A importância da educação ambiental pra o desenvolvimento sustentável, uma construção do conhecimento necessária para a vida

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ROSE MARA PEREIRA A importância da Educação Ambiental para o Desenvolvimento Sustentável: uma constru ao do conhecimento necessária para a vida. 9 p prof Faculdade Internacional de Curitiba Pólo – Jaguariúna 2010 Sustentável: uma construção do conhecimento necessária para a Monografia apresentada à Faculdade indiretamente para realização deste trabalho.

Resumo Para se entender a atuação dos educadores em sua prática pedagógica é necessária evidenciar as representações sociais ou concepções sobre o melo ambiente, educação ambiental e problemas ambientais, pois é uma das possibilidades e apreender o cotidiano das pessoas. A escola tem um importante papel na formação dos cidadãos, afinal, é ela o espaço de informação e formação de valores da sociedade atual. ? fundamental conhecer como se dá à mediação dos professores em relação à interação entre os alunos e objeto de conhecimento, neste caso, os problemas ambientais e a educação ambiental. O presente estudo teve como base empírica os Coordenadores de Ensino das Escolas do Ensino Fundamental de 5a a séries do Município da Estância Hidromineral de Amparo, cujo universo pesquisado foi composto por 07 coordenadores (as). Participaram da pesquisa sete escolas das redes pública do município selecionado.

Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário, com perguntas fechadas, cuja análise quali-quantitativa foi realizada a partir de uma amostra aleatória e estratificada. Os resultados obtidos revelam que as atividades referentes a educação ambiental são incipientes e fragmentadas dificultando a prática pedagógica e o desenvolvimento de princípios que desenvolvam o espírito crítico e promovam mudanças de paradigmas.

Nas redes escolares de ensino público inexiste a efetivação de ações que ossam contribuir para a formação de cidadãos repercutindo na materialização das decisóes tomadas para a sociedade. O estudo também constatou a ausência de uma articulação Interdisciplinar para compreender o ser humano em seus diferentes ambientes sociais. As poucas atividades relacionadas à Educação Ambiental apresentam-se de forma generalizada e o maior entrave para trabalhar essa temática é a falta de material didático e ao acesso às informações n 2 OF às informações nas referidas escolas.

Conclui-se que as escolas do município selecionado precisam rever suas estratégias edagógicas e adequar-se às novas tendências educacionais, que se fazem presentes nos PCNs, cujas propostas visam auxiliar a implantação de ações ambientais nas unidades escolares. Diante do exposto, cabe salientar que tanto as escolas como os demais segmentos sociais precisam promover parcerias para garantir uma nova ética ambiental, cujo principio fundamental requer não apenas a informação através do conhecimento, mas acima de tudo, a formação de uma nova consciência de mundo e de natureza.

Palavras-chave: Educação Ambiental; Ensino Fundamental; Coordenadores de Ensino. Lista de Gráficos Gráfico 1: Informação sobre o Tema42 Gráfico 2: Interesse no Tema 43 Gráfico 3: O que compõe o Meio Ambiente 44 Gráfico 4: Desenvolvimento e Degradação Ambiental 45 Gráfico 5: Aperfeiçoamento/Capacitação em Educação Ambiental 49 Gráfico 6. ?? Projeto de Educação Ambienta150 Gráfico 7: Nível de dificuldades para trabalhar a temática ambiental 52 Gráfico 8: Expectativa quanto ao futuro do planeta 54 Lista de Tabelas Tabela 1: Gravidade dos problemas ambientais 46 Tabela 2: Gravidade dos problemas ambientais 47 Tabela 3: Grau de conhecimento dos documentos referentes a Educação Ambiental 49 Tabela 4: Possíveis alternativas ara solucionar os problemas ambientais 53 3 27 2. 3. Decreto 4. 281/2002 29 2. 4. Os PCNs e a Educação Ambiental como tema transversal 29 2. 5. A Educação Ambiental e a cidadania 32 3.

