Negros

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A QUESTÃO DOS NEGROS Trabalho Acadêmico apresentado à disciplina de Psicologia Social do Centro Universitário Curitiba, como nota parcial para a conclusão da disciplina, na área de Relações Internacionais. CURITIBA 2011 SUMÁRIO INTRODUÇAO 3 1. África antes da colonizaçã03 2. Colonização afri 3. Escravidão 4 4. Tráfico negreiro 5. Apartheid 4 6. Preconceito 4 INTRODUÇÃO or26 to view nut*ge A questão sobre os negros em todo o Mundo é algo que deve ser analisado fazendo-se a observação de contextos históricos, geográficos e também políticos.

Muito se estuda sobre o reconceito racial contra negros ao redor de todo o mundo, suas causas e conseqüências, mas pouco se sabe sobre a história dos negros em seu continente de origem. 1 . África antes da colonização No continente africano, antes de sua colonização, não era dividido em territórios de Estados-naçbes. As várias etnias que compunham o território se dividiam sem fronteiras, tinham por conquistas internas ou por dividas, assim como já existiam em outras civilizações. Diferente da escravidão, quando a divida era quitada, o homem se tornava livre novamente e podia voltar para sua família.

A cultura destes povos girava em torno da agricultura, mineração, ourivesaria e metalurgia. Possuíam sistema matemático avançado e conhecimentos em medicina e astronomia. Em geral eram povos auto-suficientes. 2. Colonização africana Com o inicio das navegações em busca de novas rotas de comercio para o Oriente, a Africa acabou sendo colonizada em parte por portugueses, que quando passavam pela costa precisavam abastecer seus navios em um método de cabotagem pelo continente africano até o Oriente. Neste primeiro momento, os portugueses não se estabeleceram como metrópole, nem implantaram qualquer tipo de governo.

Quando a Inglaterra tomou frente no poderio naval, esta se encarregou da liderança de colonizar a África. A principio a Holanda se estabeleceu na região do Cabo, formando a comunidade africanes e bôer, porém mals tarde a comunidade bôer perde o domínio de sua região para os ingleses. Ao fim do século XIX e inicio do século XX dá-se inicio ao neo colonialismo, marcado pela entrada de novas potencias concorrendo pelos territórios africanos, principalmente a Alemanha, Bélgica e Itália. Em 1885 ocorreu a Conferencia de Berlim, onde os territorios africanos foram partilhados entre as potencias europélas do eríodo.

Porém esta divisão não respeitou os diversos grupos étnicos, nem as regiões que habitavam. No inicio da 1a Guerra Mundial, 90% das terras estavam sob domínio da Europa. 3. Escravidão A escravidão (de PAGF Guerra Mundial, das terras estavam sob domínio da Europa. A escravidão (denominada também escravismo, esclavagismo e escravatura[2]) é a prática social em que um ser humano assume direitos depropriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades, desde os tempos mais remotos, os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria.

Os preços variavam conforme as condições físicas, habilidades profissionais, a idade, a procedência e o destino. A escravidão e os negros vistos pela Igreja Católica A Igreja Católica Romana via, em geral, os negros trazidos para a América como suscetíveis de cristianização, tendo assim escrito o Papa Nicolau V na bula pontificia “Romanus Pontifex”, de 8 de janeiro de 1455: – Desde então, além disso, muitos homens da Guiné (a África) e outros negros, tomados à força, e alguns pela permuta de artigos não proibidos, ou por outros contratos legais de compra, têm sido enviados para os ditos reinos (da América).

Um grande número destes tem sido convertidos à fé Católica, e isso é desejável, através do socorro da misericórdia divina, e se tal progresso for continuado com eles, também aqueles povos serão convertidos para a fé ou pelo menos as almas de muitos deles serão ganhas para Cristo. [editar]África Escravidão na África As primeiras excursões portuguesas à África subsaariana foram pacíficas (o marco da chegada foi a construção da fortaleza de S.

