Trabalho universitários
Friederich PerlsA escola gestáltica causou enorme impacto em todo o campo da psicologia na metade do século XX. Teorias da Personalidade I A teoria da Gestalt desenvolveu-se como protesto contra a análise atomistica vigente no final do século XIX. A análise atomística tentava compreender a experiência da pessoa de forma que os elementos dessa experiência eram reduzidos aos seus componentes mais simples, sendo que cada componente era analisado separadamente dos outros e, a experiência total era entendida como uma soma destes componentes.
A chamada Gestalt-t partir das reflexões d em Berlim em 1893, África do Sul e post América, onde junta PACE 1 or26 década de 50, a sicanalista nascido écada de 40 para dos Unidos da Intelectuais norte- americanos desenvolveu esta nova abordagem. Crescimento Psicológico Perls definia a saúde e a maturidade psicológicas como sendo a capacidade de emergir do apoio e da regulação ambientais para um auto-apoio e uma auto-regulação. O processo terapêutico representa um esforço na direção desta emergência. O elemento cruclal no auto-apoio e na auto-regulação é o equilíbrio. ma das proposições básicas da teoria da Gestalt é que todo organismo ossui a capacidade de realizar um equilíbrio ótimo consigo e com seu meio. As condições para realizar este equilíbrio envolvem uma conscientização desobstruída da hierarquia de necessidades, que descrevemos anteriormente. Uma apreciação plena desta hierarquia de necessidades só pode ser realizada através da conscientização que envolve todo organismo, uma vez que necessidades são experienciadas por cada parte do organismo e sua hierarquia é estabelecida por meio de sua coordenação. erls considera o ritmo de contato/fuga com o meio ambiente como componente principal do equilíbrio do organismo. A imaturidade e a neurose implicam uma percepção impropria do que constitui este ritmo ou uma incapacidade de regular seu equilíbrio. Indivíduos auto-apoiados e auto-regulados se caracterizam pelo livre fluir e pelo delineamento claro da formação figura-fundo (definição de sentido) nas expressões de suas necessidades de contato e retraimento. Tais indivíduos reconhecem sua própria capacidade de escolher os meios de satisfazer necessidades ? medida que estas emergem.
Têm consciência das fronteiras entre e eles mesmos e os outros e estão particularmente conscientes a distinção entre suas fantasias sobre os outros (ou o ambiente) e o que experienciam através do contato direto. Psicologia da Gestalt Embora não haja equivalente preciso em português para a palavra alemã gestalt, o sentido mais geral que se pode dar ao termo seria uma espécie de disposição ou configuração de uma organização específica das partes que constituiria um todo particular.
O princ[pio mais importante da abordagem gestáltica é a afirmação de que a análise das partes nunca pode proporcionar uma compreensão do todo, uma vez que o todo será definido elas interações e interdependências das partes. As partes de uma gestalt não mantêm sua identidade quand PAGF interações e interdependências das partes. As partes de uma gestalt não mantêm sua identidade quando estão separadas de sua função e lugar no todo. Assim sendo, a teoria da Gestalt foi inlcialmente formulada no final do século XIX na Alemanha e Áustria.
I Em 1912, Max Wertheimer publicou um trabalho considerado o fundamento da escola gestáltica, onde descrevia um experimento executado por Wertheimer e seus colegas, planejado para explorar certos aspectos da percepção do movimento. Numa sala scura, eles faziam reluzir em rápida sucessão dois pontos de luz próximos um do outro, variando os intervalos de tempo entre os clarões. Descobriram que quando o intervalo entre os clarões era menor que 3/100 de segundo, eles pareciam simultâneos.
Quando o intervalo era de 6/100 de segundo, o obsewador dizia ver o clarão mover-se do primeiro ponto ao segundo. Quando o intervalo era de 20/100 de segundo ou mais, os pontos de luz foram observados como o eram de fato, ou seja, dois clarões de luz separados. A descoberta crucial do experimento refere-se à percepção de movimento quando os clarões estavam separados por proximadamente 6/100 de segundo. O movimento aparente não era função dos estímulos isoladamente, mas dependia das características relacionadas à organização neural e perceptiva do campo.
Os resultados deste experimento levaram a algumas reformulações fundamentais no estudo da percepção e, durante as décadas de vinte, trinta e quarenta do nosso século, a teoria da Gestalt foi aplicada ao estudo da aprendizagem, resolução de problemas, motivação, psicologia social e, até certo ponto, ? teoria resolução de problemas, motivação, psicologia social e, até certo ponto, à teoria da personalidade. A escola gestáltica causou enorme impacto em todo o campo da psicologa.