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 36 3. 1. Recorte Teórico-Metodológico 36 3. 2. Caracterização da amostra 39 3. 3. Instrumentos de pesquisa 40 3. 4. Análise dos dados40 4. RESULTADOS E DISCUSSÃ042 4. 1. Meio ambiente42 4. 2. A percepção da problemática ecológica local/global 44 4. 3. Interesse pela Educação Ambienta148 4. 4. Nível de informação/conhecimento do tema 48 . 5. Envolvimento dos professores e da escola em projetos de Educação Ambiental 50 4. 6. Dificuldades encontradas enquanto educador ambiental 51 4. 7. Soluções apontadas e o papel da Educação Ambiental 52 4. 8.

Sobre o futuro do planeta54 COSIDERAÇÔES FINAIS 56 REFERÊNCIAS 62 ANEXO 65 NTRODUÇÃO Ao longo dos séculos, a humanidade desvendou, conheceu, dominou e modificou a natureza para melhor aproveitá-la Estabeleceu outras formas de vida, e, por conseguinte, novas necessidades foram surgindo e os homens foram criando novas técnicas para suprirem essas necessidades, muitas delas ecorrentes da artificializa mo e da produção 4 sido as abordagens da crise ecológica. As transformações em curso, estimuladas pelo progresso científico e tecnológico produziram progressos e desequilíbrios.

O atual modelo de desenvolvimento é excludente, desigual e altamente destruidor dos recursos naturais e da biodiversidade. Os recursos naturais são concentrados em mercadorias, que por sua vez passou a alimentar as redes planetárias de consumo. O consumismo exacerbado tem sido uma das principais causas do agravamento da crise ecológica planetária. Sob o ponto de vista histórico, pode e afirmar que a problemática ambiental não é recente, assim como não é recente a preocupação que ela desperta.

Segundo Dias (2003), a preocupação com a proteção da natureza vem se manifestando desde a antiguidade. Filósofos, cientistas, religiosos e artistas exteriorizavam o seu respeito pela natureza e a sua preocupação em protegê-la, deixando para as gerações futuras, reflexões filosóficas de notável sensibilidade, respeito e preservação à vida. Quando a degradação ambiental ainda não era considerada preocupação permanente, em 1855, o Cacique indígena norte- mericano chamado Seatle, escreveu uma carta para demonstrar a preocupação dos indios com o processo de degradação da natureza.

Na famosa carta, Seatle[l] assim se manifestou: Deveis ensinar a vossos filhos que o chão onde pisam simboliza a as cinzas de nossos ancestrais. Para que eles respeitem a terra, ensinai a eles que ela é rica pela vida dos seres de todas as espécies. Ensinai a eles o que ensinamos aos nossos: Que a terra é a nossa mãe. Quando o homem cospe sobre a terra, está cuspindo sobre si mesmo. De uma coisa nós temos certeza: A terra não pertence ao homem branco; O homem ranco é que pertence a terra. Disso nós temos certeza. Todas as coisas estão relacionadas como o sangue que une uma família.

Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da s OF o sangue que une uma familia. Tudo está associado. O que fere a terra fere também aos filhos da terra. O agravamento da crise ambiental, intensificada ao longo do século XX, foi despertando uma consciência sem fronteiras. O momento ambiental ganhou realmente fôlego a partir dos anos 60, especialmente com a publicação do livro “Primavera Licenciosa”. A autora do livro, Rachel Carson (1964), contribuiu ara a transformação da história ambiental, sendo uma das grandes responsáveis pelo início da mudança de consciência.

