Resenha

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Resenha do artigo “O Motim do Vintém e a cultura política do Rio de Janeiro, 1880” de Sandra Graham – Yuri C. Duarte 140991 – Vanessa Angelotte 140959 – Fábio Nogueira Meirelles 138310 A autora Sandra Lauderdale Graham nasceu em Montana, EUA, em 1943, tornando-se mestre em sociologia na Universidade Cornell e doutora em história na Universidade do Texas.

Produziu artigos direcionados à História do Brasil, abordando temas do Rio de Janeiro, como em “O Motim do Vintém e a cultura política do Swpe to page Rio de Janeiro, 1880″, analisar os conflitos ora no titulo de forma po en to view nut*ge eitores conceitos sól para a mudança da d riadora, que procura revolta explicitada resentando para os dessa manifestação política” durante o Segundo Reinado com a participação das classes menos favorecidas de forma efetiva na política da época.

No início do texto, é evidenciada uma pequena explicação sobre o quão importante foi o motim para o contexto político brasileiro da década de 80 do século XIX. Num primeiro instante, apresentam-se informações que servem como mote para o desenvolvmento posterior, de caráter descritivo, dos acontecimentos que consolidavam o contexto de antes, durante e epois do motim, este que embora curto, segundo a autora, seria um presságio para as mudanças políticas e sociais que ocorreriam no final da década.

A explicação do termo “cultura politica” pela autora mostra- se como fundamental para a compreensão do texto, o que é esclarecido no seguinte trecho: ” O emprego que fiz da expressão ‘cultura política’ se aproxima mais daquele utilizado por Peter H. Smith, que considerou cultura polltica como sendo o ‘meio ou idioma através do qual o comportamento político é visto, interpretado ou compreendido. Ela identifica, na política, ao stabelecer uma ordem conceitual (e frequentemente moral) o padrão das ações, importância e ‘sentido” ‘1.

Logo, a relação dessa “cultura” com o Motim do Vintém é desvinculada de partidos ou instituições políticas, ou seja, uma conduta que vinha das massas e de seus interesses, sem dispersões com os assuntos formais e burocráticos que pairavam sobre o governo. As condições politicas contemporâneas ao período de conflito são descritas pela autora como uma relação de imposição dos interesses de um grupo mais poderoso e privilegiado como interesse comum. A população, frente essa situação, não se via om participação nas decisões do governo, estando sempre “periférica” aos mecanismos e manobras políticas. Era uma politica, em última análise, na dependência e no apadrinhamento, e na qual favores mediam-se cautelosamente em termos de vantagens eleitorais”2. As noções de clientelismo apareciam fortes entre os governantes da época. O Motim do Vintém foi o estopim para o rompimento da segregação entre o Poder e as Massas; com ele seriam adotadas novas post PAGFarl(F7 estopim para o rompimento da segregação entre o Poder e as Massas; com ele seriam adotadas novas posturas políticas, nclusive de algumas pessoas que ocupavam posições até então conservadoras, enfatizando a importância e impacto da revolta em todas as esferas sociais.

A partir de certo ponto do texto, após a introdução contextual, inicia-se uma descrição detalhada da eclosão da revolta. Com a aprovação pelo Parlamento da lei que permitia a cobrança do imposto do valor de um vintém sobre as passagens nos bondes do Rio de Janeiro. A população sob a liderança de Lopes Trovão iniciou uma manifestação de caráter pacífico no Campo de São Cristóvão, onde decidiram entregar uma petição ao Dom Pedro II, om o intuito de cancelamento da lei e do consequente imposto que vigoraria há quatro dias daquele momento.

Com a entrada da residência real bloqueada por policiais simbolizando a negação e a hostilidade de Dom Pedro II para com os manifestantes, a população se dispersou rapidamente sem esboçar reações violentas instantâneas. Neste ponto, evidencia-se a posição da autora de aversão ao governo do segundo império, principalmente na passagem:” [… ] embora nenhum chefe pudesse abrir as portas de sua residência pessoal a 5. 00 manifestantes, ele não soube desde o Início agir, e forma pessoal e firme, preferindo apoiar-se na força armada, ao invés de tomar a iniciativa e se encontrar com uma delegação do Do ponto de vista histórico, nao existe nada incomum em utilizar o aparato das auto PAGF3rl(F7 Do ponto de vista histórico, não existe nada incomum em utilizar o aparato das autoridades policiais ou até mesmo militares para reprimir a massa manifestante, principalmente em regimes totalitaristas.

A suposição das capacidades do rei a partir de uma atitude isolada e aparentemente comum pode se mostrar como uma generalização forçada apenas para justificar propensões deológicas pré-concebidas da autora dentro do texto. Após o protesto ter sido num primeiro instante infrut[fero, Dom Pedro II mandou a mensagem de que aceitaria dialogar com uma delegação. Entretanto, os protestantes recusaram a proposta e organizaram um segundo comício, incentivando o boicote ao pagamento do imposto sobre as passagens de bonde.

