Vinicola e vinhedos
Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Agrárias Departamento de Fitotecnia PRODUÇÃO DE MUDAS CERTIFICADAS DE VIDEIRA – VINICOLA SAN MICHELE (RODEIO. SC) – Acadêmico de Agronomia: Alberto Martins BackJunior 6 Universidade Federal de Santa Catarina PRODUÇAO DE MUDAS CERTIFICADAS DE VIDEIRA – VINICOLA SAN MICHELE (RODEIO-SC) – Relatório de Estágio de Conclusão de Curso apresentado como r para obtenção do tít de , Engenheiro Agrônom curso de Agronomia, OF40 nent page Centro de Ciências Agrárias, da Universidade Federal de Santa Catarina Aluno : Alberto Martins Back Junior Orientador: Prof.
Aparecido Lima da Silva Supervisor : Dr. José Afonso Voltolini Empresa :Vinícola San Michele (Rodeio-SC) Florianópolis / SC 2007-2 7 TERMO DE APROVAÇÃO ALBERTO MARTINS BACK JUNIOR Relatório julgado e aprovado, como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Agrônomo no Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal sempre respetar e apoiar meus objetivos. 9 AGRADECIMENTOS Ao Dr.
José Afonso Voltolini pela oportunidade da realização do estágio na vinicola San Michele; Ao professor Aparecido Lima da Silva por estar me orientando neste estágio; À todos os funcionários da Vinícola San Michele de Rodeio-SC; ? todos os mestres; Aos colegas de curso; Aos amigos; 10 SUMARIO SUMÁRIO. 6 LISTA DE TABELAS.. FIGURAS…. • • • • • • • • • • • • • • 9 RESUMO………… . 10 2 OBJETIVOS…… 11 2. 1 Objetivo Geral… 2. 2 Objetivos Específicos 3 JUSTIFICATIVA. 12 4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA… — ……………………………………… 1 3 5 METODOLOGIA…. 2 40 2 PRODUÇAO DE MUDAS… . 1 Produção dos enxertos e porta- …. 21 enxertos………….. — . 2. 2 Coleta e preparo do material vegetativo.. 2. 3 Enxertia… 23 2. 3. 1 Enxertia 2. 3. 1 Parafinagem.. 23. 1. 2 Forçagem… … 5 2. 3. 1 . 3. Aclirnataçao…. 26 2. 3. 1. 4. Reparafinagem……………….. 2. 3. 2 2. 3. 2. 1 Plantio dos enxertos em vasos……. 2. 3. 2. 2. Plantio dos enxertos em viveiro…. ….. ….. 27 2. 3. 2. 2. 1 Escolha da área para plantio dos enxertos.. 2. 3. 2. 2. 2 Preparo do solo… — 29 2. 3. 2. Manejo das mudas no vlvelro… 2. 3. 2. 1. Irrigação………… 3 40 fitossanitário…….. 23. 2. 3. Despo nte . 30 2. 8. 2. 4.
Arranquio . 11 2. 8. 2. 5. Seleção e preparo da muda para (Herbácea). Enxertia… . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . … 30 …. 31 comercialização.. . 2. 2-3. Enxertia verde 2. 2. 3. 1. Preparo dos enxertos e porta enxertos…………. — . 2. 2-3. 2. 32 2. 2. 3. 3. Forçagem. 33 3. 4. 34 CAPÍTULO II – A CERTIFICAÇÃO 1 INTRODUÇAO……….. 35 2. O SISTEMA NACIONAL DE SEMENTES E MUDAS…. 35 2. 1 . Registro nacional de sementes e mudas – Renasem.. 2. 2. Registro nacional de cultivares — …. 36 2. 3. Produção e certificação de mudas…. 2. 4. Análise e fiscalização da 4 40 …. 37 Muda de pé-franco em raiz 2. . 1. 3. Muda enxertada com embalagem . 2. 4. 1. 4. Muda de pé-franco com embalagem ………………………………………….. 39 2. 4. 1. 5. Muda micropropagada,de mini-enxertia e enxertia herbácea……. 39 2. 5. Comercialização e utilização de mudas. … a… … 39 2. 5. 1 comércio interno……. . 2. 5-2. Comércio internacional . . . . . . . . . . . . . . . . . 41 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS……………. — 42 ANEXOS ANEXO — Níveis de tolerância para doenças e pragas…… ANEXO II – Protocolo de controle 12 LISTA DE TABELAS Tabela 1 – Área de videira plantada no Brasil,em hectares…. … …. …. …. ….. 13 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – União do enxerto com o porta enxerto pela enxertia tipo Omega….. 23 Figura 2 – Estacas enxertadas Figura 3 – Sala de forçagem……………. Figura 4 – Estacas plantada s 0 Figura 5 – Estacas plantadas ? campo.. Figura 6 – União do enxerto com o porta enxerto pela enxertia herbácea…….. 33 14 RESUMO Para o desenvolvimento de uma vitivinicultura rentável, é fator preponderante que os vinhedos sejam implantados com mudas de boa qualidade, com sanidade e pureza varietal comprovada e dentro dos padrões estabelecidos pela legislação oficial.
O presente trabalho tem por objetivo descrever a técnica de produção de mudas de videira, através da enxertia de mesa. A produção da muda por enxertia é mais recomendada, esmo quando se trata de uvas comuns, pois a utilização do porta-enxerto, além de assegurar um controle mais eficiente da filoxera, pode agregar outras vantagens, como melhorar a qualidade da uva, conferir maior resistência a doenças de solo, maior adaptação a diferentes tipos de solos, maior precocidade, etc. ncluindo o manejo adequado dos matrizeiros; a coleta, a conservação e o preparo do material de propagação; a execução da enxertia e parafinagem; o manuse10 e controle dos enxertos durante e após a forçagem; e, o bom manejo das mudas no viveiro. A certificação das mudas produzidas é um processo mportante para assegurar a qualidade e identidade do material de propagação. Abrange todo o 6 40 produção e certificação de mudas de videira na Vinícola San Michele (Rodeio-SC). 2. 2.
