Musica barroca

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MUSICA BARROCA O barroco foi uma tendência artística que se desenvolveu primeiramente nas artes plásticas e depois se manifestou na literatura, no teatro e na música. A palavra “barroco” significa “pérola irregular” ou “pérola deformada” representando de forma pejorativa a idéia de irregularidade. De início, era usada pra designar o estilo da arquitetura e da arte do século XVI , que se caracterizava pelo estilo rebuscado e pelo emprego excessivo de ornamentos.

Na música, o termo é indicado para designar o período que vai do aparecimento da ópera (“Orfeo”, de Monteverdi, 1607) e do oratório até a morte de J. S. Bach (1750). É considerada uma das épocas musicais mais longas, fecundas, revolucionárias e im provavelmente, tam O período Barroco te ini-••. • foram Giovanni Gabri espalharia para a Ale Jean-Philippe Rameau. Outras figuras representativas do Barroco, na Europa continental foram Jean-gaptiste Lully, Giacomo Carissimi e Arcangelo Corelli.

A partir do século XVII, o sistema de modos perde cade vez mais importância sendo abandonado gradativamente pelos compositores que passam com mais freqüência a se utilizar de bemois e sustenidos, causando a perda de identidade dos modos ue acabam ficando reduzidos a apenas dois: jônio e eólio. A partir dai, passa a se desenvolver o sistema tonal maior-menor ental, e PACE 1 i. O movimento se hütz e França com que será a Swipe to vlew next page base da harmonia nos próximos dois séculos que se sucedem.

Na realidade, trata-se justamente do aproveitamento desses dois modos: o modo jônio (modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor). Características principais do Barroco Entre as características mais importantes do período estão o uso do baixo contínuo, do contraponto e da harmonia tonal, em oposição aos modos gregorianos até então vigente. De início, ocorre a retomada de tessituras mais leves e homofônicas, com a melodia apoiada em acordes simples. As tessituras polifônicas entretanto logo retornam.

Segundo Carpeux (2001), esse inicial retorno à simplicidade traz em si algo aparentemente paradoxal. “Pensando nas artes plásticas e na literatura do Barroco, podemos esperar de sua música as mais ricas complexidades polifônicas e a expressão de uma religiosidade mística. Mas então os fatos nos decepcionam totalmente. O gênero predominante do século XVII não tem nada que ver com religiosidade mística: é a ópera. E em vez das complicações polifônicas, espera-nos canto do solista, a homofonia, a ária. Entretanto, o embate que a princípio nos parece natural entre arte renascentista e a arte barroca não era visto da mesma forma entre os músicos do século XVII, visto que tanto os renascentistas quanto os barrocos tinham como objetivo resgatar a arte da antiguidade. Assim, para eles o estilo barroco nao foi sentido, a princípio, como uma reviravolta revolucionária, mas antes como um progresso em relação aos objetivos não plenamente alcançados na Renascença. Dessa forma, o uso do canto omofônico surge como um recurso plenamente alcançados na Renascença.

Dessa forma, o uso do canto homofônico surge como um recurso para dar mais expressão aos sentimentos, resgatando a dramaticidade da tragédia grega. Porém, a nova monodia, com sua guinada em direção a uma melodia construída à base de acordes simples, foi considerada extremamente revolucionária e rotulada como stile moderno. Contudo, boa parcela das obras dessa época – sobretudo as composiçóes sacras – ainda eram escritas ao estilo contrapontístico, agora designado como stilo antico. Alguns ompositores, inclusive Monteverdi, usaram ambos.

Durante o século WII, surgiram também novas formas musicais como a ópera, o oratório, a fuga, a suite, a sonata e o concerto. As principais formas empregadas são binária, ternária (ária da capo), rondó, variações (incluindo o baixo ostinato, a chacona e a passacaglia), ritornello e fuga. Quanto aos tipo de música os mais freqüentes são coral, recitativo e ária, ópera, oratório e cantata, abertura italiana, abertura francesa, tocata, prelúdio coral, surte de danças, sonata de câmara, sonata de chiesa, concerto grosso e concerto solo. Freqüentemente, a música é exuberante com ritmos enérgicos.

