Reúso de água lava jato

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FACULDADE PITÁGORAS DE LINHARES CURSO DE GRADUAÇAO EM ENGENHARIA AMBIENTAL ADEZILDO BAYERL HARTHUIQUE CARLOS ALBERTO FERREIRA DE PAULO JUNIOR CARLOS MAGNO FARIAS CLAUDIO COUTO JOEL CREMONINI DO NASCIMENTO MARCO ANTÔNIO TRAGINO MARIA DA GLORIA BRZESKY DETTOGNI RENAN CALIMAN AL 5 p GESTÃO DE ÁGUA EM PROCESSOS PRODUTIVOS ATRAVÉS DO REÚSO EM UM LAVA JATO NO MUNICÍPIO DE LINHARES-ES humana poderá ter fim.

Mota (2006) afirma que, embora a maior parte do nosso planeta esteja coberta por água, somente uma pequena parcela da mesma é utilizável na grande maioria das atividades humanas. Os oceanos e mares constituem 97,2% da água existente na Terra, cobrindo 71% da superfície. Além disso, existem as águas presentes na neve, nas geleiras, no vapor atmosférico, em profundidades não acessíveis, entre outras, que nao são aproveitáveis.

Ainda segundo Mota (2006) para cada uso da água, há necessidade de que a mesma tenha uma determinada qualidade. A água para beber deve obedecer a critérios mais rígidos e a água para irrigação varia em função dos tipos de culturas onde será aplicada. O mesmo acontece com a água destinada às indústrias, cujas características dependem dos tipos de processamento produtos das fábricas. Alguns usos provocam alterações nas caracteristicas da água, tornando-a imprópria para outras finalidades.

Observa-se que há necessidade do manejo adequado dos recursos hídricos, compatibilizando-se os seus diversos usos, de forma a garantir a água na qualidade e na quantidade desejáveis aos diversos fins. Este é um dos grandes desafios da humanidade: saber aproveitar seus recursos hídricos, de forma a garantir os seus múltiplos usos, hoje e sempre. Para melhor gerenciar os recursos hídricos, bem como promover seu uso de forma racional, a legislação de recursos hídricos stabeleceu a outorga e a cobrança pelo uso da água, dentre outros instrumentos de gestão.

Em conjunto com os novos instrumentos de gestão dos recursos hídricos que estão sendo implantados no país, o uso de alternativas tecnológicas para reciclagem e reúso de efluentes industriais e urbanos poderá reduzir os custos de produção 2 OF as reduzir os custos de produção nos setores hidrointensivos, além de promover a recuperação, preservação e conservação dos recursos hídricos e dos ecossistemas urbanos. (Manual de conservação e reúso de água para a indústria).

Neste contexto, o objetivo deste trabalho é entender o rocesso de gestão de água em processos produtivos, visando o desenvolvimento sustentável para as empresas e sociedade, levando em consideração a crescente contaminação dos mananciais urbanos e a legislação ambiental. Para melhor compreensão a respeito, apresentaremos um estudo de caso, por meio de uma pesquisa de campo, sobre reuso de água no lava-jato do Auto posto Três Pontos, em Linhares – ES onde foram observados todos os processos da estação de tratamento de água. s distribuída na sua extensão. Philippi Jr. (2005) afirma que, para evitar o desperdício da água conservar os mananciais, desde 1934 0 Brasil possui uma legislação para regulamentação do uso dos recursos hidricos, baseada no Decreto Federal n. 24. 643, conhecido como Código das Águas. A Coats Corrente foi a pioneira, e desde 1997, aproveita a água de reúso no tingimento de linhas. A economia chega a 70 mil litros de água por hora. SABESP, 2002). A resolução Na 357, de 17 de março de 2005 CONAMA, dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências. O reaproveitamento ou reúso de água é o processo pelo qual a água, tratada ou não, é reutilizada para o mesmo ou outros fins menos nobres.

Essa reutilização pode ser direta ou indireta, decorrente de ações planejadas ou não. Vale ressaltar que se deve considerar o reuso de Égua como parte de uma atividade mais abrangente que é o uso racional ou eficiente da água, o qual compreende também o controle de perdas e desperdícios, e a minimização da produção de efluentes e do consumo de água. (Manual de conservação e reúso de água na indústria – SEBRAE). 3 CONSERVAÇÃO E REÚSO DA ÁGUA E SEUS TIPOS

A discussão sobre o que vem a ser o reuso de água, suas aplicações, e a preocupação com a conservação e preservação do meio ambiente fazem parte dos anseios por uma sociedade sustentável, que use racionalmente os recursos naturais como a água. Segundo especialistas, a falta de acesso à água segura continua sendo uma das rinci is causas de doenças e mortes no mundo. Além d seus graves e variados 4 as principais causas de doenças e mortes no mundo.

