Carnaval

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DANILO VIEIRA ALENCAR Curso Antropologia e Sociologia da Educação CARNAVAL – Escolas de Samba INTRODUÇÃO A evolução carnavalesca é uma tradição antiga, que vive sofrendo alterações durante os séculos devido às influências culturais. De acordo pesquisa demonstra sobre o povo brasilei Entretanto, ao a perspectiva acadêmi m PACE 1 or13 to view nut*ge volvimento desta e o Carnaval exerce sobre uma es que ocorrem quando nos referimos ao publico infantil, obviamente, por uma considerável parte dos responsáveis conceituarem o evento como inadequado para esta faixa etária.

Portanto, bservo a necessidade de abordar o assunto dentro de uma óptica educacional, já que como foi exposto anteriormente, essa tradição é reflexo da sociedade e futuramente será a consequência da sociedade formada pelas crianças de hoje. Por isso, é essencial nos questionarmos: O Carnaval atual realmente é inadequado para o público infantil? Considerando o aspecto educativo, como um educador deveria abordar este conteúdo na escola, especificamente no Ensino Fundamental? fato em 590 d. C.

Até então, o carnaval era uma festa condenada pela Igreja por suas realizações em canto e dança que aos olhos ristãos eram atos pecaminosos. A partir da adoção do carnaval por parte da Igreja, a festa passou a ser comemorada através de cultos oficiais, o que excluiu os “atos pecaminosos”. Esta modificação foi surpreendentemente espantosa no conceito popular, já que divergia das reais origens da festa, como o festejo pela alegria e pelas conquistas, sendo assim, durante o Concilio de Trento, o carnaval voltou a ser uma festa popular. 2 – INCLUSÃO NO BRASIL 2. 0 caos do entrudo No Brasil, desde o século 16, os portugueses tinham como tradição uma variedade de jogos e brincadeiras às vésperas dos 0 dias de penitências da quaresma vindos da tradição greco- romana, no qual era denominada como “entrudo”. Durante os três dias dedicados às diversões, chamadas de tríduo, as pessoas extravasavam seu lado infantil através das peças que pregavam uns nos outros. Além disso, nas praças apresentavam-se grupos teatrais populares, danças e espetáculos circenses, por outro lado, nas casas aconteciam às reuniões familiares em torno de fartas refeições, compostas por diversos doces.

Todas essas atividades freqüentemente terminavam com guerras de doces, marcando alegria e os excessos que fariam sua fama. 2. 0 entrudo elitista As residências senhorias se apresentavam como espaços exclusivos da elite e palco de um entrudo mais sofisticado, onde se divertiam lançand -cadas bolas de cera PAGF 13 Dominadas pela população escrava e pelos desvalidos em geral, as ruas dos principais centros urbanos brasileiros eram os territórios livre para a versão mais agressiva do entrudo.

As reuniões de escravos nos chafarizes em busca de água para encharcando as pessoas que se aproximavam, para as senhorias era um verdadeiro pandemônio_ Na falta de água, qualquer outro líquido disponível servia de munição para a brincadeira, sendo ssas munições alternativas as imundícies de sarjetas, esgotos e até mesmo urina. Apesar da agressividade e da falta de higiene, o entrudo das ruas era um dos poucos momentos de descontração e de diversão dessa população. 2. 4 Proibições e o fim do entrudo Para manter a brincadeira dentro de certo limite sugiram as proibições formais aos excessos da folia.

Além do mais, segundo a Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro, o exagero do tríduo causava uma série de doenças: O entrudo tornava-se tão perigoso, quanto suas fatais conseqüências, já que em poucos dias as pessoas que ram molhadas nas ruas morriam ou sofriam de longos e atrozes sofrimentos. (… ) Os motivos eram as porções de águas frias sobre um transeunte provocava-lhe uma rápida supressão de transpiração, uma febre consecutiva, levando as inocentes vítimas de um gracejo brutal até uma sofrida morte. Leonel Kaz, 2008, p. 22). Em 1832, um ofício da Câmara Municipal da Cidade de Desterro (atual Florianópolis) impunha uma multa a quem participasse publicamente do entrudo. No caso de o folião ser um escravo, a pena era acrescida de 50 a oites, ou seja, a idéia era condenar e punir o entrud rincadeira que ocorria nas 13 este evento, entretanto, esse persistiu em sua forma tradicional até as primeiras décadas do século 20.

