Luiza
AS DUAS FACES DA MÍDIA E SUAS IMPLICAÇÕES NA FORMAÇÃO DA SOCIEDADE A midia é uma ferramenta de grande poder, pois cabe às organizações que a constituem, a difusão de informações, conhecimento e entretenimento. Ou seja, a midia está intrinsecamente relacionada com a educaçao, a cultura e com o desenvolvimento como um todo. Reconhecida pelos serviços prestados à sociedade, a mídia passou a ser reverenciada e assumiu papel de destaque nesse meio. Contudo facilidades na comun OFS tecnológico — tanto e e,. Swipe nentp ditaram o surgiment gestão, dentre outro e devido às
Io desenvolvimento o conceituais, que rsos, formas de Por conta dessa ressignificação e da potencialização da sua capacidade de influenciar pessoas, a midia – inevitavelmente – passou a deter muito mais poder do que seria o ideal, isso porque de posse de tantas informações e com condições para direcionar seus discursos para públicos específicos, acabou por definir caminhos para a manipulação das pessoas em termos de comportamento social, consumo, ideologias, dentre outros campos em que ela tem participação e interfere.
Vários estudos já foram realizados sobre o tema, dando rigem a livros, artigos, filmes, quadrinhos, enfim, uma série de produções que buscam através de suas linguagens especiTic Sv. ‘ipe to View next page especificas, alertar o cidadão para o grande controle que se desenrola ante seus olhos, o evolve e enreda, e esse não é capaz de perceber.
Com seus discursos e produtos cuidadosamente elaborados, a mídia consegue induzir ao consumo tudo o que ela produz e divulga, inclusive ideias, ideologias, conceitos, por meio de subjetividades, mensagens implícitas nas entrelinhas de seus discursos. A propósito dos discursos utilizados pela midia, esses se ão na forma verbal e não verbal, e para tanto são lançados mão de todos os meios possíveis para encantar, convencer, lançar dúvidas, cooptar pessoas para a sua forma de pensar.
Se essas investidas tivessem origem apenas em boas intenções, a midia estaria, mais uma vez, prestando um serviço à sociedade, mas o que acontece na prática é um desserviço, ou, pior, o que se vê é uso de toda a estrutura que as grandes corporações desse segmento possuem para atingir objetivos particulares, numa prática de manipulação que por mais incrível que possa parecer, não sofre maiores regulamentações.
Para se falar a verdade, existe pouquíssima auto- regulamentação nesse sentido, e o que se observa é o crescimento do poder da midia sobre as pessoas, o que é feito de várias formas, indo desde a abordagem sutil, nas entrelinhas, passando pela omissão, até chegar ao posicionamento.
Não há como duvidar da influência e participação da midia em processos importantes no país, envolvendo elei influência e participação da midia em processos Importantes no país, envolvendo eleição e cassação de políticos, indicação e demissão de técnicos de futebol, discussão sobre temas olêmicos em novelas que semiram para mudar leis e ampliar as discussões sobre alguns problemas que ainda eram considerados tabus, dentre tantas outras situações.
No centro dessas questões, é impossível deixar de destacar o papel das organizações Globo, pelo número de emissoras, rádios, jornais e produtoras que tem sob seu controle, e faz uso dessa máquina em todas as áreas na qual julga ser importante interferir. Mas, o que poderia ser uma intervenção positiva, ensejando a reflexão sobre o tema – como, inclusive tem feito em algumas poucas produções – acabou se tornando um exercício e manipulação sem precedentes no país, alvo de críticas, de desgosto pela população e de punições por parte do Ministério Público. ? preciso lembrar que uma das missões das organizações que se propõem a trabalhar com a comunicação e com a informação – que atuam no segmento do jornalismo, mais precisamente – é assegurar que as noticias sejam veiculadas de forma a dar publicidade a tudo o que acontece, garantindo que a população se inteire do que vem sendo feito e sobre o que foi deixado de fazer, afinal, vive-se numa sociedade e sob os preceitos do estado democrático.
Mas, hoje se torna difícil garantir qual emissora, revista, jornal ou site está sendo realmente impa 3 se torna difícil garantir qual emissora, revista, jornal ou Site está sendo realmente imparcial na divulgação de suas notícias. Até porque, divulgar é uma ação que há muito ficou no passado dessas emissoras, pois hoje a informação é primeiramente formatada, analisada, julgada e apresentada ao público já pronta para consumo, com a conotação que a emissora entender ser mais interessante, ou seja, aquela que melhor atender aos seus objetivos pessoais.
Os crimes de grande notoriedade são um exemplo isso, pois quando os indiciados vão a júri já foram previamente julgados pela mídia e, como consequência da qualidade das argumentações dos “especialistas em segurança” chamados para opinar sobre o assunto, passam a ser condenados também pelo público.
Nessas situações as Ws e o público, mobilizado pelos discursos inflamados, geram o que se chama de clamor público, e passam a exigir que a justiça se cumpra, mas na forma como eles entendem ser o certo; e com isso assume o papel da Justiça, sendo que os procedimentos que se seguem desde a prisão até a sentença só servem para referendar o que os comentaristas já aviam decidido e o público acatado.
Claro que deve haver espaço para opinião, isso é lógico e é um direito, mas pé preciso que se permita esse espaço; antes, até, que se dê espaço para que as pessoas pensem, questionem, reflitam, analisem, manifestem suas dúvidas e certezas. É preciso garantir ao cidadão o direito ao livre pensar, o que hoje Já se tornou inv 4DF5 dúvidas e certezas. É preciso garantir ao cidadão o direito ao livre pensar, o que hoje já se tornou inviável, pois a midia já faz isso, entregando os assuntos prontos, bastando apenas “falar sobre”, e omo se sabe, “falar sobre” nada mais é do que constatação.
E nada pior do que uma mente que se limita a constatar, mas não age, não questiona, não reflete sobre os assuntos que estão acontecendo ao seu redor. Dessa forma as pessoas se tornam pouco mais aves treinadas para repetir tudo o que ouvem e assistem – e de preferência, naquele canal que se arroga possuir um padrão de qualidade superior, sendo, portanto, o detentor da verdade.
Tudo o que foi discutido neste texto nao são meras considerações, até porque tem como base algumas situações reais e que são de conhecimento do público – assim como é real urgência em se trabalhar com os mais jovens, a questão do poder excessivo exercido pela midia, incentivando-os a reflexão, a critica, a participação, o debate, o protagonismo, visando a formação de cidadãos conscientes, autônomos e livres.
REFERÊNCIAS SILVA, Ellen F. G. ; SANTOS, Ms. Suley E. B. O Impacto e a influência da mídia sobre a produção da subjetividade. Sem data de publicação, disponibilizado no portal Moodle da UEL. 2012. SOUZA, Maurício. As sombras da vida — Capítulo 1 Quadrinhos publicados em 2002; disponibilizado no portal Moodle da UEL. 2012. S