O principe
INTRODUÇAO Analise do livro e obra clássica “O Príncipe” escritor Nicolau Maquiavel (1469- 1 5271), não era um grande diplomata, mais sim pensador politico modesto, conseguiu fazer carreira pública, dirigiu frequentemente negociações de grande responsabilidade. Obra publicada em 1532 reflete conhecimentos da arte política. I. DE QUANTAS ESPÉCIES SÃO OS PRINIPADOS E DE QUANTOS MODOS SE ADQUIREM O livro começa tratando de um assunto, o legado dos principados.
Os Estados podem ser republicas ou principados, que foram herdados pelo sangue, ou foram adquiridos recentemente. Maquiavel nesse trecho define Estado: todos os governos que tiver e são ou repúblicas o 2 acostumados, ou a vi r page II. DOS PRINCIPAD Maquiavel propõe-se bre os homens… mínios estão cipe, ou a ser livres. idade, de acordo com suas características, inicialmente os hereditários. E na antiguidade e continuação do domínio gastam-se a memória e as causas das inovações, pois uma transformação poderá sempre acompanhada da edificação de outra.
A dificuldade de se manter um Estado novo é maior do que a de se manter um Estado hereditário, pois quanto a este último, o povo já está acostumado om a soberania de uma família, de uma linhagem. qualquer alteração na ordem das coisas prepa Swipe to page prepara sempre o caminho para outras mudanças, mas num longo reinado os motivos e as lembranças das inovações vão sendo esquecidos. ” III. DOS PRINCIPADOS MISTOS A respeito dos principados mistos, pode-se dizer que sejam um desdobramento, uma continuação, de um Estado já existente, . Estados, que conquistados, são anexados a um Estado antigo.
Nesse caso, aponta algumas soluções, tais como: eliminação da linhagem de nobres que os dominava e não alteração a organização de leis e impostos preexistente, instalação de colônias ou a mudança do novo dominador para o local conquistado. Mas deve ficar bem claro que o ponto central de apoio a um novo Estado dominante é que os povos dominados apóiem. Apontando a maneira com que se devem governar as cidades ou principados que, antes da conquista, tinham leis próprias. Maquiavel inicia a utilização de diversos exemplos para ilustrar essas características.
Sendo numa província diferente por sua língua, costumes e leis façam-se o príncipe de chefe defensor os fracos, e tratar de enfraquecer os poderosos. Note-se que é preciso tratar bem os homens ou então aniquilá-los. Não há dificuldade para se conquistar um território onde movido pela inveja dos que tinham o poder os habitantes menos poderosos apóiam o invasor; porém deve-se ter cuidado para que estes não adquiram poder e autoridade em demasia As guerras não podem se evitadas e que, quando adiadas, só trazem benefícios para o inimigo.
A guerra é 20F 12 para o inimigo. A guerra é inevitável, então, quando se tem a oportunidade de enfrentar o inimigo, deve-se enfrentá-lo, uanto mais se adia uma batalha, mais o inimigo fica preparado, portanto, adiar uma guerra só traz sempre prejuizos ao monarca. IV. POR QUE RAZÃO O REINO DE DARIO, OCUPADO POR ALEXANDRE NÃO SE REBELOU CONTRA OS SUCESSORES DESTE Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um príncipe e seus assistentes; ou por um principe e vários barbes, esses barões são ligados ao príncipe por laços de natural afeição.
Estes que estão de junto ao príncipe, são os nobres, os prestigiados; mas dentre esses sempre há quem aspire por inovações. Estes podem abrir caminho para um invasor tomar o oder, facilitando sua vitória, vê-se assim que depois não bastará aniquilar apenas família do príncipe, mas também os nobres que estarão sempre prontos a liderar novas revoluções. V.
DA MANEIRA DE CONSERVAR CIDADES OU PRINCIPADOS, QUE, ANTES DA OCUPAÇÃO, SE REGIAM POR LEIS PRÓPRIAS Quando aqueles estados que se conquistam, estão habituados a viver com suas próprias leis e em liberdade, existem três modos de conservar: o primeiro é arruiná-los, os outros ir habitá- los pessoalmente e por ultimo deixá-los viver com suas leis arrecadando tributo e criando em seu interior um governo para oucos.
Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um príncipe e seus assistentes; ou por 30F 12 poucos. Sempre os reinos foram governados de duas formas: por um príncipe e seus assistentes; ou por um príncipe e vários barões, esses barões são ligados ao príncipe por laços de natural aniquilar apenas fam[lia do príncipe, mas também os nobres que estarão sempre prontos a liderar novas revoluções. A conquista de um povo, não é mérito só do vencedor, mas das diferenças dos povos subjugados.
VI. DOS PRINCIPADOS NOVOS QUE SAO CONQUISTADOS PELAS ARMAS E NOBREMENTE Os que se tornam príncipes por seu próprio valor e com suas próprias armas, se tornam príncipes com dificuldade, mas mantêm facilmente seu poder. Segundo Maquiavel, as dificuldades se originam em parte nas Inovações que são obrigados a introduzir para organizar seu governo com segurança. Citação de exemplos de Moisés, Teseu, entre outros, que por virtude própria tornaram-se príncipes. VII.