Na metade do século XX, a abordagem desta escola tinha-se tornado tão intrínseca à corrente central da psicologia que a noção de um movimento gestéltico por si próprio e emancipado deixou de existir. Uma contribuição importante dos adeptos da Gestalt refere-se à exploração da maneira como as partes constituem e estão relacionadas com um todo. Além disso, a teoria da Gestalt ofereceu algumas sugestões a respeito dos modos pelos quais os organismos se adaptam para alcançar sua organização e equillbrio ótmos. aspecto desta adaptação envolve a forma pela qual um organismo torna suas percepções significativas, a maneira pela qual distingue figura do fundo. A escola gestáltica estendeu o fenômeno figura-fundo para descrever a maneira pela qual um organismo seleciona o que é ou não é de seu interesse num dado momento. Para um homem sedento, um copo de água colocado entre seus pratos favoritos emerge como figura principal contra o fundo menos importante constituído pela comida. A percepção adapta-se à necessidade, capacitando-nos a satisfazer nossas necessidades. ma vez atisfeita a sede do exemplo, sua percepção da pessoa sobre o que é figura e o que é fundo provavelmente se modificará, de acordo com as mudanças nos interesses e necessidades dominantes. Embora, por volta de 1940 a teoria da Gestalt já tivesse sido aplicada em muitas áreas da psicologia, foi em grande parte ignorada no exame da dinâmica da estrutura da personalida áreas da psicologia, foi em grande parte ignorada no exame da dinâmica da estrutura da personalidade e do crescimento pessoal. Além do mais, ainda não havia nenhuma formulação de princípios da Gestalt específicos para psicoterapia.
Assim, a artir desse ponto podemos começar a ver o papel de Fritz Perls, responsável pela ampliação da teoria da Gestalt na psicoterapia e de uma teoria de mudança psicológica. A abordagem gestáltica inspirou-se em formulações da psicologia e da filosofia, adotando alguns referenciais, tais como, a percepção gestáltica de que “o todo é diferente da soma das partes”. A percepção gestáltica propõe que todo fenômeno psiquco seja visto como um todo, em suas relações e dinamismos. Por essa razão a Gestalt nao considera o comportamento da pessoa isoladamente.
Ela procura explorar a situação em que se eu, sua importância e significado naquele momento e situação. Considera o homem como um ser em relação, seu organismo é um sistema em equilíbrio, ou em constante busca de equillbrio e auto-regulação em sua relação com o meio. O terapeuta gestáltico é especialmente atento à forma como se expressa o cliente, não só em termos de verbalização, mas também em termos de linguagem gestual, corporal. motora. perls mostra que a agressividade também desempenha um papel construtivo na maneira como a pessoa se relaciona com o mundo e consigo mesma.
Existencialismo e Fenomenologia Perls descreveu a Gestalt-terapia como uma terapia existencial, baseada na filosofia existencial e utilizando-se de princípios considerados existencialistas e fenomenológicos. Embora a Gestalt-terapia não se ten PAGF s OF princípios considerados existencialistas e fenomenológicos. Embora a Gestalt-terapla não se tenha desenvolvido diretamente a partir de antecedentes fenomenológicos e existenciais particulares, vários aspectos do trabalho de perls equiparam- se àqueles desenvolvidos em muitas escolas do existencialismo e fenomenologia.
A influência destas escolas foi difusa, porém substancial. Em geral, Perls contestava de forma ferrenha a idéia de que se poderia abranger o estudo do ser humano através de uma abordagem científico-natural-mecanicista inteiramente racional, como recomendava o positivismo. A partir disso, Perls associou- se à maioria dos existencialistas, insistindo que o mundo vivencial de um indivíduo só pode ser compreendido por meio da descrição direta que o próprio indivíduo faz de sua situação unlca.
Do mesmo modo, Perls sustentou que o encontro do terapeuta com um paciente, constitui um encontro existencial entre duas pessoas e não uma variante do clássico relacionamento médico- aciente. O primeiro livro publicado por Friederich Perls, antes mesmo do nascimento da Gestalt-terapia, foi “The Ego, Hunger and Aggression”(1942), onde expressa de forma condensada sua critica à teoria de Freud. A idéia de que mente e corpo constituem dois aspectos diferentes da existência diferentes e completamente separados, era uma noção que Perls, assim como os existencialistas, achavam intolerável.
De acordo com suas objeções, assim como não poderia haver cisão entre mente e corpo, abandonou também a idéia da cisão entre sujeito e objeto e, mesmo, a da cisão entre organismo e meio. Ao invés de considerar que entre sujeito e objeto e, mesmo, a da cisão entre organismo e meio. Ao invés de considerar que cada ser humano encontra um mundo que ele experiencia como sendo completamente separado de si mesmo, perls acreditava que as pessoas criam e constituem seus próprios mundos. Dessa forma o mundo existe para um dado individuo como sua própria descoberta do mundo.
O conceito de intencionalidade é básico, tanto para o existencialismo e fenomenologia quanto para o trabalho de Perls. A mente ou consciência é entendida como intenção e não pode ser compreendida à parte do que é pensado ou pretendido. Os sentidos dos atos psíquicos ou intenções devem ser alcançados em seus próprios termos, fenomenologicamente, e em termos de sua própria intenção particular. Assim, a critica existencialista da noção freudiana de instintos é a mesma de Perls, e a libido constitui um ato psíquico, nem mais básico nem mais universal que qualquer outro.