Além disso, devido a seus graves e variados problemas, a sociedade brasileira não tem refletido o bastante sobre a questão de ameaça de escassez em quantidade e qualidade. Segundo Mota (2006), a geração de efluentes líquidos ocorre após a utilização das águas, a qual altera suas características físicas e químicas devido aos diversos resíduos incorporados durante o processo. Os despejos líquidos industriais se caracterizam por uma enorme variedade de poluentes, tanto em tipo, composição como em volumes e concentrações.

Sendo um dos principais responsáveis pela contaminação das águas, quando lançados sem tratamento adequado aos cursos naturais, produzindo uma série de danos ao meio ambiente e ao homem. De acordo com ABNT – NBR 9. 800/1987, efluente líquido industrial ? o despejo liquido proveniente do estabelecimento industrial, compreendendo emanações de processo industrial, águas de refrigeração poluídas (águas servidas de utilidades), águas pluviais poluídas e esgoto doméstico, e água residuária é definida como qualquer despejo ou resíduo liquido com potencialidade de causar poluição. . 1 AGUAS SERVIDAS DE UTILIDADES Conforme Sperling (1996), metais potencialmente tóxicos e compostos orgânicos são frequentemente adicionados para controlar o desenvolvimento de bactérias e algas, e evitar a corrosão nas torres de refrigeração: em geral, cromatos, osfatos, polifosfatos, combinação de cromatos e fosfatos, fenóis clorados, compostos de cobre, de cloro, ácido sulfúrico, etc. Embora a concentração desses aditivos deva ser geralmente suficientemente baixa para evitar problemas tóxicos no efluente, isto nem sempre ocorre. OF as tóxicos no efluente, isto nem sempre ocorre. 3. 2 ÁGUAS PLUVIAIS POLUÍDAS OU CONTAMINADAS De acordo com Barros (2005), o caso mais típico de águas pluviais contaminadas em complexos industriais é o de aguas provenientes de áreas de estocagem de produtos ou transbordo (recebimento de matéria-prima ou despacho de produtos finais). Verifica-se ainda uma sensiVel variação de vazão e de qualidade dessa água poluída, em função da intensidade e duração da chuva, da área que origina a poluição, e das características do próprio escoamento superficial. . 3 ÁGUAS PLUVIAIS NÃO CONTAMINADAS OU POLUÍDAS Mario (2005) afirma que, as águas pluviais que escoam em áreas garantidamente não sujeitas à poluição pelos produtos utilizados ou produzidos no complexo industrial, não constituem problemas particulares de poluição aos corpos receptores; no entanto, vale observar a importância de se caracterizar bem às ?reas que contribuem ou não para a possível poluição das águas pluviais, e considerar a melhor forma de disposição final no planejamento do sistema de drenagem.

Estas águas que incidem sobre telhados, pisos, coberturas e pátios em indústrias, devem ser coletadas em calhas, sendo conduzidas para escoamento fora do sistema de tratamento de resíduos líquidos. Já a água que precipita nos terrenos, sem utilização industrial, parte será infiltrada no solo e o restante escoará naturalmente em direção a um no ou córrego prox. mo. 3. 4 EMANAÇOES DE PROCESSO INDUSTRIAL – EFLUENTE INDUSTRIAL

