Sintaxe da oração: termos integrantes
Como a própria denominação já denuncia, os termos integrantes aparecem completando o sentido de outros termos. São fundamentais para o entendimento e a perfeita construção da frase. São eles: o objeto direto e o objeto indireto (complementos verbais), o complemento nominal e o agente da passiva. Objeto direto é o termo que completa a significação dos verbos transitivos diretos sem o auxílio de uma preposição necessária, obrigatória. Exprime o paciente da ação e se identifica facilmente porque passa a sujeito na voz passiva. O alimento envenenou boa parte do reino.
Ele estreou a produção sob os protestos da população. Os argumentos que Perceba o pronome Leia: Ele utilizou o rgu,õ to view nut*ge Os argumentos salva Houve muitos probl éu da prisão. de objeto direto. comité. Observe que o verbo HAVER nesta trase não possui sujeito, já que está no sentido de EXISTIR. O termo “muitos problemas” é o seu objeto direto. Observações importantes: a) O objeto direto é frequentemente substituído dentro da frase pelos pronomes oblíquos átonos “o, a, os, as”. Quando o verbo que os precede termina em “-r, -s, -z”, tais pronomes assumem as formas “lo, la, los, las”.
Se o verbo terminar em ditongo nasal “-ao, Swipe to vlew next page -õe, -am”, por exemplo, os pronomes assumirão as formas eufônicas “no, na, nos, nas”. Deixaram o livro sobre a mesa de jantar. Deixaram-no sobre a mesa de jantar. Avisamos o diretor a tempo. — Avisamo-lo a tempo. Procuraram a menina por toda a parte. Procuraram-na por toda a parte. importante comprar produtos originais. . É importante comprá-los. b) Os pronomes oblíquos átonos “me, te, se, nos, vos” também podem exercer a função de objeto direto. Nesse caso é essencial que se conheça com segurança a regência verbal.
Eu te amo, minha Inda mulher. (te = objeto direto; amo =verbo transitivo direto) por que não me convidaste para a festa. (me = objeto direto; convidaste = verbo transitivo indireto) Objeto direto preposicionado Este tipo de objeto não surge ao acaso, ele é fruto de algumas situações especiais em nossa língua. Acompanhe o raciocínio abaixo: Eu tenho certeza de que ele me ama, afirmou a mulher. (quem ama, ama alguém, por isso me é objeto direto) Eu tenho certeza de que ele ama a mim, afirmou a mulher. (quem ama continua amando alguém, então, mim, complemento desse verbo, é objeto direto preposicionado)
Veja que no exemplo acima a preposição surgiu porque o pronome utilizado para a complementação foi um oblíquo tônico. Logo, podemos afirmar que todas as vezes que o complemento de um verbo transitivo direto for feito com um pronome obliquo tônico ele (complemento verbal), obngatoriamente, será preposicionado. Percebeu? O objeto direto preposicionado surge para certas situações; n PAGF70F11 obrigatoriamente, será preposicionado. Percebeu? O objeto direto preposicionado surge para certas situações; não é a regra, uma vez que é próprio do objeto direto não exigir preposição.
Vamos aos casos em que o objeto dlreto deve vir precedido de uma preposição. a) quando o objeto direto é um pronome pessoal oblíquo tônico (mim, ti, si, nós, vós, ele, eles, ela, elas): Ele idolatrava a si mesmo antes de consultar um analista. Não pensem eles que irão enganar a mim e a ti. b) quando o objeto direto é representado pelo pronome relativo “quem”: Até agora não sabemos a quem verdadeiramente ele ama. Santo Agostinho tornou-se o santo a quem Maria das Dores mais venerava. Se você tivesse de escolher entre mim e sua mãe, a quem é que escolheria? ) quando, para o bem da clareza (a fim de evitar uma mbiguidade), deva-se, por meio da preposição, evitar que o objeto direto seja confundido com o sujeito: O filho ama o pai. (Aqui não se pode afirmar com precisão e segurança quem praticou a ação verbal, uma vez que é possível ler a frase tanto na ordem direta quanto na indireta) Ora, para se evitar tal confusão deve-se preposicionar um dos termos: O filho ama ao pai. Até agora não se sabe se Paulo realmente matou a Pedro. Venceram aos japoneses os americanos. ) quando o objeto direto é representado por nomes próprios ou comuns que designem pessoas: É preciso amar a Deus sobre todas as coisas. Judas traiu a Cristo. Os romanos costumavam adorar a Júpiter. f) quando o objeto direto é rep PAGF30F11 f) quando o objeto direto é representado por pronomes substantivos indefinidos ou demonstrativos: Apesar dos conhecimentos, ele jamais estimulava a alguém com suas palestras. Eu apreciei mais a este do que àquele. g) quando se deseja dar ênfase ao objeto direto ou, para obter mais clareza, indicar-se a parte de um todo: Parece que ele ainda não comeu do bolo. =comeu parte do bolo, -comeu o bolo) Diante do perigo, os soldados sacaram das armas e apontaram- nas para os manifestantes. «sacaram as armas) Objeto direto pleonástico Ocorre quando se deseja pôr em relevo a informação contida no objeto direto. Para tanto, coloca-se objeto direto no início da frase para depois retomá-lo – repeti-lo – com um pronome oblíquo. Daí porque este tipo de objeto ser denominado “pleonástico”, “enfático” ou “redundante”. O homem, criou-o Duas à sua imagem e semelhança. Todas aquelas informações, os rapazes conseguiram-nas com o uso de propinas.