Jorge da Mina, em Gana, em 1482). Portugueses muitas vezes se casavam com mulheres nativas e eram aceitos pelas lideranças locais. Já em meados da d ulheres nativas e eram aceitos pelas lideranças locais. Já em meados da década de 1470 os “portugueses tinham começado a comerciar na Enseada do Benim e frequentar o delta do rio Niger e os rios que lhe ficavam logo a oeste”, negociando principalmente escravos com comerciantes muçulmanos.

Os investimentos na navegação da costa oeste da África foram inicialmente estimulados pela crença de que a principal fonte de lucro seria a exploração de minas de ouro, expectativa que não se realizou. Assim, consta que o comércio de escravos que se estabeleceu no Atlântico entre 1450 e 1900 contabilizou a enda de cerca de 11 313 000 indivíduos (um volume que tendo a considerar subestimado).

Em torno do comércio de escravos estabeleceu-se o comércio de outros produtos, tais como marfim, tecido, tabaco, armas de fogo e peles. Os comerciantes usavam como moeda pequenos objetos de cobre, manilhas e contas de vidro trazidos de Veneza. Mas a principal fonte de riqueza obtida pelos europeus na África foi mesmo a mão-de-obra barata demandada nas colônias americanas e que pareceu-lhes uma boa justificativa para os investimentos em explorações marítimas que, especialmente os portugueses, vinham fazendo desde o século XIV.

Dessa forma, embora no século XV os escravos fossem vendidos em Portugal e na Europa de maneira geral, foi com a exploração das colônias americanas que o tráfico atingiu grandes proporções. Entre o século WI e o século XVIII estima-se que cerca de 1,25 milhões de Europeus cristãos foram capturados por piratas e forçados a trabalhar no Norte de África. Esta época foi particularmente marcada pelo reinado de Moulay Ismail. Escravidão no B África. Esta época foi particularmente marcada pelo reinado de Moulay Ismail.

Escravidão no Brasil A primeira forma de escravidão no Brasil foi dos gentios da erra ou negros da terra, os índios especialmente na Capitania de São Paulo onde seus moradores pobres não tinham condições de adquirir escravos africanos, nos primeiros dois séculos de colonização. A Escravização de índios foi proibida pelo Marquês de Pombal. Eram considerados pouco aptos ao trabalho. No Brasil, a escravidão africana teve inicio com a produção canavieira na primeira metade do século XVI como tentativa de solução à “falta de braços para a lavoura”, como se dizia então.

Os portos principais de desembarque escravos eram: no Rio de janeiro, na Bahia negros da Guiné, no Recife e em São Luís do Maranhão. Os portugueses, brasileiros e mais tarde os holandeses traziam os negros africanos de suas colônias na África para utilizar como mão-de-obra escrava nos engenhos de rapadura do Nordeste. Os comerciantes de escravos vendiam os africanos como se fossem mercadorias, as quais adquiriam de tribos africanas que haviam feito prisioneiros.

Os mais saudáveis chegavam a valer o dobro daqueles mais fracos ou velhos. Eram mais valorizados, para os trabalhos na agricultura, os negros Bantos ou Benguela ou Bangela ou do Congo, provenientes do sul da África, especialmente de Angola eMoçambique, e tinham menos valor os vindo o centro oeste da África, os negros Mina ou da Guiné, que receberam este nome por serem embarcados no porto de São Jorge de Mina, na atual cidade de Elmina, e eram mais aptos para a mineração, trabalho o qual já se dedicavam na África Ocidental.

Por ser a PAGF s OF aptos para a mineração, trabalho o qual já se dedicavam na África Ocidental. Por ser a Bahia mais próxima da Costa da Guiné (África Ocidental) do que de Angola, a maioria dos negros baianos são Minas. Como eram vistos como mercadorias, ou mesmo como animais, eram avaliados fisicamente, sendo melhor avaliados, e tinham preço mais elevado, os escravos que inham dentes bons, canelas finas, quadril estreito e calcanhares altos, em uma avaliação eminentemente racista.