Foi nesse contexto que os movimentos ambientalistas mobilizaram a comunidade internacional, realizando diversos encontros, como a Conferência das Nações Unidas (ONU) sobre o Ambiente Humano, em 1972, na cidade de Estocolmo; o Encontro Internacional em Educação Ambiental em 1975 na cidade de Belgrado; a 1 a Conferência Internacional sobre a Educação Ambiental, realizada, em 1977 na cidade de Tbilisi — Geórgia; o Congresso Internacional em Educação e Formação Ambiental, romovido pela UNESCO, em 1987 na cidade de Moscou; a Conferência da ONU sobre Melo Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992 no Rio de janeiro; e a Conferência Meio Ambiente e Sociedade: Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade, organizada pela UNESCO e pelo governo da Grécia em 1997. A finalidade principal dos referidos eventos foi estabelecer princípios, planos de ação, diretrizes, metas e estratégias para atender aos desafios vigentes, e propor condições para a construção de uma conscientização norteada pela educação ambiental, visando uma sociedade sustentável. Em nosso país, essa preocupação se planificou a partir da década de 80, quando os órgãos governamentais de meio ambiente começaram a se organizar para instituir a gestão ambiental, da qual a educação ambiental é um componente. A partir daí os estados e municí iOS se mobilizaram e fortaleceram suas principais secre 6 Ig componente.

A partir dai os estados e municípios se mobilizaram e fortaleceram suas principais secretarias de meio ambiente, que entre outras funções tinham a tarefa de desenvolver atividades de educação ambiental. A Constituição de 1988 deu um passo decisivo para a ormulação da política ambiental brasileira. pela primeira vez na história do país um capítulo inteiro da Constituição é dedicado ao meio ambiente. No capítulo VI, artigo 225 ficou estabelecido que a preservação do meio ambiente é tarefa inadiável e deve ser preocupação tanto dos governos quanto da sociedade. A educação ambiental ganhou notoriedade com a promulgaçao da Lei 9. 95, de 27 de abril de 1999, que instituiu uma Politica Nacional de Educação Ambiental, por meio dela fo- estabelecida à obrigatoriedade da Educação Ambiental em todos os níveis do ensino formal da educação brasileira. A lei 9. 765/99 precisa ser mencionada como um marco importante da história da educação ambiental no Brasil, porque ela resultou de um longo processo de interlocução entre ambientalistas, educadores e governos. Como toda lei, ela será letra morta se ações não forem implementadas. As seguintes questões nortearam a presente pesquisa: Que importância os Coordenadores de Ensino pesquisados conferem à Educação Ambiental? – Que representações sociais partilham os Coordenadores de Ensino sobre o meio ambiente e a problemática ambiental local/global? Qual tem sido o envolvimento dos Coordenadores de Ensino em atividades de Educação Ambiental na escola? A escola é um espaço privilegiado para estabelecer conexões e informações, como uma das possibilidades para criar condições e alternativas que estimulem os alunos a terem concepções e posturas cidadãs, cientes de suas responsabilidades e, principalmente, perceberem-se como integrantes do melo ambiente. A educação formal continua sendo um espaço impo perceberem-se como integrantes do meio ambiente. A educação formal continua sendo um espaço importante para o desenvolvimento de valores e atitudes comprometidas com a ustentabilidade ecológica e social.

Esta pesquisa tem o intuito de oferecer reflexões para que, subsequentemente, sirvam como aportes para a inserção de práticas educacionais voltadas para um novo relacionamento homem-homem e homem-natureza, calcado em valores éticos culturais e outros que sobremaneira possam melhorar a qualidade de vida no planeta. Visando verificar se essa também é a realidade no Município da Estância Hidromineral de Amparo, em São Paulo, foi desenvolvida uma pesquisa, utilizando-se como universo de investigação sete Unidades escolares do Ensino Fundamental da Rede Pública. Buscou-se desenvolver um diagnóstico da Educação Ambiental nas Unidades Escolares do Ensino Fundamental do município selecionado.

