A região do alentejo
Projecto 560 Portugal “O Alentejo” Escola Secundária de Carcavelos Disciplinas: Economia e Geografia Trabalho realizado por: * Marta Ganso N017 * Pedro Alves Na 18 * Raquel castelo N019 * Marta Ganso Nal * Pedro Alves NO 18 Raquel Castelo Nu Introdução 1 or12 to view nut*ge A região do Alentejo, a maior de Portugal, é rica em paisagens e apresenta realidades diferentes como as planícies separadas por zonas montanhosas e serranas e com aldeias pitorescas como que paradas no tempo.
As suas imensas planícies durante anos levaram a que se apelidasse a reglão de “Celeiro de Portugal”, pelas condições ropícias à cultura de trigo, da cevada, da aveia e do girassol. O seu subsolo é rico em enxofre mármore e cobre. A região do Alentejo é uma região estatística (NUTS II) que compreende os distritos de Portalegre, Évora e Beja, 47 concelhos e 758739 habitantes segundo o Censo de 2011, esta está divida em 4 unidades: o Alentejo central, Alentejo litoral, alto Alentejo, baixo Alentejo. úmido na metade oeste da região e predominantemente seco na outra metade; * Quanto à precipitação — moderadamente chuvoso com algumas excepções onde é semiárido, nomeadamente na parte ul do concelho de Mértola, numa zona entre Moura e S. Aleixo (Guadiana), na zona de Fortes e perto da foz do Sado. Solo A fertilidade do solo natural (dependente das características geológicas, do relevo e do clima) e criada pelo homem (fertilização e correcção dos solos), influencia directamente a produção, tanto em quantidade como qualidade.
Os solos dominantes nas zonas vitivinícolas do Alentejo, que abrangem os distritos de Portalegre, Évora e Beja, são de origem granítica e algumas manchas de derivados de xistos e quartzo dioritos. No entanto, na região de Borba aparecem com maior omin¿ncla solos denvados directa ou indlrectamente de calcários cristalinos e na região de Moura, solos calcários pardos. Na generalidade, são solos de média a baixa capacidade de uso e portanto com médio a baixo nível de fertilidade.
Quando o relevo é plano a fertilidade dos solos é maior, o que leva a uma maior possibilidade de modernização das explorações. Quando o relevo é mais acidentado, a fertilidade dos solos torna- se menor e existe uma maior limitação no uso da tecnologla agrícola e no aproveitamento e organização do espaço. No Alentejo o relevo é caracterizado pela existência de extensas nidades morfológicas, o que confere á paisagem uma tónica de monotonia mas ao mesmo tem o uma certa diversidade.
A diferença de altitude ea p identes tectónicos, entre PAGF Recursos hídricos A existência de recursos hídricos é fundamental para a produção agrícola sendo mais fácil cultivar produtos agrícolas em áreas onde a precipitação é maior e mais regular, estes, constituem para o Alentejo uma questão central para as populações, para o desenvolvimento da região, para o alargamento das potencialidades agrícolas, para a criação de emprego e para o aumento da produção.
Devido ao baixo nível de precipitação na região do Alentejo, os agricultores e produtores são obrigados a utilizar sistemas de rega, o caudal dos rios diminui e durante o verão há a existência de períodos de seca. Factores humanos Passado histórico O passado histórico é um dos factores que permite compreender a actual ocupação e organização do solo graças a aspectos como a maior ou menor densidade populacional e acontecimentos ou processos históricos reflectem se na dimensão e forma das propriedades.
No Sul o facto das propriedades terem maior dimensão deve-se ao relevo mais ou menos ima mais seco e a menor trabalho e do solo. No Alentejo predominam as explorações destinadas ao mercado, devido á quase não existência de pequenas explorações. Políticas agrícolas As politicas agrícolas são orientações em medidas legislativas, tanto nacionais como comunitárias, que influenciam as opções dos agricultores relativamente aos produtos cultivados, regulamentam práticas agrícolas como a utilização de produtos químicos, criam incentivos financeiros e apoiam á modernização das explorações.