A partir de então, ele perderia sua antiga denominação, mas continuaria a existir até hoje como Carnaval. 3 INFLUÊNCIA FRANCESA 3. 1 Bailes mascarados A principal forma de combater o entrudo seriam os bailes mascarados, trazida da França, que já na época era uma espécie de centro exportador de modas e comportamentos. Apesar de o prmeiro baile ter ocorrldo no Rio de Janeiro, a grande divulgação foi em Porto Alegre e Recife, conseqüentemente, alastrando a moda por todo país.

Esses bailes eram compostos por danças e valsas, quadrilhas e até polcas, a grande novidade musical da época além dos trechos de óperas, por outro lado, os bailes ofereciam outro tipo de diversão como sorteio de prêmios, jogos de sorte, corrida de saco, encenações teatrais ou balés, geralmente peças humorísticas. O jogo entrudo é claro, era proibido nos salões, assim como assobios, os gritos, as assuadas e o fumo.

As contradanças, ou quadrilhas, só podiam ser dançadas por pessoas fantasiadas, além do mais, a identidade dos mascarados deveria ser preservada e respeitada, para controlar tais regras e a segurança interna do salão o responsavel era o “Mestre-Sala”. CURIOSIDADE: O mais famoso baile de mascarado aconteceu em 21 de fevereiro de 1846, no Teatro de São Januário, no Rio de Janeiro, promovido pela consagrada cantora linca Clara Delmastro. 3. 2 Investindo no baile fantasiadas, chamadas “máscaras”, era determinante para o sucesso dos bailes.

Fantasias históricas, tais como mosqueteiros da rainha, pirata de La Plata e o conde de d’Artois, eram considerados o supra-sumo da elegância. Em pouco tempo, duas fantasias ganhavam destaque, para o público feminino a fantasia do dominó e para os homens chicards. A fantasia de dominó consistia basicamente de uma rande capa com capuz que, usada junto com máscara e luvas, cobria totalmente a pessoa que a usava. O sigilo incentivava a participação feminina, que, desse modo se divertiam preservando sua identidade sem preocupar-se com o preconceito que sofriam na época.

Já o chicard, por sua vez, resumia seus trajes a loucura carnavalesca, reunindo as peças de roupas mais desconjuntadas. 3. 4 Os Zés-pereiras Apesar do grande sucesso dos bailes mascarados ? francesa não conseguiram realizar seu intento de exterminar a brincadeiras tradicionais do entrudo, já que nem todos tinham acesso as fantasias e aos bailes. Em meados do século 19, grupos populares semi-organizados já ocupavam as ruas com seus bumbos, latas ou qualquer objeto barulhento, sendo denominados como “Zés-pereiras”, em razão dos grandes tambores que tinham no norte de Portugal.

Esses precursores dos blocos populares acabariam se tornando um dos principais elementos do Carnaval do Rio de Janeiro a partir de 1850. 3. 5 0 Congresso das Summidades Carnavalescas Em 1855, um grupo de jovens da sociedade fluminense decidiu organizar um passeio de mascarados que acabaria conhecido como o primeir nizado do Carnaval as primeiras décadas do século 20, incorporando em seus desfiles arros alegóricos, onde o primeiro criado por um grupo de 30 moradores da Pavuna e foi inserido no desfile que ocorreu em 1857. 3. Sociedades e o novo Carnaval As sociedades carnavalescas que surgiram de acordo com o tempo, contribuíram com a apresentação da folia popular nas ruas, estabelecendo um contato entre a organização da festividade carnavalesca e a espontaneidade do entrudo, dos zés- pereiras e dos cumcubis (grupo de dança religiosa africana). A partir desse encontro, os grupos populares, passaram a se organizar nos moldes das sociedades e inventarem suas próprias antasias inspirados em reis, duques, barões, pierrôs, entre outros da classe burguesa.