DOS PRINCIPADOS NOVOS QUE SAO CONQUISTADOS PELAS ARMAS E COM NOBREZA Quem chega ao poder em troca de dinheiro ou pela graça alheia, com muita dificuldade manter-se-á no poder. Só com muito ngenho e valor poderá se manter. O autor transcorre a respeito de César Borgia, filho do papa Alexandre VI, cujas conquistas foram impulsionadas pelo poder da p 40F 12 César Borgia, filho do papa Alexandre VI, cujas conquistas foram impulsionadas pelo poder da posição de seu pai e, depois, por alianças com pessoas de punho mais firme que ele, como Remirro de Orco.
VIII. DOS QUE CHEGARAM AO PRINCIPADO PELO CRIME Maquiavel cita dois exemplos de pessoas que se tornaram príncipes por meio do crime, o primeiro, o de Agátocles após tantas traições e tao grande crueldade que além de ter obtido ?xito na conquista, conseguiu se manter no poder por muito tempo; Maquiavel explica esse fato ao de que Agátocles usou da crueldade apenas uma vez: para chegar ao poder. Chegando ele lá, foi diminuindo sua crueldade de modo a ser querido por seu povo.
O segundo exemplo é o de Oliverotto de Fermo que com tamanha crueldade chegou ao poder, e lá se manteve cruel, o que fez com que pouco tempo depois, este fosse derrubado do poder. O pr[ncipe deve sempre agir pensando no povo, pois na verdade é o povo quem detêm o poder e a força. IX. DO PRINCIPADO CIVIL Na visão de Maquiavel, governo civil é governo em que o cidadão e torna soberano pelo favor de seus concidadãos. A aristocracia quer oprimir; e o povo apenas não quer ser oprimido. Quem chegar ao poder deve sempre manter a estima do povo, isso será conseguido o protegendo.
O povo é quem está com o príncipe na adversidade, quem o povo está com ele, é difícil derrubá-lo do poder. X. COMO SE DEVEM MEDIR AS FORÇAS DE TODOS OS PRINCIPADOS O príncipe que é senhor de uma cid 2 O príncipe que é senhor de uma cidade poderosa, e nao se faz odiar, não poderá ser atacado; ainda que o fosse, o assaltante não sairia gloriosamente da empreitada. O povo tem enorme nfluencia para definir o a força de um Estado; se o povo estiver ao lado do príncipe, mesmo que um dominador consiga tomar o lugar do príncipe, não se dará bem, pois o povo se levantará contra ele.
XI. OS PRINCIPADOS ECLESIÁTICOS Mesmo que chegue um dominador e tente colocar tal estado sob seu poder, se o povo se mantiver unido, este não obterá êxito em sua empreitada; os costumes são fortes e mantêm o povo unido. XII. DOS GÊNEROSNDE MíLIClA E DOS SOLDADOS Na visão maquiavélica, a base principal de um Estado é boas leis e bons exércitos. Há três tipos de tropas, são elas, próprias, ercenárias, auxiliares ou mistas. Sendo as mercenárias e as auxiliares prejudiciais e perigosas. XIII.
DAS TROPAS AUXILIARES MISTAS E NATIVAS Maquiavel iguala as forças auxiliares com as mercenárias: são inúteis. As tropas auxiliares podem até serem em si mesmas eficazes, mas são sempre perigosas. “Um príncipe prudente, por conseguinte, evitará sempre tais milícias, recorrendo a seus próprios soldados; preferirá ser derrotado com suas próprias tropas a vencer com tropas alheias, vitória que não se pode considerar genuíno. ” No entanto as armas alheias nos sobrecarregam e limitam isso quando nao falham. Portanto, o seg 6 2 No entanto as armas alheias nos sobrecarregam e limitam isso quando não falham.
Portanto, o seguro mesmo e ter seu próprio exército e suas próprias armas. XIV. DOS DEVERES DO PRÍNCIPE PARA COM SUAS TROPAS “A fim se exercitar o espírito, o principe deve estudar a histona e as ações dos grandes homens; ver como se conduziram na guerra, examinar as razões das suas vitorias e derrotas, para imitar as primeiras e evitar as ultimas. ” O príncipe que nunca deve se acomodar, mesmo nos tempos de paz, mas sempre estar preocupado para que suas tropas estejam em forma quando a orte mudar, pois as guerras não podem ser evitadas. XV.
DAS RAZOES POR QUE OS HOMENS E, ESPECIALMENTE, OS PRINCIPES, SAO LOUVADOS OU VITUPERADOS Quem quiser praticar sempre a bondade em tudo o que faz está fadado a sofrer, entre tantos que não são bons. É necessário, portanto, que o príncipe que deseja manter-se aprenda a agir sem bondade, faculdade que usará ou não, em cada caso, conforme seja necessario. XVI. DA LIBERDADE E DA PARCIMONIA O pr[ncipe não se deve incomodar de ser tido como miserável, para não ter de onerar demais os súditos, para poder defender- e e para não tornar-se pobre e desprezado. ara aquele que já é príncipe a liberalidade é prejudicial, mas para aquele que está a caminho de ser, ser tido como liberal é necessário. É necessário para o principe que esteja à frente do exército e vive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a riqueza alhei 2 à frente do exército e vive do botim de guerra, do roubo e de resgates, pilhando a riqueza alheia. Esbanjar as riquezas alheias não diminui a reputação do príncipe, mas sim a ergue; apenas esbanjar os próprios recursos que prejudica.
