Resenha do livro o índio e a conquista portuguesa

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Introdução O livro conta a história dos contatos e confrontos entre índios e portugueses, que resultaram na derrota e dominação dos primeiros pelos segundos, nos mecanismos utilizados pelos portugueses para derrotar os índios e tomar posse da terra. Os índios na visão dos portugueses Uma visão paradisíaca do Brasil Saindo de Portugal n OFII navios comandada p Pe que então aconteceu bem por Pero Vaz Caminh Caminha começou a b rav 0, a frota de treze hegou ao Brasil. O das cartas escritas imais selvagens.

Disse que a aparência do índio era saudável, e ficou encantado om seus corpos robustos. Quando se deu o primeiro contato entre Índios e portugueses houve trocas de presentes, mas a distancia. Caminha observou que os índios andavam nus, não trabalhavam, viviam sem esforços, colhiam e se alimentavam de raízes, cevadas, frutos, peixes, etc. A natureza não agredia ao homem, ao contrário parecia fornecê-los de todas as formas, facilitando sua existência. O clima era ameno, diferente da Europa.

De fato, no Brasil os portugueses pareciam ter descoberto o paraíso. Uma sociedade sem governo No inicio dois índios foram levados por Afonso Lopes, mas eles rovido de autoridade, capaz de representá-los perante o capitão e falar em nome daquela gente. Os europeus tentaram compreender a sociedade indígena Segundo Vespúcio, os índios não têm economia, tudo lhes é comum, não tem política, nem tem templos e nem leis, não tem religião. Enfim, não tinha nada que uma pessoa “civilizada” tinha.

O português Pero de Magalhães, disse que na lingua tupi, não havia as letras F, L e R, e ficou espantado, porque assim eles não tinham fé, nem lei, nem rei, e desta maneira vivem desordenadamente sem terem, além disso, conta nem peso, nem medida. Então, percebeu que a sociedade indigena era gualitária. O olhar dos conquistadores Acreditavam que os Índios não tinham religião, e resolveram catequizar, e tentar transformar os índios em “civilizados”, pois, acreditavam na facilidade disso, entretanto, tal otimismo foi desmentido pelos fatos.

A guerra entre os índios: um enigma A guerra e a troca um dos aspectos mais intrigantes das sociedades indígenas era a guerra. O porque dos índios viverem em um constante estado de guerra era um enigma. Pois para os povos europeus apenas a cobiça e a avidez de reinar explicavam as guerras entre os povos. Mas este não era o caso entre os povos indígenas, já que nem se quer o valor da terra privada eles tinham e muito menos ambicionavam nem a riqueza nem o poder.

O sociólogo Florestan encontrou uma série de explicações como as pilhagens, o canibalismo e a vingança dos outros povos. Além disso, ele afirmava q explicações como as pilhagens, o canibalismo e a vingança dos outros povos. Além disso, ele afirmava que a guerra indígena estava ligada a um equilíbrio ecológico. Já segundo o antropólogo francês Lévi-Strauss, as tribos indígenas relacionavam-se de duas maneiras de modo pacifico realizando rocas, e de modo violento, pela guerra.

As tribos trocavam bens materiais, mas também mulheres realizando assim alianças, mas caso as guerras ocorriam porque uma vez efetiva as trocas de bens materiais poderia então uma das tribos se sentir lesada, dando inicio ao conflito, as trocas comercias representam guerras potenciais, pacificamente resolvidas; e as guerras são resultados de transição. A lógica da guerra primitiva O antropólogo francês Pierre Clastres afirma que a sociedade primitiva é sociedade para guerra, ela é por essência guerreira.

Portanto não é uma sociedade de comerciantes. E ele conclui ão é a troca que dá origem à guerra, mas num certo sentido, é o contrario. Apontando assim a falha Lévi-Strauss. As guerras indígenas não tinham o objetivo de dominar ou aniquilar os inimigos e também não poderiam reduzi-los ? servidão, pois eles poderiam perder a característica igualitária, e se aniquilassem os seus inimigos perderiam a função do guerreiro.

O ritual antropofágico O ritual antropófago realizado pelos povos indígenas na maioria das vezes era feito com um prisioneiro de guerra que foi capturado em uma batalha antes de realizarem as cerimônias o cativo passava por toda uma oi capturado em uma batalha antes de realizarem as cerimônias o cativo passava por toda uma preparação especial, um detalhe bastante interessante era o orgulho que o mesmo sentia em morrer daquela forma.

De fato os índios davam ao guerreiro uma morte digna, e muitos desses guerreiros achavam que essa morte era a mais apropriada, pois dessa forma não seriam comida de bichos, além disso, deve-se levar em consideração que os cativos eram muito bem trados antes de serem devorados por seus inimigos de guerra. Os Guerreiros e seu Código de Honra As sociedades indígenas são indivisas do ponto de vista das lasses sociais, pois inexistem ricos e pobres. Porém entre o feminino e masculino existe a desigualdade, onde a figura feminina é desvalorizada e depreciada, sendo assim considerada de “sexo frágil”.

