Hiperativo
HIPERATIVIDADE ANA CRISTINA MUSSEL KAIPPERT ANA MARIA ALMEIDA DEPOLI FÁTIMA MARIA ESTEVES petrópolis, 2003. Monografia realizada, como pré-requisito para conclusão do curso de Pedagogia c Pedagógicas do 20 gr Universidade Católic Professor José Luiz d 2 Swip view nent page scolar e matérias ação, da entação do (Texto publicado com autorização das autoras. ) AGRADECIMENTOS Na realização desse trabalho, devemos nosso voto de gratidão: À amiga e colega professora Heloísa da Cunha Klôh, pela tão útil e gentil contribuição de material de pesquisa de nosso trabalho.
Ao amigo e professor José Luiz Paiva Bello, pelo incentivo e auxílio durante a construção do nosso trabalho. Unable to process your request now. Please try again later! 2 42 controle, desmoronando uma estrutura até então sólida, base fundamental para sustentar e manter unida uma família. Diagnósticos apressados e equivocados têm rotulado crianças mal-educadas de hiperativas, pois alguns dos principais sintomas podem estar presentes nos dois casos, daí a necessidade de se procurar um médico de confiança e que conheça claramente o assunto.
Embora o TDAH seja mais comum nos meninos do ue nas meninas em função do hormônio testosterona que eles apresentam, pesquisas apontam que nas meninas o fator complicativo é bem mais intenso. O essencial em ambos os casos é o reconhecimento da doença e a busca de soluções. Atualmente muitas pesquisas estão sendo elaboradas visando uma melhoria de vida para os portadores de TDAH e a tendência é cada vez mais se avançar nesta área, ultrapassando barreiras, tornando a vida dessas pessoas e familiares mais agradáveis e ter a certeza de que todos têm direito à felicidade e ao amor. SUMÁRIO 1 INTRODUÇAO 2 Definição/História . Características da hiperatividade 2. 1. 1 TDAH – Tipo desatento 2. 1. 2 TDAH – Tipo hiperativo/impulsivo 2. 1-3 TDAH – Tipo combinado 2. 1. 4 TDAH – Tipo não específico 2. 2 Diagnóstico 2. 3 Hiperatividade: meninos X meninas 2. 4 Tratamento 2. 5 Repercussões da hiperatividade no relacionamento familiar 2. 5. 1 Conflitos domésticos por conta do filho hiperativo 2. 5. 2 A hiperatividade e a família 3 0 papel da escola 3. 1 Dicas para o professor 42 erativos Os trabalho sobre síndrome de Down surgiram há muitos anos, por volta do século XIX, e a cada dia novos estudos urgem com propostas inovadores sobre o assunto.
No entanto, através de pesquisas realizadas sobre a evolução dos estudos sobre a sindrome, encontramos um fato muito interessante que é a imagem que a sociedade por muitos anos postulou aos sindrómicos: A presente pesquisa procura melhor esclarecer e orientar a todos que de uma certa maneira se encontram envolvidos com a problemática do Transtorno do Desenvolvimento de Atenção com Hiperatividade: pais, educadores, familiares, entre outros.
Procura-se definir o conceito de hiperatividade, assim como, refere-se a um breve histórico da doença; suas características, lassificação, diagnóstico, a diferença da hiperatividade entre meninos e meninas. Busca-se também esclarecer dúvidas a respeito do tratamento do TDAH, o uso de medicamentos, além de relatar as repercussões da hiperatividade no relacionamento familiar, na vida escolar e social e os conflitos que surgem da convivência com um portador de TDAH.
Este trabalho apresenta dicas para auxiliar a ação do professor que lida com o hiperativo, ressaltando a importância do papel da escola na vida do portador de TDAH, estimulando a sua auto- estima e ajudando-o a encontrar o equilíbrio ao longo do seu ratamento multidisciplinar, ou seja, um tratamento realizado por uma equipe em comunhão: pais, escola, médicos e terapeutas, tendo em vista que o problema tratado foi que a criança hiperativa, em sala de aula, exige uma maior atençao por parte do professor. ara esse problema sustentamos como hipótese que com uma ação didática-pedagógica voltada para as necessidades especi 4 42 sustentamos como hipótese que com uma ação didática- pedagógica voltada para as necessidades especiais do hiperativo é possível contornar muitos problemas de aprendizagem que ele venha apresentar.
