Tempos modernos
Histórico do filme Por volta de 1932, Chaplin começou a trabalhar na história do filme que, a principio, Iria se chamar The Masses ( “As massas”). Durante o outono, seu amigo Joseph Shenck apresentou-lhe paulette Goddard e Chaplin a contratou para o seu próximo filme. Paulette e Chaplin foram os protagonistas de Tempos Modernos. Em 1933 casou-se em segredo com ela, durante um cruzeiro. Em 1934 terminou de escrever a história e, em outubro do mesmo ano, começou a filmá-la.
No estúdio da avenida La Brear modernizado e sonorizado, foram construídos vários cenários, endo o mais importante o da fábrica. No bairro do porto em Los Angeles, outro grand representando um b dois hectares do terr o. A filmagem e monta ‘ levou IO meses, no t ors Swipe to page só que este aberto, rio chegou a cobrir 5. A mise-en-scéne o outono desse ano, Chaplin escreve a partitura das musicas do ilme. Teve, nessa etapa, a ajuda de Alfred Newman, Edward Powell e David Raskin para o arranjo e a orquestração.
No dia 5 de fevereiro de 1936, o filme Modern Times (“Tempos Modernos”) estréia no Rivoli Theatre, de Nova York. Tempos Modernos custou um milhão e meio de dólares, sendo 500. 00 somente para a construção da grande máquina em que Chaplin é engolido com Chester Conklin (ator do filme, fez o pape de um operário mecânico. ). O filme, recebido friamente pela crítica americana (foi acusado de comunista), rendeu apenas um Swi;R ta u milhão e oitocentos mil dólares nos Estados Unidos.
Foi proibido na Itália e na Alemanha, mas alcançou grande sucesso na Inglaterra, na França e na União Soviética. Resumo do filme Tempos Moderno é uma história sobre a indústria, a iniciativa privada ea humanidade em busca da felicidade. (Charles Chaplin, em frase no início do filme) O filme conta a história de um operário e uma jovem. O primeiro (Charles Chaplin) é um operário empregado de uma grande fábrica. Esse operário desempenha o trabalho repetitivo de apertar parafusos.
De tanto apertar parafusos, o rapaz tem problemas de stress e, estafado, perde a razão de tal forma que pensa que deve apertar tudo o que se parece com parafusos, como os botões de uma blusa, por exemplo. Ele é despedido e, logo em seguida, internado em um hospital. Após ficar algum tempo internado, sai de lá recuperado, mas com a eterna ameaça de estafa que a vida moderna impõe: a correria diária, a poluição onora, as confusões entre as pessoas, os congestionamentos, as multidões nas ruas, o desemprego, a fome, a miséria..
Logo que sai do hospital, se depara com a fábrica fechada. Ao passar pela rua, nota um pano vermelho caindo de um caminhão. Ao empunhar o pano na tentativa de devolvê-lo ao motorista do caminhão, atrai um grupo enorme de manifestantes que passava por ali. Por engano, a policia o prende como líder comunista, simplesmente pelo fato de ele estar agitando um pano vermelho, parecido com uma bandeira, em frente a uma manifestação. Após passar um tempo preso, o operário é solto pel om uma bandeira, em frente a uma manifestação.
Após passar um tempo preso, o operário é solto pela polícia por agradecimento, uma vez que ajudou na prisão de um traficante de cocaína que tentava fugir da prisão. Nesse momento, surge a outra personagem do filme, “a moça – uma menina do cais que se recusa a passar fome”. A jovem (Paulette Goddard), vivendo na miséria, tem de roubar alimentos para comer, pois, além disso, mora com as suas duas irmãs menores, seu pai está desempregado e as três são órfãs de mãe. O pai morre durante uma manifestação de desempregados as duas pequenas são internadas em um orfanato.