Paisagens agrárias Sistemas de culturas Sistema de culturas é um conjunto de plantas cultivadas de orma como estas se associam e técnicas utilizadas no seu cultivo, e que difere de região para região devido a essencialmente, factores relacionados com o relevo, o clima e os solos. O sistema de culturas divide-se em: Ocupação do solo, culturas e necessidade de água. No Alentejo predominam os sistemas extensivos, não havendo uma ocupação permanente e contínua do solo.
Nesta região pratica-se habitualmente a rotação de culturas, isto é, a superfície agrícola é dividida em sectores que, rotativamente, são, em cada ano, ocupadas com culturas diferentes, alternando os cultivos rincipais com espécies que permitem melhorar a qualidade do solo. Por vezes utiliza-se o pousio, isto é, um sector permanece em descanso sem qualquer cultivo, este sistema tradicional é praticado em áreas de solos mais pobres e secos no Verão, associando-se á monocultura, cultivo de um só produto no mesmo campo.
Por fim existem as culturas de sequeiro, com pouca necessidade de água_ 12 e dimensão das parcelas e á rede de caminhos. No Alentejo predominam as explorações de média e grande dimensão e vastas parcelas de forma regular que, embora actualmente se encontrem na sua maioria, delmltadas por sebes etálicas, eram tradicionalmente campos abertos (sem qualquer vedação). Povoamento A diversidade das paisagens agrárias resulta também das diferentes formas de povoamento, que variam desde a aglomeração total á pura dispersão, no Alentejo predomina na sua totalidade um povoamento rural concentrado.
Características das explorações agrícolas As explorações agrícolas são unidades técnico-económicas que utilizam mão-de-obra e factores de produção próprios e que devem satisfazer, obrigatoriamente, as quatro condições seguintes: * Produzir um ou vários produtos agr[colas Atingir ou ultrapassar uma certa dimensão Estar submetida a gestão única * Estar localizada num local determinado e identificável No Alentejo predominam as explorações de grande dimensão que, outrora, constituíam vastos latifúndios.
Daí que o Alentejo apresente um reduzido numero de explorações, apesar da sua vasta área agrícola Distribuição, estrutura e formas de exploração da SAU A dimensão da superfície agrícola utilizada (SALI) está associada à extensão das explorações, pelo que apresenta também uma distribuição regional marcada pela desigualdade, salientando-se o Alentejo com cerca de metade da SAU nacional. A desigual distribuição da SAU deve-se as características do relevo e da ocupação humana.
O relevo aplanado, a fraca densidade populacional e s 9 concentrado permitem a cultivadas no Alentejo. A ocupação da SAU, segundo os seus usos também apresenta diferenças regionais significativas. No Alentejo predominam as pastagens permanentes e as terras aráveis seguidas pelas culturas permanentes. No Alentejo o aumento das pastagens permanentes reflecte o investimento na criação de prados artificiais, com recurso a modernos sistemas de rega, sobretudo para gado bovino, o que cupa cerca de dois terços da região.
O agricultor nem sempre é proprietário das terras que explora, pelo que podem considerar-se duas principais formas de exploração da SAL]: Conta própria, produtor é também proprietário. * Arrendamento, o produtor paga um valor ao proprietário da terra pela sua utilização. No Alentejo as formas de exploração da SAL são tanto por conta-prórpria como por arrendamento. A produção agrícola A produção agrícola reflecte as diferenças sobretudo das condições naturais, que influenciam os produtos cultivados em cada região.
Principais culturas produzidas na região O maior rendimento agrícola das culturas industriais que se destinam a transformação industrial como o tomate e o girassol, deve-se, em larga medlda, ao recurso a fertilizantes qu(mlcos e a aposta na modernização dos trabalhos agrícolas. Estas culturas são produzidas quase na totalidade no Alentejo, onde a agricultura apresenta maior modernização. No Alentejo predomina a produ ao do trigo, milho, arroz, citrinos, produtos hortícolas, cultur e o azeite. parte da população agrícola familiar. o produtor agrícola e os membros do seu agregado doméstico, trabalhem ou não na exploração. No Alentejo, a produção agrícola familiar na população residente e de a 13%. A população activa agrícola também diminuiu bastante nos últimos anos devido á modernização da agricultura e à melhor oferta de emprego nos outros sectores de actividade. Esta oferta tem aumentado, provocando o êxodo agrícola, transferência de mão-de-obra para outros sectores de actividade, ainda que mantendo, a residência na áreas rurais.
