Educação ambiental

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CURSO DE PEDAGOGIA TÁBATHA DIAS DA SILVA EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ESCOLA, PROFESSOR, ALUNO E SOCIEDADE. AIMORÉS, MG 2010 2 EDUCAÇÃO AMBIENT Trabalho de Conclus- or12 to view nut*ge , ALUNO E ao Curso de Pedagogia da Universidade Presidente Ant nio Carlos – UNIPAC, como requisito parcial a obtenção de título de Pedagogo, orientado pela professora Josenilde Chaves Pirola. AMORES, MG 2010 EDUCAÇÃO SOCIEDADE. AMBIENTAL: ESCOLA, PROFESSOR, que é ele quem levará para fora do âmbito escolar as informações necessárias para este processo.

Educação Ambiental neste contexto vai além de um simples caminho regrado a ser eguido, ela deve mudar totalmente a filosofia de vida social. PALAVRAS-CHAVE: Educação Ambiental. Âmbito escolar. Sustentabilidade. Sociedade. Professor. ABSTRACT This study, understood in literature, aimed to learn and understand the importance of environmental education. It also aims to see how Environmental Education (EE) was incorporated into the schools, their flaws, the path that goes through and houv does interference with the “end product” that is society.

On its historical Side, EE has been a process that occurred over centuries, and even continuous. Demystifying the concept of EE versus ecology, one can see that parts are different in their goals, but one that depends on knowledge of another. EE is an old theme, but at the same time today. Fits in any category in education, whether formal, informal or non-formal. By targeting the sustainability and citizenship should be a matter of common interest.

Therefore, more than many other professionals, teachers are direct agents in the process of training and social transformation. Once realized environmental education within schools, the student becomes the precursor agent of change, considering that it is he who Will lead the school out of the nformation necessary for this process. Environmental Education in this context goes beyond a simple path rule to follow it should completely change the philosophy of social life. KEW,/ORDS: Professor. Environmental 12 Education. The school. Sustainability. Society. Graduanda do 70 Período do Curso de Pedagogia da Universidade Presidente Antônio Carlos / UNIPAC – Aimorés — MG 4 As ações dos seres humanos conjuntamente com a natureza estão Intrínsecas em todas as áreas do conhecimento, contudo, a Educação Ambiental (EA) vem para direcionar um olhar mais afundo e criar uma consciência crítica sobre como então, amos praticar essas ações sem agredir o meio ambiente, visando à cidadania, a participação, o cuidado e preservação para a sobrevivência da humanidade, gerando assim a sustentabilidade. ? medida que o mundo evolui, a população aumenta, e o consumo desenfreado de recursos naturais também, a conseqüência disso seria a escassez dos mesmos, quando utilizado de maneira indevida. Dentro deste contexto, pode-se historicamente situar três fases em que se discutiu de forma acentuada as questões ambientais, onde o primeiro momento está situado nos meados do século XIX e início o século XX, exatamente com a revolução industrial, até os anos 50 aproximadamente e traz como consequência grandes desastres ecológicos.

Surgiu nesse período lançamentos de obras literárias que marcaram esse momento, como a obra de George Perkin Marsh(1 864), O homem e a natureza ou Geografia Física Modlficada pela Ação do Homem, defendendo o uso racional dos recursos naturais, enfatizando o desperdício desnecessário. Em seguida, denominado o segundo momento, (1950 a 1972) fortemente marcado pela movimentação político-social. De acordo com Dias (2000) houveram randes problemas ambientais esta época, surgindo ent ue tinham como 19 surgindo então as ONG”s, que tinham como militantes os estudantes, artistas, cientistas, dentre outros.

Essa fase da história, das questões ambientais foi registrada com a publicação do livro “Primavera Silenciosa” de Raquel Carson (1962) denunciando os prejuízos dos agrotóxicos para a humanidade. Essa obra veio despertar de forma revolucionária a consciência em muitos a respeito da ecologia. Em 1972, o Relatório Limites do Crescimento é outro alerta às questões ecológicas, pondo em cheque a saúde do homem, levando-se a pensar no possível olapso da humanidade.

A partir desse período entra-se no terceiro momento das questões ambientais que foi marcada principalmente pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo entre os das 5 a 16 de junho de 1972. Surgindo dessa Conferência a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano que estabelecia o “Plano de Ação Mundial”, dando ênfase a Educação Ambiental não apenas como um processo informativo, mas como conhecimento e desenvolvimento que se traduz em novas práticas sociais (DIAS, 2000).

A principal conclusão que se chega com essa questão é necessidade de investir em mudança de mentalidade, atos e hábitos, para manutenção da vida e com isso surge a EA Entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. (Capítulo l, artigo 10- Lei NO 9. 95, de 27 de abril de 1999) Deve-se trabalhar em Educação Ambiental a relação escola, professor, aluno e sociedade, po 1999) rofessor, aluno e sociedade, pois é de suma importância, tendo em vista que é um assunto relacionado ao bem estar social. Essa necessidade levou ao aparecimento de vários “ensinamentos”, métodos e propostas sobre como exercer a EA dentro das escolas. O tema transversal Meio Ambiente sugerido pelo Parâmetro Curricular Nacional (PCN), ainda não foi bem assimilado no âmbito escolar.