Adotamos como objetivos para este trabalho facilitar o convlVio aluno-professor diante de um quadro de hiperatividade, permitir ao educador a identificação das características do comportamento do hiperativo, encontrar a forma correta para auxiliar a criança hiperativa, permitir ao professor distinguir um comportamento hiperativo de um outro distúrbio de atenção, conscientizar os pais a lidarem com o problema do filho hiperativo de um modo mais adequado tornando-os parceiros do professor e analisar a razão de um mau rendimento escolar do hiperativo, tendo em vista que o nível intelectual deles, na maioria as vezes, apresenta-se normal. A razão de ser desta pesquisa foi que, tendo em vista o crescente número de crianças hiperativas na sala de aula e a problemática sofrida pelo professor, acredita-se na possibilidade de minimizar tais dificuldades decorrentes da relação professor- aluno e deste com os demais colegas. O hiperativo dispersa a atenção da turma devido ao seu comportamento irrequieto, exigindo assim do professor uma atenção especial, muitas vezes dificultada pelo excesso de alunos sob sua responsabilidade.
Partindo-se de uma ação didática-pedagógica mais envolvente a qual seja valorizada a afetividade, percebe-se ser possível contornar os problemas de aprendizagem e de comportamento social do hiperativo. Também o despreparo do educador inibe uma aprendizagem mais eficaz por parte do hiperativo, já que o mesmo necessita de estímulos especiais capazes de prender sua atenção. s 2 hiperativo, já que o mesmo necessita de estimulos especiais capazes de prender sua atenção. Através de estudos especiTicos obtidos nesta pesquisa busca-se propiciar aos pais suportes necessários para conduzir da melhor forma a convivência familiar e o entrosamento do iperativo na sociedade. A nossa abordagem fundamenta-se no Dr. nio Roberto de Andrade, psiquiatra, coordenador do Ambulatório de Transtornos de Deficiência de Atenção do Hospital das Clínicas de São Paulo, que segundo ele, a hiperatividade só fica evidente no período escolar, quando é preciso aumentar o nível de concentração para aprender. Diz ele: “O diagnóstico clinico deve ser feito com base no histórico da criança. Obsen,’açào de pais e professores é fundamental”. (ANDRADE, 2000, p. 30). Içami Tiba alerta para não diagnosticar como hiperativa essoas mal-educadas que se sentem mais à vontade sob o pretexto de serem consideradas “doentes” a fim de facilitar a aceitação de seu comportamento impróprio. Diz ele: “Concentrar-se dá trabalho. Exige esforço mental”. ( IBA, 2002, p. 152). Tanto o hiperativo como o mal-educado são irritáveis por falta de capacidade de esperar”. (IDEM, p. 153). Gilda Rizzo que admite que crianças hiperativas dão muito trabalho à professora, mas nao aconselha combater a agitação, mas proporcionar atividades variadas que ocupem a criança o maior período de tempo possível dando a ela liberdade de scolha e de movimentos. (RIZZO, 1985, p. 307). Abram Topazewski em seu livro: “Hiperatividade. – Como lidar? ” reúne questões pertinentes às dúvidas mais frequentes e as respectivas respostas, orientando médicos, psicólogos, professores e pais. Em uma de suas abordagens fa 6 42 orientando médicos, psicólogos, professores e pais.
Em uma de suas abordagens fala sobre as repercussões gerais que se verificam no paciente hiperativo não tratado e alerta que o mesmo apresenta maiores dificuldades no rendimento escolar, no relacionamento familiar e social, fatos estes que podem ser os esencadeadores de distúrbios comportamentais importantes. Abram Topazewski diz ainda que dependendo da sua classe social, o hiperativo pode ter uma tendência maior para ingressar no mundo da deliqüencia e das drogas (1999, p. 85). San Goldstein psicólogo, diretor do Centro de Neurologia, Aprendizagem e Comportamento em Salt City, Uthah, U. S. A. e autor de vários livros sobre TDAHI, alerta sobre 4 subtipos de TDAH: – o desatento, o hiperativo/impulsivo, o combinado e o não específico e descreve o comportamento observado em cada um deles.
Para ele o tratamento de crianças com TDAH exige um esforço oordenado entre profissionais da área médica, saúde mental e pedagógica em conjunto com os pais. E em San Goldstein que sugere uma variedade de intervenções específicas que o professor pode fazer para ajudar a criança com TDAH a se ajustar melhor na sala de aula. Segundo ele com acrescente conscientização e compreensão da comunidade em relação ao impacto significativo que os sintomas do TDAH têm sobre as pessoas e suas famílias, o futuro parece mais promissor. Aborda-se também nesta pesquisa, brevemente, os conflitos que se estabelecem na vida afetiva de um portador de TDAH, nde existe emoção em excesso e escassez de razão.
