Monet, renoir e degas
MONET O nome de Claude Monet está indissociavelmente ligado ao movimento Impressionista. Foi um de seus principais mentores, e a este movimento permaneceu fiel até o final de sua vida. Estudar a pintura de Monet é também estudar o Impressionismo, e a importância que este movimento teve para a arte do século XX pode ser vista também na pintura de Monet. (ao lado, Renoir,Retrato de Claude Monet, 1875, óleo sobre tela, Museu d’Orsay, Paris). Monet é um dos maiores pintores na técnica do óleo da história. Sua pintura é, essencialmente, plástica.
Soube extrair da tinta e dos pincéis uma estética poucas vezes alcançada a história da arte. Quando olhamos para seus quadros, vemos Swipe lo nexL page uma superfície extre contorno, e a estrutu avançam e recuam, e O tema de sua pintur os objetos através da PACE 1 orfi to next*ge ao há linhas de ida em manchas que sos cromatismos. o ela interage com A atmosfera, os reflexos, o translúcido, a irisação, a retração, entre outros, são os verdadeiros temas de sua arte. Se ele se utiliza de uma fachada de uma igreja ou de lírios-d’água sobre a superfície de um lago, isto é apenas um pretexto.
Em Monet, a luz cria uma nova matéria. Ou melhor, ela nos mostra uma matéria – que ensávamos tão bem conhecer – de modos novos e inimagina inimaginados. As pedras da fachada da igreja animam-se, a água do lago torna-se melíflua. Oscar Wilde disse que, antes de Monet, ninguém havia observado que os nevoeiros em volta das pontes de Londres se irisam, e que não era mais possivel olhar para aqueles nevoeiros sem se lembrar do pintor francês. (ao lado, Londres – Casas doparlamento ao pôr do sol, 1 903, óleo sobre tela, coleção privada). Mas tudo se realiza através da pincelada.
O toque livre de Monet remete aos mestres do pincel, entre os quais Rembrandt. A inta é colocada sobre a superfície da tela de modo espontâneo e ligeiro, sem ser descuidado, entretanto. A divisão dos tons, com a qual os impressionistas segmentavam as cores em suas componentes primárias, levou o artista a uma cada vez menorpreocupação com a forma. Uma de suas últimas séries de pinturas, retratando lírios d’água, chega a uma tal dissolução da forma na pincelada que, um passo a mais, e se estará já dentro de um estilo abstrato-informal.
A poética destas pré- formas, a magia que se desprende destes quase-objetos, nos coloca na posição de seres primitivos que estão descobrindo m mundo novo, onde cada pequena diferença no contínuo adquire significação inusitada e extraordinária. (ao lado, uma visão em minúcia da pincelada de Monet em um detalhe da La Grenouillére, 1869, óleo sobre tela, The Museum of Modern Art (MoMA). Note como as pinceladas são bastante distintas umas das outras). Pierre-A Pierre-Auguste Renoir Foi um dos mais célebres pintores franceses e um dos mais importantes nomes do movimento impressionista. l] Desde o princípio sua obra foi influenciada pelo sensualismo e pela elegância do rococó, embora não faltasse um pouco da elicadeza de seu ofício anterior como decorador de porcelana. Seu principal objetivo, como ele próprio afirmava, era conseguir realizar uma obra agradável aos olhos. Apesar de sua técnica ser essencialmente impressionista, Renoir nunca deixou de dar importância à forma – de fato, teve um período de rebeldia diante das obras de seus amlgos, no qual se voltou para uma pintura mais figurativa, evidente na longa série Banhistas.
Mais tarde retomaria a plenitude da cor e recuperaria sua pincelada enérgica e ligeira, com motivos que lembram o mestre Ingres, por sua beleza e sensualidade. A sua obra de maior impacto é Le Moulin de Ia Galette, em que conseguiu elaborar uma atmosfera de vivacidade e alegria ? sombra refrescante de algumas árvores, aqui e ali intensamente azuis. Percebendo que traço firme e riqueza de colorido eram coisas incompatlVels, Renolr concentrou-se em combinar o que tinha aprendido sobre cor, durante seu período impressionista, com métodos tradicionais de aplicação de tinta.