Objetivo Especifico Descrever todas as etapas da produção de mudas, analisando a forma de aquisição de plantas matrizes, a produção de porta enxertos, métodos de propagação e enxertia, forçagem, substratos utilizados, manejo de pragas e doenças, além do estabelecimento das mudas em viveiro a campo; Analisar o processo de registro, produção, análise, fiscalização e certificação de mudas, de acordo com as normas do Sistema Nacional de Sementes e Mudas (Lei no 10. 711, de 5 de agosto de 2003). 16 3.
JUSTIFICATIVA No Brasil, a até alguns anos atrás, a impportação de mudas certificadas de países principalmente da Europa, eram a única alternativa para adquirir mudas de videira com qualidade comprovada. Porém, com o crescimento acelerado da viticultura, devido a produção de vinhos de qualidade e a implementação de indicações geográficas em algumas regiões, produtores de mudas começaram a se especializar e produzir mudas certificadas a um preço mais acessível e com genética e sanidade comprovada.
No estado de Santa Catarina ocorreu nos últimos anos o desenvolvimento de uma viticultura tecnificada e industrial, impulsionada pela forte demanda de matéria- rima uva ara vinhos e sucos) e pelo aumento no 40 foram realizados trabalhos de seleção, propagação In vitro, produção e certificação de plantas matrizes e mudas (Schuck et al. , 1993;). O sistema Nacional de Sementes e Mudas (Lei no 10. 711, de 5 de agosto de 2003) é o órgão responsável pela certificação das mudas, sendo que os viveiristas devem estar adequados a esta lei para garantir a qualidade do produto final destinado aos produtores.
Com intuito de obter maior conhecimento sobre produção de mudas de videira, este Trabalho teve como finalidade a realização do Estágio de Conclusão do Curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Catarina, numa empresa especializada de produção de mudas de videira, onde foram acompanhados os métodos de produção, propagação, manejo e certificação. 17 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA A produção de uvas no Brasil teve início no século XVI com a chegada dos colonizadores portugueses. ermaneceu como cultura doméstica até o final do século XIX, tornando-se atividade comercial a partir do início do século XX, elo fato do estabelecimento de imigrantes italianos na região sul do país. A partir de 1970, a vitivinicultura brasileira teve uma grande evolução, marcada pelo Investimento de grandes empresas estrangeiras na produção de uvas e vinhos no Rio Grande do Sul. Nessa época, houve um significativo 8 40 alternativas para o aumento da competitividade do vinho brasileiro e fortalecimento da identidade nacional.
A primeira obtenção de uma Indicação de Procedência (IP) para produtos vinícolas no Brasil ocorreu em novembro de 2002, quando o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, reconheceu a denominação ‘Vale dos Vinhedos” como ndicaçao Geográfica para vinhos tintos, brancos e espumantes produzidos naquela região da serra gaúcha. A IP Vale dos Vinhedos incorpora inovações, como área geográfica de produção delimitada, conjunto de cultivares autorizadas, todas de espécies viníferas, e limite de produtividade máxima por hectare (TONIETTO, 2003).
De acordo com estudos da Embrapa, outras regiões brasileiras possuem potencial para obtenção de novas Indicações Geográficas, devido ao interesse por parte dos fabricantes e das instituições epresentantes do setor em qualificar e diferenciar a produção. Entre elas estão a região da Campanha, na metade sul do Rio Grande do Sul, o Vale do São Francisco, no Nordeste, e o planalto serrano catarinense, na região de São Joaquim.
A viticultura no Brasil ocupou em 2006 uma área de 87792 hectares, segundo o IBGE, sendo produzidas 1. 228. 390 t de uvas. O Rio Grande do Sul, 18 maior pólo vitícola, responde or cerca de 54,2% da uva cultivada e 90% da e têm como caracteristica as pequenas propriedades. Ainda no Rio Grande do Sul, o município de Santana do Livramento, na região da Campanha Central, abriga mpresas internacionais que cultivam vinhedos em grandes áreas com uso intensivo de capital, tanto na mecanização quanto na contratação da mão-de- obra.
Nos ultimos três anos, a vitivinicultura começou a ser estimulada nos municípios de Bagé e Candiota, na região da Campanha Meridional, e Pinheiro Machado e Encruzilhada do Sul, na região da Serra do Sudeste. (MELLO, 2006). Ern 2006, foram comercializados no Rio Grande do SUI 267,33 milhões de litros de vinhos, 131 ,32 milhões de litros de suco e 8,76 milhões de litros de espumantes (MELLO, 2007). Em Santa Catarina, a maior parte da produção destina-se a laboração de vinhos de mesa. Em 2006, o aumento na área com videiras foi de 18,04% (Tabela 1).
Nesse estado a vitivinicultura apresenta expressão econômica principalmente na região do Vale do RIO do Peixe que apresenta grande similaridade com a da região da Serra Gaúcha quanto ? estrutura fundiária, topografia e tipo de exploração vitícola (MELLO, 2007). Tabela 1. Área de videira plantada no Brasil,em hectares, 2005 e 2006 Nos últimos anos, precisamente na década de 90, observou-se Santa Catarina uma considerável queda na produtividade dos vinhedos e uma forte redução da área pla s viroses presentes na 0 DF 40