A moça foge para não ser internada e volta a roubar comida. Numa de suas investidas, ela conhece o operário: depois de roubar o pão de uma senhora, a polícia vai prendê-la e o operário assume a autoria do assalto. A polícia o prende , mas o solta em seguida após descobrir o engano. Quando vê a moça sendo presa, o operário arma um esquema para ser preso também: rouba comida em um restaurante. São colocados no mesmo camburáo e, durante um acidente com o carro, os dois fogem e vão morar juntos. O operário, nosso querido Carlitos, procura emprego e consegue m como segurança em uma loja de departamentos.
Logo é despedido por não ter conseguido evitar um assalto e por dormir no serviço. No entanto, consegue emprego numa outra fábrica, consertando máquinas. Durante uma greve na fábrica, Carlitos é preso mais uma vez, agora por “desacato à autoridade policial’ Alguns dias depois, ele é liberado e a jovem o espera na saída da prisão para levá-lo a nova casa — um ba dias depois, ele é liberado e a jovem o espera na saída da prisão para levá-lo a nova casa – um barraco de madeira perto de um lago.
A jovem consegue, então, emprego em um café com ançarina e arruma outro para Carlitos, só que como garçom/ cantor. Os dois são um sucesso, principalmente Carlitos que, durante uma improvisação de uma música, arranca milhares de aplausos dos presentes ao café. Para estragar a festa, no entanto, surge novamente a polícia, desta vez com uma caderneta com os dados da moça e uma ordem para prender a jovem num orfanato. Carlitos e moça fogem e terão de começar tudo novamente…
Resenha O filme Tempos Modernos caracterizou de forma brilhante um período histórico marcado pelo desemprego em massa e a ueda acentuada do PIB em decorrência do declínio da produção industrial e dos preços. As imagens falam por si só. A expressão sapeca e cômica de Charles e a sua sutileza ao relatar em sátira, a Vlda do operário que é escravo dos mecanismos do capitalismo em desempenho do exercício repetitivo e a insatisfação do trabalhador retratadas em stress e as conseqüências que levam o trabalhador a ficar doente.
Outra cena que marca, é a invenção de uma máquina alimentadora com a finalidade de diminuir o tempo dos operários enquanto almoçam, assim aumentando o tempo cansativo de trabalho. A fome e a revolução comunista da época retratam, a turbulência da sociedade delineando o quadro de mazelas sócio-econômicas interpretando assim o desmoronamento das esperanças e na agonia pela sobrevivência principalmente das camadas mais baixas da populaça esperanças e na agonia pela sobrevivência principalmente das camadas mais baixas da população. ? uma crítica ao modo da produção capitalista e a reprodução burguesa, procurando detalhar não só as concepções que abrangem as questões trabalhistas em si, mas também uma perspectiva almejada pela humanidade: A felicidade. Mas uma dúvida… Afinal o que Charles e os demais estavam produzindo naquela fabrica? O trabalho de apertar parafusos resultava em qual produto final? A resposta está na característica do famoso fordismo que ainda atualmente continua presente, e hoje não somente o trabalhador mais também o consumidor é vitima disso.
Ao trabalhador não é permitido saber qual o produto que está produzindo, assm virando um robô humano e tendo sua inteligência engessada. Á esta semelhança, a sátira não deixa de estar na “moda”, fazendo sucesso ainda nos dias de hoje, porque ainda acontece em nosso empo contemporâneo, o não uso da capacidade inteligível e criativa e sim o adestramento em codificar e executar ações pré- moldadas. Bibliografia CLARET, Martin (Coord. . O pensamento vivo de Chaplin. São Paulo, Martin Claret Editores, 1986. CONY, Carlos Heitor. Chaplin. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira, 1967. LEONE, Eduardo & MOURÃO, Maria Dora. Cinema e montagem. São Paulo, Ática 1993. NEVES, João Alves das. Carlitos. São Paulo, Editora Ins, 1976. SILVEIRA, Walter da . Imagem e roteiro de Charles Chaplin. Salvador, Editora Mensageiro da Fé, 1970.