Barroco no brasil
Trabalho De Português português Barroco no Brasil e Em Portugal. Alunos: Alberto Ribeiro, Gabriel Rodrigues, Thyalle Rodrigues, Lucas Mauro Recife, 29 de Agosto Barroco no Brasil O Barroco no Brasil t sendo considerado p por excelência. Foi in ar 17 to view next;Ege carreiras, estilo nacional culo XVII pelos missionários católicos, especialmente jesu tas, que trouxeram o novo estilo como instrumento de doutrinação cristã. O poema épico Prosopopéia (1601 de Bento Teixeira, é um dos seus marcos iniciais.
Atingiu o seu apogeu na literatura com o poeta Gregório de Matos e com o orador sacro Padre Antônio Vieira, e as artes plásticas seus maiores expoentes foram Aleijadinho, na escultura, e Mestre Ataíde, na pintura. No campo da arquitetura esta escola floresceu notavelmente no Nordeste, mas com grandes exemplos também no centro do país, em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro. Na música, ao contrário das outras artes, sobrevivem poucos mas belos documentos do Barroco tardio.
Com o desenvolvimento do Neoclassicismo a partir das primeiras décadas do século XIX, a tradição barroca caiu progressivamente em desuso, mas traços dela seriam encontrados em diversas modalidades de arte até os primeiros anos do século XX. ndividuais de arte barroca já foram protegidas pelo governo brasileiro em suas várias instâncias, através de tombamento ou outros processos, atestando o reconhecimento oficial da importância do Barroco para a históna da cultura brasileira.
Centros históricos barrocos como os de Ouro Preto e Salvador, e conjuntos artísticos como o do Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, receberam o estatuto de monumentos da humanidade pela chancela da UNESCO, e esse precioso legado é um dos grandes atrativos do turismo cultural no país, ao mesmo tempo em que se torna ícone identificador do Brasil, tanto para aturais da terra como para os estrangeiros.
Apesar de sua importância, boa parte da arquitetura e das obras de arte barrocas do Brasil ainda estão em mau estado de conservação e exigem restauro urgente e outras medidas consewadoras, verificando-se frequentemente perdas ou degradação de exemplares valiosíssimos em todas as modalidades artísticas; o país ainda tem muito a fazer para preservar parte tao importante de sua história, tradição e cultura. Por outro lado, parece crescer a conscientização da população em geral sobre a necessidade de proteger um patrimônio que é de odos e que pode reverter em benefício de todos, até econômico, se bem manejado e conservado.
Museus naclonals a cada dia se esforçam por aprimorar suas técnicas e procedimentos, a bibliografia se avoluma, o governo têm investido bastante nesta área e até mesmo o bom mercado que a arte barroca nacional sempre encontra ajuda na sua valorização como peças merecedoras de atenção e cuidado, forças atuantes que oferecem perspe PAGF70F17 valorização como peças merecedoras de atenção e cuidado, forças atuantes que oferecem perspectivas promissoras para sua sobrevivência para as gerações futuras.
Características e contexto O modelo europeu e sua transferência para o Brasil O Barroco foi um estilo de reação contra o classicismo do Renascimento, cujas bases conceituais giravam em torno da simetria, da proporcionalidade e da contenção, racionalidade e equilíbrio formal. Assim, sua estética primou pela assimetria, pelo excesso, pelo expressivo e pela irregularidade, tanto que o próprio termo “barroco”, que nomeou o estilo, designava uma pérola de formato bizarro e irregular.
Além de uma tendência puramente estetica, esses traços constituíram uma verdadeira orma de vida e deram o tom a toda a cultura do período, uma cultura que enfatizava o contraste, o conflito, o dinâmico, o dramático, o grandiloquente, a dissolução dos limites, junto com um gosto acentuado pela opulência de formas e materiais, tornando-se um veículo perfeito para a Igreja Católica da Contra- Reforma e as monarquias absolutistas em ascensão expressarem visivelmente seus ideais.
As estruturas monumentais erguidas durante o Barroco, como os palácios e os grandes teatros e igrejas, buscavam criar um Impacto de natureza espetacular e exuberante, propondo uma integração entre as várias linguagens rtísticas e prendendo o observador numa atmosfera catártica e apaixonada. Assim, para Sevcenko, nenhuma obra de arte barroca pode ser analisada adequadamente desvinculada de seu contexto, pois sua natureza é sintética, aglutinadora e envolvente.
Essa estética Essa estética teve grande aceitação na Peninsula Ibérica, em especial em Portugal, cuja cultura, além de essencialmente católica e monárquica, estava impreganada de milenarismo e do misticismo herdado dos árabes e judeus, favorecendo uma religiosidade caracterizada pela intensidade emocional.
E de Portugal o movimento passou à sua colônia na América, onde o ontexto cultural dos povos indígenas, marcado pelo ritualismo e festividade, forneceu um pano de fundo receptivo. O Barroco apareceu no Brasil quando já se haviam passado cerca de cem anos de presença colonizadora no território; a população já se multiplicava nas primeiras vilas e alguma cultura autóctone já lançara sementes.