Quanto às melodias estas são tecldas em linhas extensas e fluentes, com muitos ornamentos (trinados, apojaturas, arpejos, mordentes, etc). Durante a época barroca, a improvisação era muito comum, muitos dos ornamentos nem sequer constavam nas partituras e sim eram criados de forma improvisada durante a execução. A arte da ornamentação era então, uma prática musical amplamente difundida e, por isso, a maioria execução. A arte da ornamentação era então, uma prática musical amplamente difundida e, por isso, a maioria dos ompositores esperava que o intérprete ornamentasse suas obras.

Frequentemente, até mesmo anotavam apenas uma estrutura harmônica, que só com a arte da ornamentação poderia se transformar em um todo sonoro acabado. Também são característicos os contrastes de timbres instrumentais (principalmente nos concertos), de poucos instrumentos contra muitos, e de sonoridades fortes com suaves (a dinâmica de patamares, por vezes efeitos de eco). Assim, uma das características fortes do período é o contraste. Nesse período a instrumentação atinge sua primeira maturidade e grande florescimento. ela primeira vez surgem gêneros musicais puramente instrumentais, como a suíte e o concerto.

Nesta época, surge também o virtuosismo, que explora ao máximo o instrumento musical. Johann Sebastian gach e Dietrich Buxtehude foram os maiores virtuoses do órgão. Jean Philipe Rameau, Domenico Scarlatti e François Couperin eram virtuoses do cravo. Antonio Vivaldi e Arcangelo Corelli eram virtuoses no violino. Isso ocorre graças a uma evolução no que diz respeito ? fabricação dos instrumentos. É o caso, por exemplo, do violino, principalmente à partir do final do século XVII quando surge a itológica Escola de Cremona.

Nesta cidade italiana desenvolveu-se, no período, uma verdadeira indústria artesanal de instrumentos de arcos, com ênfase especial no violino. A primeira oficina dos célebres Amati trouxe importantes mudanças ao instrumento, tornando-o não só mais belo, mas 16 Amati trouxe importantes mudanças ao instrumento, tornando- o não só mais belo, mas, principalmente, alcançando um timbre mais forte e poderoso. Assim, o cavalete do instrumento tornou- se mais alto, e o ponto ou espelho foi alongado; passou-se a usar cordas mais longas e esticadas.

Além de Amati, pertenceu escola de Cremona o célebre Antonio Stradivarius (1644-1737), cujo sobrenome é quase um sinônimo de violino. Stradivarius (Stradivari) fez um violino mais comprido, reforçou o corpo e alargou os “ff’ (abertura de som), enriquecendo assim ainda mais o timbre. Além dele é importante também destacar o nome do artesão Giuseppe Antonio Guarniere (1687-1745). A família do violino veio a substituir gradualmente a das violas, e a orquestra foi gradualmente tomando forma, com as cordas constituindo uma seção de peso em sua organização, embora as outras seções não estivessem ainda padronizadas.

O barroco foi a época de máximo desenvolvimento de instrumentos como o cravo e o órgão, mas também surgiram várias peças para grupos pequenos de instrumentos, que iam de três até nove instrumentistas, a chamada música de câmara. Um traço constante nas orquestras barrocas era o emprego do órgão ou cravo contínuo, preenchendo a harmonia, enriquecendo a tessitura e, de fato mantendo a unidade da orquestra.

O Barroco na Itália A história do Barroco confunde-se com a História italiana dos séculos XV a XVIII. A conturbada História italiana mostra, simplificadamente, a eterna disputa dos grandes e pequenos einos do norte entre eles mesmos e a França, Espanha, Suíça, H eterna disputa dos grandes e pequenos reinos do norte entre eles mesmos e a França, Espanha, Suíça, Hungria, Áustria e Alemanha, não se dando tempo para criar cultura própria, exceto nos intervalos guerreiros.