O preço dos escravos sempre foi elevado quando comparado com os preços das terras, esta abundante no Brasil. Assim, durante todo o período colonial brasileiro, nos inventários de pessoas falecidas, o lote (plantel) de escravos, mesmo quando em pequeno número, sempre era avaliado por um valor, em mil-réis, muito maior que o valor atribuído às terras do fazendeiro. Assim a morte de um escravo ou sua fuga representava para o fazendeiro uma perda econômica e financeira imensa.

O transporte era feito da África para o Brasil nos pordes do navios negreiros. Amontoados, em condições desumanas, no começo muitos morriam antes de chegar ao Brasil, sendo que os corpos eram lançados ao mar. Por isso o cuidado com o transporte de escravos aumentou para que não houvesse prejuízo. As condições da tripulação dos navios não era muito melhor que a dos escravos. A escravidão no Brasil levou a formação de muitos quilombos que traziam insegurança e frequentes prejuízos a viajantes e produtores rurais.

Em Minas Gerais, por exemplo, em torno da Caminho de Goiás, a Picada de Goiás, unico acesso ao atual entro oeste do Brasil, o Quilombo do Ambrósio, o maior de Minas Gerais foi assim descrito por Luís Minas Gerais foi assim descrito por Luís Gonzaga da Fonseca, em sua “História de Oliveira”: O dia a dia do escravo Nas fazendas de cana ou nas minas de ouro (a partir do século XVIII), os escravos eram tratados da pior forma possível.

Trabalhavam muito, de quatorze a dezesseis horas, o que se tornou o principal motivo dos escravos fugirem; outro motivo eram os castigos e o outro era porque recebiam apenas trapos de roupa e uma alimentação de péssima qualidade (recebiam pouca comida e no máximo duas vezes por dia). assavam as noltes nas senzalas (galpões escuros, úmidos e com pouca higiene) acorrentados para evitar fugas.

Eram constantemente castigados fisicamente (quando um escravo se distraía no trabalho ou por outros motivos, eram amarrados em um tronco de árvore e açoitados, as vezes, até perderem os sentidos); torturando-os fisicamente e psicologicamente, os senhores e seus algozesbuscavam destruir os valores do negro e forçá-lo a aceitar a idéia da superioridade da raça branca sendo que o açote era a punição mais comum no Brasil Colônia para os escravos.

Além de todos esses castigos avia uma máscara que impedia os escravos de beberem e fumarem deixando os vícios; essa máscara era chamada de “máscara de folha de flandres”. Afirmação oposta sobre como o escravo era tratado por seus senhores fez o cafeicultor e deputado estadual paulista Martinho da Silva Prado Júnior (Martinico Prado), na sessão da Assembleia Provincial de São Paulo de 16 de março de 1882.

Condenando a proibição do comércio de escravos entre as províncias brasileiras, Martinico Prado relata, aos depu PAGF 7 Martinico Prado relata, aos deputados paulistas, que muitos proprietários de escravos de Minas Gerais não queriam se eparar de seus escravos, quando imigrassem para São Paulo: Os discursos de Martinica Prado na Assembleia Provincial paulista foram transcritos no livro do “centenário de Martinico Prado”, intitulado “In Memoriam, Martinico Prado, 1843-1943 editado em São Paulo pela Editora Elvino Pocai.

A pena de açoite para o escravo só foi abolida por lei imperial de 1885, pouco antes da Lei Áurea, o que ocasionou fugas em massas de escravos nos últimos anos da escravidão no Brasil, fato denunciado nos debates sobre a Lei Áurea: Aculturação e miscigenação Grande parte dos escravos negros foram assimilados ulturalmente assumindo a religião católica especialmente os provenientes de Angola e Moçambique, enquanto a maioria dos escravos embarcados no porto do Castelo de São Jorge da Mina, na atual Elmina, em Gana, e que se fixaram no nordeste do Brasil, especialmente na Bahia, permaneceram com suas religiões africanas.