A partir desse momento, o caráter civilizado e pacífico do movimento cessou e deu lugar a um pandemônio generalizado. As formas com que o povo se expressou ao longo da revolta foram basicamente através da depredação do sistema de transporte urbano, com esfaqueamento de mulas e spancamento de condutores. Esse momento foi o ápice de todo o processo do Motim, havendo confronto direto entre exército e população. O confronto permaneceu até 5 de janeiro,por volta de nove dias após os primeiros movmentos.

Segundo Sandra Graham, o confronto resultou em 3 mortos e um número entre 15 e 20 feridos. As causas da implantação do imposto não estão profundamente abordadas no texto, sendo citados alguns fatores como o desenvolvimento desordenado de c citados alguns fatores como o desenvolvimento desordenado de cortiços na cidade e a necessidade de controlar a classe rabalhadora que habitava tais moradias, aliados a uma crise financeira não especificada.

As fontes utilizadas se mostram dos mais variados tipos, como cartas publicadas, relatórios policiais e jornais. Observa- se que este último tipo foi bastante usado, entretanto percebe- se um uso de informações provindas do Jornal paulista “Gazeta de Notícias”, o qual possuiria uma interpretação menos fiel dos acontecimentos em relação à visão dos jornais cariocas, devido ao fato de não compartilharem das mesmas testemunhas oculares.

Um documento específico que Sandra usou algumas vezes de uma forma mais direta em seu artigo foram as cartas e Dom Pedro II à Condessa de Barral, esses registros de caráter pessoal demonstram uma descrição mais intimista da reação do Imperador em relação aos acontecimentos, como o fato de ele ter admitido essa ter sido a revolta mais intensa dos últimos 40 anos.

As contradições se intensificam dentro da pequena parte da historiografia existente sobre o assunto. Em “A Negregada Instituição: capoeiras no Rio de Janeiro”, monografia produzida por Carlos Eugênio Líbano Soares, é representada claramente a discordância em relação ao fato de o Motim do Vintém ser considerado pela historiadora Sandra Graham a mudança da ultura política, com tal evento sendo primeiro a causar essa alteração.

Segundo Carlos, esta “política de rua” não era novidade quando eclodiu a revol causar essa alteração. Segundo Carlos, esta “política de rua” não era novidade quando eclodiu a revolta causada pelo aumento nas passagens dos bondes, tendo sido recorrente antes com a atuação da Flor da Gente e o partido Capoeira. Em relação às estatísticas mostradas, também há divergências sobre o número de mortos e feridos. Fala-se de entre 15 a 20 feridos e 3a 10 mortos.

O que mostra a divergencia entre os interesses dos envolvidos, por parte das autoridades em inimizar a repercussão dos acontecimentos quanto por parte da midia e da população que procurava exaltar a violencia ocorrida. A imprecisão alia-se a inúmeras outras incertezas de caráter qualitativo sobre o tema. É apresentado no texto uma suposição em relação às informações que foram apresentadas pela polícia sobre os manifestantes. ma ponderação realizada pela autora em torno de qual seriam as reais condições sociais dos manifestantes. Os participantes do comício são apresentados por Sandra Graham como pessoas “alfabetizadas, decentemente trajadas e de rendimentos modestos mas regulares,como vereadores u burocratas assalariados” , embora pela polícia, tenham sido apresentados como pobres. A lógica usada na sua justificativa sena a de que a população menos favorecida não teria condições de utilizar o bonde.

Esse raciocínio pode ser contraposto com o de próprio Dom Pedro II em umas de suas cartas à Condessa de Barral, na qual ele deixa claro o fato de os pobres usarem o bonde por terem que morar em partes periféricas da cida PAGFsrl(F7 claro o fato de os pobres usarem o bonde por terem que morar em partes periféricas da cidade, onde o custo de vida seria mais barato, longe do centro e do trabalho em prol de economia inanceira. O artigo mostra-se competente em descrever o ocorrido e esclarecer a importância de um acontecimento tão efêmero e aparentemente com uma menor relevância do que ele nos é apresentado durante o texto.

Porém, as falhas citadas podem ser vistas, principalmente a partir das análises das fontes utilizadas. O texto é, entretanto, uma referência para o assunto e também, para o estudo do Segundo Reinado, sendo de suma importância para a compreensão das mudanças sociais posteriores do final do império e início da república. Bibliografia: – 1 “O Motim do Vintém e a cultura politica do Rio de Janeiro, 880″ de sandra Graham, página 487488. Motim do Vintém e a cultura política do Rio de Janeiro, 1 880″ de Sandra Graham, página 488. ‘0 Motim do Vintém e a cultura política do Rio de Janeiro, 1880” de Sandra Graham, página 491 , . “O Motim do Vintém e a cultura política do Rio de Janeiro, 1880” de Sandra Graham, página 495. – Soares, Carlos Eugênio L. Negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro. Coleção Biblioteca Carioca, vol. 31 . Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, 1994. 340p http://www. companhiadasletras. com. brfautor. php? codigo- 00203 CARVALHO, José Murilo A guerra do Vintém

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