Manoele (2005) diz que es 6 as riginário do processo resfriamento; águas de lavagem; de operações de limpeza de pisos, tubulações, equipamentos; água resultante ou eliminada no decorrer de várias reações; e de outras fontes durante o processamento; devendo ser recolhido em rede própria e encaminhado ao sistema de tratamento para correta deposição no corpo receptor ou solo. Vários poluentes são encontrados nesses despejos, incluindo alguns ou todos os produtos químicos presentes na matéria-prima de alimentação, nos produtos finais e secundários, bem como nos catalisadores. . 5 POLUIÇÃO DAS ÁGUAS Afirmado por Sperling (1996) que a poluição das águas é a adição de substâncias ou de formas de energia que, direta ou indiretamente, alterem a natureza do corpo d’água de uma maneira tal que prejudique os legítimos usos que dela são feitos. Existem duas formas de poluição num corpo d’água, a poluição pontual, onde os poluentes chegam ao corpo d’água de forma concentrada no espaço e a difusa, na qual, os poluentes atingem o corpo d’água de forma distribuída na sua extensão. . 6 CLASSIFICAÇAO DOS POLUENTES PRESENTES NOS EFLUENTES LIQUIDOS Grady et al. (1999) cita que os poluentes encontrados em águas esiduárias podem ser classificados em diferentes maneiras, conforme apresentado na tabela abaixo, obviamente estas não são classificações exclusivas, mas simultâneas, ou seja, podemos ter materiais orgânicos, solúveis e biodegradáveis ou materiais orgânicos, insolúveis e biodegradáveis; e assim por diante. 3. EXEMPLOS DE CLASS FICA ÕES DE POLUENTES DE ÁGUAS RESIDUARIAS Características Físicas Características Químicas norganlco Suscetibilidade a alteração por microrganismos Solúvel/lnsolúvel I Orgânico/ I Não biodegradáveis/Biodegradáveis Origem Biogênico Efeitos Fonte: Grady et al. 1999) 4 FORMAS DE REÚSO DE ÁGUA IAntropogênico/ Tóxico/Não tóxico A Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e ambiental – ABES (1992) classificou o reúso de água nas categorias: potável e não potável.

Reúso potável direto: Quando o esgoto recuperado, por meio de tratamento avançado, é diretamente reutilizado no sistema de água potável. Reúso potável indireto: Caso em que o esgoto, após tratamento, é disposto na coleção de águas superficiais ou subterrâneas para diluição, purificação natural e subsequente captação, tratamento e finalmente utilizado como água potável. Reúso nao potável: Este tipo de reúso apresenta um potencial muito amplo e diversificado.

Por não exigir niveis elevados de tratamento, vem se tornando um processo viável economicamente e, conse uentemente, com rápido desenvolvimento. 8 OF as como subproduto, recarga do lençol subterrâneo, o objetivo principal dessa prática é a irrigação de plantas alimentícias, tais com árvores frutíferas, cereais, etc, e plantas não alimentícias tais com pastagens e forrageiras, além de ser aplicável para dessedentação de animais.

Reúso não potável para fins industriais: Abrange os usos ndustriais de refrigeração, águas de processo para utilização em caldeiras, etc. Reuso não potável para fins recreacionais: Classificação reservada à irrigação de plantas ornamentais, campos de esportes, parques e também para enchimento de lagoas ornamentais, recreacionals, Reúso nao potável para fins domésticos: Sáo considerados aqui os casos de reuso de água para rega de jardins residenciais, para descargas sanitárias e utilização desse tipo de água em grandes edifícios.

Reúso para manutenção de vazões: A manutenção de vazões de cursos de água promove a utilização planejada de efluentes ratados, visando uma adequada diluição de eventuais cargas poluidoras a eles carreadas, incluindo-se fontes difusas, além de propiciar uma vazão mínima na estiagem. Aquacultura ou aquicultura: Consiste na produção de peixes e plantas aquáticas visando a obtenção de alimentos elou energia, utilizando-se os nutrientes presentes nos efluentes tratados.

Reúso para recarga de aquíferos subterrâneos: É a recarga dos aquíferos subterrâneos com efluentes tratados, podendo se dar de forma direta através de injeção sob pressão, ou de forma indireta utilizando-se águas superficiais. O reúso reduz a e manda sobre os mananciais de á ua devido à substituição da água que tenham rece de efluentes tratados efluentes tratados a montante potável por uma água de qualidade inferior.

Essa prática, atualmente muito discutida, posta em evidência e já utilizada em alguns países é baseada no conceito de substituição de fontes. Tal substituição é possível em função da qualidade requerida para um uso específico. 5 PRINCIPAIS PARÂMETROS PARA CARACTERIZACÃO DE EFLUENTES LIQUIDOS A qualidade da água pode ser definida por meio de diversos parâmetros, com os quais podem se definir as suas aracterísticas tanto para águas de abastecimento, águas residuárias, mananciais e corpos receptores.

Sperling (1996) cita que, a qualidade fisica da água pode ser avaliada por meio da cor, turbidez, temperatura, sabor e odor, já a qualidade química pode ser definida por meio dos seguintes parâmetros: PH, alcalinidade, acidez, dureza, ferro e manganês, cloretos, fósforo, oxigênio dissolvido, matéria orgânica, micro poluentes orgânicos e inorgânicos, já a capacidade da agua transmitir doenças pode ser avaliada de forma indireta, por meio dos organismos indicador ação fecal, pertencentes 0 DF 25

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