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JORNALISMO ESPORTIVO Um pouco sobre o jornalismo esportivo e os novos tempos Com o crescimento do jornal impresso, surgiu a necessidade de falar de esporte de uma maneira muito mais direcionada e pertinente, fazendo crescer os cadernos e as seções especiais dedicadas ao jornalismo esportivo. Hoje, este tipo de jornalismo vem se dedicando totalmente centrado no interesse do público consumidor — na sua vendagem — sem excluir as suas técnicas normativas do jornalismo, é claro, mas se adequando aos novos tempos.

O efeito da evolução midiática reflete diretamente no modo de se roduzir conteúdos informativos e na maneira de se retransmitir p as notícias, exigindo se alinhe ao entreten A linguagem do jorna desde a chegada de mo se modifique e OF6 es mudanças o Esportivo, por exemplo, sentiu de perto essa evolução brusca, principalmente pelo domínio da internet. A internet na midia esta causando uma reformulação na perspectiva de outros veículos de comunicação porque com ela a informação passou a ser levada ao público de forma muito mais veloz.

Segundo especialistas no assunto, a linguagem em todas as editorias, principalmente na esportiva, mudou devido a uma ransformação que busca um conteúdo muito mais voltado com o imediatismo. É o que explica Alberto Ludl Swige to víew next page Ludivig, editor da Web TV da Federação Paulista de Futebol, e que está no jornalismo há mais de 30 anos, com experiência nas principais midias. Desde o final da década de 80, as grandes empresas de comunicação passaram a ter uma visão mais comercial do jornalismo. E, como um produto, era preciso entregar a notícia o mais rápido possível, contemplando prioritariamente a publicidade. As edições passaram a ser fechadas muito mais cedo. Os repórteres passaram a apurar material de maneira mais superficial, obedecendo a regras rígidas de horários de fechamento.

O jornalismo esportivo, em si, seguiu essa onda com uma linguagem mais ‘urgente’, sem muita contextualização”, ressaltou Ludivig que, de acordo com ele, “O mundo mudou, está mais veloz, ninguém suporta mais uma programação lenta, com reportagens que ultrapassem 20 linhas ou que, no caso da tevê, ultrapasse um minuto”, ele completa. Na Rede Globo, por exemplo, a transformação da linguagem ficou evidente a partir do momento em que um novo modelo de telejornal esportivo ganhou espaço.

Primeiro aconteceu com o Globo Esporte, que deixou de apresentar suas noticias diárias no mesmo modelo “convencional” e permitiu o entretenimento entrar pra ficar mais próximo do telespectador. A inovação aconteceu por iniciativa do apresentador Tiago Leifert que percebeu que a mudança no estilo de se fazer um programa de esportes precisaria de um “algo a mais”, inclusive para resgatar a au fazer um programa de esportes precisaria de um “algo a mais”, inclusive para resgatar a audiência do programa que estava em forte decadência.

O Fantástico, seguiu a mesma linha, só que gora com o Tadeu Shimidt, transformando a notícia esportiva num programa de entretenimento, porém sem alterar o conteúdo da informação. Assim, Ludivig acredita então que, os jornalistas estão se adaptando naturalmente a essa nova vertente e que “hoje em dia nao existe mais espaço para um jornalismo esportivo muito concentrado na informação pura e simples, com angulações diferenciadas sobre um mesmo assunto. Ele (jornalismo esportivo) tem enveredado, realmente, para o entretenimento.

Eu diria que, hoje, em primeiro lugar vem o marketing, ou seja, a forma, o conceito do programa, e, depois, a otícia”. Mas existem outras questões também que ainda mexem com alguns especialistas no assunto. Uns acreditam que é diferente o modo de se fazer jornalismo na TV aberta e o no canal a cabo. Para o professor Universitário, que já foi editor de esportes, Wagner Belmonte, o jornalismo esportivo na televisão aberta é sinônimo de show. Enquanto na TV a cabo existe uma liturgia, um respeito maior, às vezes até poético, em relação à linguagem. O Cléber Machado é um bom cara a ser estudado. enquanto Galvão Bueno é Galvão Bueno em qualquer circunstância, para o bem e ara o mal, na transmissão da copa do mundo ou da fórmula 1 na W aberta, Cléber machado é um jorna 3 para o mal, na transmissão da copa do mundo ou da fórmula 1 na TV aberta, Cléber machado é um jornalista na TV aberta e outro, bem diferente, na TV a cabo. Enfim, no meu modo de ver, a televisão a cabo dá um baile no conteúdo das emissoras abertas.