Os que não falam a verdade, descobre-os o próprio curso da vida. Não confunda os dois “os” que aparecem na oração. O primeiro é, morfologicamente, um pronome demonstrativo. O segundo é um pronome oblíquo. Para facilitar o entendimento, leia a frase do seguinte modo: “O próprio curso da vida descobre os que não falam a verdade. ” Objeto direto interno ou cognato Há casos em que o objeto direto repete o mesmo sentido contido no radical do verbo. Isso ocorre, geralmente, na linguagem literária, poética, com o intuito de confer PAGFd0F11 do verbo.
Isso ocorre, geralmente, na linguagem literária, poética, com o intuito de conferir ênfase à mensagem. A esse termo dá-se o nome de objeto direto interno ou cognato. E rir meu nso e derramar meu pranto. (Vinícius de Moraes) Ele chorava um choro resignado, triste, melancólico. Objeto indireto é o termo que completa a significação de um verbo transitivo indireto com o auxílio de umA preposição obrigatória. Com os verbos bitransitivos (transitivos diretos e indiretos), o objeto indireto representa o ser a quem (ou “para quem”) o objeto direto se destina.
Muito cristãos da Antiguidade batalhavam contra os espinhos da carne. Enviaram todas as informações para o novo diretor. A empresa deu uma nova chance ao empregado que se afastou do local de trabalho sem avisar. A equipe necessitava de que todos deixassem a sala. Observação importante: O objeto indireto pode ser substituído pelos pronomes “lhe (s), a le(s), a ela(s), dele(s), dela(s), nele(s), nela(s)”: Nos finals de ano, muitas pessoas costumam escrever cartas aos amigos. «escrever-lhes cartas) Nunca mais assistimos às promessas daquele grupo. (Nunca mais assistimos a elas) Não acreditem nos falsos profetas. Não acreditem neles) Objeto indireto pleonástico À semelhança do objeto direto pleonástico, representa a repetição enfática do objeto indireto o qual é retomado com um pronome obliquo dentro da mesma estrutura oracional. Ao sábio de coração, bastam-lhe poucas palavras. Aos envolvidos em determinados crimes, a lei preco sábio de coração, bastam-lhe poucas palavras. Aos envolvidos em determinados crimes, a lei preconiza que não lhes convém ausentar-se sem consentimento do juiz. Complemento Nominal é o termo integrante da oração que completa a significação de alguns nome, sempre com o auxllio de uma preposição.
Há três classes morfológicas que podem exigir complemento nominal: o substantivo, o adjetivo e o advérbio. O amor a Deus deve ser incondicional. (amor substantivo) O fumo é prejudicial à saúde. (prejudicial — adjetivo) Todos moravam perto do centro da cidade. (perto = advérbio) Não confunda o complemento nomnal com o objeto indireto. Este integra a significação de verbos transitivos indiretos ou transitivos diretos e indiretos, enquanto aquele completa nomes (substantivos, adjetivos e advérbios). Ele confia muito em seu próprio conhecimento. (objeto indireto) Ele tem muita confiança em seu próprio conhecimento. complemento nominal) Muito ainda necessitam de paz interior para viver melhor. (objeto indireto) Mutos têm necessidade de paz interior para viver melhor. Vozes verbais A voz representa a forma como o verbo se apresenta para indicar se o sujeito praticará, sofrerá ou praticará e sofrerá ao mesmo tempo a ação. Como se sabe, são três as vozes do verbo: ativa, passiva e reflexiva. A voz ativa indica que o sujeito é o agente da ação expressa pelo verbo. O urso atacou a colmeia. Ele conquistou a bela moça. Nós comprometemos de vez a dinâmica do processo.
A voz passiv A voz passiva é usada quando o sujeito recebe a ação expressa pelo verbo. Essa voz se divide em analítica (formada, geralmente, pelos verbos auxiliares ser e estar mais um verbo no particípio) e sintética (formada por um verbo transitivo direto ou direto e indireto associado à partícula apassivadora “se”): O carro foi deixado na porta da oficina pelo próprio dono. Passiva analítica) Entregaram-se os diplomas a todos os formandos. (Passiva sintética) A voz reflexiva ocorre quando o sujeito é, ao mesmo tempo, o agente e o paciente da ação verbal: Vós feris-te no trabalho.