Traz-se ainda, valorizando o conteúdo desta, o relato de uma entrevista realizada com uma autoridade no assunto: Dr. Dinizar de Araújo Filho uma entrevista realizada com uma autoridade no assunto: Dr. Dinizar de Araújo Filho, neurologista, diretor da Clínica Neurocenter, de Petrópolis e membro ativo de vários hospitais da cidade, pesquisador do Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, que através de sua experiência clinica, que expõe claramente em entrevista exclusiva, o perfil de um portador e TDAH dando orientações a respeito da patologia e seu tratamento destacando a importância de um acompanhamento adequado para o portador de TDAH e esclarecendo diversas dúvidas sobre o tema.
Para buscar respostas para o problema levantado, a metodologia utilizada neste trabalho foi a de Análise de Conteúdo onde vários livros foram consultados, bem como Sites da internet, artigos de revistas especializadas e entrevista com o neurologista acima citado, em seu consultório, tendo sido registrada através de gravação de voz (gravador de som) e imagem (filmagem em vídeo). Finaliza-se o trabalho expondo de uma maneira simples e objetiva as conclusões detidas durante o processo da pesquisa e o aprimoramento sobre o assunto, após tanta dedicação e estudo na realização deste projeto. 1 TDAH – Transtornos de Deficiência/Desenvolvimento/Déficit de Atenção do Hiperativo. Sumário 2 Definição História Ansiedade, inquietação, euforia e distração frequentes podem significar mais do que uma fase na vida de uma criança: os exageros de conduta, diferenciam uem vive um momento atípico daqueles que sofre rno do Déficit de Atenção 8 42 responsáveis pela atenção e memória.
De origem genética, o TDAH tem como fatores predominantes, e não necessariamente simultâneos, a desatenção, a impulsividade e a hiperatividade, além de influências externas relevantes, como traumas Inclusive cerebrais, infecções, desnutrição ou dependência química dos pais. No caso das crianças, o TDAH pode aparecer desde a gravidez, quando o bebê se mexe além do normal, ou durante o crescimento, no máximo até os sete anos de Idade. Se a pessoa não for tratada desde cedo à base de estimulantes, antidepressivos e terapias, na fase adulta poderá ter sintomas de istração, falta de concentração e deficiência na coordenação de idéias anda mais acentuadas.
O psiquiatra da infância e da adolescência do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas enio Roberto de Andrade (2000), explica que 30% a 70% dos indivíduos que sofrem dessa doença tomam medicamentos por toda a vida. “Como as causas e os efeitos são de dificil diagnóstico, o tratamento não é voltado para a cura da doença, mas para a remissão”, diz. Quando se pensa em TDAH, a responsabilidade sobre a causa recai sobre toxinas, problemas no desenvolvimento, alimentação, ferimentos u malformação, problemas hereditários e familiares. Já foi sugerido que essas possíveis causas afetam o funcionamento do cérebro e, como tal, o TDAH pode ser considerado um distúrbio funcional do cérebro.
Pesquisas mostram diferenças significativas na estrutura e no funcionamento do cérebro de pessoas com TDAH, particularmente nas áreas do hemisfério direito do cérebro, no córtex pré-frontal, gânglios da base, corpo caloso e cerebelo. Esses estudos estruturais e metabólicos somados a estudos genéticos e sobre a família, bem c Esses estudos estruturais e metabólicos somados a estudos enéticos e sobre a família, bem como as pesquisas sobre reação a drogas, demonstram claramente que o TDAH é um transtorno neurobiológico. Apesar da intensidade dos problemas enfrentados pelos portadores do TDAH variar de acordo com suas experiências de vida, está claro que a genética é o fator básico na determinação do aparecimento dos sintomas do TDAH. As características do TDAH aparecem bem cedo para a maioria das pessoas, logo na primeira infância.
O distúrbio é caracterizado por comportamentos crônicos, com duração de no mínimo eis meses, que se instalam definitivamente antes dos 7 anos. Atualmente, quatro subtipos de TDAH foram classificados: 2. 1 . 1 TDAH – Tipo desatento A pessoa apresenta pelo menos, seis das seguintes características: – Não enxerga detalhes ou faz erros por falta de cuidado. – Dificuldade em manter a atenção. – Parece não ouvir. – Dificuldade em seguir instruções. – Dificuldade na organização. – Evita / não gosta de tarefas que exigem um esforço mental prolongado. Freqüentemente perde os objetos necessários para uma atividade. – Distrai-se com facilida 0 DF 42