Inventarios
Percebe-se que desde as épocas mais antigas os homens buscam se organizar para controlar seus pertences. Nesse entido, praticavam actos de comércio através da troca de bens e mercadorias, onde até hoje existe a preocupação em controlar o património das pessoas e das empresas. A origem da contabilidade está relacionada à necessidade de registos do comércio, pois à medida que o homem começava a possuir maior quantidade de seus bens e valores, precisava saber quanto isso poderia render e quais as formas para aumentar a sua situação patrimonial.
Como tais informações eram cada vez mais numerosas e de difícil memorização, surgiu a necessidade dos registos, gerando os primeiros esboços para os estudos oltados para a contabilidade. O inventário é um dos muitos registos que faz parte da contabilidade de hoje A origem da palavra inventário, vem da palavra inventarium, que era um termo Romano (latim) para designar um grande documento/lista onde se encontravam registados os produtos dos armazéns. Neste sentido se realiza este trabalho, com a intenção de explicar de como se expressa os inventários na contabilidade 2.
Conceito de inventários Inventário basicamente é uma lista de bens e materiais disponíveis em estoque que estão armazenados na empresa ou então armazenados externamente mas pertencentes a empresa. Os materiais disponíveis listados em um inventário podem ser utilizados na fabricação de bens mais complexos então eles mesmos podem ser comercializados, dependendo do negócio da empresa. A principal característica de um bom inventário é o detalhe. Quanto mais minucioso e mais preciso for um inventário, melhor ele cumpre o seu papel. ? sempre interessante que o inventário contenha além do nome dos itens e da sua quantidade, também uma boa descrição destes itens. Inventários (existências) são activos: * Detidos para venda no decurso da actividade empresarial * No processo de produção para essa venda Na forma de materiais consumíveis a serem aplica sso de pr * Na forma de materiais consumíveis a serem aplicados no processo de pr produção para essa venda * Na forma de materiais consumíveis a serem aplicados no processo de produção ou na prestação de serviços. . Mensuração de inventários No que respeita a mensuração, os inventários devem ser mensurados pelo custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o mais baixo. O que significa, na prática, que os inventários não podem ser ajustados para valores superiores ao do custo, apenas podem ser ajustados para valores inferiores. . 1 . Custo dos inventários Custo dos inventários deve incluir: – Custos de compra, – Custos de conversão, – Outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição actuais. . 2. 1 . Custos de compra Soma do respectivo preço de compra com: * Os direitos de importação e outros impostos suportados pela entidade, e * Os custos de transporte, manuseamento e outros custos directamente atribuíveis à aquisição de bens acabados, materiais e serviços. Nota: os descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes deduzem-se ao preço de compra na eterminação dos custos de compra. 4. 2. 2.
Custos de conversão Os custos de conversão de inventários incluem os cu ente relacionados com as unidades de produção, tais como mão-de-obra directa. No que respeita a mensuração, os inventarios devem ser mensurados pelo custo ou pelo valor realizãvel liquido, dos Os custos de conversão de inventários incluem os custos directamente relacionados com as unidades de produção, tais Também incluem uma Imputação sistemática de gastos industriais fixos e variáveis que sejam incorridos ao converter matérias em produtos acabados.
Os gastos industriais fixos de produção são os custos indirectos de produção que permaneçam relativamente constantes independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e manutenção de edifícios e de independentemente do volume de produção, tais como a depreciação e manutenção de edifícios e de equipamento de fábricas e os custos de gestão e administração da fábrica. Os gastos industriais de produção variáveis são os custos indirectos de produção que variam directamente, ou quase directamente, com o volume de produção tais como ateriais indirectos e não de obra indirecta.
A imputação de gastos industriais de produção fixos aos custos de conversão é baseada na capacidade normal das instalações de produção. A capacidade normal é a produção que se espera que seja atingida em média durante um número de períodos ou de temporadas em circunstâncias normais, tomando em conta a perda de capacidade resultante da manutenção planeada. O nível real de produção pode ser usado se aproximar da capacidade normal.
A quantia de gastos industriais fixos imputada a cada unidade de produção não é aumentada como consequência da baixa rodução ou de instalações inactivas. Os gastos gerais não imputados são reconhecidos como um gasto no período em que sejam incorridos. Em períodos de produção anormalmente alta, a quantia de gastos fixos imputados a cada unidade de produção é diminuída a fim de que os inventários não sejam medidos acima do custo. Os gastos de produção variáveis são imputados a cada unidade de produção na base do uso real das instalações de produção.
Um processo de produção pode fazer com que resulte mais do que um produto a ser simultaneamente produzido. Este ? o caso, por exemplo, quando sejam produzidos produtos conjuntamente ou quando haja um produto principal e um sub-produto. Quando os custos de conversão de cada pr principal e um sub-produto. Quando os custos de conversão de cada produto não sejam separadamente identificáveis, eles são imputados entre os produtos numa base racional e consistente.
A imputação pode ser baseada, por exemplo, nas vendas relativas de cada produto seja no estágio do processo de produção quando os produtos se tornam separadamente identificáveis seja no acabamento da produção. A maior parte dos subprodutos, pela sua natureza, são materialmente irrelevantes. Quando seja este o caso, eles são muitas vezes medidos pelo valor realizável líquido e este valor é deduzido do custo do produto principal.
