Sinais vitais

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SINAIS VITAIS Luís Roberto Araujo Fernandes Sinais vitais são aqueles que evidenciam o funcionamento e as alterações da função corporal. Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na prática diária para o auxílio do exame clínico, destacam-se pela sua importância e por nós serão abordados: a pressão arterial, o pulso, a temperatura corpórea e a respiração. Por serem os mesmos relacionados com a própria existência da vida, recebem o nome de finais vitais.

PRESSAO ARTERIAL 4 A pressão ou tensão er , a, „ S. wp view nent page importância na inves em toda consulta de de suma obrigatório relacionando-se com o coração, traduz o sistema de pressão vigente na árvore arterial. É medida com a utilização do esfigmomanômetro e do estetoscópio. OS APARELHOS ESFIGMOMANÓMETRO – É o instrumento utilizado para a medida da pressão arterial. Foi idealizado por três cientistas: VonBasch (1880), Riva-Ricci (1896) e Korotkoff (1905).

O tamanho do aparelho depende da circunferência do braço a ser examinado, sendo que a bolsa inflável do manguito deve ter uma largura que corresponda à da circunferência do braço, sendo que seu comprimento deve ser de 80%; manguitos muito curtos anômetro manguito ESTETOSCÓPIO – Existem vários modelos, porém os principais componentes são: Olivas auriculares: são pequenas peças cônicas que proporcionam uma perfeta adaptação ao meato auditivo, de modo a criar um sistema fechado entre o ouvido e o aparelho.

Armação metálica: põe em comunicação as peças auriculares com o sistema flexível de borracha; é provida de mola que permite um perfeito ajuste do aparelho. Tubos de borracha: possuem diâmetro de 0,3 a 0,5 cm. e comprimento de 25 a 30 cm. Receptores: existem dois tipos fundamentais: o de campânula de 2,5 cm. ue é mais sensível aos sons de menor frequência e o diafragma que dispõe de uma membrana semi-rígida com diâmetro de 3 a 3,5 cm. , utilizado para ausculta em geral.

FATORES DETERMINANTES DA PRESSAO ARTERIAL A pressão arterial é determinada pela relação PA = DC x RP, onde DC é o débito card[aco e RP significa resistência periférica, sendo que cada um desses fatores sofre influência de vários outros. O débito cardíaco é resultante do volume sistólico (VS) multiplicado pela frequên ), sendo que o volume 20F 14 musculares na camada média dos vasos dos vasos, dos sfíncteres pré-capilares e de substâncias humorais como a angiotensina e catecolamina.

A distensibilidade é uma caracteristica dos grandes vasos, principalmente da aorta que possuem grande quantidade de fibras elásticas. Em cada sístole o sangue é impulsionado para a aorta, acompanhada de uma apreciável energia cinética, que é em parte absorvida pela parede do vaso, fazendo com que a corrente sanguínea progrida de maneira contínua. A diminuição da elasticidade da aorta, como ocorre em pessoas idosas, resulta de aumento da pressão sistólica sem elevação da diastólica.

A volemia interfere de maneira direta e significativa nos níveis da pressão arterial sistólica e diastólica; com a redução da volemia, que ocorre na desidratação e hemorragias, ocorre uma diminuição da pressão arterial. A viscosidade sangúínea também é um fator determinante, porém de menor importância; nas anemias graves, podemos encontrar níveis mais baixos de pressão arterial, podendo estar elevados na poliglobulia. TÉCNICA – Após a lavagem das mãos, reunir todo o material e dirigir-se à unidade do paciente, orientando-o para o procedimento.

O mesmo deve estar em repouso por pelo menos cinco minutos, em abstenção de fumo ou cafeína nos últimos 30 minutos; o braço selecionado deve estar livre de vestimentas, relaxado e mantido ao nivel do coração (aproximadamente no quarto espaço inter-costal); quando o paciente está sentado, coloca-se o braço por sobre uma mesa; a pressão arterial poderá estar falsamente elevada caso a artéria braquial fique abaixo do nivel do coração. O pulso braquial deve ser pal ado ara o diagnóstico 30F braquial fique abaixo do nível do coração.

O pulso braquial deve ser palpado para o diagnóstico de sua ntegridade A bolsa inflável deve ser centralizada por sobre a artéria braquial, sendo que a margem inferior do manguito deve permanecer 2,5 cm. acima da prega anti-cubital; prende-se o manguito e posiciona-se o braço de modo que fique levemente fletido. Método palpatório: insufla-se o manguito, fechando-se a válvula e apertando-se a “pera” rapidamente até o desaparecimentodo pulso radial, verifica-se o valor e acrescenta-se 30 mmHg.