Entre os objetivos cabe destacar os seguintes: a) mapear as representações sociais de meio ambiente partilhadas pelos Coordenadores de Ensino; b) averiguar a importância que os Coordenadores de Ensino pesquisados conferem à Educação Ambiental; c) descrever as concepções que os Coordenadores de Ensino têm sobre o meio ambiente e como percebem a problemática local/global; d) reconstruir os marcos mais importantes da história da Educação Ambiental; ) caracterizar se os princípios da Politica Nacional de Educação Ambiental subsidiam o desenvolvimento da conscientização ambiental nos educandos; O capítulo I apresenta um breve histórico da evolução da relação do homem com a natureza e as transformações que as diferentes sociedades produziram ao longo do tempo, ocasionando significativas mudan as no meio ambiente. Busca- se fazer uma abordagem ipais acontecimentos 8 OF acontecimentos elou acidentes que mobilizaram o mundo e que marcaram definitivamente o início do movimento ambientalista na concepção internacional. Apresenta uma revisão bibliográfica sobre o meio ambiente e educação ambiental, desde a sua gênese até os dias atuais, destacando os diferentes eventos internacionais, explicitando os propósitos fundamentais dos principais documentos que subsidiaram a implementação da Educação Ambiental.

O capitulo II apresenta uma sinopse da educação ambiental no Brasil, os principais fatos que marcaram em nível nacional as discussões sobre as questões ambientais, a implementação das propostas pedagógicas, inserindo a temática ambiental no processo educativo e sua relevância no contexto escolar. Destacam-se, ainda, a necessidade da educação ambiental como resgate da cidadania e as discussões sobre a insipiência das práticas referente à temática ambiental no contexto escolar. Já, o capitulo III apresenta os procedimentos metodológicos adotados para a pesquisa de campo. Neste são definidos tópicos importantes como à caracterização da amostra, delineamento da pesquisa, população e amostra, instrumento e coleta de dados, interpretação e o tratamento dos dados. E, finalmente, o capítulo IV descreve os resultados da pesquisa, e a análise dos dados. Apresenta um diagnóstico da

Educação Ambiental nas escolas do município de Amparo, bem como entender como as ações de Educação Ambiental estão sendo desencadeadas no contexto escolar. As (in) conformidades, Incoerências, incompreensões e suas limitações serão objetos de estudo para que através dos dados apresentados seja possível propor um maior entendimento e oferecer uma reflexão sobre a necessidade de ampliar o saber ambiental. A CRISE ECOLOGICA E A EDUCAÇÃO AMBIENTA Desde os primórdios, turais vêm sendo recursos naturais vêm sendo utilizados para garantir a sobrevivência das espécies, especialmente, da espécie humana. Durante muito tempo, a maior parte da história, a relação homem-natureza manteve-se em escala que uma nao ameaçava a existência da outra.

Ao longo dos anos, a evolução da sociedade gerou uma crescente necessidade de consumir cada vez mais, monopolizando o poder e acumulando inúmeras riquezas, acabaram-se causando a destruição dos recursos naturais, inclusive, os considerados recursos não renováveis. No decorrer deste processo, grandes transformações ocorreram, modificando o equilíbrio ecológico. A evolução trouxe a tecnologia que, por sua vez, gerou novas formas de vida, evando assim a deteriorização dos recursos naturais. Conforme Chesneuax (2000, p. 20), “É certo que os laços de dependência e de conflitualidade que ligam o homem ao seu meio ambiente são tão ancestrais como a espécie humana. ” Conforme Grün (1 996, p. 23), “uma das principais causas da degradação ambiental tem sido identificada pelo fato de vivermos sob a égide de uma ética antropocêntrica”.

Lima (2009) considera que, para analisar a crise ecológica é mais relevante reavaliar o sistema de valores do que procurar soluções específicas para problemas particulares. Hutchison (2000) destaca vários eixos undamentais para analisar a influência do homem na natureza: a explosão demográfica, o desenvolvimento tecnológico, a falta de educação da população em geral e a questão moral. (BEAUD; BEAUD e BOUGUERRA, 2000, p. 18) enfatizam que a: [… ] medida que a capacidade de aproveitar os recursos e de interferir nos processos da natureza foi aumentando, as sociedades cresceram, passando a deixar marcas profundas no ambiente. Nos ultimos cinco séculos, tudo acelerou: o crescimento demográfico, os progressos científicos e técnicos, as novas tecnologias, a conquista do mundo pelos Europeus, 0 DF 79

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