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TESTE DE DESENHO DE UMA FAMíLIA DE CORMAN Nota Prévia O uso de Provas Psicológicas como instrumento de avaliação psicológica está ampl expressão anglo-sax mesmo hispânica. E a favor e contra, o se e cientificidade ao di ca ora nto no mundo de são francófona ou abalizadas opiniões ara emprestar rigor Em Portugal, as opiniões têm sobretudo pendido, nos últimos vinte anos, para a parcimónia na sua utilização. Percebem- se as razões dos militantes do uso parcimonioso das provas psicológicas.

Em primeiro lugar, porque o uso das provas exige preparação e estudo adequados; em segundo lugar, porque a aioria esmagadora das provas à disposição dos psicólogos não estão adaptadas e aferidas para a população portuguesa. Depois ainda, porque a sua preparação criteriosa e aferição acarretam custos mais ou menos insuportáveis para as instituições que poderiam fazê-lo. Em quarto lugar porque, não tendo a maioria dos psicólogos sido preparada para as utilizar, corre-se um sério risco de a sua utilização se transformar em panaceia para iludir outros problemas. sicométricas em contextos de avaliação psicológica. Estes Cadernos de Psicologia Diferencial são um mero xercício pedagógico que se justifica excluslvamente no quadro da Cadeira de Psicologia Diferencial. São trabalhos práticos dos alunos que aceitaram estudar as Provas com maior rigor, preparar um guião standard das normas de aplicação e fazer um primeiro ensaio no contexto da sala de aula. MODELO DAS NORMAS DE APLICAÇÃO: 1 . AUTORES Louis Corman 2. UTILIZAÇÃO este Projectivo 3. IDADES DE APLICAÇÃO A partir dos 5 aos 6 anos 4. MATERIAL NECESSÁRIO Folha A4, de desenho Lápis preto n. 2 bem afiado Cronómetro 4. CONDIÇÕES DE APLICAÇÃO Passagem individual O examinando deve estar comodamente sentado a uma esa com espaço suficiente ara folhear o caderno de teste e responder ao lado na folha que desenha cada personagem, – tempos de paragem, de principio ao longo do desenho – desenho da esquerda para a direita ou ao contrário – estados de Iniblção, movmentos de humor, tristeza, alegria, cólera, etc… Quando o examinado der por terminada a sua tarefa, seguir-se á uma entrevista, e para o que o examinador dirá: – Conta-me uma história sobre esta família que tu im aginaste.

Fazendo a entrevista, o examinador visa recolher um conjunto de elementos significativos para a interpretação do este realizado. Por isso, nessa entrevista devem ser focados, entre outros que as clrcunstâncias que aconselhem, os seguintes tópicos: a) Onde estão os membros desta família? b) Que fazem aí? c) Quem são cada uma das personagens desenhadas, começando pela primeira? d) Para cada personagem desenhada, diz-me a idade, o sexo e a sua posição dentro da familia? e) Qual é o mais simpático nesta família? Porquê? f) Qual é o menos simpático? porquê? g) Quem é o mais feliz? Porquê? h) Quem é o menos feliz?

Porquê? i) Quem preferes tu, nesta família? Porquê? ) Se fizesses parte desta família, quem serias tu? Porquê? k) Que outra personagem desejarias ser? Porquê? (apenas no caso, pouco frequente, do examinado ter desenhado a própria familia e por isso, já ter assumido a sua própria identificação). Quando se julgue necessário, outras questões podem ser postas, como por exemplo: 1) O pai propôs que a família fizesse uma viagem de carro. Mas, para poder levar um PAGF3ÜFd exemplo: Mas, para poder levar um amigo da famaia, um membro desta terá que ficar. Quem será aquele que vai ficar em casa? ) Uma das crianças fez uma asneira. Quem foi? Qual vai ser o castigo que receberá? No fim da prova, perguntar – se —á ao examinado se está contente ou não com o que fez e ainda se faria o mesmo se tivesse de recomeçar o desenho, ou se juntaria ou retiraria alguma coisa. As respostas a estas questões podem trazer, eventualmente, elementos muito reveladores. No fim toma-se nota da composição da verdadeira família do examinado, caso ainda não se possua 8. CORRECÇAO Na interpretação distinguimos três níveis: a) A nível gráfico b) A nível de estruturas formais c) A nível do conteúdo 9. OBSERVAÇÕES

O teste, tal como o apresentamos, foi preparado por louis Corman, na linha evolutiva dos testes da família ensaiados por Françoise Minkowska; Maurice Porot; Cain e Gomila; N. Appel; F. Barcellos; N. Fukada, e permite uma projecção da personalidade global, consciente e inconsciente, sobre um material pouco estruturado. O estudo detalhado da família, permite conhecer os sentimentos reais da criança em relação aos seus familiares, e a situação em que se coloca no seio da família para um melhor conhecimento do teste e uma correcta interpretação do desenho da família, remete-se para a bibliografia.