A ideia de que ela se enfeitava para outro homem o atormentava. Cumprimentei-me pela vitória. Na voz passiva analítica encontramos o agente da passiva que é o termo que pratica a ação verbal, sempre introduzido por uma preposição. O rapaz pegou o livro. (voz ativa) O livro foi pego pelo rapaz. (voz passiva) Conversão da voz ativa para a voz passiva I Voz Ativa I Voz Passiva I Agente da passiva I Sujeito I Verbo transitivo direto Locução verbal (auxiliar + partic[pio) I Objeto direto I I Sujeito passivo ou paciente Veja mais exemplos: Voz ativa Voz passiva Quem o encontrou ontem à note? por quem ele foi encontrado ontem à noite?
I O essencial é poder implementar as novas leis. I O essencial é poderem ser implementadas as novas leis. Jovens, vossos mestres vos trataram bem hoje? I Jovens, vós fostes bem tratados as novas leis. fostes bem tratados hoje por seus mestres? A globalização vem favorecendo a concentração de renda. A concentração de renda vem sendo favorecida pela globalização. QUESTÕES . Considere certa a alternativa em que há perfeita correlação entre o termo destacado e a função sintática indicada. Considere errada a alternativa em que isso não acontece: a) Os boiadeiros são pessoas simples, mas corajosas. predicativo do sujeito) b) Fugiram logo os pássaros aprisionados. (sujeito composto) c) No mês que vem, a viagem será feita. (objeto indireto) d) Há pessoas que não acreditam na vida. (objeto indireto) e) O amor é indispensável à vida. (complemento nominal. ) 2. A infidelidade às promessas feitas tornou-o desacreditado perante os amigos. Identifique a alternativa em que o termo estacado exerce a mesma função slntática do termo destacado no período acima: a) Convém convidá-lo à participação nos festejos comemorativos do “Dia da Criança”. ) Os professores entregaram, satisfeitos, os prêmios aos alunos. c) Todos se admiraram da coragem do menino. d) Ele sentiu necessidade do apoio do grupo. e) A felicidade dos colegas contagiava o ambiente escolar. 3. Classlfique as alternativas em certas ou erradas de acordo com a classificação sintática dos termos assinalados: a) Comer demais é prejudicial à saúde. (complemento nominal) b) Jamais me esquecerei de ti. (objeto indireto) ) Não tens interesse pelos est c) Não tens interesse pelos estudos. (objeto indireto) d) Ele foi cercado de amigos sinceros. agente da passiva) e) inha grande amor à humanidade. (objeto indireto) 4. (Of. Just. /SP) dentifique a frase cujo termo em destaque é o agente da passiva: a) Os ilhéus estavam cercados por jacarés. b) Não estou duvidando de sua bondade. c) Foram claras as respostas às nossas dúvidas. d) Mas não deves consentir nisso… e) Esta honra, tive-a eu. 5. “Sou amado por aquelas duas mulheres. ” A função sintática da expressão assinalada é: a) Objeto direto. b) Objeto indireto. c) Agente da passiva. ) Predicativo do sujeito. e) Sujeito. 6. FMU/Fiam-SP) Assinale a alternativa que contenha, respectivamente: um pronome pessoal do caso reto funcionado como sujeito e um pronome pessoal do caso oblíquo funcionando como objeto direto. a) Eu comecei a reforma da Natureza por este passarinho. b) E mais uma vez me convenci da “tortura” destas coisas. c) Todos a ensinavam a respeitar a Natureza. d) Ela os ensinava a fazer ninhos nas árvores. e) Ela não convencia nlnguém disso. 7. (FCC) Em: “Chamou-se um eletricista para a instalação dos fios” o termo destacado é: a) objeto direto b) sujeito PAGF40F11 destacadas, nos seguintes períodos. Insistiu em que permanecesse no clube. II. Não há dúvida de que disse a verdade. III. É preciso que aprendas ser independente. IV. A verdade é que não saberia viver sem ela. a) sujeito, objeto direto, complemento nominal, predicativo do sujeito. b) predicativo do sujeito, complemento nominal, objeto direto, c) sujeito, predicativo do sujeito, objeto indireto, complemento nominal. d) objeto indireto, complemento nominal, sujeito, predicativo do e) complemento nominal, sujeito, predicativo do sujeito, objeto indireto. g. (Epamig-MG) Indique a frase que apresenta a palavra “se” como pronome apassivador. Se não chego a tempo… b) Afastou-se o diretor, pisando forte. c) Apagaram-se as luzes. d) precisa-se de responsabilidade. e) Deu-se pressa em sair. 10. (FOC-SP)NO período: “Falsos conceitos, meia ciência por parte de professores, complicação e pedantismo de nomenclatura vazia, tudo isso produziu e produz nos alunos uma sadia aversão pela ‘análise lógica”. A expressão pela análise lógica é: a) adjunto adnominal b) agente da passiva c) complemento nominal d) objeto indireto 1 1 . (UEL-PR) Assinale a alternativa correspondente ao período em que há agente da passiva. a) O rapaz foi preso por u , compadre do Bertolào.