Relatorio de estagio
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO – MEC SECRETARIA DE EDUCAÇAO PROFISSIONAL E TECNOLOGICA – SETEC INSTITUTO FEDERAL CATARINENSE – CAMPUS SOMBRIO CURSO TÉCNICO DE AGROPECUÁRIA ar 17 to view nut*ge Cultivo de Arroz Irrigado em Sistema Pré-Germinado no Norte de Santa Catarina Relatório de Estágio Curricular Supervisionado, apresentado ao IFC – Campus Sombrio, como requisito obrigatório para obtenção do título de Técnico Agrícola com Habilitação em Agropecuária. etapa, de muitas outras que estarão por vir. A todos vocês, meu muito Obrigado! RESUMO PAGF70F17 5. Visitas técnicas 11 5. 2 Atendimentos na sede da empresa 19 5. Depósitos dos produtos 20 5. 4 Destinaçóes das embalagens vazias 21 6 CONCLUSAO 22 BI BLIOGRAFIA 23 Rodovia Rudolpho Jahn, há uma paisagem que demostra a importância do arroz irrigado cultivado em arrozeiras, sendo utilizada águas do Rio Itapocu, que chegam por um valo artificial. No ano passado, Guaramirim produziu um milhão de sacas de arroz. Para este ano a previsão é de aumento de aproximadamente 30 mil sacas do produto. para a economia de Guaramirim e região, o arroz é o principal produto. OBJETIVO Aprofundar meu conhecimento na área de cultivo do arroz irrigado para melhor qualificar minha teoria obtida durante o eríodo escolar com a prática do dia a dia do estágio. 3 EMPRESA A empresa Integração Agropecuária, atuante há quase duas décadas, dedica-se a atender os produtores rurais e pecuarista de Guaramirim e de outros dez municípios da Região do Vale do Itapocu e municípios adjacentes. tem quase duas décadas, A empresa Integração 17 veterinários, rações e suplementação mineral. Detém um técnico para atender este mercado e soluções pecuárias. CULTURA DO ARROZ O arroz é uma gramínea anual adaptada ao ambiente aquático. A cultura requer temperaturas ao redor de 24 a 300 C em radiação solar elevada. O ciclo total da cultura do arroz esta compreendido entre 90 a 210 dias, dependendo da cultivar e da época de semeadura. O ciclo da cultura é dividido nas seguintes fases: vegetativa, reprodutiva e maturação. A fase vegetativa compreende: a germinação que acontece desde a colocação da semente na água até o aparecimento da primeira folha, ocorrendo isso em dois a quatro dias após a semeadura.
Quanto maior for à temperatura da água e do ar, mais rápida é a germinação. A segunda fase vegetativa, plântula, compreende desde o aparecmento da primeira folha até a formação do primelro afilho, ue ocorre cerca de 18 a 20 dias após a semeadura. Após três a quatro semanas da emergência, a planta começa a emitir os perfilhos, que surgem dos nós do colmo, de forma alternada. A duração desta fase vai até o a arecimento do quarto nó, que varia de 3 a 4 semanas, de cultivar. A próxima etapa algodão.
Em cultivares de ciclo curto as etapas de elongação do caule e o ponto de algodão acontecem quase ao mesmo tempo. Após o término do período vegetativo, inicia-se a fase reprodutiva, que pode variar de 3 a 5 semanas. Este é um periodo crítico no desenvolvimento da planta, uma vez que estará sendo ormado o número potencial de óvulos em cada panícula. É importante que durante este período a planta não sofra nenhum estresse, principalmente de temperatura baixa (inferiores a 170 C) e de deficiência de nitrogênio.
Na fase de “Ponto de algodão” forma-se a pluma de algodão sobre o quarto nó da planta. A partir desta fase até 8 a IO dias após a floração plena, a lâmina de água de ser permanente. O período que antecpa a floração é denominado de embarrigamento. (Figura 2). Em clima adverso, excesso de umidade do ar e altas temperaturas, o excesso de nitrogênio ode contribuir para o aparecimento da brusone na panícula. Nesta fase, a panícula (cacho) (Figura 3) só vai aparecer, quando a folha bandeira (Figura 1) estiver totalmente formada. pic] Figura 1: Folha bandeira Figura 2: Ponto de embarrigamento cacho Figura 3: Rasgando o A floração começa com a emissão da panícula e termina quando ocorre a fertilização da flor. A floração demora de 4 a 7 dias em condições normais. As baixas temperaturas, o excesso de chuvas e o desequilibrio nutricional podem prejudicar a fertilização das flores. O último estádio de desenvolvimento do arroz é chamado e maturação e pode variar entre 30 a 40 dias.
Este estádio vai do florescimento à maturação fisiológica, sendo dividido em 3 etapas: (i) fase de grão leitoso inicia no m maturação fisiológica, sendo dividido em 3 etapas: (i) fase de grão leitoso inicia no momento em que a flor é fertilizada, indo até o ponto em que a panícula se curva formando um ângulo de 900; (ii) fase de grão pastoso vai desde o momento em que a panicula forma um ângulo de 900 até formar um ângulo de 1800 e (iii) fase de grão maduro ou cristalino ocorre quando a umidade dos grãos está em torno de 22 a 26%.