Após, desinsufla-se lenta e completamente o manguito até o aparecimento do pulso, o que é considerado a pressão arterial máxima. Desinsufla-se a seguir o manguito rapidamente. O método palpatório só permite a verificação da pressão arterial maxim a. Método auscultatório: coloca-se o diafragma do estetoscópio suavemente por sobre a artéria braquial; insufla-se o manguito suavemente até o nível previamente determinado (30 mmHg acima da pressão arterial máxima verificada pelo método palpatório) e em seguida desinsufla-se lentamente, à uma velocidade de 2 a 3 mmHg por segundo.

Verifica-se o nível no qual os ruídos (de Korotkoff) são auscultados, o que corresponde à pressão arterial máxima. Continua-se baixando a pressão até o bafamento das bulhas e a seguir o desaparecimento completo dos ruídos de Korotkoff, o que corresponde à pressão arterial mínima. Em algumas pessoas, o ponto de abafamento e o de desaparecimento ficam muito afastados, e em raras situações chegam a não desaparecer.

A diferen a entre a pressão arterial máxima e mínima é cham o de pulso. Durante a 4 14 máxima e minima é chamada de pressão de pulso. Durante a ausculta dos ruídos (de Korotkoff), pode existir uma ausência temporária dos mesmos, sendo este fenômeno chamado de hiato auscultatório, comum em hipertensos graves a em atologias da vávula aórtica. Notas complementares variações na posição e na pressão do receptor do estetoscópio interferem com o resultado dos níveis tencionais. pressão arterial deve ser medida em ambos os braços. as diferenças de pressão acima de 10 mmHg sugerem obstrução ou compressão arterial do lado de menor pressão evitar a congestão das veias do braço, pois dificulta a ausculta a roupa da paciente não deve fazer constrição no braço a presença de arritmias importantes interfere na medida da PA a medida da PA deve ser sempre medida em condições basais.

PA pode ser medida nas coxas, porém com manguitos especiais e com o estetoscópio localizado no oco poplíteo em pacientes obesos, a maior circunferência do braço determina níveis pressóricos falsamente elevados, sendo conveniente nesses casos a mediada da PA no ante-braço, com o estetoscópio sobre a artéria radial. em crianças, na determinação da PA diastólica, leva-se em conta a diminuição dos ruídos de Korotkoff, já que o desaparecimento pode não ocorrer. VALORES NORMAIS DA PRESSÃO ARTERIAL – os valores máximos estabelecidos pelo Consenso Brasileiro da Sociedade Brasileira de

Cardiologia par indivíduos acima de 18 anos é de 140/90 mmHg. A pressão arterial sistólica como a diastólica podem estar alteradas isolada ou conjuntamente. VARIAÇÕES FISIO ÓGICAS 4 FISIOLOGICAS Idade – em crianças é nitidamente mais baixos do que em adultos Sexo – na mulher é pouco mais baixa do que no homem, porém prática adotam-se os mesmos valores Raça as diferenças em grupos étnicos muito distintos talvez se deva ? condições culturais e de alimentação. Sono – durante o sono ocorre uma diminuição de cerca de 10% tanto na sistólica como na diastólica

Emoções – há uma elevação principalmente da sistólica Exercício físico – provoca intensa elevação da PA, devido ao aumento do débito cardíaco, existindo curvas normais da elevação da PA durante o esforço ffsico. (testes ergométricos). Alimentação – após as refeições, há discreta elevação, porém sem significado prático. Mudança de posição – a resposta normal quando uma pessoa fica em pé ou sai da posição de decúbito, inclui uma queda da PA sistólica de até 15 mm queda ou aumento da 6 4 pressão desloca-se rapidamente pelo sistema arterial, onde pode er percebida como pulso arterial.

Portanto o pulso é a contração e expansão alternada de uma artéria LOCAIS – As artérias em que com frequência são verificados os pulsos: artéria radial, carótidas, braquial, femurais, pediosas, temporal, poplítea e tibial posterior. Nessas artérias pode ser avaliado: o estado da parede arterial, a freqüência, o ritmo, a amplitude, a tensão e a comparação com a artéria contra-lateral. PROCEDIMENTO Lavar as mãos Orientar o paciente quanto ao procedimento Colocar o paciente em posição confortável, sentado ou deitado, porém sempre com o braço apoiado

Realizar o procedimento de acordo com a técnica descrita abaixo Contar durante 1 minuto inteiro Anotar no prontuário TÉCNICA – Pulso radial: a artéria radial encontra-se entre a apófise estilóide do rádio e o tendão dos flexores, sendo que para palpá- los emprega-se os dedos indicador e médio, com o polegar fixado no dorso do punho do paciente, sendo que o examinador usa a mão direita para examinar o pulso esquerdo e vice versa. pulso carotídeo: as pulsações da carótida são visíveis e palpaveis medialmente aos musculos esternocleidomastoideos.

