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Introdução A glicose e os ácidos graxos são os mais importantes combustíveis metabólicos. Para manter o suporte contínuo de glicose, os combustíveis metabólicos são estocados. Os carboidratos são estocados sob a forma de glicogênio, no fígado e no músculo. A glicogenólise refere-se à quebra desse glicogênio em glicose ou glicose 6fosfato. No músculo, essa quebra visa a produção de ATP, já no fígado essa quebra mantém nlVeis ótimos de glicose para o funcionamento, principalmente, do cérebro, no qual a glicose é, praticamente, o unico combustível utilizado.

Há várias doenças que afetam o armazenamento de glicogênio, todas devidas a defeitos hereditários em uma ou mais enzimas, envolvidas em síntes são chamadas de glic cn ors decorrentes de erro to next*ge anormalidade da con em qualquer tecido d ênio. Essas doenças es são doenças ue resulta em tura do glicogênio ais de 10 diferentes tipos, dependendo do defeito enzim tico encontrado, das quais abordaremos duas: Doença de Andersen m(glicogenose tipo IV) e Doença de McArdle ( glicogenose tipo V).

Doença de Andersen A doença de Andersen é uma condição muito rara na qual ma forma anormal de glicogénio, chamada amilopectina, é depositada principalmente no fígado, mas também no coração, músculos e sistema nervoso. As crianças com glicogenose tipo IV, tipicamente morrem de Cirrose Hepática. O distúrbio resulta de uma deficiência de uma enzima ramificadora (amiloglicantransferase), responsável por criar pontos de ramificação na molé molécula normal de glicogênio.

A ausência de enzima ramificadora leva a formação e acúmulo de uma forma tóxica e insolúvel de glicogênio que é normalmente ausente nas células anmais e se assemelha ao amido vegetal. O transplante de figada ode ser uma alternativa para a cura da Doença de Andersen. Notadamente, os depósitos de amilopectina no coração e outros tecidos extra-hepáticos são significativamente reduzidos após o transplante de fígado, embora o mecanismo para este efeito paradoxal seja obscuro.

As manifestações clínicas da doença são varias, entre elas cirrose hepática progressiva que representada, nos dezoito pnmelros meses, por hepatoesplenomegalia e atrasos do crescimento. Essa cirrose pode progredir para Hipertensão portal, ascite, varizes esofágicas e insuficiência hepática, levando a morte até os 5 anos de idade. Há também uma forma neuromuscular da doença, na qual os pacientes podem apresentar ao nascer hipotonia acentuada, atrofia muscular e envolvimento neuronal com morte no período neonatal.

Na segunda infâ iopatia ou miocardiopatia pré-natal por medição da atividade enzimática em aminoácidos cultivados ou vilosidades coriônicas. No diagnóstico por imagem, o depósito tecidual de materiais semelhantes à amilopectina é demonstrado no fígado, coração, músculos, pele, intestinos, cérebro, medula espinhal e nervos periféricos. A microscopia eletrônica mostra o acúmulo dos agregados fibrilares que são ípicos da amilopectina, além das partículas alfa e beta e o diagnóstico é obtido com base nas propriedades de coloração distintas.

Por ser uma patologia letal o indivíduo geralmente morre até os 5 anos de idade. Pode haver uma variação mais amena podendo evoluir de um modo mais benigno. Não há tratamento específico para essa doença de depósito de glicogênio. para a insuficiência hepática progressiva, é realizado um transplante, mas, como esse é um distúrbio multissistêmico envolvendo muitos órgãos, o sucesso a longo prazo é desconhecido.

Em casos de miocardiopatias dilatadas ? importante fazer a pesquisa de glicogenoses, pois na doença de Andersen, ao contrário de outras doenças de depósito de glicogênio, o coração é dilatado. Doenças de armazenamento de glicogênio estão relacionadas a falhas geradas durante a transcrição (DNA – RNA) ou tradução de proteínas ou durante a fecundação e desenvolvimento embrionário. Quando não diagnosticadas ao nascer, mas se percebidas precocemente, podem até ser controladas, com uma dieta especifica e exercícios, nos casos de distúrbios com fisiopatologia energética muscular.