O Barroco não fol, assim, o veiculo inaugural da cultura brasileira, o Maneirismo cumpriu o papel de iniciador, mas rapidamente o Barroco o sucedeu e então floresceu ao longo da maior parte de sua curta história “oficial” de 500 anos, num período em que os residentes lutavam por estabelecer uma conomia auto-sustentável – contra uma natureza ainda selvagem e povos indígenas nem sempre amigáveis – até onde permitisse sua condição de colônia pesadamente explorada pela metrópole.
O território conquistado se expandia em passos largos para o interor do continente, a população de origem lusa ainda mal enraizada no litoral estava em constante estado de alerta contra os ataques de índios pelo interior e piratas por mar, e nesta sociedade em trabalhos de fundação se instaurou a escravatura como base da força produtiva. Nasceu o Barroco, pois, num 17 fundação se instaurou a escravatura como base da força rodutiva.
Nasceu o Barroco, pois, num terreno de luta, mas não menos de deslumbramento diante da paisagem magnífica, sentimento que foi declarado pelos colonizadores desde início. Florescendo nos longos séculos de construção de um novo e imenso país, e sendo uma corrente estética e espiritual cuja vida está no contraste, no drama, no excesso, talvez mesmo por isso pôde espelhar a magnitude continental da empreitada colonizadora deixando um conjunto de obras-primas igualmente monumental.
O Barroco, então, confunde-se com, ou dá forma a, uma larga porção da identidade e do passado nacionais; já foi chamado de a alma o Brasil. Significativa parte desta herança em arte, tradições e arquitetura hoje é Patrimônio da Humanidade. O Barroco no Brasil foi formado por uma complexa teia de influências européias e locais, embora em geral coloridas pela interpretação portuguesa do estilo. É preciso lembrar que o contexto econômico em que o Barroco se desenvolveu na colônia era completamente diverso daquele que lhe dava origem na Europa.
Aqui o ambiente era de pobreza e escassez, com tudo ainda “por fazer”. Por isso o Barroco brasileiro já foi acusado de pobreza e incompetêncla quando comparado com o europeu, e caráter erudito, cortesão, sofisticado, muito mais rico e sobretudo branco, apesar de todo ouro nas igrejas nacionais, pois muita coisa é de execução tecnicamente tosca, feita por mao escrava ou morena de pouco estudo mas muita vontade de se expressar.
Mas esse rosto impuro, mestiço, é que o torna único e inestimável. Também é pre Também é preciso assinalar que o Barroco se enraizou no Brasil com certo atraso em relação à Europa, e este descompasso, que se perpetuou por toda sua trajetória, por vezes ajudou a mesclar, de forma imprevista, elementos estilísticos que se desenvolviam ocalmente com outros externos mais atualizados que estavam em constante importação.
Os religiosos ativos no país, muitos deles literatos, arquitetos, pintores e escultores, e oriundos de diversos países, contribuíram para esta complexidade trazendo sua variada formação, que receberam em países como Espanha, Itália e França, além do próprio Portugal. O contato com o oriente, via Portugal e as companhias navegadoras de comércio internacional, também deixou sua marca, visível nas chinoiseries que se encontram ocasionalmente nas decorações, em pinturas e nas estatuetas em marfim.
Como exceção interessante, existe um pequeno acervo de obras de arte realizadas ou exclusivamente por [ndios, ou em colaboração com padres catequistas, fenômeno ocorrido no âmbito das Reduções jesuíticas do sul e em casos pontuais no Nordeste. Por fim, mas não menos importante, está o elemento popular e inculto, tantas vezes naff, evidente em boa parte da produção local, já que os artistas com preparo sólido eram poucos e os artesãos autodidatas ou com pouco estudo eram a maioria dos criadores, pelo menos nos primeiros dois séculos de colonização.
Neste cadinho de tendências são detectados té elementos de estilos já obsoletos como o gótico na obra de mestres ativos até no inicio do mestres ativos até no início do século XIX, como o Aleijadinho É do resultado de todos estes entrecruzamentos e mesclas de influências aparentemente disparatadas que nasceu o original e riquíssimo Barroco que hoje se vê espalhado em praticamente todo o litoral do pais, desde o extremo sul no Rio Grande do Sul até o norte, tocando o Pará.
Para dentro, o estilo derramou- se por São Paulo e Minas Gerais, onde se exprimiu com uma elegância característica, e alcançou o Centro-oeste deixando jóias omo as encontradas em Goiás. No inicio do século XVIII, o Barroco brasileiro conseguiu uma face relativamente unificada, no chamado “estilo nacional português”, cujas raízes eram de fato itallanas, sendo adotado sem grandes variações nas diversas regiões, e a partir de 1760, por influência francesa, se transformou no Rococó, traço bem evidente nas igrejas de Minas Gerais.