O resultado foi uma série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e goucher, a quem ele admi PAGF3rl(F6 série de obras-primas bem no estilo Ticiano, assim como de Fragonard e Boucher, a quem ele admirava. Os trabalhos que Renoir incluiu em uma mostra individual de 70, organizada pelo marchand paul Durand-Ruel, foram elogiados, e seu primeiro reconhecimento oficial veio quando o governo francês comprou Ao Piano, em 1892. Edgar Hilaire Germain Degas Foi um gravurista, pintor e escultor francês.
Embora seja muito conhecido pelas suas pinturas, majoritariamente de carisma impressionista, é igualmente relembrado como gravurista. Muitos dos seus trabalhos se conservam hoje no Museu de Orsay, na cidade de Paris, onde o artista nasceu e faleceu. Degas é considerado vulgarmente como um dos impressionistas, todavia, tal afirmação revela-se um erro, visto que o autor nunca adoptou o leque de cores típico dos impressionistas, proposto por Monet e Boudin, e para além disso desaprovou vários trabalhos seus.
Pelo contrário, Degas misturava o estilo impressionista – inspirado em Manet – com inspirações conservadoras, com bases assentes na Renascença italiana e no Realismo francês. Mas à semelhança de muitos modernistas – desta época ou de outras, veja-se Matisse, que viveu posteriormente inspirou-se muito nas odaliscas de Dominique Ingres. Na primeira exibição impressionista, Degas constava na lista dos que ali tinham obras expostas.
As suas obras reuniam uma gama de influências vastas e sem semelhança, onde sobressaiem as gravuras japone PAGF obras reuniam uma gama de influências vastas e sem semelhança, onde sobressaiem as gravuras japonesas e os torneados humanos deDominique Ingres. Como é de notar os quadros de Degas não surpreenderam tanto como os de Monet, por exemplo. O público não se espantava tanto com as suas pinturas; eram tão mais delicadas, sem a agressividade que viram nos outros trabalhos, fazia-lhes até lembrar a pintura histórica, s grandes mestres italianos e o encanto dos franceses do setecento.
Degas ficou conhecido por muito pintar bailarinas, principalmente, cavalos, retratos de família – dos quais o mais conhecido é Retrato da Família Bellelli – ou individuais (por exemplo, o Retrato de Edmond Duranty), cenas do quotidiano parisiense e cenas domésticas, como o banho (como A banheira), paisagens e pela burguesia de Nova Orleans. Todavia, durante algum tempo Degas aplicou-se a pintar as tensões maritais, entre homem e mulher (recorde-se O estupro e O amuo). Na década de 60, Degas adquire finalmente o estilo que o ornaria famoso e diferente dos seus colegas: a pintura histórica.
Apesar desse particular não deixou de continuar a pintar as cenas de ópera e concertos, mulheres e finalmente, as bailarinas. Sim, as famosas bailarinas que o tornaram um pintor de renome. Desta série que perdurou ao longo do final do seu glorioso percurso artístico, as mais famosas pinturas são, sem dúvida, A primeira bailarina e A aula de dança. Nestes trabalhos o fr famosas pinturas são, sem dúvida, A primeira bailarina e A aula de dança. Nestes trabalhos o francês aplicou-se vivamente nos tons vibrantes, que vigoraram vulgarmente ao longo da sua ida. orém, durante este periodo os seus trabalhos tornaram- se muito expressivos, alarmantes, assustadores. Veja-se o caso do primeiro. A bailarina parece que voa e o ambiente em torno dela é inspirador e implacável. Um quadro vivo, uma obra-prima inquestionável. É imposs[vel esquecer Músicos da ópera, uma verdadeira cena saída de um conto literário. Um particular interessante na pintura de Degas é o facto de conceder a cada personagem dos seus trabalhos uma atmosfera brilhante e eclética que faz com estas pareçam reais, móveis, tocáveis, inexplicávels.
Degas era, ncontestavelmente, um mestre da pintura. Músicos da Opera não foge à regra. Até aqui era frequente utilizar pastel, todavia, durante a décade de 70 era mais frequente a pintura a óleo, nos seus trabalhos. Devido à sua brilhante técnica, hoje, as pinturas de Edgar Degas são das mais procuradas pelos compradores de todo o Mundo. Em 2004 um trabalho de Degas de nome As corridas no Bois de Boulogne foi vendido na Sotheby’s pela quantia espantosa de cerca de 10 milhões de Euros, ao lado de O tomateiro, de Pablo Picasso e de alguns outros trabalhos do seu eterno «amigo-rival» Edouard Manet-