Jovens trabalhadores: um sonho adiado

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CURSO DE EXTENSÃO POLÍTICAS EDUCACIONAIS Juliana valim Jovens trabalhadores: um sonho adiado Goiânia, Dezembro 2010 CURSO DE EXTENSÃO POLíTlCAS EDUCACIONAIS Juliana Valim Artigo apresentado como avaliação formal do Curso de extensão em Políticas Educacionais. Goiânia, Dezembro 2 Jovens trabalhadore OF4 p Cada cabeça um sentença. Cada rosto um sorriso. Cada pessoa: um olhar, um sonho, uma vida. Somos tão diferentes.

Somos cidadão, uma grande sociedade, complexos de valores, dotados de conhecimentos, sem falar nos medos, inseguranças, mas ambém alegrias, satisfações, vitórias e sucessos. É… Estes somos nós! Cidadãos. Estes que muitas vezes precisam deixar de lado seus planos, seus sonhos para se manter no mercado e sobreviver. A educação hoje nos prepara para o mercado, nao para a vida. Ao levantar cedo, deparo-me com uma multidão que lota o ônibus urbano logo pela manhã.

Homens, mulheres, jovens, crianças e até vovôs e vovós que se apertam neste ambiente que para todos é uma referência diária. Fico ali com meus pensamentos, dos valores ali compostos. Cada qual com eu conhecimento específico, uns de vida e experiências e outros que lutam por se incluírem nela, tentando não ser apenas mais -lal Studia nas camisetas o almejado sonho de serem fotógrafos, nutricionistas, engenheiros, médicos ou até mesmo há aqueles que querem mesmo é ter seu próprio negócio.

Mas, como sabemos na vida real vale tudo, e poucas são as alternativas encontradas por estes jovens, que veem a realização de seus planos profissionais adiadas. No caso dos jovens empregados, a formação profissional acaba se voltando para as exigências o empregador. Já os desempregados procuram uma formação de acordo com o que lhes é oferecido. Infelizmente para muitos os sonhos se esbarram na condição financeira e social que possibilite o investimento no futuro, o que os levam a buscar soluções imediatas para seus problemas, e no mínimo, conseguirem sobreviver e cuidar da família.

Se assim é difícil, torna-se triste olhar para as camadas sociais ainda mais baixas, onde os filhos de pais desempregados lutam por trocados para ao menos garantir o pão de cada dia, quando muito nao tem que orar em barracas cedidas ou na rua. Esse buraco que distancia as realidades sociais de nosso país transgridem os direitos humanos, e impossibilita a autonomia destes jovens quanto sua formação de futuro e de vida. Ao invés de buscar sua inclusão e valorização no mercado, estes se veem responsáveis diretos por manter a família.

O pedagogo Hamilton Werneck, em seu artigo: “Os desempregados brasileiros e a educação”, aponta índices citados no Jornal O Globo, onde explicita se um número de brasileiros meno educação”, aponta índices citados no Jornal O Globo, onde xplicita se um número de brasileiros menos desempregados que não concluíram o ensino médio e mais desempregados após a conclusão do ensino médio. É sábio que concordamos que a educação não tem culpa alguma, não atrapalha e não Impede o crescimento de ninguém.

A situação é que eles estudam e o país oferece aquilo que eles não sabem desenvolver, por isso é urgente aliar à educação à formação técnica, ampliar os meios de oportunizar o que crescimento e Investimento nos jovens, tornando-os preparados para a vida, assim como para o mercado. Aqueles que vemos ocupando os índices de empregabilidade, que enchem a boca daqueles que falam na redução de desemprego, certamente são ocupações que não exigem uma formação mais aprimorada e caem na margem também daqueles que adiam seus sonhos, ou os veem decepados pela necessidade de se manterem e sobreviverem.

Em dados publicados pela Agência Brasil, cerca de 40% das pessoas entre 16 e 32 anos que moram e trabalham no campo são analfabetas. O analfabetismo atinge 3 milhões dos quase 8 milhões de trabalhadores, e caso fossem onsiderados os habitantes de pequenas cidades que sobrevivem da economia rural, os números podem ser ainda mais preocupantes.

Embora se invista em programas que objetivam a redução da marginalidade social e o analfabetismo, situações como esta e as condições atuais do ensino obrigam o jovem a escolher entre o estudo e o trabalh 3 esta e as condições atuais do ensino obrigam o jovem a escolher entre o estudo e o trabalho. Segundo Maria Elenice, secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura(Contag), “O trabalhador rural tem ue buscar a cidade para ter acesso à saúde, à informação e ? escola.

Mas como vão pegar um transporte precário para estudar na cidade se estão cansados do trabalho exaustivo? “, Avaliando tais condições desiguais, voltamos à questão da proposta de valores iguais na educação. Sem deixar de pontuar melhores condições e investimentos nos educadores e nas próprias unidades de ensino, que precisam proporcionar qualidade de vida e meios que incentivem e motivem os educandos a permanecerem em salas de aula.

O ensino de qualidade forma educa, prepara o cidadão para o futuro promissor, mudando e transformando a nossa realidade, levando nosso país a patamares almejados do reconhecimento. Sem tirar a responsabilidade e o compromisso dos pais com a educação, o ensino deve permear a história de vida de nossas crianças, dos nossos jovens, desejosos de uma promissora carreira, de uma vida digna e humana. O que se dá é o que se recebe, se oferecermos lixo à nossa futura geração é impossível colhermos resultados de sucesso, do contrário, o investimento mínimo e necessário nos contemplará à colheitas fartas. 4DF4

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