No fim do século XVIII o Barroco brasileiro já estava perfeitamente aclimatado ao contexto nacional, tendo dado inumeráveis frutos anteriores de alto valor, e aparecem, ambos em Minas Gerais – um dos maiores pólos ulturais e econômicos do Brasil daquela época – as duas figuras célebres que o levaram a uma culminação, e que iluminaram também o seu fim como corrente estética dominante: Aleljadlnho na arquitetura e na escultura, e na pintura Mestre Ataíde.
Eles epitomizam uma arte que havia conseguido amadurecer e se adaptar ao ambiente de um país tropical e dependente da Metrópole, ligando-se aos recursos e valores regionais e constituindo um dos primeiros grandes momen Metrópole, ligando-se aos recursos e valores regionais e constituindo um dos primeiros grandes momentos de riginalidade nativa, de brasilidade genuína.
Demonstrando possuírem grande força plástica e expressiva, tornaram-se ícones da cultura nacional – mas advirta-se: o chamado “Barroco mineiro” mais típico, que eles representam tão bem, para muitos críticos respeitados já não é mais propriamente Barroco, e sim seu estilo sucessor, o Rococó; mas se o Rococó é um estilo independente ou se é a fase final do Barroco é uma polêmica ainda não decidida entre a crítica.
De qualquer maneira, o grande e venerando ciclo artístico de onde aqueles artistas surgiram foi logo depois bruptamente interrompido com a imposição oficial da novidade neoclássica, de inspiração francesa, a partlr da chegada da corte portuguesa ao Brasil em 1 808 e da Missão Artística Francesa em 1816.
Literatura Poesia No campo da poesia, destacam-se o já citado precursor Bento Teixeira, seguido de Manuel Botelho de Oliveira, autor de Música do Parnaso, o primeiro livro impresso de autor nascido no Brasil, uma coletânea de poemas em português e espanhol em rigorosa orientação cultista e conceptista, afim da poesia de Góngora, e mais tarde o frei Manuel de Santa Maria, da escola camoniana. Mas o maior poeta do barroco brasileiro é Gregório de Matos, da grande veia satírica, e igualmente penetrante na religião, na filosofia e no amor, muitas vezes de crua carga erótica.
Também fez uso de uma linguagem culta e cheia de figuras de linguagem. Foi apelidado de O goa do Inferno por suas críticas mordazes aos costumes da época. linguagem. Foi apelidado de O Boa do Inferno por suas críticas mordazes aos costumes da época. Na sua lírica religiosa os problemas do pecado e da culpa são importantes, como é o conflito da paixão com a dimensão espintual do amor. Veja-se o xemplo do soneto A Jesus Cristo Nosso Senhor: Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado, da vossa alta clemência me despido; porque, quanto mais tenho delinquido, vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto pecado, a abrandar-vos sobeja um só gemido: que a mesma culpa, que vos há ofendido vos tem para o perdão lisonjeado. Se uma ovelha perdida, e já cobrada glória tal e prazer tao repentino vos deu, como afirmais na sacra história, eu sou Senhor, a ovelha desgarrada, cobrai-a; e não queirais, pastor divino, perder na vossa ovelha, a vossa glória. Prosa Na prosa o grande expoente é o padre António Vieira, com os seus sermões, dos quais é notável o Sermão da Primeira Dominga da Quaresma, onde defendia os nativos da escravidão, comparando-os aos hebreus escravizados no Egito.
No mesmo tom é o Sermão 14 do Rosário, condenando a escravidão dos africanos, comparado-a ao calvário de Cristo. Outras peças importantes de sua oratória são o Sermão de Santo António aos Peixes, o Sermão do Mandato, mas talvez a mais célebre seja o Sermão da sexagésima, de 1655. Nele não apenas defende os índios, mas também e, principalmente, ataca seus algozes, s dominicanos, por meio de hábil encadeamento de imagens evocativas.
Sua escrita era animada pelo anseio de estabelecer um império português e católico regido pelo zelo cívico e a PAGF40F17 animada pelo anseio de estabelecer um império português e católico regido pelo zelo cívico e a justiça, mas sua voz foi interpretada como uma ameaça à ordem estabelecida, o que lhe trouxe problemas políticos e atraiu sobre si a suspeita de heresia. Defendendo os cristãos-novos foi perseguido pela Inquisição, que o teve preso por dois anos, além de ter-lhe cassado o direito ? expressão pública de suas idéias.
Banido para o Brasil, encontrou a oposição dos colonos lusos, a quem desagradava que falasse pelos (ndios. Seu estilo pode ser sentido neste fragmento: “O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce, nao cria raízes.
Os caminhos são s corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do Mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra de Deus, porque a desatendem ou a desprezam. Finalmente, a terra boa são os corações bons ou os homens de bom coração; e nestes prende e frutifica a palavra divina, com tanta fecundldade e abundância, que se colhe cento por um: Et fructum fecit centuplum. Outros nomes na prosa do período são historiadores ou cronistas, como Sebastião da Rocha Pita, autor de uma História da América Portuguesa, Nuno Marques Pereira, cujo Compêndio