Doença de McArdle Um defeito no metabolismo de glicogênio restrito ao músculo é encontrado na doença de McArdle (tipo IV). A atividade da fosforilase muscular está ausente, e a capacida PAGF3rl(FS doença de McArdle (tipo IV). A atividade da fosforilase muscular está ausente, e a capacidade de o paciente executar exercício intenso é limitada, devido a câimbras musculares dolorosas. Fora Isso, o paciente é normal e bem desenvolvido. portanto, a utilização eficaz do glicogênio muscular não é essencial ? vida.

Estudos de ressonância nuclear magnética de fósforo-31 destes pacientes têm sido muito informativos. O pH das células de musculos esqueléticos de indivíduos normais cai durante o exercício intenso, devido à produção de ácido láctico. Por outro lado, as células musculares de pacientes com a doença de McArdle ficam mais alcalinas durante o exercício, devido à quebra da fosfocreatina. Não se acumula lactato nesses pacientes porque a velocidade da glicólise de seus músculos é muito menor que a normal.

As câimbras dolorosas estão relacionadas aos níveis altos de ADP. A doença de McArdle é considerada rara atingindo uma em 100 mil pessoas sendo os homens marjoritariamente afetados. O gene para doença é recessivo autossômico localizado no cromossomo 11. Sendo uma doença genética, ela não tem cura e sim maneiras de amenizar os sintomas. É aconselhado aos pacientes não praticarem exercicios fisicos vigorosos, e se forem praticar devem ingerir glicose ou frutose antes. A glicose pode ser aplicada por via intravenosa.

O objetivo dlsso é estimular maior tolerância ao paciente, já que ele está impossibilitado de utilizar sua reserva de glicogênio porque não consegue quebrá- lo em glicose. Para se obter o diagnóstico da doença é feito um teste isquêmico de exercícios. Com um esfigmomanômetro preso ao braço do paciente, durante 1 minuto, apertando um dinamômetro de mão PAGF esfigmomanômetro preso ao braço do paciente, durante 1 minuto, apertando um dinamômetro de mão com força máxima, impedindo o fluxo sanguíneo.

Se não houver aumento de lactato sanguíneo ou aumento de amônia o indivíduo pode ter a doença. Não ocorre aumento de lactato, pois o glicogênio não é degradado. Outras maneiras de diagnosticar e através de uma biópsia muscular, de uma coloração vista por microscópio, e por exame de urina que detecta níveis elevados de mioglobina. A alta concentração de mioglobina na urina pode precipitar nos rins, causando insuficiência renal temporária.

O indivíduo portador dessa doença, pode ter elevado nível de glicogênio no músculo e não conseguir degradá-lo, apresenta dor e câimbras com dificuldades de praticar exercícios. Porém, ele não apresenta níveis desregulados de fosforilase hepática, sendo nesse quesito, uma pessoa normal. Já que a enzima miofosforilase não é sintetizada, as células musculares sofrem com a não produção de ATP, logo todos os mecanismos que necessitam de ATP entram m colapso, suas bombas iônicas falham e pode haver súbitas entradas de cálcio, o que levam à câimbras, e até mesmo morte das fibras musculares.

O glicogênio não degradado se deposita em vários vacúolos abaixo dos sarcômeros. REFERENCIAS BI BLIOGRÁFICAS. BAYNES, John; DOMINICZAK, Marek H. Bioquímica Médica. 2a Edição. São Paulo: Manole, 2007. A. L. ; NELSON, D. u; COX, M. M. princípios de bioquímica. São Paulo: Sarvier, 5a Edição, 2011. DEVLIN, Thomas M. Manual de Bioquímica com Correlações Clinicas. São Paulo: Blücrner, 6a EdiÇã0, 2007.

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