Ainda hoje, confunde- se muito, educação ambiental com ecologia, que são duas propostas diferentes. Ecologia é a ciência que estuda os seres vivos e o ambiente. Já a EA val um pouco mais além, ela faz uso a ecologia para interpretar as consequências humanas no seu meio, deixando de utilizar apenas de flora e fauna como foco de estudo (que é o caso da ecologia), sendo instrumento de conscientização para com o relacionamento homem/ambiente. GUIMARÃES (2000, p. 9) ratifica essa idéia quando diz que EA não é ensinar ecologia como muitos livros didáticos e outros meios ditos de educação ambiental o fazem. Também não é apenas descrever os problemas ambientais, como por exemplo, a poluição, o desmatamento, etc. A EA permitirá, pelos seus pressupostos básicos, uma nova nteração criadora que redefina o tipo de pessoas que queremos formar e os cenários futuros que desejamos construir para a humanidade, em função do desenvolvimento de uma nova racionalidade ambiental.

Torna-se necessária a formação de indivíduos que possam responder aos desafios colocados pelo estilo de desenvolvimento dominante, a partir da construção de um novo estilo harmônico entre a sociedade a natureza e que, ao mesmo tempo, sejam capazes de superar a racionalidade meramente sociedade a natureza e que, ao mesmo tempo, sejam capazes de superar a racionalidade meramente 5 nstrumental e economicista, que deu origem às crises ambiental e social que hoje nos preocupam. (MEDINA, 1999, p. 4) A consciência critica sobre o mundo e sobre a EA deve começar desde cedo na escola, pois “é na escola e principalmente no ensino fundamental, que a criança começa a desenvolver suas primeiras noções de cidadania, assimilando com grande velocidade a importância do meio em que vive, e de suas ações para com o meio. ” (BARRETO e ANDRADE, 2006) -rendo em vista a EA encontrada nas escolas atualmente, surge um alerta sobre como vem sendo implantada, pois vê-se que pela sua mportância ainda está à mercê de outras matérias/temas tão importantes quanto.

A metodologia abordada nos curr[culos, em grande parte dos casos continua fundamentada em campanhas prontas, deixando de serem práxis educacionais e se tornando uma espécie de “marketing’ ambiental, que a um longo prazo não surte efeito satisfatóno. Enquanto uma dimensão cultural, o currículo é entendido como um artefato disputado, em que grupos, sujeitos e instituições que participam dessa disputa desejam materializar certos aspectos da cultura considerados, por eles, importantes, corretos e normais.

Hoje em dia percebe-se que vários grupos como empresas, Organizações Não-Governamentais (ONGs), midia, governo entre outros, disputam os currículos escolares. Eles atuam propondo material de trabalho, projetos, manuais e outros, mas há um “gargalo”, pois quando os professores entram em contato com esses discursos e procuram utilizar suas recomendações em sala de aula, cria-se na verdade um tipo de Educação Ambiental, esporád PAGF 19 suas recomendações em sala de aula, cria-se na verdade um tipo de Educação Ambiental, esporádica, limitada a datas comemorativas, denominada “currículo turístico”.

BARRETO e ANDRADE, 2006) por lei, a Educação Ambiental não deve ser implantada como uma matéria específica no currículo, e sim desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal. (Capítulo II, Seção II, Artigo 100 – Lei Na 9. 795, de 27 de abril de 1999) A EA, suas práticas e atuações são descritas por vários autores, de diversas formas, porém o seu objetivo de fato, é sempre o mesmo: “incutir nos educandos as idéias pertinentes ao desenvolvimento visando sempre à sustentabilidade”. (BASSI, 2007) Para DIAS (2000) in

BASSI (2007), no âmbito escolar, ainda temos como objetivo: 7 A sensibilização e a conscientização; a busca de mudança comportamental; a formação de cidadãos mais atuantes; a sensibilização do professor, principal agente promotor da educação ambiental; a criação de condições para que, no ensino formal, a educação ambiental seja um processo contínuo e permanente, através de ações interdisciplinares globalizantes e da instrumentação dos professores; a integração entre escola e comunidade, objetivando a proteção ambiental em harmonia com o desenvolvimento sustentado, entre outros.