E o mais importante ? que o príncipe não seja odiado ou desprezado; a liberalidade leva a uma dessas condições. XVII. DA CRUELDADE E DA PIEDADE-SE É MELHOR SER AMADO OU TEMIDO Seria bom que o príncipe fosse ao mesmo tempo amada e temido, mas como essa junção é difícil, é preferível que seja temido. Temido de forma que, se não é possível conseguir o amor de seus súditos, se evite o ódio; o que é conseguido não atentando contra as mulheres e os bens dos súditos e cidadãos.
Se for necessário que o príncipe decrete a execução alguém, que este dê um bom motivo. XVIII. DE QUE FORMA OS PRINCIPES DEVEM GUARDARA FE DA PALAVRA DADA Pode-se lutar de duas formas: pela lei e pela força. Sendo a primeira própria dos homens; a segunda própria dos animais. Contudo uma não é duradoura sem a outra. Quando se é necessário que o príncipe aja como um animal, deve saber agir como o leão e a raposa; o leão para afugentar os lobos e a raposa para fugir das armadilhas.
O que importa para um príncipe é a aparência que passa para os seus subordinados, muitas vezes sendo o contrário do que pensa o povo, mas conseguindo esconder o que se é de verdade. XIX. DE COMO SE DEVE EVITAR O SER DESPREZADO E ODIADO Os príncipes sábios tentam semp 80F 12 verdade. Os príncipes sábios tentam sempre não aborrecer os grandes e agradar o povo. Pode-se fazer isso deixando reservado aos grandes as tarefas como os julgamentos Isso pra eles é estima , todavia o monarca deve ele mesmo fazer os favores.
O príncipe deve sempre tomar cuidado para não injuriar alguém de cujos serviços se utilizem. XX. SE AS FORTALEZAS E MUITAS OUTRAS COISAS QUE DIA A DIA SÃO FEITAS PELO PRINCIPE SÃO ÚTEIS OU NÃO O príncipe sábio deve fomentar astuciosamente alguma inimizade, se houver ocasião para tal, de modo a incrementar ua grandeza superando esse obstáculo -Quanto às fortalezas, se o príncipe teme seus súditos mais do que os estrangeiros, deve construí-las; em caso contrário, não.
Maquiavel diz que a melhor fortaleza é a construída sobre a estima dos súditos, pois as fortificações não salvarão um príncipe odiado pelo povo. XX. O QUE A UM PRÍNCIPE CONVÉM REALIZAR PARA SER ESTIMADO Nada faz com que um pr[ncipe seja mais estimado do que os grandes empreendimentos e os altos exemplos que dá. Os príncipes devem honrar os que são ativos, melhorando seu Estado. Deve-se entreter o povo com festas e espetáculos em ertas épocas; e também o príncipe dever estar uma vez ou outra em contato com os membros de subgrupos do Estado, mas sempre mantendo sua dignidade majestosa.
Com isso o povo terá sempre prazer em ter tal como seu soberano e sempre estará ao seu lado. XXII Com isso o povo terá sempre prazer em ter tal como seu soberano e sempre estará ao seu lado. XXII. DOS MINISTROS DOS PRÍNCIPES Maquiavel distingue três tipos de mente: um compreende as coisas por si; o segundo compreende as coisas demonstradas por outrem; o terceiro nada consegue discernir, nem só, sem com a ajuda dos outros. O primeiro tipo é o melhor de todo; a segunda também é muito boa, mas a terceira é inútil.
O ministro que procura sempre em todas as suas ações seu próprio interesse nunca será um bom ministro, não merecendo confiança. Quem é ministro nunca deve pensar em si próprio, mas sim no monarca. Para assegurar a fidelidade do ministro, o pr[ncipe deve honrá- lo e enriquecê-lo, fazendo lhe favores e atribuindo lhe encargos. Podemos dizer que se conhece o superior através de seus subordinados. XXIII. DE COMO SE EVITAM OS ADULADORES O principe que não é sábio nunca poderá ser bem aconselhado, ois ele ouvirá os conselheiros e não saberá harmonizá-los.
Se a sorte lhe dê um orientador ainda poderá se sobressair, mas mais na frente este orientador lhe tomará o poder. Os bons conselhos nascem da prudência do príncipe; e que esta não nasce dos bons conselhos recebidos. Tudo vem da capacidade do príncipe, da sua capacidade de escolha. Em suas decisões o príncipe deve ser claro e objetivo, mantendo, sempre que possiVel sua palavra. Um principe que muda a todo o tempo de idéia acaba por deixar o povo confuso, o fazendo perder a confiança. 0 DF 12