O programa Troca de Passes, do canal Sportv, por exemplo, é um Mesa Redonda sem a linguagem do povão”, argumentou. Sobre a imparcialidade Muitas vezes se torna dificil usar a imparcialidade e a isenção em um jornalismo liberal onde a emoção envolve o jornalismo. ? o caso dos jornalistas esportivos que não conseguem separar a paixão por um time que geralmente vem de infância e o tratamento indiferenciado que devem dar nas coberturas. Embora muitos tentem se equilibrar, outros não escondem a preferência Jornalista esportivo.

A relação com as fontes é outro problema que quem trabalha com a imprensa esportiva tem de se defrontar. A situação muitas vezes é cômoda, quando o jornalista-torcedor, ao deixar transparecer sua preferência, cria empatia com o público específico. A cobertura com setoristas nos clubes traz grandes inconvenientes, como ouso das mesmas fontes, a aproximação uito estreita entre jornalistas e jogadores e dirigentes e, também, a necessidade de ocultar informações estratégicas para o clube sob pena de perder outras.

O Jornalista Alexandre Zraik, da Rádio Transamérica e da TV Iguaçu, comenta que o relacionamento estreito entre fontes e jornalistas acaba por atrapalh da TV Iguaçu, comenta que o relacionamento estreito entre fontes e jornalistas acaba por atrapalhar a liberdade de informar. “Ao ficar íntimo dos jogadores e dirigentes, ele passa a não mais denunciar certas coisas, ele segura informaçao”,afirmou. Esta situação, segundo ele, é particularmente grave com os jovens rofissionais, que se deslumbram diante do contato com os ídolos.

O jornalista Luiz Augusto Xavier sugere que o jornalista, para se posicionar profissionalmente, deva evitar almoços com membros do clube; ele deve também, durante as viagens, se hospedar em hotéis diferentes do que o time que cobre está. “É por uma questão puramente emocional, o jornalista precisa ter um bom relacionamento, mas com limites”, afirmou Xavier. Além deste envolvimento emocional, outro aspecto entra em questão: o apoio financeiro que os clubes davam aos setoristas. A ajuda fornecida pelo clube fazia toda a diferença.

Outro ponto de elevância é em relação aos interesses das emissoras de rádio e W e os patrocinadores dos eventos esportivos. Qual é a autonomia do jornalista de uma emissora envolvida na transmissão para criticar um evento esportivo no qual ele possa estar vendo distorções? O jornalista esportivo então, nestas circunstâncias acaba deixando o senso cr[tico de lado. O que se questiona é o prazo para cada mudança. Alguns meses não seriam suficientes para que o jornalista cultivasse as fontes, enquanto que manter por anos o set S enquanto que manter por anos o setorista no mesmo clube equivaleria a fomentar o vício nas fontes.

O prazo que parece ser recomendável é de um ano, tempo em que o setorista pode acompanhar toda a trajetória do time na temporada. Isenção no jornalismo esportivo O jornalista Alexandre Zraik disse que sofreu perseguição por manter-se isento numa questão esportiva. Trabalhando para a Rádio CBN, controlada pelo cartola atleticano Mario Celso Petraglia, ele foi chamado pelo diretor da emissora, Eudes Moraes, em meados de 2001 para se posicionar diante de uma disputa interna do Atlético Paranaense em que Petraglia estava envolvido. Embora atleticano, Zraik se recusou e teve de sair da rádio.

Moraes, portanto, disse que a saída do jornalista está ligada a mudanças Implementadas pelo Sistema Globo de Rádio, do qual a CBN faz parte, e com as quais Zraik não concordou. Hoje, Zraik coordena a equipe de esportes da Transamérica, que é líder de audiência em Curitiba, e apresenta o programa Tribuna na TV, na TV Iguaçu, no qual torcedores dos três grandes times da capital discutem sobre o desempenho das equipes. “Levamos para a W a discussão do boteco, e nem por isso tiramos empregos de jornalistas, pois há toda uma equipe de Jornalismo na produção”, afirmou. Aluna: Tatiana Caus

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