Todo ato ps[quico é intenção, e toda intenção deve ser compreendida em seus próprios termos, e não em termos de um ato psíquico mais básico. Entre o pensamento existenclalista, dois temas são da maior importância; a experiência do nada e a preocupação com a orte e o medo. Ao examinar a visão que perls tem da neurose, veremos que esses mesmos temas também constituem elementos importantes em sua teoria sobre o funcionamento psicológico. O método fenomenológico de compreender através da descrição é básico no pensamento de Perls.
Todas as ações implicam escolha, todos os critérios, de escolha são eles próprios selecionados e explanações causais não são suficientes para justificar as e PAGF 7 escolha são eles próprios selecionados e explanações causais não são suficientes para justificar as escolhas ou ações de alguém. Além disso, a confiança fenomenológica na intuição para o conhecimento das essências assemelha-se à confiança de perls naquilo que ele chama de inteligência ou sabedoria natural do organlsmo.
Finalmente, o próprio modo de Perls propor sua abordagem inclui, como qualquer descrição fenomenológica, as características fenomenológicas e existenciais descritas acima. Seus livros não são argumentações descrevendo um ponto de vista particular, uma vez que, na estrutura fenomenológica, a argumentação perde o sentido a não ser que o leitor, fora do contexto de sua própria experiência, decida aceitar as premissas e perls desde o inicio.
O estilo de perls é imaginativo e pessoal, e sua tentativa é existencial no sentido em que propõe uma teoria do desenvolvimento psicológico que é inseparável do envolvimento de Peris com seu próprio desenvolvimento. O Organismo como um Todo Um conceito fundamental subjacente ao trabalho de Perls tem sua formulação explícita, como vimos, a partir do trabalho dos psicólogos da Gestalt. Na teoria de perls, a noção de organismo como um todo é central, tanto em relação ao funcionamento orgânico quanto à participação do organismo em seu meio para riar um campo único de atividades.
No contexto do funcionamento intra-orgânico, Perls insistia em que os seres humanos são organismos unificados e em que não há nenhuma diferença entre o tipo de atividade física e mental. Perls definia atividade mental como atividade da pessoa toda que se desenvolve num mental. Perls definia atividade mental como atividade da pessoa toda que se desenvolve num nível mais baixo de energia que a atividade física. I Esta concepção dos níveis de atividades do comportamento humano levou Perls a sugerir que qualquer aspecto do comportamento de um indivíduo pode ser onsiderado como uma manifestação do todo, do ser total da pessoa.
Assim sendo, na terapia, o que o paciente faz ou como ele se movimenta, fala e assim por diante, fornece tanta informação a seu respeito quanto o que ele pensa ou diz. Esta concepção dos níveis de atividades do comportamento humano levou perls a sugenr que qualquer aspecto do comportamento de um indivíduo pode ser considerado como uma manifestação do todo, do ser total da pessoa. Assim sendo, na terapia, o que o paciente faz ou como ele se movimenta, fala e assim por diante, fornece tanta informação a seu respeito quanto que ele pensa ou diz.
Além do holismo ao nivel orgânico, Perls acentuou a importância do fato de considerar o indivíduo como parte perene de um campo mais amplo, o qual inclui o organismo e seu meio. Assim como Perls protestava contra a noção de divisão corpo- mente, protestava também contra a divisão interno-externo_ Ele considerava que a questão das pessoas serem dirigidas por forças internas ou externas não tinha nenhum sentido em si, uma vez que os efeitos causais de um são inseparáveis dos efeitos causais do outro. Há, no entanto, um limite de contato entre o indivíduo e seu meio é esse limite que define a relação entre eles.
Num indivíduo saudável este limite é fluido, sempre permitindo contato e de entre eles. Num indivíduo saudável este limite é fluido, sempre permitindo contato e depois afastamento do meio. Contatar constitui a formação de uma gestalt e afastar-se representa seu fechamento. Num indivíduo neurótico as funções de contato e afastamento estão perturbadas, e ele se encontra frente a um aglomerado de gestalten que estão de alguma forma inacabadas ou nem plenamente formadas nem plenamente fechadas. Perls sugeriu que as pistas para este ritmo de contato e fastamento são ditadas por uma hierarquia de necessidades.
As necessidades dominantes emergem como ou figura contra o fundo da personalidade total. A ação efetiva é dirigida para a satisfação de uma necessidade dominante. Os neuróticos são freqüentemente incapazes de perceber quais de suas necessidades são dominantes ou de definir sua relação com o meio, de forma a satisfazer tais necessidades. Assim, a neurose acarreta alterações nos processos funcionais de contato e afastamento, e acabam causando uma distorção na existência do individuo enquanto organismo unificado. ??nfase no Aqui e Agora A visão holística levou Perls a dar ênfase particular à importância da auto-percepção presente e imedlata que um Indivíduo tem de seu meio. Os neuróticos são incapazes de viver no presente, pois carregam cronicamente consigo situações inacabadas (gestalten incompletas) do passado. Sua atenção é, pelo menos em parte, absorvida por essas situações e eles não têm nem consciência nem energia para lidar plenamente com o presente. Visto que a natureza destrutiva destas situações inacabadas aparece no presente, os indivíduos neuróticos sentem-se