Estava em primeiro lugar nos valores de um homem, a guerra. Elas aconteciam a partir da decisão da tribo, ou seja, a decisão de guerrear partia da coletividade, já que não existia a figura de alguém que pudesse tomar as decisões. Pierre Clastres identificou que em algumas tribos existia a “Confraria de Guerreiros”, seus membros guerreavam por conta própria, seu objetivo era ser reconhecido pela sua tribo, estavam m busca de prestígio. O autor abre um parêntese para falar que a honra heróica dos guerreiros não é algo que existe há muito tempo.

Ele enfatiza a Grécia, onde a honra heróica se refere à busca pela mortalidade e a honra comum são os ricos que dominam os humildes em uma soci 40F refere à busca pela mortalidade e a honra comum são os ricos que dominam os humildes em uma sociedade de classes. Está presente também nessa sociedade o ideal da “bela morte”, onde deveria se manter a integridade do cadáver, deixá-lo entregue aos animais ou a putrefação era despojá-lo da “bela orte”.

E o ritual da antropofagia, o corpo do guerreiro seria esquartejado e comido pelos seus inimigos, o que era uma honra. Nas sociedades indígenas, trabalho estava ligado à figura feminina, enquanto guerra estava ligada a figura masculina, tendo assim uma oposição entre eles. A Conquista Portuguesa Ataques indígenas aos “povoadores” portugueses O primeiro contato entre portugueses e indígenas foi pacifico, os índios se mostraram receptivos e atraídos pelos objetos oferecidos, mas os portugueses se mostraram receosos.

Mesmo quando os povoadores começaram a se fixar nas suas terras s índios se mostraram pacíficos, mas Isso começou a mudar com o tempo, porque os índios e portugueses passaram a ter interesses diferentes daí os nativos se aliaram aos franceses o que dificultou o progresso das capitanias portuguesas. Os potiguaras com auxilio dos franceses atacaram os engenhos de Itamaracá, o mesmo aconteceu na Bahia (Vila Velha). Com isso podemos observar que foram feitos investimentos que não corresponderam às expectativas devido os ataques dos índios.

Esse conflito teve origem devido o comportamento dos portugueses, eles propunham negócios vantajosos aos índios, não os cumpria,cha omportamento dos portugueses, eles propunham negócios vantajosos aos índios, não os cumpria,chagando a ruptura de acordos, era o chamado escambo, mas essa troca não eram apenas de objetos eles também trocavam as mulheres, os índios queriam firmar suas alianças na base do parentesco, já os portugueses queriam lhe tirar suas mulheres suas terras e ainda queria explorar a mão-de-obra, por isso entraram em conflito.

A estratégia do medo Os próprios portugueses tinham a seguinte explicação para as guerras: “a guerra natural” produz medo da morte e esse medo faz com que troquem a liberdade pela submissão então preferiam morte, já os Índios viam a guerras como exaltação da coragem. Os portugueses espalhavam o medo espalhando os corpos dos índios na intenção de intimidar. Os três modelos de ocupação Os portugueses desenvolveram uma estratégia global de ocupação de território, na qual Pernambuco São Vicente e Bahia forneceram modelos diferentes, mas complementares.

Em Pernambuco os índios foram derrotados militarmente pelos portugueses e expulsos do território, o exercito português tinha sete mim homem mesmo assim foi difícil derrotar os Índios. Na Bahia houve a distinção entre índios aliados e Índio inimigo criou- e então uma barreira de índios para defender os ataques de outros índios essa aliança era benéfica tanto na defesa quanto no fornecimento de mão-de-obra e de mantimentos.

São Vicente nunca entrou em guerra contra os indios, os vicentinos incorporaram boa parte da cultur nunca entrou em guerra contra os Índios, os vicentinos incorporaram boa parte da cultura material indígena adotando inclusive a língua. As outras capitanias sucumbiram praticamente São Vicente e Pernambuco foram as únicas que resistiram por isso decidiu-se criar o governo-geral a partir da Bahia. O governo-geral e a expansão da conquista Na época da instalação do governo geral o Estado dos portugueses já contava com uma considerável experiência acumulada de êxitos e derrotas.

Tomé de Souza chegou à Bahia já com projeto pronto, nesse projeto ele pretendia garantir o povoamento. Os portugueses precisavam dos índios pra três coisas: mão-de-obra, para produção de mantimentos e como soldados. Esse “equilíbrio” foi quebrado com Duarte da Costa, pois foi retomada a luta pela posse de terras. No quarto governo as atenções foram voltadas para norte, na virada do século os índios já não eram mais considerados uma ameaça. Portugueses contra Índios O desconhecimento de um comando militar centralizado dificultou uma ligação contra um inimigo comum.