Por outro lado, o desfile da elite começou a incorporar em seus desfiles em suas sofisticadas apresentações a riqueza rítmica, a descontração e o desregramento característicos das ruas. Portanto, “o resultado é o surgimento de um Carnaval original, que misturava alegria e elegância, humor e luxo, originalidade e esplendor, ritmo e beleza visual” (LEONEL KAZ, 2008, p. 27). 3. Enredo Uma das peculiaridades dos carnavalescos eram seus enredos, geralmente enfatizados em lendas, episódio histórico u uma peça de teatro, eles eram contados através dos detalhes das fantasias, das singelas carretas com “cenários”, e poucas referências nas letras de suas marchas lentas, muitas vezes adaptadas de trechos de óperas famosas. Contudo, não havia nenhuma espécie de regra limitando o tema, o que explica sua grande variedade. Alguns exemplos: Salomão e a Rainha de Sabá, Or ia Latina, O inferno de Dante, país, com o objetivo de incentivar os leitores a votarem.

Para isso era necessário recortassem os cupons do jornal, e enviar para a sede periódica tais cupons devidamente preenchidos om o grupo carnavalesco de sua preferência. Os resultados parciais eram divulgados a cada edição, mobilizando um número crescente de votantes, que sobrecarregavam a redação de cupons. Os problemas se agravaram após alguns dias, quando pessoas cujo os nomes constavam nas listagens declararam nunca ter participado da votação, o que resultou o fim da apuração sem declarar os vencedores. 3. Confetes, serpentina e o lança-perfume O costume de jogar líquidos e pós uns nos outros durante o evento do entrudo, não deixou de existir mesmo depois das leis impostas ou da chegada dos passeios a fantasia e bailões arnavalescos, porém a água e as imundícies já substitu[das por estalinhos de papel picado não davam o resultado esperado. Somente em 1892, com a importação de “modernissimos confetti” recém-lançados em Paris, foram muito bem aceitos pelos follões. Os confetes dourados ou prateados encheram as ruas das grandes cidades brasileiras, com o tempo surgem mais cores tornando o evento cada vez mais colorido.

Quase ao mesmo tempo surgia a serpentina, que eram lançadas por todos os lados nas ruas, reinando nos Carnavais do Brasil até 1906, onde surge mais uma novidade estonteante: o lança-perfume. Esses frágeis frascos contendo cloreto de etila se tornaram uma verdadeira febre carnavalesca, principalmente com a comercialização do produto em novas metálicas que aparentava maior segurança. Após décadas de sucessos, o lança-perfume acabaria proibido, em 1961, por uma lei federal então presidente Jânio Quadros, que buscava preservar a saúde dos participantes ao evitar a excessiva inalação do líquido.

SAMBA 4. 1 Valorização turística O ano de 1929 é um marco na história do Carnaval, pois é a partir de então que a prefeitura do Rio de Janeiro oficializa o evento buscando uma organização empresarial que pudesse alorizar seu potencial turístico. Desde 1920, o governo da capital já subsidiava os grupos, dando 3 conto de réis para os integrantes das grandes sociedades e 200 réis para cada grupo popular como forma de incentivar tais.

No entanto, foi a partir do final desta década que o governo se conscientizou da importância e do valor cultural da festa, capaz de atrair turistas seduzidos pelo Carnaval tipicamente brasileiro, sendo assim, o prefeito Prado Júnior decidiu organizar a folia. As verbas destinadas às pequenas sociedades foram ampliadas e um acordo feito para o lançamento de propaganda, lém de excursões vindas dos EUA que seria fechada com a American grazilian Association, com empresas de navegação e com companhias de hotéis.

