Uma introdução ao projeto arquitetônico
ACHAMENTO Ficha Técnica: Autor: SILVA, Eivan Nome do livro: Uma Introdução ao Projeto Arquitetônico OF3 Editora: Ed. da UFRG O p 2a Edição: 1998 1a Reimpressão: 2006 Palavras Chave: Arquitetura, fenômeno complexo, contraditório e do mundo concreto; Tipologias arquitetônicas; Processo criativo na arquitetura. Estrutura do texto: A arquitetura é um fenômeno complexo e contraditório. O que é verdade em uma determinada situação poderá não ser em estão submetidas.
Com efeito, as mutações socioculturais, conômicas e tecnológicas determinam substanciais alterações tanto na estrutura programática quanto na interpretação formal dos diversos tipos de edificação que o gênero humano constrói e utiliza. Tome-se, por exemplo, a tipologia dos prédios escolares: aquilo que era válido há poucos anos pode estar superado pelas novas concepções pedagógicas, administrativas e econômicas.
Como o catálogo tipológico só é capaz de registrar dados de significação provisória, justifica-se sua remoção para um plano ecundário, compensada pela ênfase concedida ao estudo do processo criativo. Somente com o advento da Revolução Industrial que se materializou, de forma explicita, a necessidade de se conceber um procedimento projetual verdadeiramente despojado de arbitrariedade academicista.
O surgimento de novas tipologias arquitetônicas, derivadas das novas necessidades e das novas possibilidades surgidas no seio do progresso material, colocou diante dos arquitetos e engenheiros uma temática arquitetônica nédita, nao codificada pelos tratadistas dos séculos anteriores. A partir dos anos 60, vários estudiosos dedicaram-se a investigar o fenômeno do processo criativo na arquitetura, o que deu ao assunto novas dimensões e uma perspectiva ainda inexplorada.
A arquitetura como q deu ao assunto novas dimensões e uma perspectiva ainda inexplorada. A arquitetura como qualquer campo do conhecimento aplicado, e uma área onde podem ocorrer inovações tecnológicas significativas nao apenas no plano os processos materiais, mas também na esfera abstrata dos métodos de concepção, excluir a arquitetura do rol das atividades nas quais cabe a abordagem metodológica, por mera fidelidade a conceituações anacrônicas e desgastadas, é uma atitude retrógada e indesculpável.
A teoria é um procedimento explicativo, descritivo e sistematizador. O projeto arquitetônico completo pretende resolver a priori a totalidade ou quase totalidade dos pormenores da edificação, o que impede a contribuição dos construtores para a concepção a obra. Todavia, na prática isto é impossível, pois os problemas de construção são inúmeros e muitas vezes virtualmente imprevisíveis, o que transforma o projeto numa utopia.
De qualquer modo, o caráter despótico, se existir, não altera a essência lógica do mesmo. Da mesma forma, não se analisam neste estudo temas relativos à participação do usuários nas decisões projetuais, já que este assunto é de natureza eminentemente doutrinária, cuja exclusão não prejudica o teor da matéria aqui exposta. 3