Mostra a anarquia e a corrupção dos Estados Papais e a permanente gangorra entre a estável República de Veneza e o Reino das Duas Sicaias, balançando sobre a riqueza da Toscana. AÍ sim, repousa o poderio artístico italiano, principalmente sobre a cidade de Florença, que tinha o lírio como emblema e a flor (ou florim) de ouro como moeda, a ais valiosa e usada nas transações internacionais na época. Desde o Renascimento que, sob a influência dos Medici, Florença esteve na vanguarda das artes.

Ghiberti e Gozzoli e as suas famosas “Portas do Batistério”, Michelangelo, Donatello, Giotto, Fra Filippo Lippi, Pisano, Botticelli, Verrocchio, Pollaiuolo, Ghirlandaio, Leonardo da Vinci, Andrea del Sarta, Maquiavel, Savonarola, Benvenuto Cellini, Nicolaus Copérnico, Galileu Galilei e Torricelli trabalharam em Florença, cujo poder de atração da melhor parte da intelectualidade foi marcante. Isto continuou durante o século XVIII com o acolhimento dos músicos, naturais e strangeiros, como Hándel, Cristofori, Alessandro Scarlatti e seu filho Domenico, Frescobaldi, Veracini e Lully.

A predominância vocal da música barroca italiana recomendou o uso acessório de violinos, cravos e órgãos portáteis. Os violones, por exemplo, só apareceram lá por 1650 e somente em Veneza, por causa do intenso intercâmbio com a Alemanha. Eram também usados correntemente o clarinete, o chalume PAGF intenso intercâmbio com a Alemanha. Eram também usados correntemente o clarinete, o chalumeau e a viole all’lnglese. O oboé e a flauta transversal só foram adotadas no último estágio barroco. A produção musical na Itália foi tão abundante no barroco que sufocou todas as iniciativas estrangeiras.

Ainda no período clássico este predomínio tenha permanecido, ao menos no campo da ópera. Os florentinos tinham inventado a ópera para aperfeiçoar a arte dramática. Em vez disso, surgiu um gênero que os franceses e os italianos passaram a denominar de “arte lírica”. Na Itália, o nome mais destacado foi Antonio Vivaldi (1678-1741), autor de numerosos concertos, óperas e oratónos. A ele é atribuída a composição da série de concertos “As Quatro Estações”, provavelmente a mais difundida de todas as peças esse período.

Foi o responsável por estabelecer definitivamente a forma do concerto, que continua a ser composta até os dias atuais. Embora fosse um sacerdote deu os passos definitivos para a música instrumental profana, seguindo por um caminho que levou até à arte de Bach, que o teria ouvido quando Vivaldi viajou até Dresden para apresentar-se como violinista. Claudio Monteverdi (1567-1643) foi considerado o “pai da ópera”. A ele é atribuído o mérito de ter introduzido e popularizado o gênero, que já vinha sendo desenvolvido desde Jacopo Peri, com as obras “Dafne” e “Euridice”.

Monteverdi também é o autor da ópera mais antiga ainda hoje representada: “Orfeo e Euridice” Monteverdi foi maestro da corte de Mântua e regente do coro da basílica de San Marco, em Veneza. Int basílica de San Marco, em Veneza. Introduziu na música sacra os modos e meios de expressão da ópera. Outros compositores do barroco italiano foram Arcangelo Corelli (1653-1713) e Domenico Scarlatti (1685-1757) – este último, o maior expoente da música para cravo desse período.

Barroco Francês A tradição musical do barroco francês deu-se principalmente com Jean-Baptiste Lully (1532-1687), que introduziu a ópera francesa. Na verdade Lully era florentino, sendo seu verdadeiro nome Giovanni Battista Lulli. O nome de Jean-Philippe Rameau (1683-1764) também merece destaque. Rameau desenvolveu importantes obras para cravo. Outro compositor importante do período foi François Couperin (1668-1773), autor de peças musicais sacras. Barroco Alemão O barroco alemão iniciou-se com Heinrich Schüetz (1585-1672), considerado o “pai da música alemã”.