No dia 8 de fevereiro de 1929, desembarcavam no Rio de Janeiro o primeiro navio carregado com turistas de Nova York para conhecer o Carnaval da cidade. A empreitada teria sido um grande sucesso, se não fosse a forte chuva que desabou sobre a cidade na terça-feira de Carnaval. Apesar de todo o investimento visionário de Prado Júnior, foi Pedro Ernesto, o prefeito que sucedeu no Rio de Janeiro, quem acabou realizando a oficialização do Carnaval da cidade, em 1932. 4. 2 Praça Onze

Paralelamente à folia que se oficializava nos espaços nobres da cidade, outro Carnaval menos sofisticado, tomava forma numa área periférica denominada de Praça Onze. Reunindo trabalhadores do cais do porto comunidade negra de ex-escravos e imigrantes de várias par , a região era um espaço PAGF80F13 Escolas de Sambas, expressões culturais que passariam a representar a própria alma brasileira a partir dos anos 40. 4. 3 Escolas de Samba A partir de 1 940, as escolas de samba começaram a adquirir importância na folia carioca.

Nessa década, marcadas pela valorização da cultura popular duas escolas surgem se obressaindo – a Mangueira e a Portela – firmando sua identidade como agremiações tradicionais, portadoras da essência do samba. Nos anos 1950 a 1960, a idéia de popular se conectou à da ação política, destacando o papel dos Centros populares de Cultura e valorizando escolas como a Império Serrano, fundada por operários, e o Salgueiro, espaço de atuação da intelectualidade e da valorização da negritude do samba.

O crescimento da importância das escolas nos anos de 1970 a 1980 é paralelo ao surgimento da escola Beija-FIor e a Mocidade, com seus espetáculos audiovisuais imponentes. Em meados da década de 1980, a organização da Liesa, empresa criada para administrar os desfiles das grandes escolas, e a construção do Sambódromo abriram caminho para a ascensão das escolas empresariais, como Imperatriz Leopoldinense.

Entretanto, a competividade e o grande sucesso das escolas de samba abriram caminho, já nos anos 2000, para a projeção da Unidos da Tijuca, estabelecendo uma nova união de criatividade e tradição. A partir do sucesso nacional que foi a criação do sambódromo do Rio de Janeiro, a cidade de São Paulo logo construiu o sambódromo do Anhembi, com o mesmo projetor Oscar Niemeyer. Nas cercanias do Anhembi, no sambódromo paulistano surgem as escolas de samba paulistas sendo hoje referências, como Nenê de Vila Matilde, Rosas de Ouro, Unidos do Peruche, Império da Casa Verde, Mocidade Alegre e Vai-Vai.

A partir de agremiações nascidas ao estilo carioca, com origem em bairros populares da cidade e existem as de origem das torcidas de futebol como é o caso iões da Fiel, Mancha origem das torcidas de futebol como é o caso da escola Gaviões da Fiel, Mancha Verde, Dragões da Real, entre outras. Para dirigir e orientar as escolas paulistanas foi criada a rganização da Liga Independente, que é responsável pelo desfile em duas noites (sexta-feira e sábado) e no Rio o desfile ocorre nas duas noites posteriores (domingo e segunda-feira), além da Liesa-SP que organiza o espetáculo voltada ao fim lucrativo.

Instrumentos da Bateria: Costumam fazer parte de uma bateria de escola de samba os seguintes instrumentos: Surdo de primeira, surdo de segunda, surdo de terceira, caixa de guerra, repique, chocalho, tamborim, cuíca, agogô, reco-reco, pandeiro, e prato. Critérios de julgamento dos quesitos Carnaval: A avaliação é feita por uma Comissão Julgadora composta por 30 embros especializados em carnaval, também existem critérios definidos para a avaliação dos quesitos, que são dez: Comissão de Frente, Bateria, Casais de mestre-sala e porta-bandeira, Harmonia, Samba-enredo, Enredo, Alegorias e Adereços, Fantasias, Evolução e Conjunto.

São normas, previamente apresentadas aos jurados, que devem ser obedecidas por eles na hora de aplicar as respectivas notas. I Escolas de Samba Vencedoras nos Últimos Carnavais no Rio de Janeiro: | 1998 Mangueira 11999 – mperatriz Leopoldinese 12000 – Imperatriz Leopoldinese 12001 Imperatriz Leopoldinese

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