Para sua palpação, devemos coloca querdo (ou o indicador do paciente e utilizar o polegar para palpar a artéria braquial imediatamente medial ao tendão do músculo bíceps, sendo que o braço do paciente deve repousar com o cotovelo esticado e as palmas da mao para cima. CARACTERÍSTICAS DO PULSO PAREDE ARTERIAL – A parede do vaso não deve apresentar tortuosidades, sendo facilmente depressível; na aterosclerose, ocorre deposição de sais de cálcio na parede dos vasos, sendo que à palpação notamos o mesmo endurecido, rregular, tortuoso, recebendo o nome de traquéia de passarinho.

FREQUÊNCIA – A contagem deve ser sempre feita por um período e 1 minuto, sendo que a frequência varia com a idade e diversas condições físicas. Na primeira infância varia de 120 a 130 bat/ min. ; na segunda infância de 80 a 100 e no adulto é considerada normal de 60 a 100 batimentos por minuto, sendo que acima do valor normal, temos a taquisfigmia e abaixo brad sfigmia. Na prática diária, erroneamente usamos os termos respectivamente de taquicardia e bradicardia, pois nem sempre o número de pulsações periféricas corresponde aos batimentos cardíacos.

Está aumentada em situações fisiológicas como exercício, emoção, ravidez, ou em situações patológicas como estados febris, hipertiroidismo, hipovolemia entre muitos outros. A bradisfigmia pode ser normal em atletas. RITMO – É dado pela sequência das pulsações, sendo que quando ocorrem a intervalos iguais, chamamos de ritmo regular, sendo que se os intervalos são o ora mais curtos, o ritmo 8 OF AMPLITUDE OU MAGNITUDE – É avaliada pela sensação captada em cada pulsação e está diretamente relacionada com o grau de enchimento da artéria na sístole e esvaziamento na diástole.

TENSÃO OU DUREZA – É avaliada pela compressão progressiva a artéria, sendo que se for pequena a pressão necessária para interromper as pulsações, caracteriza-se um pulso mole. No pulso duro a pressão exercida para desaparecimento do pulso é grande e pode Indicar hipertensão arterial. COMPARAÇÃO COM ARTÉRIA HOMÓLOGA – É sempre obrigatório o exame de pulso da artéria contra-lateral, pois a desigualdade dos pulsos podem identificar lesões anatômicas.

TEMPERATURA Sabemos ser quase constante, a temperatura no interior do corpo, com uma mínima variação, ao redor de graus centígrados, mesmo quando expostos à grandes diferenças de emperatura externa, graças à um complexo sistema chamado termorregulador. Já a temperatura no exterior varia de acordo com condições ambientais. A mesma é medida através do termômetro clínico. TERMÔMETRO CLÍNICO – Idealizado por Santório, entre os anos 1561 e 1636, é considerado o ponto de partida da utilização de aparelhos simples que permitem obter dados de valor para a complementação do exame clínico.

CONTROLE DA TEMPERATURA CORPORAL – O calor produzido no interior do organismo chega à superfície corporal através dos vasos sangüíneos e se difundem através do plexo sub-cutâneo, ue representa até 30% d ito card[aco. O grau de que ao chegar na superfície, o calor é transferido do sangue para o meio externo, através de: irradiação, condução e evaporação. Para que ocorra a irradiação, basta que a temperatura do corpo esteja acma do meio ambiente.

A condução ocorre quando há contato com outra superfície, sendo que existe troca de calor até que as temperaturas se igualem. Já o mecanismo pelo qual o corpo troca temperatura com o ar circulante chama-se convecção. A temperatura é quase que totalmente controlada por mecanismos centrais de retroalimentação que operam través de um centro regulador situado no hipotálamo, mais precisamente através de neurônios localizados na área pré-óptica do hipotálamo, sendo que este centro recebe o nome de centro termo regulador.

Quando há elevação da temperatura, inicia-se uma eliminação do calor, através do estímulo das glândulas sudoríparas e pela vasodilatação; com a sudorese há uma perda importante de calor, sendo que quando ocorre o inverso, ou seja o resfriamento do organismo, são iniciados mecanismos para a manutenção da temperatura, através da constricção dos vasos cutâneos e iminuiçao da perda por condução, convecção e transpiração.

LOCAIS DE VERIFICAÇÃO DA TEMPERATURA – os locais onde habitualmente são medidas as temperatura do corpo são: axila, boca, reto e mais raramente a prega inguinal, sendo que além do valor absoluto, as diferenças de temperatura nas diferentes regiões do corpo, possuem valor propedêutico, por exemplo, a temperatura retal maior que a axilar em valores acima de 1 grau, pode ser indicativo de processo inflamatório intra-abdominal. Na medida oral, o termômetro deverá ser colocado sob a língua, posicionan 0 DF 14

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