A escola então se torna de fato o local mais apropriado para essa inserção de práticas educacionais voltadas para a questão ambiental, uma vez que possui grande peso sobre a sociedade, sendo exemplo a ser seguido. Nesse contexto e, na temática ambiental, a escola oferece um impacto expressivo na sociedade através da sua mais fiel tradução: o trabalh escola oferece um impacto expressivo na sociedade, através da sua mais fiel tradução: o trabalho dos profissionais em educação, em função da abertura de caminhos de difusão com os alunos, que permitam reflexões sobre o papel destes, como cidadãos em elação ao meio ambiente. FLICK, 2009) Os sujeitos norteadores e que detêm o acesso mais direto com os alunos são os educadores. Os professores em EA devem atentar os educandos para a prática de sua cidadania, a conhecer os seus direitos, exercerem os seus deveres, seja na escola, na vida, ou na prática ambiental. Este é o „mister’ do professor : a responsabilidade de acordar o aluno para o bom senso de descobnr dentro de si a autoconfiança e potencialidade para o exercício de sua cidadania, desencadeando posturas e atuações mediante as dificuldades. (FLICK, 2009)

O professor deve procurar formação na área ambiental, uma vez que detêm este grande papel de transformar o aluno/sociedade. Sendo a EA um tema transversal, e uma “disciplina” que não precisa necessariamente ser feita de modo formal, o profissional na área deve ser capaz de atuar não só no ambiente escolar, mas em qualquer segmento da sociedade. É preciso intervir em processos de capacitação que permitam ao professor embasar seu trabalho com conceitos sólidos, para que as ações não fiquem isoladas elou distantes dos princípios da Educaç¿o Ambiental. WEID, 1977, p. 84 in FLICK, 2009) Ainda hoje, os professores utilizam a educação ambiental como metas a ser seguidas e grande parcela de responsabilidade desse fato é atribuída à falta de 8 informação, porém o que não dá o direito de descartar que “mesmo desconhecendo t „como fazer”, o PAGF direito de descartar que “mesmo desconhecendo teoricamente o „como fazer”, o professor, em sua boa vontade, faz Educação Ambiental na escola da maneira como ele acredita ser a melhor. (ENCARNAÇÃO, 2007) Os professores (as) devem estar cada vez mais preparados para reelaborar as informações que recebem, e dentre elas, as mbientais, a fim de poderem transmitir e decodificar para os alunos a expressão dos significados sobre o meio ambiente e a ecologia nas suas múltiplas determinações e intersecções. (JACOBI, 2003) GUIMARÃES (2004, p. 1 18), diz que uma das formas fundamentais de reverter a fragilldade das práticas de EA se locallza no incentivo e na instrumentalização da formação crítica dos educadores ambientais. E é justamente neste ponto que falta investimento.

A questão formação dos professores é um tópico extremamente necessário para o sucesso da educação ambiental voltada para toda a sociedade, pois é na formação os professores que ocorre o primeiro passo para construção não só dos alunos dentro do âmbito escolar, como de toda uma coletividade. Uma formação crítica que não se dá apenas em um momento, mas de uma forma permanente poderá provocar a ruptura da armadilha paradigmática por parte dos educadores, superando a fragilidade das práticas ingênuas, perpetuadoras de uma educação ambiental de caráter conservador, que vem se consolidando no cotidiano escolar.

GUIMARÃES (2004, p. 1 58), O aluno, enquanto ser que “apreende” na escola todos os pressupostos e ideais da educação ambiental – o que se deve azer para manter a sustentabilidade, exercer sua cidadania, dentre outros — precisa ser capaz de transferir para a sociedade os conhecimentos ambientais. De nada vale, precisa ser capaz de transferir para a sociedade os conhecimentos ambientais. De nada vale, o saber teórico, se na prática, a educação ambiental obtida na escola não for funcional, de fato.

O professor deve, sempre que possível, possibilitar a aplicação dos conhecimentos à realidade local, para que o aluno se sinta potente, com uma contribuição a dar, por pequena que seja, para que possa exercer sua cidadania desde cedo. E, a artir dar, perceber como mesmo os pequenos gestos podem ultrapassar limites temporais e espaciais; como, às vezes, um simples comportamento ou um fato local pode se multiplicar ou se estender até atingir dimensões universais.

Ou, ainda, como sltuações muito distantes podem afetar seu cotidiano. (PCN, 1997) Tendo feito todo esse processo de formação, informação, capacitação, mudança de atos e hábitos, a transformação para melhor acontece, e o sucesso de toda a sociedade se torna quase que inevitável dentro das possibilidades cabíveis. Mais uma vez, vê-se que escolas, professores, alunos e sociedade são um onjunto, que deveras não deve se dissipar. 0 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após estudar a Educação Ambiental mais afundo suas propostas, áreas de atuação e consequências, não dá para se pensar em métodos certeiros que resolvam todas as questões ambientais. Os processos sociais estão se tornando mals complexos, sendo cada vez mais difícil a consolidação de um pensar ambiental crítico voltado para a sustentabilidade de toda uma sociedade. A escola então entrou com esse papel, sendo indispensável sua participação na efetiva ao da transformação social. Essa transformação só acontec evistas as relações ser

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