode saber que tipo picou e qual soro aplicar, conforme os sintomas apresentados pelo paciente. É lógico que se a serpente for capturada, facilita a identificação e adianta muito o tratamento.
Envenenamento Botrópico – jararaca, urutu, caiçaca, jararacuçu, As serpentes deste grupo pertencem todas ao gênero Bothrops, com exceção de Porthidium hyoprora, e causam a maioria dos acidentes no Brasil (cerca de 90%). O veneno das jararacas afeta principalmente os tecidos musculares e a coagulação do sangue. Os sintomas do envenenamento botrópico são: Até 3 horas após o acidente: dor persistente; edema (inchaço); calor e rubor (pele vermelha) na região da picada; hemorraglas, tanto no local da picada como em mucosas. Complicações que podem surgir: bolhas, gangrena, abcesso, choque e insuficiência renal aguda.
Envenenamento Crotálico secundariamente identificada. O veneno afeta principalmente o sistema nervoso e secundariamente os músculos e rins. Causa cerca de 8% dos acidentes no Brasil. Os acidentes com cascavéis são geralmente de moderados a grave, podendo levar à morte, caso não sejam tratados adequadamente. Os sintomas do envenenamento crotálico são: Até 3 horas após o acidente: dificuldade de abrir os olhos; visão dupla; cara de bêbado; visão turva; dor muscular; urina avermelhada De 6a 12 horas apos o acidente: urina marrom escura Complicações: insuficiência renal aguda.
Envenenamento Caquético – surucucu, bico-de-jaca, surucucutinga No Brasil só há uma espécie com duas subespécies: Lachesis muta muta e Lachesis muta rhombeata. A primeira é da região amazônica e a segunda da floresta atlântica, ocorrendo do norte do Rio de Janeiro em direção ao Nordeste. É a maior serpente venenosa brasileira, chegando a 3. 6 metros de comprmento. Causa cerca de 1. 5% dos acidentes brasileiros e seu veneno ainda é pouco estudado.
Os sintomas são semelhantes ao acidente botrópico, acrescido de diarréia, diminuição da freqüência cardiaca, queda da pressão arterial e choque. Não há muitos casos de morte registrados em acidentes que foram tratados com soros. Envenenamento Elapídico – corais No Brasil há um gênero (Micrurus) com 17 espécies, distribuídas por todo o território nacional. O veneno das corais é bastante ativo e age no sistema nervoso. Causam cerca de 0. 5% dos acidentes ofídicos. Se não houver tratamento correto, poderá levar à morte.