Era usual na época da escravidão, fazendeiros ou seus filhos homens terem filhos com escravas, donde se originou grande parte da população mestiça brasileira, na época, chamados de pardos. Foram porém raríssimos os casos de mulheres brancas terem filhos com escravos. Rebeliões e mobilização pelo fim da escravidão Ex-escravos fundaram sociedades secretas que financiavam as revoltas, as fugas e os escravos de origem africana começaram a atuar publicamente contra a escravidão.

Depois que o Brasil se tornou república os presidentes republica publicamente contra a escravidão. Depois que o Brasil se tornou república os presidentes republicanos nunca tomaram nenhuma medida para integrar os ex-escravos e seus descendentes à sociedade. Escravos refugiados em quilombos atacavam fazendas, tornando a escravidão um perigo para os próprios fazendeiros. Com o fim do tráfico de escravos para o Brasil proibido que foi pela lei Eusébio de Queirós e a varíola que matava muitos escravos, seu preço se tornou proibitivo para pequenos e médios fazendeiros.

Os grandes fazendeiros, por outro lado, passaram a recorrem à mão-de-obra de imigrantes, bem mais barata, resolvendo assim, o problema secular da “falta de braços para a lavoura O fundamento econômico da escravidão Vale lembrar que a escravidão veio para o Brasil através do mercantilismo: os negros africanos vinham substituir os nativos brasileiros na produção canavieira, pois esse tráfico dava ucro à Coroa Portuguesa, que recebia os impostos dos traficantes. Até 1850, a economia era quase que exclusivamente movida pelo braço escravo.

O cativo estava na base de toda a atividade, desde a produção do café, açúcar, algodão, tabaco, transporte de cargas, às mais diversas funções no meio urbano : carpinteiro, pintor, pedreiro, sapateiro, ferreiro, marceneiro, entre outras, embora várias dessas profissões fossem exercidas principalmente por cristãos-novos. Eu achei legal essa parte de como a igreja via, mas se quiserem tirar, oks Fim da Escravidão: Abollcionismo: O abolicionismo foi um movimento polltico que visou a abolição da escravatura e do comércio de escravos.

Desenvolveu-se durante o Iluminismo do século XVIII e torno do comércio de escravos. Desenvolveu-se durante o Iluminismo do século XVIII, e tornou-se uma das formas mais representativas de activismo político do século XIX até à actualidade. Teve como antecedentes o apoio de algunsPapas católicos. Até hoje, as repercussões emotivas do termo “abolicionismo” suscitam inconvenientes usos analógicos do termo, especialmente entre retóricasmaniqueístas de grupos de pressão, artidos políticos ou grandes debatedores públicos. Dia da Consciência Negra” retrata disputa pela memória histórica preservar a memória é uma das formas de construir a história. É pela disputa dessa memória, dessa história, que nos últimos 32 (mudar para 40? ) anos se comemora no dia 20 de novembro, o “Dia Nacional da Consciência Negra”. Nessa data, em 1695, foi assassinado Zumbi, um dos últimos líderes do Quilombo dos Palmares, que se transformou em um grande ícone da resistência negra ao escravismo e da luta pela liberdade. Para o historiador Flávio Gomes, do Departamento de História da Universidade

Federal do Rio de Janeiro, a escolha do 20 de novembro foi muito mais do que uma simples oposição ao 13 de malo: “os movimentos sociais escolheram essa data para mostrar o quanto o país está marcado por diferenças e discriminações raciais. Foi também uma luta pela visibilidade do problema. Isso nao é pouca coisa, pois o tema do racismo sempre foi negado, dentro e fora do Brasil. Como se não existisse”. Neste expediente pretendemos demonstrar, de maneira sucinta, a “delicada” condição do transporte de escravos no “auge” do tráfico negreiro realizado principalmente pelos portugueses nos séculos XVI e X

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