Surgimento, campos de atuação, características e público alvo do serviço social.

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Surgimento, Campos de Atuação, Características e Público Alvo do Serviço Social. Luciane Alave de Araujo ProP. Maria Geraldina Venâncio Centro Universitário Leonardo Da Vinci – UNIASSELVI Bacharelado em Serviço Social (SES0531 ) p 29/11/10 RESUMO O presente texto te OF17 conceitos, características e desafios, apontando para ação do assistente social neste contexto.

Trata-se de um tema atual considerando o processo de configuração desta profissão e a reconfiguração das formas de gestão institucional, despertando-nos a necessidade de reflexão sobre a atuação nos diversos campos do Serviço social. Palavras-chave: Serviço Social, Assistente Social, Campos de Atuação, Público alvo e características do Ser„’iço Social. 1.

INTRODUÇAO O ser,’iço social uma profissão de nível superior e, para exercê- la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho para desenvolverem sua autonomia, participação, exercicio de cidadania e acesso aos direitos sociais e humanos; podem ser da rede do Estado, privada e ONGS. A postura é de buscarmos uma compreensão real e equilibrada, para caracterizarmos o público alvo, as deferentes formas que diferentes Éreas profissionais podem contribuir para o mesmo, entre elas o serviço social. . O SURGIMENTO DO SERVIÇO SOCIAL O serviço Social surgiu a partir dos anos 1930, quando se iniciou o processo de industrialização e urbanização no país. A emergência da profissão encontra-se relacionada à articulação dos poderes dominantes (burguesia industrial, oligarquias cafeeiras, igreja católico e estado varguista), na época com objetivo de controlar as insatisfações populares e frear qualquer possibilidade de avanço comunista no país.

O ensino de Serviço Social foi reconhecido em 1953 e regulamentado em 1957 com a lei 3252. A profissão manteve um víeis conservador, de controle da classe trabalhadora, desde seu surgimento até a década de 1970, com as lutas contra a ditadura e pelo acesso a melhores condições de vida da classe trabalhadora, no final de 1970 e ao decorrer 1980, o Serviço social também experimentou novas influencias.

A partir de então, a profissão vem negando seu histórico de conservadorismo e afirmam um projeto profissional comprometido com a democracia e com acesso universal aos direitos sociais e civis, pol[ticos: (cf. , entre outros, lamamoto e carvalho, 1995; Neto; 1996 pereiras; 2008. O Semico Social deixa de s 20F de intervenção assistencial e é implementada – através da Igreja – pelos segmentos femininos destas mesmas frações de classes, para ser uma atividade institucionalizada e legitimada pelo Estado e pelo conjunto do bloco dominante… IAMAMOTO; CARVALHO, 1983, p. 315). 3. A EVOLUÇAO DO SERVIÇO SOCIAL Na década de 1980, o Estado brasileiro passou a consolidar suas bases de organização neoliberais. O Neoliberalismo, enquanto reação teórica e política contra o Estado intervencionista e de bem-estar social, influenciou diretamente sobre a estruturação as políticas públicas na América Latina e especificamente no Brasil cujas consequências vivenciamos até hoje.

Nesse sentido Faleiros (2006), estudando sobre a conflituosa relação entre Estado,sociedade e mercado na formulação das políticas sociais a partir da década de 1980, nos mostra que as possibilidades de se superar as forças contrárias à implantação destas políticas passam pela questão da organização e mobilização das classes dominadas. Analisando a trajetória da política do bem-estar social nas suas origens, Pereira (1998) explica que a partir do final do século

XIX, principalmente após a Segunda Guerra Mundial, o Estado passou a gradativamente assumir a responsabilidade pelo bem- estar da população. Denominado Estado de Bem-Estar, passou a ter que regulamentar sobre as leis trabalhistas e sobre as formas de disponibilizarão dos serviços e benefícios públicos ? populaçao. Política social, assim identificada inte institucional denominado ra um complexo politico- cial (inaugurado na política do Estado de Bem-Estar ou do Welfare State, como é internacionalmente conhecido (PEREIRA, 1998, p. 61). política de pleno emprego, serviços sociais universais, xtensão da cidadania e o estabelecimento de um umbral sócio- econômico, considerado condigno pela sociedade, abaixo do qual a ninguém seria permitido viver. Além disso, a crise catastrófica do sistema econômico liberal, agonizada, em 1929, com a Grande Depressão econômica e com o aumento de desemprego, produziu significativas mudanças na ideologia e na prática prevalecente do laissez-faire, abrindo espaços para uma efetiva intervenção do Estado na economia e na sociedade.

O plano econômico encontra-se sustentado na doutrina Keynesiana e o plano social na nova idéia de segurança de existência, a qual ostula a instauração e a organização de sistemas de seguridade pública como direito do cidadão e obrigação do Estado (PEREIRA, 1998, p. 61 Para contextualizar essa questão precisamos considerar as mudanças de perspectivas ocorridas nos campos de atuação da saúde e do Serviço Social.