Cristianização e dominação Os jesuítas e a luta pela cristianização Segundo os jesuítas, era necessário ter uma autoridade política e religiosa sobre a população: índios e povoadores, pois sem isso não haveria quem impusesse ordem. Os povoadores com sua cobiça e do outro lado os í conheciam a autoridade, 1 isso dificultasse o trabalho dos Jesuítas. Não existia a cobiça entre os índios; por bens materiais, muito menos por terras ou poder. Faziam a guerra para vingar um arente ou ate mesmo outros índios da mesma tribo.

A cobiça despertava o egoismo, isso acarretava em uma guerra entre todos. Ela destrói o homem, o deixa cego e surdo para o mundo. E por não existe cobiça entre os índios, a noção de autoridade se tornava inexistente. Os Jesuítas eram defensores árduos do princípio da autoridade, da sujeição e da obediência que deveriam fazer parte de cada individuo. E a falta dessa faz com que o individuo passe a praticar dois vícios: a cobiça e a sensualidade. Mas os índios só de enquadram na segunda, e os povoadores em ambas.

Sem um centro de poder, sem uma autoridade, não poderia astigo ou punição. O nascimento dos preconceitos em relação aos Índios Por os índios não terem esse apego as riquezas, e além de estarem sempre em guerra, o deixava distante da noção de trabalho e da criação do espirito previdente. Isso provocava a inconstância e a falta de ordem. pois, para os jesuítas a cobiça e a autoridade andam juntas. Por causa desse modo de vida dos Índios, eles eram vistos com seres viciosos, e que deixavam suas mulheres muito soltas, impedindo assim a educação dos filhos que não conheciam o castigo.

Quando um cativo tinha filhos com uma mulher da tribo, seus ilhos eram Juntamente com ele mortos e comidos pela tribo, eles diziam que a criança só tem parte do pai e não o da mãe ele mortos e comidos pela tribo, eles diziam que a criança só tem parte do pai e não o da mãe. A estratégia da catequese Os índios eram considerados seres “bestiais” e apegados a valores viciosos, não tinham uma autoridade, assim não sabem o que é crer e nem adorar, e como vão aceitar o Evangelho e acreditar em um só Deus, não adiantaria ensinar a doutrina.

Os gentis tinham completa ignorância do bem e do mal. E para os povoadores seus vícios eram a guerra imotivada, a antropofagia e a poligamia. Para os portugueses, gentio quer dizer pagão, na concepção do cristianismo. para Nóbrega, seres plenamente humanizados eram aqueles que viviam em sociedades divididas em classes. Até dentro da Igreja existia uma hierarquia. Os jesuítas sabiam lidar com os índios, sem Impor medo e tirania como os povoadores. E acreditavam que o Índio como qualquer outro ser humano, tinha a capacidade de aprender o Evangelho e segui-lo.

O modelo de catequese Tanto para os povoadores quanto para os jesuítas queriam que os índios vivessem sobre o mesmo rigor Europeu. Sobe o poder de uma autoridade, religião, senso de hierarquia, vestimentas. Os jesuítas com medo de que os índios cristianizados voltassem a ser como antes, estreitaram o convívio deles com os portugueses. Mas os índios estavam sendo submetidos a trabalho escravo, e os povoadores abusavam de suas mulheres, fazendo com que os índios duvidassem da palavra de Deus, pois os povoadores faziam tudo ao contrario do que dizia o Evangelho.

Assim sur palavra de Deus, pois os povoadores faziam tudo ao contrario do que dizia o Evangelho. Assim surgiu os aldeamentos, com o intuito de evitar que os índios convivessem com os “maus cristãos”. No aldeamento, a vida cotidiana dos índios mudou completamente, tinham como ase a conjugação do trabalho com a vida religiosa. A vida nos aldeamentos obedecia uma rotina, praticamente igual a do europeu. Com a conversão do gentio ao cristianismo, os jesuítas a confundiram com a imposição do jeito europeu, sua música, teatro, roupas, formas de como agir etc.

E isso acabou sufocando a cultura do índio. Por os jesuítas não verem os índios como instrumentos de trabalho, isso acarretou em uma pequena divergência entre eles e o governador da Bahia Mem de Sá, que declarou guerra contra os caetés com o intuito de destruir os aldeamentos e escravizam os índios, na Bahia existiam 35 mil Índios espalhados pelos ldeamentos, mas depois da invasão e da epidemia de varíola só restaram de 9 a 10 mil índios.

Troca e dominação Segundo Marchant os portugueses ao chegar no Brasil encontraram um grande tesouro natural, o pau-brasil. Para extrair esse tesouro necessitou-se de um contato com os índios, contato esse que se originou no escambo, que era um modalidade de trocas, na qual os portugueses forneciam bungingangas como pagamento ao trabalho realizado pelos Índios. Esse tipo de acordo funcionou muito bem até o momento que os portugueses resolveram povoar à terra e construir engenhos e fazendas, voltadas para 0 DF 11

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