A influência veneziana de Gabrielle e Monteverdi são marcantes na obra de Schüetz. Entretanto, sua música é caracterizada pela fervorosa religiosidade luterana alemã. Sua obra “Daphne” é considerada a rimeira ópera alemã. Durante o período em que foi regente em Dresden compôs as três coleções de “Symphoniae sacrae” (1629, 1 647, 1 650) que possuem a forte expressividade da melodia cantada, de acordo com o modelo dos venezianos, sem contudo desviar-se para o terreno da ópera, sempre guardando a dignidade dos textos bíblicos.

Johann Hermann Schein (1586-1630), Samuel Scheidt (1587-1654) e Michael praetorius (1571-1521), contemporâneos de Heinrich SChüetz (1585-16 (1587-1654) e Michael Praetorius (1571-1621), contemporâneos de Heinrich Schuetz (1585-1672), também são bastante notáveis essa época. Na segunda metade do século XVIII, destacaram-se Johann sebastian aach (1685-1750), Georg FriedriCh (1685-1759) e Georg Phillip Telemann, seguidos por Johann Pachelbel, Johann Jakob Froberger e Georg Muffat. Diz-se que Johann Sebastian Bach foi o maior compositor do barroco alemão (e um dos mais importantes da história da musica).

Por ter esgotado todas as possibilidades da música barroca, sua morte é considerada como o ponto final do Período Barro co. No inicio de sua carreira de compositor, o talento de Bach era dirigido a música para órgão e coral. Apenas quando se tornou iretor de música da corte do príncipe Leopold é que começou a escrever música instrumental. Bach transformou o solo em uma parte bem mais importante do que anteriormente, usando a orquestra muitas vezes mais como acompanhamento. Barroco Inglês Durante grande parte do século XVII a música inglesa continuou ligada ao período Renascentista.

Ao flnal da era Elizabetana, nomes como Gibbons e Byrd deram início a uma nova tradição instrumental que foi seguida por Lawes e Purcell, cujos trios sonatas e fantasias para violas demonstram uma destacada originalidade acoplada a uma técnica de excepcional qualidade. A grande genialidade da música inglesa barroca vai encontrar sua característica e grandeza no gênero vocal, seja no repertório sacro – hinos anglicanos e oratórios – ou no terreno da musica teatral, a semi-opera, tão bem ilustrada por Purcell e – ou no terreno da musica teatral, a semi-opera, tão bem ilustrada por Purcell em “The Fairy Queen”.

Mas a ópera inglesa, depois de um promissor começo com Blow – “Venus and Adonis” – e Purcell, teve que render-se ao estilo italiano implantado por Hàndel. Georg Friedrich Héndel (1685-1759) nasceu e formou-se na Alemanha, mas viveu e morreu na Inglaterra, também viajou para Itália, em 1707, quando apresentou-se como virtuose no órgão. Chegou a fundar uma casa de ópera na Inglaterra, entretanto, teve que enfrentar as disputas com adversários italianos e aplacar os maus gênios de primas-donnas e castratti, que disputavam a atenção nos palcos e fora deles.

Recebe na Inglaterra, a rmssão de cnar um teatro real de ópera, que seria conhecido também como a Royal Academy of Music. Foram escritas 14 óperas para essa entre 1720 e 1728, o que conferiu grande fama a ele em toda a Europa. De 1740 em diante, Hãndel passa a se dedicar mais à composição de oratórios, dentre s quais “O Messias” e “Judas Macabeu”. Sua ópera apresenta influência do estilo italiano, já seus coros, marchas e danças trazem influência da ópera francesa de Lully.

Formas Musicais A ópera Em florença, na Itália, durante o final do século XVI, um grupo de escritores e músicos deram a si próprios o nome de Cammerata. Chegaram a conclusão que o elaborado tecido contrapontístico da música de canto obscurecia o sentido das palavras, deixando assim de exprimir adequadamente o plano afetivo das emoções que caberia justamente a palavra. Assim, começaram a estabelecer um estilo mais simples, que chamaram monod

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