Desde os anos setenta vem sendo construído o conceito de Saúde Coletiva superando a visão tradicional do que era considerada Saúde Pública. Não é uma mera mudança de nome, mas de perspectiva considerando-se, dentre outros aspectos, a necessidade de estimular a atuação de profissionais diversificados na área da saúde, tradicionalmente ntendida como campo de atuação de médicos e enfermeiras, partindo-se do princípio que a questão da saúde deve ser vista a partir de uma visão social. ? medida que se desencadeou no Brasil o processo de redemocratização politica, em meados dos anos oitenta, e considerando o quadro alarmante de desigualdades socio- econômicas e misér 40F meados dos anos oitenta, e considerando o quadro alarmante de desigualdades sócio-econômicas e miséria de um percentual altamente significativo da população, ressurgiram os movimentos sociais que expressaram demandas e exigências quanto a uma aior atuação do Estado na organização e na implementação da Saúde Coletiva.

Por outro lado, nessa mesma época, o Serviço Social estava consolidando tanto seu processo de autocrítica quanto buscando novas bases teóricas fundamentais. Esse processo teve inicio em meados da década de 1960 e consistia em reavaliar a postura conservadora, positivista e assistencialista predominante desde os anos trinta, quando o Serviço Social foi estruturado pelo Estado, pela Igreja e pela burguesia industrial.

Tal processo, denominado Movimento de Reconceituação foi iniciado não somente no Brasil, mas também em outros países a América Latina na mesma década. Apesar das dificuldades de superação de sua prática conservadora, um grupo de assistentes sociais, localizado na Região Sul do Brasil, inserido nesse movimento, buscou uma aproximação com o legado marxista e com uma visão da sociedade a partir da ótica das classes sociais, como forma de fundamentar o referido movimento.

Hoje o Serviço Social vivencia a construção de um projeto denominado Projeto Ético Político do Serviço Social iniciado a partir de 1 975, per[odo compreendido como final do Movimento de Reconceituação, associado a um projeto de transformação da ociedade como um todo, fundamentado em outros segmentos e disciplinas. Está baseado na dimensão política da intervenção profissional contida no processo de ruptura de um Serviço Social conservador iniciado no refendo movimento conforme nos mostra Reis (2004).

No final da década de oitenta, nova no referido movimento conforme nos mostra Reis (2004). No final da década de oitenta, novas perspectivas referentes ? Saúde Coletiva foram incluídas na Constituição de 1988 e, a partir daí, passou-se a considerar também como importante, a atuação do Serviço Social em intervenções relacionadas à saúde da opulação na perspectiva de uma transformação social que vem cada vez mais, inserindo-se no Projeto Ético Político da profissão.

O mercado de trabalho no campo da Saúde Coletiva reestruturou-se, ocorrendo à contratação, dentre outros profissionais, de assistentes sociais e psicoterapeutas, além daqueles que tradicionalmente já atuavam. Evidentemente tornou-se necessária uma mudança no código de ética (uma ocorrida em 1986 e a última em 1993) e no currículo dos cursos de Serviço Social de modo que a formação acadêmica oferecida fosse compatível com novas demandas atendendo ma necessidade de melhor atuação daquele profissional nas políticas públicas.

Buscou-se formar um novo assistente social que mostrasse ser capaz de sustentar sua inclusão no campo da Saúde Coletiva. Mais do que um executor das politicas oficiais ele deveria se transformar num profissional reflexivo, questionador e pro positivo capaz de intervir de uma forma não imediatista e alienante junto à população. 4. OS CAMPOS DE ATUAÇAO E PUBLICO ALVO Ser um assistente social hoje em dia requer muito mais que conhecimento, requer instrumentalidade com as opções fornecidas pelo mercado.

A profissão Serviço Social foi egulamentada, no Brasil, em 1957, mas as primeiras escolas de formação profissional surgiram a partir de 1936. É uma profissão de nível superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serv superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) do estado onde pretende atuar profissionalmente.

Desde seus primórdios aos dias atuais, a profissão tem se redefinido, considerando sua inserção na realidade social do Brasil, mostrando que seu significado social se expressa pela emanda de atuar nas seqüelas da questão social brasileira, que em outros termos, se revela nas desigualdades sociais e econômicas, objeto da atuação profissional, manifestada na pobreza, violência, fome, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre outras.

As instituições que têm contratado o Assistente Social, em geral são prefeituras, associações, entidades assistenciais e de apolo à luta por direitos, sistema judiciaria e presidiário, sistema de saúde, empresas, sindicatos, sistema previdenciário, Ongs, centros comunitários, escolas, fundações, universidades, centros de pesquisa e assessoria.

O mercado de trabalho ainda há de se expandir, pois políticas públicas vêm sendo desenvolvidas nesse sentido e dando maior destaque as questões sociais. A atuação do assistente social se faz desenvolvendo ou propondo políticas públicas que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aquelas da área da Seguridade Social.