Neste momento deve ser iniciada a olheita. A deficiência nutricional ou a ocorrência de pragas e doenças durante o período de formação e enchimento de grãos pode refletir em menor peso de grãos. Condições de temperatura do ar elevada e baixa umidade do ar, associado à ocorrência de ventos, aceleram o processo de perda de umidade dos grãos. Após a maturação fisiológica (quando o grão atingiu o máximo de desenvolvimento) a planta pode demorar de uma a duas semanas até atingir as condições de ser colhida mecanicamente.
A secagem do arroz deve ser feita preferencialmente em secadores intermitentes, com temperatura do ar e secagem ão superior a 650 C, se o produto for destinado à semente. Temperaturas mais altas podem ser usadas se o mesmo for destinado ao consumo. A armazenagem do produto deve ser feita em locais ventilados e secos. 5 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS 5. 1 Visitas técnicas Foi realizada uma visita técnica a propriedade de Vilmar João da Silva na comunidade de Medeiros em Piçarras. Ao chegar lá o SupeMsor de estágio Lu ramontin analisou com grande número de percevejo marrom mais conhecido como bicudo.
Na área de arroz visitada foi observada a doença brusone (Figuras 4 e 5), causada pelo fungo pyncularia grisea. Esta doença ataca caule, folhas, panículas e os grãos. A doença foi diagnosticada pelo aparecimento de manchas marrons, com o centro cinza esverdeado nas folhas. No caule foram observadas manchas escuras nos nós e na panícula foram observadas manchas marrom. Segunda a literatura as condições favoráveis à doença são: • Temperaturas entre 20 a 300 C. O ideal é de 26 a 280 C; Umidade relativa maior que 90%.
Orvalho, neblina e chuvas fracas indicam essa condlção; • Poucas horas diárias de sol, isto é, muita nebulosidade; • Solos com baixa fertilidade ou muito ricos em matéria orgânica; ?? Adubação desequilibrada: Aplicação de níveis elevados de uréia, excesso de calcário e fósforo; • Deficiência de irrigação; Controle: O técnico recomendou: 200 g/ha de Bim 800 ml_/ha de tebuconazole. Geralmente são feitas duas aplicações, uma no in[cio do embarrigamento (5 % dos cachos) e outra quinze dias após a primeira aplicaçao. ?? Indica-se fazer o controle químico na parte aérea: os melhores resultados são alcançados com aplicações preventivas, principalmente em locais com histórico de doença ou sob condições favoráveis de clima. • Aplicação de fungicidas no final de emborrachamento pode er economicamente viável, ‘á ue a eficiência do fungicida é relacionada com o mome avançado cerca de 40% da lavoura estava infestada. • Os produtos químicos indicados são os que possuem como princípio ativo o Triciclazol (75%) e o Tebuconazole (20%). • uso cultivares resistentes; IRGA 423 e IRGA 424. ?? Semear na época recomendada: final de setembro. [PiC] Figura 4: grusone Na área de arroz visitada havia escaldadura das folhas (Figura 5), causada pelo fungo Gerlachia oryzae. Esta doença afeta as folhas apresentando manchas oblongas (faixas), em sucessão, com a formação de áreas concêntricas com coloração ais escura e mais clara, dando um aspecto franjado às lesões. O aumento destas lesões causa a morte da folha afetada. As lavouras atacadas apresentam amarelecimento geral, com as pontas das folhas secas. São recomendados 800 mL/ha de tebuconazole.
Dependendo do manejo da cultura, pode-se atingir um bom controle. A seguir seguem algumas alternativas de manejo: Para que se tenha um bom controle, recomenda-se a utilização do espaçamento entre linhas, densidade de plantas e época de semeaduras adequadas; • Evitar o uso de adubação nitrogenada; • Medidas preventivas incluem o uso de sementes sadias ou ratadas com fungicidas. • A pulverização com fungicidas protetores de amplo espectro de ação na fase vegetativa pode diminuir a incidência da doença, além de reduzir a transmissão de escaldadura através de sementes. ?? O índice de infestação na lavoura visitada era de 2 % da propriedade. PAGF40F17 aparecimento da Mancha Parda (Figura 7), causada pelo fungo Bipolaris oryzae. Esta doença tem como principal sintoma manchas castanho-escuras nas folhas, logo após a floração e, mais tarde, nas glumas e nos grãos. posteriormente, com manchas maiores, passa a desenvolver-se um centro mais claro, acinzentado. Nos grãos, as glumas apresentam manchas marrom- escuras, que muitas vezes colhecem, cobrindo as glumas. Pode- se ser controlado com a aplicação de 750 mL/ha de Nativo.
Além disso, algumas técnicas de manejo podem ajudar no controle: • A adubação equilibrada e um bom manejo da água de irrigação podem contribuir para minimizar os efeitos da doença. • Práticas como rotação de culturas e a eliminação de gramíneas das área próxmas a área cultlvada prepdicam a sobrevivência do fungo. • Na região norte de Santa Catarina, devido aos pequenos prejuízos que a doença ocasiona na produção de grãos, nao se ecomenda o uso de medidas especiais de controle. ?? Pela adoção de medidas recomendadas para a Brusone, já se estará em parte prevenindo a mancha parda. • Em locais onde o ataque é mais intenso, poderá ser feita a aplicação de fungicidas de amplo espectro de ação. Figura 6: Sintomas da Mancha parda A área visitada era infestada de Percevejo marrom (Bicudo) (Figura 7) e . Esta praga invasora ataca o colmo da planta, principalmente em partes do arrozal nao atingidas pela lâmina da água de irrigação, onde ocorre a re rodução. Adultos e ninfas são facilmente observado lantas de arroz, em