Tal evolução influenciou a estrutura etária da população agrícola portuguesa e contribuiu para o seu envelhecimento. No Alentejo, os produtores agrícolas, egundo as classes etárias predominam na população com mais de 65 anos. Composição da mão-de-obra A mão-de-obra agrícola é essencialmente familiar, representando cerca de 80% do volume de trabalho. Nas regiões com maior dimensão média das explorações, a importância da mão-de-obra agrícola não familiar é mais relevante, sobretudo devido à maior especialização da agncultura que é mais exigente na qualificação da mão-de-obra.
No Alentejo predomina o produtor seguido pelos trabalhadores permanentes. Emprego/desemprego O Baixo Alentejo apresentava, em 2005, uma taxa de actividade e 42%, percentagem algo abaixo da registada para o conjunto da Reglào e do país e que encontra razão numa estrutura de população marcada pelo envelhecimento. A população empregada ocupa-se sobretudo no sector dos serviços (62%, em 2004), sendo que a percentagem de população empregada no sector agrícola é ainda bastante im ortante – 15%.
Unidade Geográfica axa de Actividade Portugal 52,5 Alentejo 49,2 Fonte:lNE, Destaque Anuário Estatístico Região Alentejo, 2010 População empregada por sector de actividade (%) Alentejo Agricultura e Pescas I Industrial Serviços Fonte:país em Números, 2004 Baixo Alentejo Agricultura e Pescas I Industrial Serviços Fonte:País em Números, 2004 Taxa de Desemprego (%) A taxa de desemprego, ao nível do Baixo Alentejo, rondava os 2011. Unidade Geográfica I Taxa de Desemprego (%) 12,4 Alentejo 12,3 11,8 Fonte: w’. mn. ‘. ine. t, 2011 PAGF 19 externa Importações e Exportações (milhares de euros) Saídas I Entradas Total Expedições Exportações I Total I Chegadas I Importações portugal 29351 693 23435348 59163461 47206 5631 359745481 11 232014 Alentejo 2245 354 1 898 769 346 585 | 2227946 | 2 034227 193719 | 227 245 | 204005 | 23239 30452 | 29 841 1268 | Fonte: INE, Retrato Territorial de Portugal, 2005 A balança comercial do baixo Alentejo revela que as trocas comerciais se fazem preferencialmente dentro da União Europeia, sendo claramente favorável para esta região.
A cortiça, a pedra natural, o azeite e o vinho são alguns dos produtos que mais contribuem para as exportações. Capitulo II Novas oportunidades para esta re ião 19 Estabelecimentos Hoteleiros 139 Capacidade de Alojamento | 8804 Camas Número de hóspedes estrangeiros | 154. 475 | Dormidas | 906. 398 Fonte: Plano Operacional de Turismo do Alentejo, 2009 Gastronomia A carne de porco e de borrego são a base da gastronomia tradicional da sub-região, juntando-se-lhes ainda as espécies cinegéticas como o javali, o coelho, a lebre e a perdiz.
O pão, o azeite e as ervas aromáticas são ingredientes fundamentais desta cozinha mediterrânica, dando sabor às sopas, migas, ensopados e açordas. Os vinhos, queijos, enchidos e presuntos – alguns com Denominação de Origem — são elementos indispensáveis da boa mesa alentejana. Os ovos, a gila e a amêndoa são elementos integrantes da confeitaria, sendo de salientar a doçana conventual. Cada localidade tem as suas especialidades gastronómicas.
Costumes e radiçóes No Alentejo, o barro, as varas de vime, a cortiça, o ferro, a madeira, a lã e o linho são transformados em peças de artesanato que mantêm viva a memória colectiva. Peças que sobrevivem ao passar dos anos e traduzem a alma de um povo. As suas gentes, com os seus saberes, experiência, tradlçbes e cultura, dão vida e alma aos objectos inertes. Também as festas religiosas e populares dão vida a essa memória, todas as aldeias e vilas embelezam-se para festejar os seus santos padroeiros especialmente no período de Verão. As feiras, outrora espaços privilegiados de convívio dernizam-se hoje em