De modo geral, as instituições que requisitam o profissional de Serviço Social se ocupam de problemáticas relacionadas à: crianças moradoras de rua, em trabalho precoce, om dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em risco social, com deficiências, sem família, drogadictas, internadas, doentes; adultos desempregados, drogadictos, em conflito familiar ou con internadas, doentes; adultos desempregados, drogadictos, em conflito familiar ou conjugal, aprisionados, em conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, organizados em grupos de interesses políticos em defesa de direitos, portadores de deficiências; idosos asilados, isolados, organizados em centros de convivência, hospitalizados, doentes; minorias étnicas e demais expressões da questão social.

Devido à experiência acumulada no trabalho institucional, a (o) Assistente Social tem-se caracterizado pelo seu interesse, competência e intervenção na gestão de políticas públicas e hoje contribuindo efetivamente na construção e defesa delas, a exemplo do Sistema Único de Saúde – SUS, da Lei Orgânica da Assistência Social- LOAS e do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA participando de Conselhos Municipais, Estaduais e Nacionais, bem como das Conferências nos três níveis de governo, onde se traçam as diretrizes gerais de execução, controle e avaliação das politicas sociais O Serviço Social é uma profissão legitimada socialmente, isto significa que ele tem uma função social. As profissões são criadas para responderem às necessidades dos homens. O desempenho das Assistentes Sociais vincula-se aos Códigos de Ética da profissão e às normas do Código Deontológico da Federação Internacional de Assistentes Sociais, tendo como valores fundamentais: Salvaguarda da dignidade humana; Respeito pela liberdade individual, e pelo exercício da cidadania; Respeito pela privacidade e confidencialidade da informação; Desenvolvimento da solidariedade, equidade e justiça social.

A intewenção social pressupõe o estudo e diagnóstico social da situação do doente e respectiva programação e execução do tratamento social qua 80F diagnóstico social da situação do doente e respectiva programação e execução do tratamento social quando este se impõe. Este processo exige a contextualização do doente nos seus grupos de pertença, quer na etapa da avaliação da situação, quer na etapa de programação de respostas às necessidades diagnosticadas. Este processo exige também a articulação com a equipe terapêutica e com os recursos da comunidade envolvente. O assistente social que trabalha nas organizações sociais privadas, não tera um bom lucro pela sua produção, pois o assistente nas instituições é um reforço profissional, que procura solucionar problemas sociais, quando um indiv[duo tem problemas de resolver suas necessidades.

Como vimos o assistente social trabalha com serviços sociais que podem atuar em várias áreas que são: misericórdias, associações de doentes, cooperativas de habitação, associações de moradores, associações de educação de adultos e de animação cultural, associações de jovens, associações de desenvolvimento rural e iferentes associações de defesa dos direitos humanos, podem ainda trabalhar em empresas de diferentes ramos de atividade, nos seus sectores de serviços sociais, recursos humanos e saúde ocupacional. Com essas áreas sociais o assistente ajuda na qualidade de vida de uma nação, ampliando projetos e outros meios de recursos para o melhoramento à população.

O assistente social na sua área de atuação se depara com problemas sociais e também no seu mercado de trabalho, com essa grande desigualdade no quotidiano prejudica os trabalhadores e no meio social, pois a cada dia os “heróis” a sociedade procuram minimizar esses fatores que vivem cotidianamente, fazem o melhor que podem para ajudar ao próximo. 5. CARACTERÍSTICAS D proxmo. 5. CARACTERÍSTICAS DO PUBLICO ALVO: As características deste público ressaltam em suas necessidades básicas. Quando atuam na área da saúde ou educação, geralmente trabalham com pessoas, famílias que estão à margem do processo produtivo ou fora do mercado de trabalho não tendo acesso aos bens e serviços necessários.

Portanto enquadram- se no artigo 20 da Lei de Assistência Social (LOAS), que coloca a maternidade, crianças e adolescentes, idosos e portadores e deficiência como alvos de proteção, amparo e capacitação para que tenham qualidade de vida e acesso a políticas sociais. As caracteristicas dessas instituições é que, apesar de não se constituírem de caráter público, desenvolvem um trabalho de interesse público. Hoje a assistência social perdeu seu caráter, historicamente dado, de caridade, benevolência e favor, tornando-se politica pública de garantia de direitos do cidadão. O mesmo aconteceu com a saúde e a educação. São direitos de cidadania garantidos pela Constituição Federal de 1988 e respectivas Leis Orgânicas.

O atendimento a esses direitos, ortanto, faz parte de um interesse público e, qualquer instituição que trabalhe na perspectiva de defesa desses direitos e garantia da cidadania, está cumprindo um fim público, pois se volta para o outro que, de alguma forma, está sendo explorado, excluído ou destituído. O comum é que são entidades que não mantém uma relação mercantil com a sociedade. Não trabalham voltadas para o lucro no sentido do interesse capitalista. As receitas advindas de doações, convênios e/ ou prestação de serviços, são revertidas para a própria instituição, não havendo distribuição de “lucros” entre seus diretores ou associados Esse 0

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