Como consequência, a quantia lançada do produto principal não é materialmente diferente do seu custo. 4. 2. 3. Outros custos Outros custos somente são incluídos nos custos dos inventários na medida em que sejam incorridos ao colocar os inventários nos seus locais actuais e na sua condição. Por exemplo, pode ser apropriado incluir no custo dos inventários astos não industriais ou os custos de concepção de produtos para cliente específicos.
Exemplos de custos excluídos do custo dos inventários e reconhecidos como gastos do período em que sejam incorridos são: a)Quantias anormais de matérias desperdiçadas, de mão-de-obra ou de outros custos de produção; b)Custos de armazenamento, a menos que esses custos sejam necessários no processo de produção anterior a um novo estágio de produção; c)Gastos administrativos que não contribuam para colocar os inventários nos seus locais actuais e na sua condição; e )Custos de vender. 4. 2.
Custos de Inventários de um Prestador de Serviços O custo dos inventários de um vender. O custo dos inventários de um prestador de serviços consiste primordialmente de mão-de-obra e de outros custos do pessoal directamente comprometido no fornecimento do serviço, incluindo pessoal de supervisão, e gastos gerais atribuíveis. Mão de obraoutros custos relacionados com vendas e com pessoal geral administrativo não são incluídos mas são reconhecidos como gastos no período em que sejam incorridos. 4. 3. Valor realizável líquido (VRL):
O custo dos inventários pode não ser recuperável se esses inventários estiverem danificados, se tornarem total ou parcialmente obsoletos ou se os seus preços de venda tiverem diminuído. O custo dos inventários pode também não ser recuperável se os custos estimados de acabamento ou os custos estimados a serem incorridos para fazer a venda tiverem aumentado. A prática de reduzir o custo dos inventários (write down) para o valor realizável líquido é consistente com o ponto de vista de que os activos não devem ser assentados por quantias em excesso das que são esperadas realizar pela sua venda ou uso.
Os inventários são geralmente reduzidos para o seu valor realizável líquido numa base de elemento a elemento. Algumas circunstâncias, porém, pode ser apropriada agrupar unidades semelhantes ou relacionadas. Pode ser este o caso com unidades de inventário relacionadas com a mesma linha de produtos que tenham fins ou uso final semelhantes, que sejam produzidos e comercializadas na mesma área geográfica e não possam ser praticamente avaliadas separadamente de outras unidades nessa linha de produtos. Não é apropriado re praticamente avaliadas separadamente de outras unidades nessa linha de produtos.
Não é apropriado reduzir inventários com base numa classificação de inventários como, por exemplo, produtos acabados, ou todos os inventários num sector particular ou segmento geográfico. Os prestadores de serviços acumulam geralmente custos com respeito a cada serviço para o qual será debitado um preço de venda separado. Por isso, cada serviço é tratado como uma unidade separada. As estimativas do valor realizável líquido são baseadas nas provas mais fiáveis disponíveis no momento em que sejam feitas as estimativas relativamente à quantia dos inventários que se espera realizar.
Estas estimativas tomam em consideração flutuações de preços ou custos directamente relacionados com acontecimentos que ocorram após o fim do período até ao ponto em que tais acontecimentos confirmem as condições existentes no fim do período. As estimativas do valor realizável líquido também tomam em consideração a finalidade pela qual é detido o inventário. Por exemplo, o valor realizável líquido da quantidade de inventário detida para satisfazer as vendas firmes em contratos de serviços é baseado no preço do contrato.
Se os contratos de venda dizem respeito a quantidades enores de que as quantidades de inventário detidas, o valor realizável líquido do excesso baseia-se em preços gerais de venda. As perdas contingentes em contratos de venda firmes em excesso das quantidades de inventários detidas e perdas contingentes em contratos de compra firmes são tratadas de acordo com a Norma Internacional de Contabilidade NIC 1 0, Contingências e Acontecimentos Ocorrendo Ap 41 Internacional de Contabilidade NIC 1 0, Contingências e Acontecimentos Ocorrendo Após a Data do Balanço.
As matérias e outras matérias de consumo detidos para o uso na produção de inventários não são reduzidos para aixo do custo assentado se se espera que os produtos acabados em que elas serão incorporadas sejam vendidos pelo ou acima do custo. Porém, enquanto uma diminuição no preço dos materiais seja uma indicação de que o custo dos produtos acabados excederá o valor realizável líquido, os inventários de materiais são reduzidos (written down) para o valor realizável líquido.
Em tais circunstâncias, o custo de reposição dos materiais pode ser a melhor medida disponível do seu valor realizável líquido. Em cada período subsequente é feita uma nova avaliação do valor realizável líquido. Quando não existem já as circunstâncias que anteriormente fizeram com que os inventários tenham sido reduzidos para baixo do custo, a quantia da redução é revertida afim de que o novo custo assentado seja o mais baixo do custo e do valor realizável líquido revisto.
Isto ocorre, por exemplo, quando um elemento de inventário que esteja assentada pelo valor realizável líquido porque o seu preço de venda tinha diminuído, esteja ainda detida num período subsequente e o seu preço de venda tenha aumentado. Em geral para calcular o valor realizável liquido tem que se ter em conta: Preço de venda estimado no decurso ordinário da actividade empresarial * Menos os custos estimados de acabamento e *